- O que disse, Justin? – perguntei perplexa. Eu estava em
choque.
- É isso mesmo que você ouviu, Mellanie. Ou eu, ou a
Presidência. – ele disse sem esboçar nenhuma expressão.
Então era verdade mesmo. Eu não estava imaginando ou
ouvindo coisas. Justin queria que eu escolhesse entre as duas coisas mais
importantes da minha vida.
- Você não pode me pedir isso. – choraminguei baixinho.
- Você não me ama? Então, é uma escolha simples. – ele
disse normalmente.
- Eu não posso fazer isso. – fechei os olhos com força.
Era loucura escolher entre o Justin e o meu império. Eu
amo o Justin, mais também não iria decepcionar o Yure e largar tudo o que era
dele por um capricho do Justin.
- Porque não? – ele perguntou exaltado.
- Você tem noção da merda que está me pedindo para fazer?
Que droga Justin. – me levantei com ódio e saí do quarto batendo a porta com
força.
Eu não quero decidir porra nenhuma, mas eu não estou
aguentando mais tudo isso. Meus nervos estão à flor da pele e parece que eu vou
explodir a qualquer momento. Fui para o quarto do Jason, meu bebê estava
dormindo. Ah Jason, eu não quero que você seja igual ao seu pai. Não é todo dia
que encontra uma mulher disposta a aguentar um temperamento assim. Peguei meu
celular e liguei para Hugh, eu preciso me desconectar daqui, Justin precisa ver
que o mundo não gira em torno dele. Hugh estava dormindo quando eu liguei para
ele, combinei tudo com ele enquanto observava meu pequeno dormir. Fui até seu
closet e peguei uma mala, onde coloquei algumas roupas e o necessário para
Jason. Eu estava decidida, seria melhor para mim.
Terminei de
arrumar a mala e a coloquei do lado da cama, caso Justin entrasse aqui e
estragasse tudo de novo. Me sentei no divã que havia ali e fiquei encarando o
nada por um bom tempo. Tempo depois, encarei o relógio e marcava 03:45 da
manhã, Justin deve estar dormindo. Saí do quarto do Jason e abri a porta do
nosso quarto lentamente, ele estava dormindo. Agradeci a Deus por isso, a mala
que eu havia começado a arrumar e que eu não tinha desfeito quando Justin
mandou, estava no canto do quarto. Fui até o closet e peguei alguns documentos
necessários, arrastei a mala fazendo o menor barulho possível. A posicionei na
porta e voltei até a cama, onde Justin dormia tranquilamente.
- Você não sabe o quanto isso está doendo em mim. – disse
tirando minha aliança enquanto o olhava dormir. Meus olhos rapidamente
começaram a marejar.
Coloquei a minha aliança em cima do criado-mudo, ao lado
do seu celular enquanto minhas lágrimas desciam.
- Eu te amo tanto, Bieber. – sussurrei e me aproximei
dele.
Eu queria tocá-lo, mais ele poderia acordar. Então me
afastei e abri a porta devagar, puxando minha mala. A levei para o quarto do
Jason, peguei uma calça jeans e uma blusa e vesti rapidamente.
(...)
Respirei fundo ao pisar em Moscou, depois de muito tempo.
Não podia negar, sentia falta daqui. A recepção não poderia ser melhor, meus
homens estavam posicionados em perfeito alinhamento. Caminhei com Jason nos
braços até encontrar Hugh no meio daqueles homens fardados. Ele não tinha
mudado quase nada. Hugh é um homem bonito e novo, tem apenas trinta anos e já
sabe de muita coisa. Eu aprendi tudo o que sei com ele, quando Yure morreu ele
cuidou de mim.
- добро пожаловать. (Bem-vinda). – Hugh me saudou.
Sorri para ele que me abraçou de lado por causa do Jason
que estava em meus braços.
- Obrigada Hugh. – disse em Russo.
- Esse é o pequeno Jason? – ele perguntou olhando para
meu bebê que estava com cara de poucos amigos.
Jason tem o humor igual o do pai quando acorda. Justin...
Droga, será que ele já sabe que eu vim para a Rússia? Mas era isso que ele
queria.
- Sim. – respondi sorrindo.
- Como ele cresceu. – Hugh disse admirado. – Ele parece
muito com você.
- É porque você não viu o pai dele. – ri fraco.
- Justin Bieber? – ele perguntou arqueando as
sobrancelhas.
Assenti com a cabeça.
- Ele tem uma longa ficha criminal. – Hugh disse rindo.
- Como sabe? – perguntei desconfiada.
- Nós tínhamos que saber com quem a nossa chefa era
casada. Temos um dossiê sobre seu marido, Mellanie. – Hugh respondeu.
- Vocês me surpreendem a cada dia. – disse rindo.
- Vamos para casa, você deve estar cansada da viagem. –
Hugh disse.
- Estamos. – disse me referindo a Jason também
- Espera. – Hugh disse e foi até os homens que havia ali.
Hugh fez um sinal com a mão e o heliporto foi tomado
pelas vozes dos homens desejando boas vindas. Aquilo foi engraçado, acabei
rindo.
- Nós ensaiamos isso a manhã toda. – Hugh disse e
gargalhei. – Sinta-se em casa.
- Eu estou em casa. – murmurei e ele sorriu fraco.
(...)
Ao chegar à casa do Yure, que tecnicamente era minha
desde que ele faleceu, senti um misto de sentimentos. Não sei se era tristeza
por voltar e não encontrá-lo ali, ou felicidade por ter voltado.
- Está como você deixou. – Hugh disse. – Se precisar de
mim, é só me ligar.
- Obrigada Hugh. – respondi e coloquei Jason no chão. Que
olhou toda a casa. Com certeza ele deve saber que essa não era a sua casa.
- Qual os planos para amanhã? – Hugh perguntou pronto
para sair.
- Só vá até o armazém e diga que eu voltei. – disse.
- Farei isso. Todos vão ficar muito felizes. – Hugh respondeu saindo.
- Mamãe, cadê meu papai? – Jason perguntou me olhando.
- Seu pai ficou em casa, meu amor. Nós vamos ficar uns
dias aqui, vamos nos divertir muito. – me agachei ficando em sua frente.
- Putê ele fitou lá? – ele perguntou curioso.
- Porque ele tinha muitas coisas pra fazer com seu tio
Ryan, seu tio Chaz e seu tio Chris.
- Maix ele vem né? – ele perguntou.
- Eu não sei meu amor. Vamos tomar um banho? – perguntei
mudando de assunto.
- Quelo de banhela. – ele disse sorrindo.
- Ok, de banheira. – disse o pegando nos braços e
beijando suas bochechas gordas.
Antes disso, fui até a cozinha e já encontrei empregadas
a minha disposição. Não me lembro delas, devem ser novatas. Elas estavam
preparando o almoço. Fui com Jason para o meu quarto, estava tudo exatamente
igual como eu deixei. Nossas malas já estavam lá, o coloquei no chão e deixei
que ele fosse conhecer o quarto. Coloquei a banheira para encher e fui abrir as
malas, escolhi uma roupa para nós dois. O frio aqui em Moscou castigava.
- Vem Jason. – o chamei para o banheiro.
Tirei suas roupas e ele se arrepiou todo por causa do
frio. Ri dele e o coloquei dentro da banheira que estava em uma temperatura
quentinha. Tirei as minhas e em seguida entrei. Como não tinha seus brinquedos
de borracha, ele ficou batendo as mãozinhas na água molhando tudo.
Dois
dias depois...
Eu ainda não tinha saído de casa. Estava tentando me
adaptar aqui. Justin não me ligou e nem nada. Ele realmente não se importa.
Jason ficava perguntando por ele, mais eu logo mudava de assunto. A Rússia
estava um inferno por causa da minha volta, apesar de eu comandar o tráfico no
maior país do mundo, ainda existiam aqueles que queriam me derrubar. Quanto a
Sebastian e a Vick, eu ainda não fui vê-los. Mas isso não iria demorar muito,
amanhã iria começar a sessão de torturas. Isso vai ser maravilhoso. Eles são
culpados por toda a desgraça que aconteceu na minha vida, e como todo culpado,
eles não vão sair ilesos.
Justin’s
POV
Eu não acreditei quando acordei e vi a aliança da
Mellanie perto do meu celular. Aquilo só podia ser brincadeira dela. A mala
também não estava no quarto. E nem Jason. Ela teve mesmo coragem de ir para a
Rússia. Quer dizer que ela não me escolheu? Eu vou matar aquela vadia. Pra
completar, todo mundo aqui resolveu apontar o dedo na minha cara e dizer que a
culpa foi minha. O caralho que foi. De imediato, eu saí quebrando tudo que via
na minha frente. Depois caí em sã consciência e vi que estava sem a minha
mulher.
- Você mereceu Justin. – meu pai disse pela milésima vez.
– Você estava tratando a Mellanie como um lixo. Só porque ela é sua mulher, não
quer dizer que ela tem que ficar aguentando sua grosseria. Bem feito.
- CARALHO! – bati com força na mesa do meu escritório. –
Estou cansado de ouvir isso, que merda.
- Eu concordo com o seu pai. – minha mãe disse pra
completar.
- Eu não preciso ficar ouvindo essas besteiras. – disse
irritado.
- Precisa sim. – meu pai disse. – Pra vê se você cria
vergonha na sua cara e comece a dar valor a mulher e o filho que tem. Você não
é mais um moleque Justin, você é um homem agora. Comece a agir feito um.
- O que custava desculpar a Mellanie? Seu egoísmo é maior
né? – minha mãe disse.
Respirei fundo para não mandar meus pais ir para a puta
que pariu.
- Dá pra vocês me deixar em paz? – perguntei tentando
manter a calma, porque a paciência já tinha esgotado.
- Escute só Justin, admiro a Mellanie por bater de frente
com você, porque se fosse outra enfiava o rabo entre as pernas e ficava te
obedecendo. Eu espero que ela não volte tão cedo pra ver se você aprende.
- Eu vou buscá-la. – travei o maxilar.
- Não vai porra nenhuma. – meu pai rebateu. – Deixa de
fogo no cu e deixa a Mellanie ficar pelo menos um dia em paz.
- Mas eu vou buscá-la. – rebati.
- Que seja! Mas hoje você vai ficar em casa pensando nas
merdas que fez. – meu pai disse por fim saindo do meu escritório junto com a
minha mãe.
Mellanie só me dá dor de cabeça. Que caralho. Peguei meu
celular e liguei para o Ryan, que logo atendeu.
- Diz, bro. – ele disse.
- Prepare o jato, vou para a Rússia amanhã. – disse.
- O que você vai fazer lá? – ele perguntou.
- Buscar a vadia da Mellanie. – disse com ódio.
- A Mellanie foi para a Rússia? – ele perguntou perplexo.
– Como foi isso?
- Caralho Ryan. Não me faz pergunta e prepara a merda do
jato. – disse estressado.
- Ok ok. – ele respondeu e desliguei.
Abri a gaveta e encontrei um pacote de cocaína. Que
vontade de cheirar essa porra, mais não vou fazer isso. Amanhã quero estar bem
para buscar a Mellanie, ela vai voltar para cá nem que seja arrastada pelos
cabelos.
Mellanie’s
POV
Justo hoje que eu iria fazer uma visita a Sebastian e a
Vick, Hugh disse que eu tinha uma reunião de ultima hora com alguns magnatas
daqui da Rússia. Que ótimo. Estava marcada para às 7:00 da noite e seria no meu
escritório mesmo. Eram quatro magnatas que estavam a fim de fazer parceria.
Enquanto não dava o horário, eu brincava com o Jason. Nós passamos o dia todo
brincando, e já era notável o seu cansaço.
- Quer comer alguma coisa, bebê? – o perguntei e ele
negou com a cabeça.
Jason se aninhou em meu peito e ficou brincando com meus dedos.
- Papai vai demolar? – ele perguntou.
- Não amor. – disse por fim.
Ele fechou os olhinhos e minutos depois já estava
dormindo. O arrumei na cama e fui tomar um banho. Coloquei uma calça colada ao
corpo e uma blusa de mangas, que frio terrível. Calcei botas e penteei meus
cabelos. Quando terminei fui para o escritório esperando os magnatas. Às 7:00
em ponto, bateram na porta.
- Pode entrar. – disse.
A porta foi aberta por Hugh, e em seguida vinham mais
quatro homens.
- Boa noite, Mellanie. – Hugh disse. – Aqui estão os
senhores.
- Ótimo. Sentem-se. – disse olhando para eles que
pareciam meio intimidados comigo. Os quatro sentaram a minha frente e Hugh
sentou-se no sofá.
- Estamos muito honrados por você ter nos recebido. – um
deles disse.
- Eu sei. Agora façam valer a pena essa reunião. –
respondi séria.
Eles começaram a me falar sobre suas propostas. A reunião
durou uma hora, mais foi interessante. Fechei acordo com os quatro magnatas,
Hugh foi para a sua casa e fiquei no escritório respondendo e-mails de Los
Angeles. Encarei uma carteira de cigarros que Hugh havia esquecido no sofá e
pela primeira vez ela me parecia convidativa. Dizem que tira o estresse, e era
disso que eu precisava. É o fim dos tempos mesmo, eu odeio cigarro mais estava a
fim de fumar um. Peguei a carteira e voltei a sentar na minha cadeira, tirei um
cigarro e procurei um isqueiro. Achei um dentro das gavetas, coloquei o cigarro
entre os lábios e o acendi. Não deve ser tão difícil fumar cigarro, traguei e
me engasguei com a fumaça.
- Que droga. – disse tossindo com os olhos marejados. –
Como conseguem gostar disso? – resmunguei e fiz outra tentativa.
Dessa vez eu não me engasguei com a fumaça. Grande
progresso, dei risada de mim mesma. Traguei mais uma vez e depois soltei a
fumaça lentamente. Nada mal. Peguei meu celular para ver se tinha alguma
chamada perdida do Justin e nada.
- Porque você está fumando essa porra?
Levei um enorme susto ao ouvir aquela voz aborrecida
invadir o escritório. Era Justin, ele não estava fumando, mas estava quase
soltando fumaça pelo nariz.
- O que você está fazendo aqui? – perguntei atordoada. –
Aliás, como entrou aqui?
- Você não me ouviu? – ele perguntou ignorando minhas
perguntas.
- Porque deu vontade. – respondi.
- Larga essa porra agora, Mellanie. – ele ordenou e
arqueei as sobrancelhas.
- Que drama. É só um cigarro. – disse com desdém e
traguei de novo vendo Justin fechar os punhos.
- Eu vou fazer você engolir essa merda. – ele disse em
passos apressado vindo até a mim e tomando bruscamente o cigarro da minha mão.
- CARALHO! – gritei. – NEM AQUI EU TENHO PAZ?
- Cala a boca. – ele disse e jogou o cigarro no chão
pisando em cima. – Eu não quero ver você fumando mais essa boceta, entendeu? –
ele disse irritado.
- Você só veio pra criar caso porque eu estava fumando? –
perguntei cruzando os braços.
- Não, eu vim pra devolver isso aqui. – ele disse tirando
a minha aliança de dentro do bolso. – Se você tirar mais uma vez, eu vou colar
ela no seu dedo.
Ele puxou a minha mão e colocou sem nenhuma delicadeza no
meu dedo.
- Porque está chateado? Eu que deveria estar. – disse
puxando minha mão.
- Porque você me deixou. Quer mais algum motivo? – ele
perguntou rude.
- Você me humilhava todos os dias. Queria que eu ficasse
aguentando até quando? – perguntei irritada.
- Eu só queria que você se arrependesse por ter me
escondido tudo isso. – ele disse abrindo os braços.
- Não Justin, eu não me arrependo. Se eu pudesse voltar
no tempo, você não saberia disso aqui. Eu prometi para o Yure que não contaria
nada, ele só queria me proteger.
- PROMETEU PARA UM FILHO DA PUTA MORTO? – ele gritou
debochado.
Quando dei por mim, já tinha acertado um tapa no rosto do
Justin.
- NÃO FALE DELE ASSIM. VOCÊ ESTÁ NO PAÍS DELE, NA CASA
DELE, NO ESCRITÓRIO DELE E EU EXIJO QUE VOCÊ O RESPEITE. – esbravejei. Justin
me olhou com a mão no rosto, vai ficar uma bela marca dos meus dedos. – Eu não
escolhi ser dona disso tudo e ter uma máfia para comandar, mas o Yure cuidou de
mim como se eu fosse sua filha e eu não iria desapontá-lo recusando isso. Você
não consegue colocar isso na cabeça, Justin? Me diz, onde que eu falhei com
você? Me diz se eu fui uma má esposa? Me diz quando eu não te perdoei pelas
merdas que você já fez comigo? Me diz se eu sou uma péssima mãe pro Jason? Me
diz quando eu virei as costas quando você mais precisava? Me diz, Justin. Eu
preciso saber o porquê de tanto ódio vindo de você. – disse tudo o que estava
entalado. Meu peito subia e descia devido a minha respiração acelerada.
Justin me encarou e virou as costas.
- Você mentiu para mim, Mellanie. Mentiu! – ele murmurou.
- EU JÁ PEDI DESCULPAS JUSTIN. PUTA QUE PARIU. QUER QUE
EU ME RASTEJE NO CHÃO PEDINDO O SEU PERDÃO? VAI TOMAR NO CÚ. QUER SABER? VOCÊ
QUE ME DEVE DESCULPAS POR TER SIDO TÃO ESTÚPIDO COMIGO. VOCÊ E AS MENINAS ME
CRUCIFICARAM POR CAUSA DISSO. EU TO CANSADA, EU QUERO QUE VOCÊS SE FODAM.
Parti pra cima dele batendo com força em seu peito. Eu
precisava descontar a minha raiva que eu estava sentindo. E seria descontada no
causador disso tudo.
- EU ODEIO VOCÊ SEU FILHO DA PUTA! ODEIO! – disse com a
voz embargada do choro.
- PARA COM ISSO! FICOU LOUCA? – Justin gritou tentando
segurar meus pulsos.
- EU VOU TE MATAR, CACETE! – gritei de volta acertando
tapas nele.
- Para de gritar! – ele disse, e não dei ouvidos a ele.
Estava mais concentrada descontando minha raiva dele. – CALA A BOCA CARALHO. –
ele esbravejou conseguindo segurar em meus pulsos.
Me debati tentando me soltar dele.
- NÃO VOU CALAR NÃO. ME SOLTA PORRA, ME SOLTA AGORA. EU
VOU TE ARREBENTAR JUSTIN, POR TUDO O QUE ME FEZ PASSAR.
- VAI CALAR SIM! – ele gritou no mesmo tom que eu.
Justin soltou uma das minhas mãos e com sua mão livre
alcançou meus cabelos, entrelaçando seus dedos nos mesmos e trazendo meu rosto
pra perto do seu. Rapidamente Justin colou nossos lábios, não cedi passagem e
nem me movi. Eu estava com raiva dele e não queria beijá-lo. Tentei me afastar
dele, mas Justin apertou minha cintura com força e mordeu meu lábio inferior
com força também. Grunhi liberando passagem para sua língua. Resisti o máximo
que pude, mas acabei me deixando levar pelo beijo. Quantos dias que não nos
beijamos? Perdi até as contas. Justin me beijava com desejo e desesperadamente.
Eu mal conseguia acompanhar o movimento dos seus lábios sob os meus. Suas mãos
estavam em minha cintura apertando com força, friccionando minha intimidade em
seu membro. Minhas mãos estavam estáticas em seu peito. Ele chupou minha língua
com força e juro que quase senti minha calcinha inundar. Reage Mellanie. Me dei
conta da merda que estava fazendo e o empurrei para longe de mim, senti meu
lábio arder.
- Você feriu meu lábio. – disse em reprovação passando o
dedo no mesmo.
- Se você tivesse cedido, eu não teria mordido. – ele
disse em pura ironia.
- Você é um idiota. E esse beijo não muda nada. – disse
com raiva.
- Não era pra mudar algo, era pra você calar a boca. – ele
deu de ombros.
- Já fez o que tinha que fazer? Agora volte para Los
Angeles. – cruzei os braços.
- Você vai voltar comigo. - ele disse normalmente.
- Eu não vou agora. – disse séria.
- Tudo bem, não me importo passar alguns dias aqui.
Aliás, gostei da mansão. – ele disse com desdém. – Onde está meu filho?
- Você é muito cínico mesmo. Age como se nada tivesse
acontecido.
- Pra mim esse assunto está morto e enterrado.
- Então me peça desculpas. – disse e ele arqueou as
sobrancelhas.
- Não vou pedir nada.
- Peça agora, ou eu aviso pra Rússia inteira que Justin
Bieber está aqui. Você sabe o quanto os Russos amam a família Bieber né? –
disse irônica.
- Você que sabe. Quem vai chorar sob o meu caixão será
você. – ele disse me olhando.
Eu não gostava nem de imaginar essa cena. Eu preferia
morrer ao invés de presenciar isso.
- Você é louco Justin. Sabe muito bem que não pode pisar
em solo Russo. – disse.
E era verdade. Havia russos que queriam a cabeça dele em
uma bandeja. Justin não fez nada contra eles, mais Jeremy tem um passado
tenebroso aqui.
- Claro que eu posso. Não é você que manda nessa porra?
Se fizerem algo comigo a culpa será sua. – ele disse e o olhei perplexa.
- Tem razão. Eu mando aqui, então posso muito bem mandar
te deportar para Los Angeles.
- Se você tentar fazer isso, eu saio nas ruas de Moscou e
você fica viúva. – ele também cruzou os braços.
- Seu imbecil. – esbravejei com raiva. – Como entrou
aqui? Nem russo você fala.
- Eu cheguei ao portão e liberaram a passagem. Eles já me
conheciam e eu não conhecia nada disso aqui.
- Eles sabem que nós somos casados, por isso que deixaram
você entrar. – disse revirando os olhos.
- Quem tem moral é outra coisa. – ele disse convencido. –
Onde está o Jason?
- Está dormindo. – respondi. – Não vai me pedir
desculpas? – fiz a última tentativa.
- Talvez eu peça enquanto você rebola no meu pau. – ele
sorriu mordendo os lábios.
- Vai se foder. – disse e Justin riu, caminhei até a
porta e a abri. – Cai fora daqui.
- Eu estava brincando. – ele disse rindo e parou em minha
frente. – Eu não deveria porque você sacaneou comigo, mas, desculpa pelas
coisas que eu disse. Você me desculpa? – ele disse encarando meus olhos.
- Não. Eu não te desculpo. – disse saindo do escritório.
- O quê? – ouvi Justin vindo atrás de mim. – Você pediu
para eu pedir desculpas, porra.
- Eu só vou te desculpar, quando eu achar que você
merece. – disse enquanto caminhava em direção as escadas.
- Você só pode estar brincando com a minha cara. – ele
disse incrédulo.
- Você também não me desculpou quando eu pedi desculpas.
Nada mais justo, Justin. – disse descendo as escadas.
- Filha da puta. – ele me xingou.
- Não xinga a minha mãe, caralho. – disse irritada.
- Eu quero matar você. – Justin respondeu atrás de mim.
- Não me enche que eu não sou balão. – disse e cheguei
até a sala, dando de cara com Chris, Ryan e Chaz. – Sabia que vocês viriam
também.
- Oi Mellanie. – eles disseram ao mesmo tempo.
- Quando você disse que ia embora na boate, eu não sabia
que você viria embora para cá. – Chris disse levantando-se e me abraçando.
- Nem eu. – disse rindo fraco. – Vocês não estão com
fome?
- Estamos. – Ryan disse.
- Não imagina o quanto. – Chaz disse.
- Vamos para a cozinha então. – disse e eles se
levantaram.
Justin estava no sofá puto de raiva.
- Gostei da casa. – Chris disse olhando tudo e
acompanhando os garotos.
- Você não vai jantar? – perguntei ao Justin.
- Não fala comigo que eu não quero falar com você. – ele
disse e eu quase ri da sua infantilidade.
- Tudo bem, quem vai ficar com fome não sou eu. – dei de
ombros e acompanhei os garotos ensinando o caminho da cozinha.
Mandei as empregadas servirem. Eram três, e Chris comeu
as coitadas com os olhos.
- Que delícia. – Chris disse.
- Está bom mesmo. – Ryan disse dando uma colherada na
comida.
- Estou falando das empregadas. – Chris disse e
gargalhamos.
- Sabe, estava pensando em levar vocês ao armazém amanhã.
– disse enquanto olhava eles comer.
- Armazém? – Chaz perguntou.
- Isso. Aqui não temos galpões, temos armazéns enormes.
Eu quero que vocês aprendam com os melhores. – respondi.
- Mellanie, nós somos os melhores. – Ryan disse.
- Vocês vão ver que não. – disse rindo.
- Justin não vai gostar disso. – Chris disse com a boca
cheia.
- Eu me resolvo com ele. Vão querer ir? – perguntei.
- Eu topo. – Chaz disse.
Ryan e Chris assentiram com a cabeça.
(...)
- Escolham onde querem dormir. Tem vários quartos aí. –
disse para os garotos, estávamos no corredor.
- Ótimo. Preciso descansar mesmo. Boa noite. – Chris
disse.
- Você não me disse onde está o Jason. – Justin disse.
Nem precisei dizer, pois Jason começou a chorar. Justin
seguiu o choro do Jason e entrou no meu quarto.
- Que horas vamos sair? – Chaz perguntou.
- Umas oito horas. – respondi.
- Tá bom. Boa noite. – ele disse.
- Boa noite Mellanie. – Ryan disse por ultimo.
- Boa. – respondi.
Cada um foi entrando em um quarto e entrei no meu. Justin
estava com Jason nos braços o acalmando.
- Diz pro papai o que aconteceu. – Justin disse manso
fazendo carinho nas costas de Jason.
- Jason dodói. – Jason respondeu e achei uma graça ele se
referir como se não fosse ele.
- Onde dói? – Justin perguntou.
- Ati papai. – ele disse colocando a mão na barriga.
- O que andou dando pro Jason comer? – Justin perguntou.
- Nada ué. Ele nem quis jantar. – respondi. – Vou
banhá-lo.
- Eu faço isso. – Justin disse todo arrogante.
Revirei os olhos.
- Tá ok. – respondi e fui até a mala de Jason pegando um
remédio que a pediatra receitou.
Aproveitei e separei um pijama para Jason. Esperei Justin
dar banho nele enquanto via alguma coisa na TV. Justin saiu do banheiro com
Jason enrolado em uma toalha.
- Vem Jason. – estirei os braços e ele recusou. – Tá bom
né.
Justin o vestiu e deitou com ele na cama.
- Abre a boca pra tomar o remédio. – disse balançando o
vidrinho. Era um conta-gotas.
Jason abriu a boca e colocou a língua pra fora. Pinguei
cinco gotinhas na sua língua e ele passou a língua nos lábios aprovando o
sabor.
- Quelo mais. – ele disse.
- Mais não pode. – disse.
Jason fez biquinho, mas não cedi.
- Vou buscar minha mala lá em baixo. – Justin disse.
- Tamem. – Jason respondeu.
- Já a deixaram aqui. – apontei para o canto do quarto.
- Posso tomar banho, por acaso? – Justin perguntou
irônico.
- Deve. – disse. – Vem com a mamãe, Jason.
Jason desgrudou do Justin e ele foi tomar banho. Liguei a
TV e deixei Jason assistindo enquanto fui colocar uma roupa para dormir. Aqui é
sem condições dormir com pijama curto, faz muito frio. Coloquei uma calça de
moletom e uma camiseta. Voltei para cama e o aninhei em meus braços.
- Tendo nada mamãe. – ele disse apontando para a TV. Dei
risada.
Minutos depois Justin saiu do banheiro. Ele usava uma
calça também de moletom.
- Ainda tem quartos de hóspedes desocupados. – disse.
- Se eu quisesse dormir em quarto de hóspedes já teria
ido. – ele disse rude.
- Ui, foi mal. – disse segurando o riso.
Justin deitou do outro lado da cama, o mais longe
possível. Criança. Comecei a fazer cafuné em Jason enquanto ele tagarelava com
o Justin. Trinta minutos se passaram e quem estava quase dormindo era eu.
- Mamãe? – Jason me chamou. Abri os olhos e o olhei.
- Hm? – murmurei.
- Eu to com fome. – ele disse.
- Jason, você não estava com dor de barriga?
- Passou mamãe. Agola to com fome.
- Porque você não pede o seu pai pra ir à cozinha? –
perguntei preguiçosa.
- Porque a casa é sua. – ouvi Justin responder.
- Quanta grosseria. – resmunguei e com muito esforço me
levantei.
- Eu só disse que a casa é sua.
- Justin, não me estressa e levanta também. – disse
aborrecida.
- Vamo papai. – Jason disse.
Justin levantou-se resmungando e pegou Jason nos braços.
Chegamos à cozinha e fui ver o que tinha para comer. Encontrei bolo na
geladeira, coloquei em cima do balcão e peguei suco. Cortei um pedaço para
Jason, ele logo levou até a boca. Coloquei suco em um copo e Justin deu para
ele.
- Não vai comer nada? – perguntei ao Justin.
- Se eu quisesse já estava comendo. – ele respondeu.
- Sua grosseria só vai piorar nossa situação. – disse
dando de ombros.
Justin bufou e cortou um pedaço de bolo. Observei os dois
devorar o bolo, preferi tomar apenas suco.
(...)
Acordei com o despertador do celular. Sete horas da manhã
e o frio estava cruel. Jason dormia no meio da cama, todo esparramado. Uma de
suas mãos estava no rosto do Justin.
- Justin! – o chamei. – Acorda.
Ele nem se mexeu. Bufei.
- Justin! – o balancei e ele resmungou. – Levanta, nós
vamos sair.
- Sair pra onde porra? – ele perguntou com seu belo humor
matinal.
- Levanta que você vai saber. – disse.
- Puta que pariu em. – ele disse e levantou-se cambaleando até o banheiro.
Esperei ele terminar de tomar banho e fui tomar o meu.
Quando saí do banheiro, ele não estava mais no quarto. Me arrumei e caprichei
no look. Depois de algum tempo iria ver o armazém. Jason ainda dormia. Saí do
quarto e desci as escadas, não encontrei ninguém na sala, fui para a cozinha e
encontrei os garotos já tomando café, Justin estava com eles.
- Bom dia. – disse.
- Wooooooow, que belo dia. – Chris disse me olhando de
cima a baixo.
- Christian, só não esqueça que tem uma faca na minha
mão. – Justin disse devido ao comentário do Chris.
- O que é bonito, tem que se elogiar. – Chaz disse.
Dei risada e me sentei colocando suco de laranja para
mim.
- Aonde vamos mesmo? – Justin perguntou.
- Você vai saber daqui a pouco. – disse e ele bufou.
(...)
- Onde estamos? – Justin perguntou impaciente ao
chegarmos ao armazém.
- Aqui é basicamente o núcleo de toda a máfia Russa. –
disse saindo do carro.
- Você só pode estar de brincadeira com a minha cara. –
Justin disse debochado.
- Nem começa bro, Mellanie vai nos mostrar coisas que
podemos usar em Los Angeles. – Ryan disse.
- Vamos aprender coisas novas. – Chaz disse.
- Meu ovo. – Justin murmurou.
- Me acompanhem. – disse e passei na frente.
Chegamos até a entrada e tinha que fazer uma revista.
- O que é isso? – Chris perguntou.
- É apenas uma revista por questão de segurança. –
pisquei.
- Esses machos vão nos apalpar? – Chaz perguntou e
assenti dando risada.
- Eles não vão tocar em você né?! – Justin perguntou
rapidamente.
- Não baby, vocês que são visitas aqui. – disse.
Os garotos foram revistados e depois fui atrás.
- Acho que um deles é viado. Apertaram meu pau. – Ryan
disse e gargalhei.
Mais na frente encontrei Hugh.
- Bom dia. – disse em russo.
- Bom dia Mellanie. – ele respondeu sorrindo. – Visitas?
- Vamos mostrar um pouco disso para eles. – disse.
- Dá pra falar direito? Esse cara deve estar te cantando
e eu não to entendendo nada. – Justin disse impaciente.
- Ele só está me dando bom dia, Justin. – disse em
inglês.
- Só se for para ele, porque meu dia está péssimo. –
Justin reclamou.
- Fica calado. – disse para ele.
- Isso aqui é muito grande. – Chaz disse boquiaberto.
- Vamos Mellanie, todos querem ver você. – Hugh disse em
russo.
Assenti com a cabeça.
- Me sigam. – disse para os garotos.
Caminhamos até uma plataforma, e lá em baixo ficavam meus
homens. Subimos na plataforma e ela foi descendo.
- Isso é muito macabro. – Chris disse e dei risada.
Chegamos em baixo e sorri ao ver todo o meu pessoal.
- Cacete! – ouvi Chaz exclamar. – Que tanto macho
reunido.
- Quantos têm, Hugh? – o perguntei.
- Três mil homens. – Hugh disse sorrindo.
- Está vendo Justin? É por isso que não abandono tudo
isso, eu não posso desempregar três mil homens. Eles também têm filhos que nem
a gente. – disse o olhando.
- Parecem aqueles soldadinhos de chumbo. – Ryan disse
abismado.
Realmente pareciam mesmo. Todos estavam fardados com o
símbolo da máfia Russa estampado no peito. Era uma rosa dos ventos e dentro tinha
a letra R.
- Я вернулся. (Estou de volta). – disse em alto e bom
tom.
Todos começaram aplaudir e um sorriso enorme se formou em
meu rosto. É bom estar de volta.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Oooooi Lifes! Acho que não demorei muito né? Como vocês estão? ( PS: Suas vadias vocês nunca me respondem isso nos comentários)
O que acharam desse capítulo? Eu gostei, Justin tomou no cú.
We heart it
Só mais uma coisinha: AMEI OS COMENTÁRIOS. TODOS LINDOS. AMO QUANDO VOCÊS COMENTAM, CONTINUEM ASSIM.
E a taaaag de hoje é tchan tchan tchan:
#MelNãoLiberaAPpka
Adorei esse capítulo. Espero que tenham gostado. Milhões de beijos.
Amo vocês ♥