Fanfics - Justin Bieber

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Dangerous Life - Capítulo 33 - The truth

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Mellanie’s POV

Os dias haviam passado rápido demais, nenhum atentado por parte de Justin, ou quem seja. Estava até calmo demais. Fazia uns dois dias que Renan havia chegado de viagem, então ia ver os galpões junto com ele. Lilly às vezes ia com a gente, outras não porque ela também tem suas coisas para resolver. Só pra lembrar meus capangas e seguranças que ficavam na casa do Justin junto comigo, já estão aqui na minha mansão. Cuidando da minha segurança, que foi redobrada.

 Estava – como todas as tardes desde que voltei para minha mansão – brincando com o Jason no jardim, estávamos jogando bola e eu estava perdendo por cinco a dois, eu sei , sou péssima nisso. Jason ria enquanto corria atrás da bola, e me fazia abrir um sorriso enorme ao vê-lo feliz, sorrindo, se divertindo, não a nada melhor. Jason foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida, e por um lado, deveria agradecer Justin por ter me dado esse presente.

- Ah Jason, cansei! – disse respirando fundo e sentando na grama.

Estava cansada de correr o jardim todo atrás de uma bola. Estou muito velha para isso.

- Naum mamãe, vem. – ele disse parando, veio até mim e segurou em minhas mãos, as puxando pra eu levantar.

- A mamãe está velha demais para essas coisas. – disse e ele riu.

- Naum mamãe.

- Mamãe tá oh... – me deitei na grama com os braços abertos. – Morta. – disse e fechei os olhos.

- Ta naum. – Jason disse e senti ele deitar em cima de mim. – Acoda mamãe, binca comigo. – apertou meu rosto com suas mãozinhas.

- Vou brincar, mais de... Cócegas. – disse e comecei a fazer cócegas nele.

- Nauuuuum, pa-pala. – ele dizia entre risadas.

Eu parava e continuava com as cócegas em sua barriga, pescoço e pés.

- Mamaaaaãe. Pala, pa-pala.

- Ok parei, agora vamos entrar e tomar um banho seu porquinho. – beijei seu nariz.

- Ah naum... – reclamou e ameacei de continuar com as cócegas. – Ah xim. – ele disse me fazendo rir e recebi um beijinho no nariz também.

Nos levantamos e deixamos a bola por lá mesmo. Segurei em sua mão e entramos em casa, ah consegui trazer a Rose de volta, se o Justin pensou que ia ficar com a Rose ele estava redondamente enganado. Não fico sem a comida dela.

- Rose, onde está a Jack? – perguntei.

- Ela saiu senhora, foi comprar alguma coisa que eu não sei o que é.

- Ah tudo bem.

Ela sorriu e subi com o porquinho pra tomar banho.  Dei banho nele de chuveiro mesmo, lavei seu cabelo e depois enxuguei. Peguei uma toalha o enrolando todo e o coloquei em cima da cama, ele logo tratou de se livrar da toalha e ficar pulando feito louco na cama e ainda cantava uma música escrota dos desenhos que ele assiste. Balancei a cabeça negativamente mais ele pareceu não se importar, fui pegar seu pijama, estava na hora de Jason dormir um pouco. O vesti e penteei seus cabelos, passei seu perfume fraco que vinha em um frasco em formato de carrinho. Liguei a TV para ele, e fui tomar meu banho.

Jack’s POV

A senhora Mellanie estava brincando com o pequeno Jason no jardim, não quis incomodar e resolvi ir comprar um vestido lindo que eu vi na vitrine de uma loja aqui perto. Ele é simples, mas eu gostei muito. Fui a pé mesmo, porque não tenho essa audácia de pedir que algum dos seguranças vá comigo porque eu não passo de uma simples babá e não posso me dar a esse luxo. Caminhei um pouco até chegar à loja, entrei e pedi a moça para experimentar o vestido que estava na vitrine, ela me entregou e entrei em uma das cabines para trocar. Só que não havia espelho lá dentro, os espelhos eram no lado de fora. Saí e me olhei no espelho, eu gostei. É um vestido meigo e meio rodado, perfeito.

- Ficou lindo em você.

Vi pelo reflexo do espelho uma mulher linda, nunca a tinha visto antes. Ela sorriu e me virei sorrindo também.

- Ah... Obrigada. Também gostei. – disse e voltei a me olhar no espelho.

- É pra usar em alguma ocasião especial? – a mesma moça perguntou.

- Não, até porque eu sou babá e não tenho ocasiões especiais para ir. – disse e ela me olhou curiosa.

- Babá? Me desculpe, mas você ganha muito bem para uma babá, pelo o que eu sei esse vestido não é muito barato.

- Sim, minha patroa é muito boa, e creio que dinheiro não falta para ela.

- Hum... – ela disse pensativa. – Devo conhecê-la, afinal conheço muita gente importante, ela deve ser não é?

- Sim ela é demais. De dar inveja.

- Como ela se chama?

- Mellanie Fox. – murmurei.

- Mellanie... Esse nome não me é estranho. Oh me desculpe, nem me apresentei. Me chamo Bruna, prazer. – ela estendeu a mão para mim.

- Prazer, meu nome é Jack. – apertei sua mão. – Bom, vou me trocar.

- Ah claro... – ela distanciou-se.

Entrei no trocador e tirei o vestido colocando minha roupa. Fui até o caixa, e paguei o vestido. Ia saindo da loja quando a Bruna me acompanhou.

- Bom... Você já vai embora? – ela me perguntou.

- Sim, eu tenho que cuidar do pequeno Jason.

- Jason?

- É, o garotinho que eu cuido que é filho da dona Mellanie.

- Nossa, sou apaixonada por crianças. Sabe... Eu tenho um passado doloroso, por isso que amo qualquer tipo de criança.

- Mas por quê? – perguntei curiosa.

- Podemos conversar ali na praça? A história é meio longa, e como sua patroa é boa não vai se importar se você demorar um pouco né? – ela disse e concordei com a cabeça. – Então vamos lá.

Chegamos até uma praça ali perto e sentamos no banco. Bruna começou a contar sua história e chorou por um bom tempo, era realmente triste. Seu filho nasceu morto, ela nem teve tempo de “ser mãe”, fiquei até com pena dela com a sua história. Imagino como foi doloroso ela superar isso tudo.

- E pra completar o homem que eu amava me deixou, eu fiquei sem chão. – ela disse enxugando as lágrimas enquanto eu tentava acalmá-la.

- Imagino como foi difícil. Mas acho que se Deus não permitiu que você fosse mãe era porque não era sua hora, ele sabe o que faz.

- Também penso assim, por isso que fiquei mais conformada. – suspirou. – Bom... Eu amo crianças, me sinto bem perto delas, você poderia trazer o Jason para me ver? Tenho certeza que me fará bem.

- O Jason? Acho que não seria uma boa idéia. A dona Mellanie não gosta que eu saia com ele, até porque é perigoso.

- Eu entendo preocupação de mãe. Se eu tivesse meu bebê também ficaria preocupada. – ela começou a chorar novamente.

Juro que senti muita pena dela, e trazer o Jason não faria mal algum né? Ela é só uma pobre mulher que não se recuperou do trauma.

- Tudo bem, não precisa ficar assim. – disse a acalmando. - Vou trazê-lo amanhã ok? Tenho certeza que ele te fará bem, Jason é um amor de criança.

- Jura? – ela sorriu limpando as lágrimas. – Nossa muito obrigada você não imagina como isso me fará bem. – me abraçou.

- Por nada. Eu gosto de ajudar.

- Você não tem idéia de como vai ajudar. – ela disse por fim.

Combinamos horários para ela poder ver Jason, e marcamos que iria ser na praça mesmo. Me despedi dela e voltei para a mansão da dona Mellanie.

Mellanie’s POV

Renan me ligou para que fossemos resolver algumas coisas. Me arrumei rapidamente,peguei meu celular colocando no bolso do short e minha arma por debaixo da blusa. Dei um beijinho em Jason e desci, dei de cara com a fugitiva da Jack chegando com uma sacola com um emblema de uma loja na mão.

- Que bom que chegou... – disse.

- Desculpa senhora, eu não quis incomodar e... – ela disse nervosa.

- Hey. – ri fraco – Calma. – fiz um gesto com a mão. - Eu sei que você foi fazer compras, relaxa aí.  Eu vou sair agora, fique de olho no Jason. Ah, ele vai acordar faminto.

- Ok senhora. Salada de frutas?

Concordei com a cabeça e fui até a garagem pegando minha Mercedes. Saí cantando pneus , passei pelo portão e pisei fundo indo em direção ao galpão meio próximo daqui. Ao chegar lá vi o carro do Renan estacionado, estacionei perto e desci. Os capangas abriram o enorme portão e entrei, Renan olhava alguma coisa no computador.

- Cheguei. – disse parando atrás dele.

- Que bom. – ele me olhou de relance. – Preparada para a notícia?

- Que notícia? – perguntei curiosa.

- Bieber e seus amiguinhos roubaram uma pequena carga de propina.

- E daí?

- E daí que essa carga era nossa.

- O QUÊ? QUE FILHO DA PUTA. – passei a mão entre os cabelos.

- Exatamente. Iríamos receber hoje pela manhã, e quando nossos homens chegaram lá só tinha poeira.

- Desgraçado. Ele quer me ver afundar? Isso não vai acontecer. Quero que você procure saber qual a próxima carga e de quê Justin vai receber. Vamos ver quem vai sair ganhando nessa.

Renan concordou com a cabeça e foi fazer algumas ligações enquanto ele mexia no computador. Peguei um notebook aqui perto e fui atrás de mais informações. Já estava anoitecendo, fomos embora do galpão. Ia apostando corrida com o Renan, mais como sempre ele estava ganhando, paramos em um sinal vermelho e ele ficou se gabando em seu carro com o vidro abaixado, mandei um dedo do meio para ele que riu. Ouvi um disparo e pegou em cheio no meu retrovisor direito.Olhei pelo retrovisor esquerdo e tinha um carro preto atrás de nós, não deixei o sinal abrir e pisei fundo desviando dos carros, Renan vinha atrás. Que merda, esse carro não é blindado, peguei minha arma e abaixei o vidro, dei alguns disparos mais não vi se pegou.

- Que merda é essa? – Renan perguntou pelo rádio.

- Eu não sei.

- Pise fundo, vou te escoltar. O meu carro é blindado.

- Estou pisando.

- Que merda, me lembre de mandar colocar turbo nesses teus carros Mellanie. – ele bufou.

Mais tiros, eu só tentava desviar dos tiros. Um pegou no vidro traseiro que se quebrou em mil pedaços. Eu não conseguia ver a cara do desgraçado, ele estava encapuzado.

 - Droga, só pode ser o filho da puta que Justin contratou.

- Disso eu não tenho mais dúvidas. – Renan disse. – Mellanie, quero que vá fazendo cobrinhas no meio da rua, entendeu?

- O quê?

- Vai te ajudar a livrar de mais tiros, a não ser que você queira levar um tiro na nuca.

- Tudo bem, entendi...

Comecei a fazer o estilo ziguezague no meio da pista, era difícil porque ainda tinha que desviar dos outros carros. Coloquei minha arma novamente para fora, e tentei mirar no pneu, dei dois disparos e um por sorte pegou no pneu, mas o desgraçado não parava. Renan estava do meu lado atirando.

- Ele não vai nos alcançar. Pise fundo. – Renan disse.

- Ok.

Fiz o que ele pediu e conseguimos despistar do desgraçado. Bufei batendo no volante ao parar no portão da minha mansão, Renan bateu no vidro e abaixei.

- Está tudo bem aí? – ele perguntou.

- Sim está. Só o carro que não.

Renan riu fraco.

- Isso é o de menos. Agora você sabe que o Bieber não está de brincadeiras.

- Eu também não. Ele que mande mais esses pau mandados pra eu deixá-los iguais a peneiras, a sorte dele foi que não peguei um carro blindado porque se não, ele estaria fodido.

- Entendi. – ele riu. – Vou ter que ir agora. Qualquer coisa me liga. – ele fez um telefone com os dedos, ri fraco e assenti.

Renan entrou no seu carro e entrei em casa. Mandei logo aquele carro para a oficina. Entrei no meu quarto e joguei a chave do carro em cima da cama, junto com o celular e minha arma descarregada. Me joguei em cima da cama também encarando o teto.

- Senhora? – ouvi uma das empregadas me chamar.

Confesso que só sei o nome da Rose e da Jack.

- Oi. – respondi.

- A senhora vai jantar agora?

- Sim, pode pôr na mesa. Só vou tomar um banho rápido. – disse tirando a blusa. – Onde Jason está?

- Com a Jack, senhora. – ela disse do outro lado da porta.

- Ok, pode ir.

Terminei de tirar minha roupa e entrei debaixo do chuveiro, não demorei muito. Vesti logo meu baby doll e desci. Jason já estava sentado na cadeirinha e Jack o ajudava a comer. Me sentei de frente para eles e coloquei minha comida, não comi muito porque o apetite tinha fugido. Dispensei as empregadas e subi com o Jason, nos deitamos na cama e liguei a TV. Fiquei olhando para Jason enquanto acariciava seus cabelos, ele mantinha o olhar fixo na TV parecia tão concentrado. Me peguei novamente pensando em como ele é parecido com o Justin, isso é incrível. Parece que todos os traços de Justin estão em Jason. Ele só herdou de mim os olhos azuis, porque o resto, pode-se dizer que é Justin em miniatura. Droga, só falo em Justin. Jason aninhou-se mais em meus braços, colocando sua perninha em cima da minha barriga e a cabeça em meus seios. Sua mão estava pousada perto da cabeça, parecia um anjinho, ele bocejou e fechou os olhos.

- Te amo mamãe. – ele disse baixinho.

- Eu também meu amor. - beijei sua testa. – Eu também.

Desliguei a TV e fui tentar dormir um pouco. Algo me dizia que o dia não seria um dos melhores.

Acordei com Renan me ligando, me informando qual a próxima carga do Justin. Ele irá receber uma amanhã, quer dizer, se for por mim ele não vai ver nem a cor.

- À tarde vamos para o galpão bolar alguma coisa. - disse e desliguei o celular.

A manhã havia passado rápido, pois boa parte eu fiquei brincando com o Jason. Tomei um banho e me arrumei. Chamei a Jack e passei todas as recomendações como sempre.

- A mamãe já volta ok? – disse para Jason que assentiu. – Cadê meu beijo? – apontei para a minha bochecha, ele largou o brinquedo e veio me abraçar dando um beijo nos dois lados do meu rosto, sorri. – Se comporta em.

- Ta.

O deixei no quarto e desci, fui à garagem e escolhi um carro, passei pelo portão e fui até o galpão. Durante a tarde senti um mal pressentimento, às quatro horas da tarde meu celular começou a tocar, senti um aperto no peito e atendi. Jack chorava desesperadamente do outro lado da linha e já esperava pelo pior.

- Senhora, eu não tive culpa. – ela dizia entre soluços. – Eu...

- Jack, pelo amor de Deus, me diz o que aconteceu. Respira fundo e me fala.

- Eu fui passear com o Jason aqui na praça...

- Quantas vezes eu te falei que não era pra sair com o Jason? – disse irritada.

- Eu sei, mas... Eu conheci uma mulher ontem, ela me contou que havia perdido o bebê e...

- Não quero saber de mais nada. Onde está o meu filho? – perguntei nervosa.

- Ela o levou.

- O QUÊ? COMO ASSIM ELA LEVOU O MEU FILHO?

- Foi muito rápido. Eu não consegui alcançá-la. Ela levou o Jason senhora. – ela começou a chorar novamente.

Me sentei no sofá do galpão e encarei o nada tentando absorver a informação. Eu não sei se chorava ou se ia revirar Los Angeles.

- Mellanie, o que houve? Você está pálida! – Renan sentou ao meu lado.

- Renan, pegaram o Jason.

- O Jason? – assenti com a cabeça segurando as lágrimas. – Quem?

- Uma mulher. Eu não sei quem é. Jack deve saber. – entreguei o celular para ele.

Ele começou a falar com ela. Mas eu estava em outro mundo. Pegaram o meu filho, o meu Jason. Será que eles têm noção que mexeram com a mãe errada?

- Calma, nós vamos achá-lo. Já liguei para todos vieram para cá.

- Ai meu Deus, que tipo de mãe eu sou? – as lágrimas já desciam e embaçavam a minha visão.

- Não se culpe. – Renan me abraçou e chorei ainda mais. – Você vai ver, vamos pegá-lo e acabar com a vadia que fez isso.

- Deus proteja o meu Jason. – solucei.

(...)

Eu não tinha parado um segundo se quer. E ainda não tinha nenhuma pista onde essa maldita tenha ido com o meu filho. Tentava não chorar, porque as lágrimas atrapalhariam minha visão, mas era inevitável não soltá-las. Eu só conseguia imaginar o pior, meu peito apertava ainda mais. Sentia Jason mais longe de mim. Havia homens espalhados por toda a cidade, mas não se encontrava nada. Eu estava desesperada. Parei num acostamento e chorei como nunca havia chorado antes. Uma dor de perda corroia meu ser. Não, não posso ficar sem meu filho, ele é tudo pra mim. Meu celular começou a tocar, era Lilly.

- Amiga, já soube o que aconteceu. Onde você está?

- Eu não sei. – murmurei. – Lilly, pegaram meu menino. – as lágrimas desciam feito uma queda de cachoeira.

  - Ai senhor, como isso foi acontecer? – sua voz parecia chorosa. – Nós vamos encontrá-lo.

- Eu não tenho mais certeza disso Lilly, já são três horas da manhã e não parei um segundo se quer, e não encontrei nada. Ninguém sabe de nada.

- Amiga, vai pra casa. Deixa que o Renan comanda tudo, você precisa descansar.

- Eu não vou conseguir descansar Lilly, sabendo que alguém está com o meu filho, só Deus sabe o que estão fazendo com ele.

- Eu sei o quanto é difícil. Mas você tem que descansar, prometo que amanhã bem cedo eu vou procurar com você. Vai pra casa, por favor, estou indo para lá.

- Tudo bem... – murmurei. – Vou avisar o Renan.

- Ok.

Desliguei e chamei Renan pelo rádio.

- Sabe de alguma coisa? – perguntei.

- Nada. – ele respondeu.

Suspirei e limpei as lágrimas.

- Eu vou para casa, mas amanhã vou continuar com as buscas.

- É o melhor que você faz. Fique tranqüila, nós vamos encontrá-lo.

- Ok.

Liguei o carro e fui para a casa. Meus pensamentos estavam a mil e eu não conseguia parar de pensar no Jason, de como ele estava agora. Se tinham o alimentado, se não o machucaram, se estão cuidando dele. Fui o resto do caminho chorando, cheguei em casa completamente acabada, vi o carro da Lilly. Entrei e ela estava na sala, ela levantou-se e veio me abraçar, chorei ainda mais. Molhando sua blusa, ouvi seus soluços também. Lilly sofria junto comigo.

- Vem, você precisa descansar. – ela disse limpando minhas lágrimas.

Subimos as escadas e entrei no meu quarto. Dei de cara logo com os brinquedos do Jason em cima da cama, foi quando a dor apertou ainda mais. O meu choro era incontrolável, assim como o que eu estava sentindo também. Passei direto para o banheiro, me despi e tomei um banho rápido, vesti meu baby doll. Os brinquedos do Jason já não estavam mais em cima da cama. Mas seu cheiro de bebê permanecia ali, me sentei na cama e abracei o travesseiro.

- Tenta dormir.

- Eu não vou conseguir. – disse para Lilly.

- Você jantou? – neguei com a cabeça. – Vou pegar alguma coisa.

- Não Lilly, eu não estou com fome.

- Já são quatro da manhã, dorme um pouco. Daqui a algumas horas sairemos de novo.

- Não dá.

Passei o resto da madrugada acordada, e Lilly também. Várias hipóteses vinham em mente. Será que Justin teria essa coragem de pegar Jason? Mas se ele fez isso, eu vou acabar com ele. Eu juro. Como esperado, não preguei os olhos um instante se quer. O dia já nascia lá fora, me levantei e fui ao banheiro, depois troquei a roupa e recarreguei minha arma.

- Você não precisa ir, se não quiser. – disse para Lilly.

- É claro que eu vou. Está pronta? – assenti com a cabeça. – Vamos.

Saímos de casa e iríamos por Los Angeles de cabeça para baixo novamente. Meio dia meu celular tocou, era um número desconhecido. Iria desligar, mas Lilly me convenceu de atender.

- Alô? – atendi.

- Mellanie? Que bom que me atendeu. Como vai o seu dia, querida?

Reconheci aquela voz nojenta, o ódio tomou conta logo de mim. Parei em um acostamento.

- Seu filho da puta, o que você quer? – perguntei.

- Eu não quero nada. Só quero te avisar que estou com algo que te pertence. – ele riu irônico.

- Do quê está falando?

- Isso te responde? – ele disse e ouvi o choro incessante do Jason, um nó se formou em minha garganta e meus olhos marejaram.

- Desgraçado. Devolve meu filho, eu juro que vou acabar com você.

- Quer se despedir dele? Um bieberzinho a mais ou a menos não irá fazer falta, certo?

- Luc, por favor. Não faz nada com ele. – solucei. – O seu problema é comigo, não com ele.

- O meu problema é com todos vocês. E estou resolvendo do menor para o maior. Plano de mestre não acha?

- NÃO ENCOSTE O DEDO NO MEU FILHO.

- Ma-mamãe. – ouvi Jason entre soluços.

- Meu amor, eu vou te tirar daí. Vai ficar tudo bem.

- Oh isso é tão comovente. Acho que escorreu uma lágrima aqui. – Luc riu ironicamente. – Não se preocupe, porque não vai ficar nada bem. – ele riu novamente e desligou na minha cara.

O celular escorregou entre meus dedos e apoiei a cabeça no volante chorando muito. Cada lágrima era correspondia a dor que eu estava sentindo.

- Lilly, o Luc está com o Jason.

- O Luc? Que filho da puta. E agora?

- E agora que eu não sei o que fazer.

- Talvez tenha uma solução.

- Qual?

- Pedir ajuda ao Justin.

- Justin? Ele não vai querer nem olhar na minha cara, é provável que ele me expulse a tapas.

- Você tem que contar a verdade para ele Lilly. Não vamos conseguir pegar Jason sem a ajuda dele. Você sabe que Justin é bem esperto.

- Eu não vou contar que ele é pai do Jason.

- É isso ou...

- Eu quero o meu filho. – derramei algumas lágrimas.

- Eu sei amiga, então nós vamos agora para lá e você vai contar tudo. Justin não vai ficar com os braços cruzados sabendo que Luc está com o filho dele.

- E se ele não acreditar? – perguntei.

- Ele vai acreditar.

Liguei o carro e fui em direção a mansão do Justin. Entrar lá que seria difícil. Por sorte, estava no horário do almoço e ficava só o porteiro lá. Ele era novo, Lilly ficou de papo com ele e consegui entrar rapidamente. Dei a volta até os fundos da casa e entrei por uma porta onde as empregadas saiam, destravei minha arma e caminhei até a cozinha, tinha uma empregada limpando algumas coisas. Cheguei por trás e tampei sua boca colocando a arma em sua cabeça.

- Shi, eu vou te soltar mais se você gritar ou algo do tipo, eu esmago seus miolos com isso aqui. Entendido? – ela concordou com a cabeça. – Ótimo.

Tirei a mão da boca dela. Sua expressão era de pavor.

- Onde estão todos da casa? – perguntei.

- Só está o senhor Bieber no quarto. Os outros saíram para passear.

- Tem certeza? – ela concordou com a cabeça. – Espero que não seja mentira.

- Não é.

- Agora você vai fingir que nada aconteceu aqui e voltar a limpar isso ai quietinha. Ouviu?

- Sim senhora.

- E os seguranças lá em cima?

- Saíram para acompanhar a família Bieber, têm poucos lá fora.

- Ótimo.

Tirei a arma da sua cabeça e caminhei rapidamente até as escadas. Caminhei pelo corredor e realmente não tinha nenhum segurança. Cheguei até a porta do quarto do Justin e confesso que fiquei bastante nervosa. Mas era a vida do meu filho que estava em jogo, e eu faria tudo para salvá-lo. Coloquei a mão na maçaneta e girei devagar, abri a porta e apontei minha arma para dentro. Justin não havia notado minha presença ainda, pois estava muito concentrado no notebook que se encontrava em suas pernas.

- Justin. – o chamei baixinho, engoli a seco quando ele me olhou.

- O que você faz aqui? – ele levantou-se num pulo e veio até a mim.

- Não se aproxima. – destravei a arma. – Precisamos conversar.

- Conversar? – ele riu ironicamente. – Eu não tenho nada pra conversar com você.

- Mas eu tenho e você vai me ouvir. A vida do Jason está em risco.

- E o que eu tenho a ver com isso?

- Você vai deixar Luc matar seu filho? – perguntei deixando algumas lágrimas escapar enquanto segurava a arma tremula.

- Que filho? Eu não tenho filho nenhum. – ele disse me encarando, nem ele mesmo tinha certeza de suas palavras.

- Sim você tem. O Jason é seu filho.

- Isso é mentira. – ele passou a mão entre os cabelos. – Você está mentindo. – ele deu mais alguns passos e mirei a arma para ele.

- EU QUERIA QUE FOSSE MENTIRA, MAS NÃO É. JASON É SEU FILHO CARALHO, VOCÊ NUNCA IRIA SABER SE ISSO NÃO ESTIVESSE ACONTECENDO. – limpei as lágrimas com as costas das mãos.

- Eu não acredito em você, não pode ser. Você some por dois anos e agora vem me dizer que Jason é meu filho? Sabe lá com quem você dormiu.

- Você foi o único homem que tocou em mim, Justin.

Justin ficou sem reação.

- Depois que eu fui embora da sua casa há dois anos, um mês depois eu fiquei sabendo da gravidez.

- E agora você vem me contar? Você não tinha o direito de me esconder isso Mellanie, não tinha.

- Sim eu tinha. Eu estava pensando no bem do meu filho.

- E foi pensando no bem dele que você deixou Luc colocar as mãos nele? – ele disse vermelho de raiva. – Se ele estivesse comigo, nada disso teria acontecido. Está vendo a merda que você fez? Se você tivesse me contado a partir do momento que colocou os pés aqui Jason estava bem agora.

- Eu não tive culpa... – solucei.

- A CULPA É TODA SUA, VAGABUNDA.

Foi muito rápido, Justin partiu pra cima de mim arrancando a arma das minhas mãos e a jogando longe. Sua mão foi diretamente para meu pescoço, me imprensando na parede. Ele apertava com força, coloquei minhas mãos sobre a dele tentando me soltar, mas não tinha como. O chão já estava sumindo dos meus pés, me faltava ar e lágrimas desciam ainda mais pelo meu rosto. Eu via o ódio em seu rosto, suas veias saltadas e seu rosto vermelho.

- Você vai aprender a não mentir mais para mim. Está me ouvindo? – ele me jogou com brutalidade na cama.

- Não encosta em mim, porra. – gritei e tentei chutar suas mãos enquanto ele me puxava pelos pés.

- CALA A BOCA PORRA. – ele acertou um tapa forte em meu rosto.

Em seguida foram mais outros que perdi a conta. Tentei revidar mais acabei levando um soco na boca, onde saiu sangue pra caralho. Eu já estava ficando tão acostumada com a dor, que agora nem doía mais. Eu só conseguia pensar no Jason. Justin não parava de me bater, era onde pegasse. Eu já nem tentava me defender, meu corpo estava dolorido, e com muitos hematomas. Sem falar da marca dos tapas deixados no meu rosto e meu lábio cortado.

- Para, por favor... – disse quase sem voz.

- Por favor? Por favor, é o caralho. Isso é por você ter mentido durante todo esse tempo para mim, vadia. – ele me acertou outro tapa forte e me jogou no chão.

Gritei de dor me encolhendo no chão.

- Está doendo? Me diz, está?

- O Jason... – murmurei.

- Se Luc machucá-lo eu vou procurá-lo até no inferno. Ainda tenho tempo para descontar minha raiva.

Justin começou a distribuir chutes em mim. Eu não conseguia me mover, ele chutou forte meu estômago e apaguei.

Justin’s POV

Eu não consigo descrever a raiva que estou da Mellanie. Como ela foi capaz de esconder de mim durante todo esse tempo. Jason é meu filho, e eu idiota nunca desconfiei. Droga, nem vocação para pai eu tenho. Luc colocou o dedo na ferida errada. Peguei meu celular e liguei para Chaz.

- Fala cara. – Chaz disse.

- Quero que localize o mais rápido possível onde está o desgraçado do Luc. Convoque todo mundo, vamos nos espalhar pela cidade.

- O que ele fez dessa vez?

- Está com algo que me pertence.

- O que?

- O Jason.

- Jason?

- Chaz caralho não faz mais perguntas e faz logo o que eu te pedi. Já estou indo para o galpão, liga para os meninos. Quero isso para ontem.

Desliguei e encarei Mellanie desacordada no chão. Minha vontade era de bater ainda mais nela, mas não quero que Jason fique sem mãe. Pelo menos agora. Peguei uma blusa qualquer e vesti, pegando a chave do meu carro e minha arma. Desci e fui até a cozinha.

- Hey vocês duas, quero que ajudem aquela vadia lá em cima, quando sair deixem a porta trancada, estão ouvindo? – falei para as empregadas, elas assentiram. – Levem uma caixa de primeiros socorros, ela vai precisar.

Fui até a garagem e fui em disparada para o galpão. A imagem do Jason não saia da minha cabeça, dele correndo pra lá e pra cá em casa. Deveria ter escutado todos quando falaram que ele era bastante parecido comigo quando pequeno. Mas eu sou idiota demais para dar ouvidos a isso. Mas de uma coisa eu sei, eu não vou sossegar enquanto não arrancar o coração do Luc com minhas próprias mãos. Ninguém mexe com um Bieber, ainda mais quando é meu filho


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Continua?
Obrigada por todos os comentários.


Amo vocês ♥