Fanfics - Justin Bieber

domingo, 20 de setembro de 2015

Dangerous Life 2° - Capítulo 40 - Truce

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Acordei com o Jason no meio da madrugada pedindo para ir ao banheiro e depois disso não consegui mais dormir. Jason logo voltou a dormir e Justin estava em um sono bastante pesado. Continuei deitada encarando o teto, ontem foi um dia cheio, com direito a quase morte do Justin. Talvez por isso que eu não conseguia voltar a dormir. Olhei no relógio do criado-mudo e marcava 4:29 da manhã, suspirei e mudei de posição diversas vezes para ver se o sono chegava. Só às 5:20 da manhã que eu consegui pregar os olhos.

- Mamãe, mamãe. – ouvi Jason me chamar.

- Jason, deixe sua mãe dormir. – era a voz de Justin.

- Abom. – Jason reclamou com a voz chorosa.

Apertei meus olhos com força e depois os abri, dando de cara com Jason em cima de mim, seus olhos azuis me olhavam com curiosidade.

- Ela acodô. – ele disse batendo palminhas.

- Bom dia, meu príncipe. – disse beijando sua testa.

- Jason quer comê. – ele disse e ri fraco.

- Jason sempre quer comer. – disse.

- Bom dia, Mellanie. – Justin disse com a voz rouca e direcionei meu olhar para ele.

Tinha alguns hematomas da surra de ontem em seu rosto, na região dos olhos e no supercílio.

- Bom dia, Justin. Como se sente? – perguntei me espreguiçando e tirando Jason de cima de mim.

- Quebrado e bastante dolorido. – ele resmungou.

- Acho que não preciso te lembrar o que aconteceu ontem né? – me levantei da cama.

- Eu sei o que aconteceu. – ele revirou os olhos.

- Eu vou levar os garotos para o armazém e depois eu volto. Você fica aqui em casa. – disse indo para o banheiro.

- E eu tenho escolha? – o ouvi perguntar.

- Não tem não. – respondi. – Vem tomar banho, Jason.

Jason se escondeu debaixo do edredom, todo encolhido.

- Não sabia que tínhamos um porquinho na família. – disse indo buscá-lo.

- Naum quelo. – Jason choramingou.

O descobri e estendi os braços. Ele começou a chorar e subiu em cima do Justin.

- Ai Jason. – Justin reclamou. – Vai tomar banho com a sua mãe. – ele tentou convencê-lo, mas o que ganhou em troca foi o choro do Jason.

- Naaaaum. – Jason disse chorando.

- Deixa, depois eu tomo banho com ele. – Justin respondeu enquanto Jason escondia o rosto em seu peito.

- Tudo bem. – disse e fui para o banheiro.

Lavei o rosto, escovei os dentes, me despi e fui para debaixo do chuveiro. A água quente fazia meu corpo toda relaxar. Queria ficar ali por horas, mas eu tinha coisas para fazer. Ouvi a porta do banheiro ser aberta, pelo box embaçado do banheiro vi Justin.

- Justin! Eu estou tomando banho. – disse.

- Não tem nada ai que eu não tenha visto. – ele disse com desdém.

- O que você quer? – perguntei.

- Eu só vim urinar, pode continuar ai seu banho.

Já que era só isso, continuei a tomar meu banho. Justin fez o xixi dele e depois saiu do banheiro. Desliguei o registro e peguei um roupão, me enrolando. Saí do banheiro, Justin estava passando os canais e Jason mexia no seu celular. Fui para o closet e me vesti. Coloquei uma calça jeans justa, uma blusa de mangas e botas. Meus pés também sentem frio.

- Eu não vou demorar. Se precisar de alguma coisa, me liga. – disse para Justin.

- Ok. – ele murmurou.

- Ah, tomem banho e comam algo.

- Já estamos indo.

- E o curativo?

- Eu me viro. Pode ir. – ele disse ainda mudando os canais.

- Tudo bem. Tchau Jason. – ele me olhou e deu tchau com a mão. – Tchau Justin.

- Tchau, Mellanie. – ele disse sem me olhar.

Saí do quarto e desci as escadas. Chegando a cozinha, encontrei os garotos já tomando café e conversando.

- Bom dia. – disse me sentando.

- Bom dia. – eles responderam de volta.

- E o Justin? Como está? – Ryan perguntou.

- Ele disse que está bastante dolorido, também não é pra menos né, ele apanhou muito ontem. – disse enchendo meu copo de suco.

- Eu ainda não entendi porque os Biebers são tão odiados aqui. – Chaz disse.

- Pelo que eu fiquei sabendo, quando Jeremy comandava o império Biber, ele veio para cá em busca de sócios. Só que ele acabou arrumando uma confusão com uma gangue daqui, fez negócios e passou a perna neles. Levou uma grande quantidade de mercadorias de armas e não pagou. Desde então, se algum Bieber ousar pisar por aqui, qualquer gângster tem permissão de executá-lo. Jeremy era muito sacana antes, tinha até uma dívida enorme com o Yure, depois que eu passei a me envolver com o Justin, eu perdoei essa dívida.

- Eita porra. Não sabia que o Jeremy já tinha aprontado tudo isso. – Chris disse abismado.

- Isso faz algum tempo. Em outro caso isso seria esquecido, mas os russos não esquecem os inimigos. – respondi.

- Nós percebemos isso. Se não fosse você, Justin estaria debaixo de sete palmos agora.  – Ryan concluiu.

- Deus me livre. – disse e eles riram.

Terminamos de tomar café e nos direcionamos para o armazém. Hoje seria o segundo dia de treinamento deles, Justin obviamente não ia poder treinar por alguns dias.

- São quantos dias de treinamento? – Chris perguntou assim que chegamos lá.

- São alguns meses de treinamento Chris, mas como vocês já sabem de muita coisa e estão aprendendo apenas técnicas de rápida defesa, vai ser só essa semana. – respondi.

- Que bom. Gostei da Rússia, mas esse frio aqui está matando. Prefiro o calor de Los Angeles. – Chris disse.

- Concordo contigo, bro. Sem falar que a Lilly toda hora me perguntando quando vamos embora. – Ryan disse.

- E a Caitlin também. – Chaz completou.

- Ainda bem que não devo satisfações a ninguém. – Chris disse mexendo no casaco.

- Acho que você vai ficar pra titio, Chris. Até o Jaxon está namorando e você nada. – disse rindo.

- Vishhh, cara. – Ryan bateu no ombro ele.

- Entendam, eu não estou preparado para um relacionamento, eu gosto da minha vida de solteiro. – Chris se defendeu e rimos.

- Irmão, será que você é viado? – Chaz perguntou, rimos e Chris fechou a cara.

- Cala a boca, corno. – Chris o xingou.

Ryan gargalhou. Chegamos até a sala de treinamento com o Chris e Chaz trocando xingamentos e empurrões.

- E o Bieber, pequena Margosha? – Edik perguntou sentindo a ausência de Justin.

- Ontem ele fez uma grande merda. Bebeu e resolveu sair pelas ruas de Moscou, ele é um Bieber e quase pediu pra morrer. – disse.

- E não fizeram nada? – Edik perguntou curioso.

- Sim, deram uma surra nele e ainda foi acertado com um tiro, só que foi de raspão.

- Ele teve sorte que não o mataram.

- Foi isso que eu disse a ele. Enfim, aqui estão os garotos para continuar o treinamento, como você é o único que se comunica com eles, quando terminar de treinar pode ir deixá-los em casa? Vou ficar pouco tempo aqui. – disse.

- Claro que sim, não se preocupe com isso. – Edik disse.

- Ok. – sorri. – Obrigada. – o abracei.

- Imagina. – Edik afagou meus cabelos.

- Meninos, se comportem. – disse para eles que estavam conversando afastados.

Eles bateram continência e dei risada saindo. No meio do caminho encontrei Hugo, ele me perguntou como Justin estava e depois fomos ver Sebastian e Vick, hoje eu estava a fim de dar umas chicotadas neles.

Adam’s POV

Posso dizer que foi obra do destino quando encontrei Emily naquela festa e na mesma noite conheci Mellanie, Caitlin e Lilly. Emily não era uma desconhecida para mim, eu a conhecia muito bem. Digamos que tínhamos um relacionamento quando morávamos no Texas e tudo acabou quando ela me disse que estava grávida e sumiu do mapa. Naquele tempo eu já exportava bebidas, e eu realmente não prestava, mas com a Emily era diferente. O jeito toda certinha de certa forma tinha me encantado. Mas o sentimento que eu talvez sentisse por ela, tomou lugar à raiva por ela ter sumido com um filho meu em seu ventre. Nem a família dela sabia do seu paradeiro. Como os negócios não estavam indo bem no Texas, resolvi vir para Los Angeles, fazia poucos dias que eu havia chegado e um colega me convidou para uma festa. Foi lá que eu a vi. A minha vontade era de ir tirar satisfações e perguntar que porra deu nela para ter ido embora do Texas.

Mas eu simplesmente fingi que não a conhecia. Fiz logo amizade com as garotas, e certo dia Mellanie resolveu marcar de nós sairmos. Emily fingiu muito bem em demonstrar que não me conhecia, assim como eu. Pela primeira vez eu estava vendo o meu filho, o Henry. Depois, eu procurei o seu endereço e fui tirar sim as satisfações.

Bati impaciente na porta e minutos depois ela foi aberta. Emily me olhou surpresa.

- Porque a surpresa, Emily? – perguntei sarcástico.

- O que você está fazendo aqui? – ela perguntou e fui logo entrando.

Olhei em volta e era um bom apartamento. Mellanie foi caridosa com ela.

- Onde está o Henry? Eu vim vê-lo. – disse a olhando.

- Me responde! – ela exigiu com as mãos na cintura.

- Cala a boca que você não tem direito nenhum de exigir algo. – disse exaltando a voz. – Primeiro você vai me responder o porquê de ter sumido com o meu filho.

- O filho não é seu! Meus pais me expulsaram de casa quando descobriram a gravidez, queria que eu ficasse no meio da rua?

- Porque não me procurou? Não fui eu que fiz? Eu iria assumir. 

- Ah claro que eu ia querer que meu filho nascesse em meio daquelas vadias. – ela disse.

- Como se você não fosse uma né? – perguntei a olhando.

- Adam, se você veio aqui para me ofender, pode ir embora.

- Pensa que vai ser fácil se livrar de mim dessa vez? Nós vamos sempre nos encontrar por aí. Aliás, eu quero ver o meu filho.

- Eu já falei que ele é meu filho, não seu. Você não cuidou, você não...

- PORQUE VOCÊ NÃO DEIXOU! – gritei e ela se calou. – Afinal, como você conheceu a Mellanie em? – perguntei curioso. O mundo não poderia ser tão pequeno.

- Isso não te interessa!

- Interessa sim, vai abrindo logo a boca. – disse a olhando.

- Quando eu vim para cá, nem emprego eu tinha. Então eu procurei emprego em uma boate que fazia pouco tempo que tinha sido inaugurada, eu tive que me prostituir para dar comida ao Henry.

- Se prostituiu porque quis. – a cortei.

- O dono era o Renan, como a Mellanie e ele são inimigos, ela colocou fogo na boate e pegou todas as meninas que trabalhavam lá. Nos levaram para o galpão, quando a Mellanie disse que nós íamos trabalhar de graça eu praticamente gelei. Sem dinheiro o Henry iria passar fome, eu não sei, mas de alguma forma ela notou meu desespero e me chamou para fazer um serviço para ela.

- Que serviço? – perguntei curioso.

- Ela quer falir o Renan, então pediu minha ajuda para conseguir o máximo de informações na casa dele.

- Então agora vai dar pro Renan também? – perguntei irônico.

- A Mellanie foi muito boa para mim, então tudo o que ela pedir eu farei. E eu não quero que ela saiba que a gente já se conhecia e que você é o pai do Henry.

- Tanto faz, desde que eu possa ver o Henry. Eu tenho direito como pai.

- Tudo bem. Isso eu não vou proibir.

- Como se você pudesse Emily...

Desde aquele dia, sempre que eu podia eu ia ver o Henry. Ele tinha que se acostumar com a ideia de que agora ele tinha um pai, apesar dele ser muito novinho. Emily mal ficava em casa, estava sempre com o Renan. Eu não dava à mínima, só o que me interessava era o meu filho. Ela podia fazer o que quisesse da vida dela. Tivemos sim um relacionamento, mas era só sexo, não sentia e não sinto nada por ela. Mantínhamos esse segredo a sete chaves. Emily concluiu o plano de falir o Renan, mas no início o plano não era mais esse. Renan conseguiu manipular ela, e quase que ela se bandeava para o lado dele.

- Eu tenho pena de você quando a Mellanie descobrir isso, Emily. – disse enquanto brincava com o Henry.

- Adam, ela tem muito e nem vai desconfiar se pegarmos um pouco. – ela sorriu gananciosa.

- Claro que vai, deixa de ser burra! Não sei como você ainda dá ouvidos ao Renan.

- Mas ele tem razão. Você sabe o que ela já fez com ele? Nossa, eles eram amigos e...

- Quer dizer que o Renan se fez de vítima para te convencer? – perguntei e ri sem humor. – Acho que vou começar a acreditar que toda loira é burra. – disse e ela fechou a cara.

- Não me chama de burra!

- Eu chamo porque é isso que você é. A Mellanie te ajudou em troca da sua ajuda para dar o golpe no Renan e você quer fazer ao contrário. Tem merda na cabeça é? Tudo bem, conclua o seu plano com o Renan, mas fique sabendo que eu serei o primeiro a ver a Mellanie cortando sua cabeça, você não a conhece Emily.

- Se ela descobrir, eu digo que ele me obrigou.

- Eu digo que é mentira na sua cara. Se você continuar com essa ideia maluca, eu vou levar o Henry embora daqui, não quero que ele seja criado por uma vadia golpista.

Emily resolveu me ouvir e não fez uma besteira. Mellanie com certeza a mataria. Enfim, fingi que estava a fim da Caitlin só para não levantarem suspeitas de nada, mas ela preferiu ficar com o otário do Charles. Aquele imbecil não me desce. Tive que viajar a negócios para a Espanha, dias depois Emily me liga dizendo que iria viajar para o Texas e se redimir com a família. Ela é uma piada. Voltei para Los Angeles quando a bomba explodiu sobre a Mellanie ser a Presidente da Máfia Russa. Quando eu penso que ela não poderia ser mais foda, fico sabendo disso. Ela é foda, mas o Bieber é um trouxa. Merece mesmo é um par de chifres por tratar ela tão mal. Mellanie volta para a Rússia e é nesse intervalo de tempo que fico sabendo que a Emily era a nova gerente de uma das suas boates. Aproveitei para ir ver o Henry, e ela me surpreende dizendo que deixou o meu filho no Texas.

- Como que você faz uma merda dessa, Emily? – perguntei com ódio.

- Era melhor para ele Adam. Aqui ele não tinha uma estrutura de família. – Emily disse.

- Estrutura de família? – ri sem humor. – Você esqueceu que a sua família te colocou pra fora de casa quando soube da gravidez?

- Eu não esqueci. Eles estão arrependidos. – ela disse.

- Eu não quero saber. Eu quero que você vá buscar o meu filho o mais rápido possível. – disse a olhando fixamente.

- É melhor ele ficar lá! – ela rebateu.

- Sabe o que é melhor? Você ir buscá-lo antes que eu disque o número da Mellanie e conte toda a palhaçada que você pensava em fazer contra ela. – disse e ela engoliu a seco.

- Você prometeu que nunca iria contar sobre isso. – ela disse amedrontada.

- Eu não dou a mínima para promessas. Você deixou o Henry no Texas para nos separar, mas isso não vai acontecer. Você vai buscá-lo hoje mesmo. – ordenei.

- Hoje eu não posso, tem várias coisas para fazer aqui na boate.

- Foda-se. Coloca a outra puta que trabalha aqui para fazer e vá buscar o meu filho.

- Pense no bem do Henry, Adam... - ela murmurou.

- Eu estou pensando. Ele vai ficar bem do lado do pai dele e não de avós que o desprezou. – disse a olhando e dei as costas para sair. – Ah, amanhã eu irei ao seu apartamento e se o Henry não estiver lá, fique ciente de que a Mellanie saberá de tudo. – disse por fim e bati a porta com força.

Se ela pensa que vai me separar do Henry está completamente enganada. Emily é uma cobra, mas poucas pessoas sabem do seu veneno.

Mellanie’s POV

Cheguei em casa e fui direto para o quarto. Precisava ver como aqueles dois estavam. Abri a porta do quarto e avistei Jason pulando nu na cama e Justin tentando fazer o curativo em seu braço.

- Jason, para de pular ai. – Justin reclamou concentrado no braço.

- Deixa que eu faço. – disse fechando a porta.

- Não, eu faço. – Justin disse me olhando e depois olhou para o braço.

- Eu só queria ajudar. – dei de ombros e fui buscar uma roupa para o Jason.

O vesti e depois penteei seus cabelos.

- Ah, essa merda vai ficar sem curativo mesmo. – Justin disse irritado largando os esparadrapos.

- Vai infeccionar se deixar sem. – disse.

Ele deu de ombros, bufei e fui até ele pegando os esparadrapos.

- Você parece criança às vezes. – disse fazendo o curativo.

Ele não disse nada e ficou só observando.

- Já passou pomada nos ferimentos? – perguntei e ele assentiu. – Tomou comprimido para dor? – ele assentiu de novo. – Ótimo. Vou ter que me ocupar agora.

- Novidade. – ele revirou os olhos e foi deitar na cama. – Quando termina o treinamento?

- Daqui a cinco dias. – disse.

- Ótimo, não vejo a hora de voltar para Los Angeles. – ele suspirou.

- Eu não vou daqui a cinco dias.

- Mas eu vou voltar, se você quiser que fique aqui na Rússia. – ele disse e franzi a testa.

- Não foi você que disse que só iria se eu fosse? – perguntei.

- Foi. Mas você faz o que quiser agora, se quiser ir ou não, problema seu.

Fiquei de boca aberta com a revolta do Justin.

- Qual o seu problema? – perguntei o olhando.

- Tenho vários, inclusive em Los Angeles. – ele respondeu pegando o celular, mas logo Jason tratou de tomar.

- Eu não estou me referindo a esses tipos de problemas. Eu quero saber o seu problema!

- Eu não tenho nenhum.

- Tudo bem, Justin. – suspirei e saí do quarto.

Não entendo o porquê que ele fica chateado. Ele que sempre faz merda e depois quer que eu me sinta culpada. Fui para o escritório porque eu tinha mais o que fazer. Tinha vários e-mails para responder, tanto sobre os negócios daqui como de Los Angeles. Saí do escritório na hora do almoço e foi justamente o horário que Edik veio deixar os garotos.

- Meu Deus, eu to todo quebrado. – Chaz reclamou colocando uma mão nas costelas.

- O que aconteceu? – perguntei segurando o riso.

- Eu me desconcentrei e acabei levando um chute em cheio. – Chaz disse e gargalhei.

- Acho que ele pensou na minha irmã... – Chris disse.

- Acho que sim, estava pensando na gente fodendo e... – Chaz começou.

- Eeeepa! Vamos para com essa putaria. – Chris disse e rimos.

- Chris, tua irmã fode bem. – Chaz continuou.

- Cara, eu vou dar um chute na outra costela pra dor ser completa. – Chris ameaçou.

- Opa, parei. – Chaz disse e gargalhei.

- Idiota, sorte a tua que não tem irmã. Ia comer ela na tua frente. – Chris começou enquanto eles subiam as escadas, Ryan estava no celular.

- Eu vou te jogar lá de cima. – ouvi Chaz dizer.

- Tu é muito cuzão. – Chris retrucou.

Eles foram tomar banho para almoçar, aproveitei e fui tomar também. Justin estava dormindo com o Jason, de novo. Tomei um banho rápido, vesti uma calça de moletom e uma camiseta. Acordei os dois dorminhocos para ir almoçar, levei Jason nos braços porque ele ainda estava sonolento e Justin machucado não poderia carregá-lo. Esperamos os garotos e fomos almoçar.

(...)

Passei o resto da tarde em reuniões com sócios e o Hugh, era uma chatice só, porém necessário. Cheguei em casa por volta das 20:00, os garotos estavam na sala, Ryan e Chaz estavam falando no celular e Chris estava jogado no sofá assistindo um filme, Jason estava assistindo com ele e comendo pipoca.

- Oi gente! – disse. – Já jantaram?

- Já sim. – Chris respondeu. – Jason também, já é a segunda vez que ele come. Orgulho do tio. – disse assanhando o cabelo do Jason, que fez careta.

- Ok, então vou tomar um banho e já desço. – disse dando um beijo no Jason.

Subi e fui para o quarto. Pensei que fosse encontrar o Justin aqui, mas ele não estava. Joguei minha bolsa em qualquer lugar e fui para o banheiro. Tomei um banho demorado, vesti outra calça de moletom por causa do frio e uma blusa qualquer. Deixei meus cabelos soltos e desci.

- Vocês viram o Justin?- perguntei.

- Da última vez que eu vi, ele estava indo pra lá. – Ryan respondeu.

- Ok. – disse e caminhei para onde Ryan disse.

Era para o jardim, onde tem a piscina que quase nunca é usada. Envolvi meu corpo com meus braços sentindo o vento frio, avistei Justin sentado em uma das cadeiras de sol. Ele estava sem camisa, apenas de shorts. Ele não sente frio?

- Tá fazendo o que aqui? – perguntei me aproximando dele.

Notei uma garrafa de bebida vazia jogada no chão e Justin estava molhado.

- Bebendo de novo, Justin? – perguntei indignada.

- Idai? Eu tava afim. – ele deu de ombros, mas não me parecia bêbado.

- Entrou na piscina? Quer ficar doente?

- Como você se importasse. – ele disse assanhando os cabelos.

- Justin, o que você tem? – perguntei o olhando.

Aquela situação estava me incomodando. Somos casados e nos últimos tempos parecemos mais dois desconhecidos.

- Eu não tenho nada. – ele murmurou e baixou a cabeça fitando suas mãos entrelaçadas.
O silêncio pairou enquanto Justin permanecia de cabeça baixa.

- Olha pra mim. – pedi.

Justin negou com a cabeça e fungou. Ele estava chorando. Silenciosamente, mas estava.

- Converse comigo. – disse.

- Eu me sinto mal por tudo o que eu fiz com você. Novidade né, eu nunca te faço bem. – ele sussurrou com a voz embargada. – Eu sou um merda mesmo.

Fiquei calada ouvindo suas fungadas.

- Eu estou arrependido, porque você não me perdoa? Eu te amo tanto. – ele disse levantando a cabeça e me olhando, apesar da pouca iluminação ali dava para ver as lágrimas caindo sem parar.

Meu coração apertou de vê-lo naquele estado. Me aproximei dele ficando em sua frente, Justin mesmo sentado abraçou a minha cintura, com a cabeça encostada na minha barriga. Respirei fundo e passei minha mão entre seus cabelos úmidos. Justin estava gelado.

- Eu só queria que você sentisse um pouco do que eu passei. Que você soubesse o quanto é ruim ser desprezada por alguém que ama. – disse enquanto fazia carinho em seus cabelos. Ele continuava chorando baixinho agarrado em mim.

- Eu sei que deveria ter te apoiado, mas eu sou orgulhoso demais para isso. Me perdoa?

- Eu sempre te perdoo Justin. – sussurrei. – Agora vem, vamos entrar antes que você adoeça.

Me afastei dele e Justin passou as mãos no rosto, limpando as lágrimas e levantou-se. Passei o braço em volta da sua cintura e ele colocou seu braço em volta do meu pescoço e andamos devagar até entrar em casa. A sala estava vazia, provavelmente os garotos já foram dormir. Subimos as escadas e fomos para o meu quarto.

- Toma um banho quente, que eu vou atrás do Jason. – disse para Justin.

- Ok. – ele disse e sorri fraco olhando sua carinha vermelha de choro.

Saí do quarto e fui procurar o quarto onde o Chris estava, Jason deveria estar com ele. Encontrei o quarto e Chris estava mexendo no celular, do lado estava Jason dormindo.

- Ele acabou dormindo. – Chris disse.

- Tudo bem. – disse.

- E o Justin?

- Está bem. Se importa se o Jason dormir com você?

- Claro que não, relaxa.

- Ok, boa noite Chris.

- Boa noite. Coloque juízo na cabeça do Justin porque tá faltando. – ele disse e ri.

- Tá bom. – disse e fui até o Jason dando um beijinho nele.

Saí do quarto e voltei para o meu. Justin estava andando pelo quarto enxugando o cabelo com uma toalha, ele espirrou duas vezes seguida.

- Acho que alguém vai adoecer. – disse.

- Também acho. – ele disse entrando no banheiro e voltou com a maleta de primeiros socorros.

Ele sentou-se na cama e abri a maleta pegando o necessário para fazer o curativo no seu braço. Limpei o machucado da bala e passei pomada com o algodão, Justin espirrou de novo.

- Droga. – ele reclamou.

Peguei a gaze para por no seu braço, mas Justin espirrou duas vezes, de novo.

- Assim não dá. – disse.

- Eu não tenho culpa.

- Tem sim, pra quê foi entrar na piscina num frio desse? – perguntei e ele fez bico.

Dei risada. Consegui fazer o curativo mesmo com o Justin espirrando sem parar.

- Pronto. – disse.

- Agora falta um beijinho pra sarar. – ele disse manhoso e agarrando a minha cintura.

Eu estava em pé no meio das suas pernas, e ele sentado na cama.

- Eu não quero pegar gripe de você. – disse brincando e Justin cresceu o bico de novo.

- Eu ainda não estou gripado. – ele se defendeu.

- Ainda né... – disse e aproximei meu rosto do seu, dando um beijo em sua testa. – Pronto.

- Mellanie! – Justin disse indignado.

Dei risada e ele me puxou me fazendo sentar em seu colo. Segurei em seu rosto e selei nossos lábios. Demoraria muito pra matar a saudade que estávamos sentindo um do outro.


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Continua?
Obrigada por todos os comentários!

Ooooi Lifes! Como estão? Eu to legal.
Eu estou passada, dobrada e guardada na gaveta com essa revelação do Adam.
Eeeee chega ao fim, a briga mais demorada de todos os tempos. Amém! 

We heart it
Snap: srta_andrade

Eu esperava mais comentários na postagem anterior e na One shot. Mas sempre alguém aparece pra falar " Ah, você demora muito a postar". Mas eu respondo " Ah, eu vivo além de escrever a fic". E também se comentassem mais rápido, eu postaria mais rápido. Não gosto de ficar cobrando comentários porque é uma chatice, só acho que você que lê deveria ter pelo menos a consideração de comentar. 

Então tipo, você comenta se quiser, mas também vou postar só quando eu quiser. Ai vai aparecer mais pessoas dizendo " Ah, vai perder leitoras assim", então vou responder logo " Tchau e benção", lê quem quer e ponto. ( Eu estava afim mesmo de dizer essas coisas, desculpem se sou sincera demais ;)

E as que sempre comentam, o meu muuuuuuito obrigada. Vocês são dez, dez não, mil!

E vamos a tag de hoje hahahaha:

#EmilyCobraPeçonhenta

Obs: Quem quiser entrar no grupo de DL no Whats, me chama no twitter ou deixe o número nos comentários. Mas seja uma leitora ativa e interaja com as outras :*

Amo vocês ♥ 

sábado, 5 de setembro de 2015

Dangerous Life 2° - Capítulo 39 - I miss you

105 comentários | |



Estar sendo aplaudida por todos me fazia ficar mais viva.  Minhas bochechas estavam praticamente sendo rasgadas do imenso sorriso que surgiu. Fiz um sinal com a mão e logo o silêncio reinou.

- Eu estou feliz por ter voltado. Está tudo exatamente como eu deixei. E vamos ao trabalho! – disse em russo.

- Tudo pela Máfia Russa. – eles esbravejaram em um único som, e em sequência mais palmas.

Hugh os dispensou e eles foram para suas ocupações. Me virei e os garotos estavam de boca aberta, menos Justin que fazia uma cara de indiferença. Orgulhoso.

- Caralho Mellanie. Eles te idolatram. – Chris disse.

- Não é bem assim. – respondi rindo fraco.

- Como não? Se possível eles se deitam no chão para você não sujar os pés. – Chaz disse e gargalhei.

- Então, vamos visitar o Sebastian e a Vick? – perguntei animada.

- Pensei que nunca ia perguntar isso. – Justin respondeu.

- Vamos, quero matar saudades da Vick. – Ryan disse e deu risada com os garotos.

- Hugh, pode nos levar onde as visitas estão hospedadas. – disse em russo, Hugh deu uma risada e pediu para que nós o acompanhássemos.

Saímos daquela plataforma e fomos em direção a um extenso corredor. Durante todo o percurso havia homens fazendo a segurança. Andamos mais um pouco e chegamos a uma espécie de porão. Descemos as escadas, no porão dois homens estavam na porta de um quartinho e dentro estava o Sebastian e a Vick. Esperamos fora e Hugh mandou buscá-los. Os homens trouxeram os dois, tanto Sebastian como a Vick estavam ainda com a roupa da festa, sem nenhum machucado por ordens minhas. Eles vão sofrer somente em minhas mãos. Os dois foram sentados de frente para nós.

- Ryan amor, você veio me tirar daqui? – Vick disse suplicante. Ryan deu uma longa gargalhada.

- Por mim que você se foda, Vick. – Ryan respondeu e nós rimos.

- SEU CANALHA, FILHO DA PUTA... – Vick começou o escândalo.

- Wow, tá pensando que está aonde? Cala a boca vagabunda! – ordenei a olhando.

- Eu odeio você com todas as minhas forças. Eu odeio você. – ela esbravejou.

- Você é surda por acaso? – me aproximei dela e segurei em seus cabelos com força puxando para trás. – Eu mandei você calar a droga da sua boca. – disse pausadamente.
Puxei com mais força e Vick gemeu de dor.

- Solta a minha filha! – Sebastian disse.

- Mande seu pai calar a boca. – ordenei.

- Faz o que quiser comigo, mas deixa ela em paz. – Sebastian pediu.

- Oh, isso é tão comovente. – disse rindo.

Justin, Chaz, Ryan e Chris estavam apenas prestando atenção com os braços cruzados.  Puxei os cabelos de Vick com mais força, ela gritou.

- DEIXA ELA! – Sebastian disse novamente.

- Mande ele se calar. – disse.

- SUA VADIA! VOCÊ VAI QUEIMAR NO INFERNO. – Sebastian esbravejou.

Só vi Justin partir pra cima dele, acertando seu rosto em cheio com um murro.

- Talvez isso cale a sua maldita boca. – Justin respondeu rude.

Sebastian cuspiu sangue e Vick começou a chorar. Soltei seus cabelos e fui até algumas caixas que tinha alguns instrumentos que seria legal usar com eles.

- Você gosta dos seus cabelos, Vick? – perguntei pegando uma máquina de cortar cabelo.

- O que você vai fazer? – ela perguntou desesperada.

- Me responda! – ordenei e liguei a máquina na tomada.

- Não faz isso! – ela pediu chorando.

- Eu pedi também para não me machucar, e vocês simplesmente se fingiram de surdos. A partir de agora, ficarei surda para vocês. – disse totalmente fria.

Liguei a máquina e a Vick começou a berrar, seguraram ela e puxei sua cabeça para trás, onde comecei a passar a máquina, vendo seus fios loiros indo para o chão. Ela chorava pedindo para eu parar, e isso me dava mais vontade de vê-la sofrer. Sebastian se recusava a levantar a cabeça e encarar sua filha. Raspei todo o seu cabelo, deixando tudo no zero. Me trouxeram um espelho e coloquei na frente da Vick, ela gritou de desespero vendo sua cabeça pelada.

- Você está linda, querida. – disse sorrindo.

Justin’s POV

Estava sendo difícil aceitar o quanto Mellanie é foda e tem uma grande posição na Máfia. O meu orgulho não me permitia isso. Vick chorava sem parar enquanto Mellanie se divertia com a situação. Ela pelou totalmente a cabeça da Vick, que estava uma coisa estranha de se ver.

- Olhe Sebastian, diga o quanto a sua filha está linda. – Mellanie ordenou.

Sebastian apenas negou com a cabeça.

- Você vai olhar sim. – Mellanie disse com raiva largando o espelho. Ela segurou os cabelos de Sebastian com força, virando sua cabeça e fazendo-o olhar para a Vick. – Diga o quanto ela está linda. – ele continuou calado com o choro preso na garganta. – DIGA AGORA! – Mellanie esbravejou perdendo a paciência.

- Vo-você está linda, filha. – Sebastian disse.

- Muito bem. É assim que eu gosto. – Mellanie disse sorrindo. – Ok, isso foi apenas para aquecer.

Ela começou a falar russo com aquele cara chamado Hugh que eu não fui nem um pouco com a cara dele. Odeio isso, é pra falar a minha língua porra. Sabe lá se ele não está cantando ela. Os homens trouxeram cadeiras para a gente sentar, Mellanie sentou-se de frente para o Sebastian, pegou uma arma e tirou todas as balas, depois colocando somente uma.

- Essa brincadeira é muito legal, ela se chama Roleta Russa. Os Russos inventam coisas fantásticas, não é mesmo? – ela disse irônica. – Eu vou ser bem direta com você, como você descobriu que eu sou a presidente da Máfia Russa? – ela perguntou brincando com a arma em suas mãos.

Sebastian ficou calado. Se eu fosse ele, começava a abrir a boca.

- Tudo bem. – Mellanie disse simplesmente e colocou a arma na testa do Sebastian. Ele olhou para a arma desesperado. Mellanie apertou o gatilho e nada saiu. – Você tem mais quatro chances.

- Justin, eu não sabia o quanto a sua mulher é perigosa. – Chaz sussurrou e ri fraco.

- Imagina ela resolver brincar de Roleta Russa com a arma apontada para o seu pau? – Chris sussurrou e eu me segurei para não dar uma gargalhada daquelas.

Deus me livre, que a Mellanie nunca tenha essa ideia. Voltei a prestar atenção na Mellanie e no Sebastian.

- Eu quero nomes. – Mellanie disse. Vick ainda chorava do lado.

Mellanie olhou com raiva para ela e falou mais uma vez em Russo. Bufei. Um dos homens pegou a Vick e jogou de volta dentro do quartinho. Sebastian mais uma vez ficou calado, Mellanie apertou o gatilho e ele fechou os olhos. Por sorte, nada saiu.

- Três chances. Como você descobriu que eu sou a presidente da Máfia Russa? – ela perguntou novamente.

- Eu não vou dizer nada. – Sebastian respondeu.

- Você prefere dizer enquanto assiste a sua filha sendo estuprada? – Mellanie perguntou e fiquei impressionado.

- Não, isso não. – Sebastian disse rapidamente.

- Uma chance foi desperdiçada. – Mellanie disse e mais uma vez apertou o gatilho. Nada saiu também. Sebastian só pode ter nascido com o cu virado pra lua. – Duas chances. Escute bem Sebastian, você não tem nada a perder e muito menos a ganhar. Daqui você não vai sair e o seu futuro é a morte. Então abre logo a droga da boca porque eu estou ficando sem paciência.

Acho que vendo Mellanie má desse jeito estava me deixando excitado. Caralho! Que mulher é essa?

- Foi alguém infiltrado daqui. – Sebastian disse rapidamente.

- Oh, finalmente resolveu abrir a boca. – Mellanie disse. – Você que o mandou aqui?
Sebastian ficou mudo de novo. Mata logo esse viado e fim de papo.

- Bam! – Mellanie disse apertando o gatilho, e nada de bala. Sebastian pulou da cadeira assustado. – Uma chance, Sebastian!

- Não, eu não o mandei aqui. Ele passava informações do que acontecia aqui para todos na Itália. – Sebastian respondeu.

- Quero nome. Me diga o nome dele! – Mellanie mandou. – Vamos deixar isso mais emocionante. – ela puxou o gatilho e Sebastian paralisou. Ele estava morrendo de medo. Ela soltou e nada de novo. Puta merda. – Você não tem mais nenhuma chance, Sebastian. Se eu puxar esse gatilho, os seus miolos vão ser estourados. Mas eu juro pra você que eu não quero fazer isso. – ela fingiu compaixão e dei risada com os garotos.

- Ruan Cárceres. – Sebastian respondeu.

O tal de Hugh falou alguma coisa com a Mellanie e depois saiu.

- Foi muito bom negociar com você. – Mellanie disse levantando-se.

Ela apontou a arma para o pau do Sebastian e apertou o gatilho. Sebastian gritou alto, por instintos eu e os garotos colocamos a mão no pau imaginando a dor. Caralho!

- Ops, eu apertei sem querer. – Mellanie disse e ouvi sua risada ecoar, misturando-se com os gritos de dor do Sebastian. – Vocês homens são tão dramáticos, nem dói tanto assim. Deveriam ter cólica, aí saberiam o verdadeiro significado da palavra dor. – ela continuou irônica rindo.

- Puta que pariu Mellanie, eu senti daqui. – Chris disse ainda apertando o pau.

- Foi na virilha, eu não acertei no pau dele. – ela disse revirando os olhos.

- Sua vagabunda, quase acertou meu pau. – Sebastian disse.

- Estão vendo. – Mellanie deu de ombros. – Sebastian, infelizmente vou ter que me retirar. Gostaria muito de bater um papo com você, mas eu tenho coisas mais importantes. – ela entregou a arma a um daqueles homens fardados. Soldadinhos de chumbo. – Sabe aquele famoso ditado, olho por olho, dente por dente, milho por milho. – ela gargalhou.

- Está com saudades de ficar ajoelhada no milho, né vadia? – Sebastian disse com expressão de dor, na sua calça já formava uma enorme mancha de sangue.

- Você e Vick vão matar por mim. – ela respondeu.

Ela falou com os homens, eles arrastaram Sebastian para o quartinho. Acompanhamos e tinha grãos de milhos espalhados por todo o quarto. Vick já estava ajoelhada, ajoelharam Sebastian a força.

- Se ousarem se levantarem, vocês vão se ajoelhar em cacos de vidros. – Mellanie avisou.

- Quem que teve essa ideia do milho? – Ryan perguntou.

- Pergunte ao Sebastian, ele que fez isso comigo. – Mellanie disse e pude notar o rancor em sua voz.

E eu me senti mal pelas merdas que eu falei para ela.

Mellanie’s POV

Hugh foi procurar o elemento que me dedurou, depois de ter uma conversinha com Sebastian e Vick, saímos do porão e fomos para a parte que interessava. Treinar os garotos como se deve. Fomos ao campo de treinamento e encontrei Edik, o cara que devo tudo o que sei a ele. Ele que me ensinou a me proteger. Ele luta como ninguém.

- Quanto tempo, pequena Margosha. – Edik disse abrindo os braços.

O abracei. Margosha significa pérola, e desde que nos conhecemos ele só me chama assim.

- Verdade Edik. Como estão as coisas por aqui? – o perguntei.

- Está tudo muito bem. E eles? Quem são? – ele perguntou apontando com a cabeça para os garotos que estavam sem entender nada.

Justin não entendia, mas estava com uma cara super antipática.

- Justin, Chaz, Chris e Ryan. Justin é meu marido e eles nossos amigos. Eu os trouxe aqui para você mostrar um pouco do que sabe para eles. Cá entre nós, estão muito despreparados. – disse e Edik deu uma risada.

- Acho que posso colocar meu velho inglês em prática. Talvez ele esteja um pouco enferrujado, mas dá pra dialogar. – Edik respondeu e ri.

- Ótimo. – sorri.

- Hey caras! – Edik disse em inglês.

- Finalmente alguém que fale nosso idioma aqui. – Chris disse.

- Margosha já me disse o que vieram fazer aqui, então vamos colocar em prática. – Edik disse.

Até que o inglês dele estava afinado.

- Margosha? – os garotos perguntaram.

- Significa pérola. É que eu a chamo assim desde que comecei a treiná-la. – ele disse fofo e me abraçou de lado. Edik sempre um amor. – Oh Justin, não precisa ficar com ciúmes. Ela é como uma filha pra mim.

- Espero que aquele cara pense assim que nem você. – Justin respondeu cruzando os braços.

- Hugh? – Edik perguntou. – Ele deve pensar. – ele riu. – Antes de começar a treinar vocês, preciso ver como você está pequena Margosha.

- Tudo bem. – ri fraco.

- Ainda acho que não é preciso esse treinamento. – Justin disse revirando os olhos.

- Cala a boca, Bieber. – Ryan disse e Justin o fuzilou com os olhos.

Acompanhamos Edik, e entramos em uma grande sala. No chão havia umas espécies de colchão para ninguém se machucar na luta, caso fosse em contato com o chão. Os melhores são treinados aqui. Já tinha alguns treinando, Edik pediu para que eles parassem e os mesmos ficaram no canto da sala.

- Leve em consideração que não luto há um bom tempo. – disse enquanto tirava minhas botas.

- E leve em consideração meus 36 anos. – Edik disse e gargalhei. Adoro esse homem.
Edik tirou seus sapatos.

- Prestem atenção em alguns movimentos, assim vocês não irão ser pegos desprevenidos. – Edik disse para os garotos.

Rapidamente ele virou para mim com o punho fechado, o murro iria bem ao meu rosto se eu não tivesse me abaixado.

- Wow, eu praticamente o vi acertando em seu rosto. – Chaz disse.

- É por isso que ela é uma das melhores. – Edik disse orgulhoso. – Vamos! – ele disse para mim.

Edik veio em minha direção tentando me acertar e eu apenas desviava.

- Reage! – ele ordenou como fazia nos treinamentos.

- Eu não quero bater em você, Edik. – confessei.

Edik me deu uma rasteira e fui parar no chão. Gemi fraco com o impacto.

- Mellanie! – ouvi Justin dizer.

- Mas o seu adversário vai querer bater. – Edik disse. – Fique calmo, cara. – ele falou para o Justin que estava quase indo tirar Edik de cima de mim.

Consegui posicionar meus pés na barriga de Edik e o empurrei de cima de mim. Ele caiu um pouco longe, mas logo estávamos de pé. Fui para cima dele, fechei meu punho para acertá-lo, Edik o segurou, como eu imaginava então chutei sua coxa com força e ele urrou baixo. Chutei de novo e ele foi ao chão. Deixei ele se levantar, e em instantes eu estava presa em um mata leão. Dei uma cotovelada na barriga de Edik e ele me soltou rapidamente. Aproveitei que ele baixou a guarda, e dei dois chutes altos na lateral do seu corpo que o fez cair.

- Acho que você disse que levaria em consideração meus 36 anos. – Edik disse no chão reclamando dos chutes.

- Desculpe Edik. – dei risada.

- Ok, chega de apanhar por hoje. – ele disse e ri oferecendo minha mão para ele levantar.

- Mellanie, tem alguma coisa que você sabe fazer que a gente ainda não sabe? – Chris perguntou boquiaberto.

- Não Chris. – disse sorrindo.

- Você luta muito bem, por um momento pensei que fosse levar uma surra. – Ryan disse.

- Quem ia levar uma surra, seria eu. – Edik disse.

- Porque nunca lutou assim na nossa frente? – Chaz perguntou.

- Isso fazia parte Chaz, se eu lutasse assim alguém iria desconfiar. – respondi.

- Mellanie tem mais segredos do que um cofre de banco. – Justin respondeu me olhando.
Dei de ombros.

- Vamos começar né? Estou mais do que aquecido, e agora com as costelas doendo. – Edik disse e eu gargalhei.

- Me desculpa Edik. – disse rindo.

- Tá tudo bem. – ele respondeu. – Inicialmente, vou chamar alguns garotos muito bons para ter uma luta com vocês. Assim, vão ver qual o método de luta deles. Em seguida, eles vão treiná-los nos quesitos que vocês são fracos. Eu vou observá-los e orientá-los se preciso. – Edik explicou e eles assentiram com a cabeça. – Livrem-se dos sapatos, relógios, celular ou o que for.

Os garotos começaram a tirar os objetos enquanto eu tomava água.

- Maks! – Edik chamou e o garoto veio. - Ensine tudo o que sabe para ele. – ele disse em Russo apontando para o Ryan.

Maks assentiu com a cabeça, e ele com o Ryan distanciaram para começar o treinamento. Depois Edik chamou mais dois, um para o Chaz e outro para o Chris.

- E quanto a você... – Edik disse para Justin, pensando quem chamar.

- Eu vou treiná-lo. – disse e Justin arqueou as sobrancelhas.

- Você? – Justin perguntou debochado.

- Ela é a minha melhor aluna. Vai se sair bem. – Edik disse.

- É o que veremos. – Justin respondeu e Edik riu para mim.

Justin está pensando mesmo que vou apanhar. Nos afastamos também e nos posicionamos de frente para o outro.

- Ok, vou levar em consideração que você é mulher. – Justin disse estralando os dedos.

- Não, aqui eu sou a sua adversária Justin. E você vai tentar de todas as formas me machucar. – disse séria.

- Qual é Mellanie, isso aqui vai ser de mentirinha ok? – ele disse.

Revirei os olhos e me agachei dando uma rasteira no Justin, ele caiu logo no chão.

- Isso não foi de mentirinha. – disse me abaixando do seu lado enquanto ele me fuzilava com os olhos. – Eu quero que você aprenda o que eu sei.

- Eu não preciso aprender nada. – ele disse arrogante.

Coloquei meu pé em seu peito, pisando com força.

- Então vai apanhar até aprender. – disse no mesmo tom.

Chutei sua costela e Justin grunhiu. Rapidamente ele ficou de pé.

- Isso doeu! – ele reclamou.

- Eu não bati pra você gostar. Agora cala a boca que ninguém luta conversando. – o repreendi.

- Vale tapa? Porque eu to com uma puta vontade de te dar uns tapas. – Justin perguntou entre dentes.

- Se você acertar. – disse rindo debochada.

Justin veio para cima de mim, tentando acertar socos consecutivos e eu apenas desviava.

- Para de ficar socando o vento, vai acabar levando um soco no meio da testa. – o avisei.

Cada soco que eu desviava, acertava um na barriga do Justin. Ele ficava mais puto da vida e tentava me acertar de qualquer forma. Bufei e empurrei com o pé, o fazendo bater na parede.

- Eu sei que você sabe lutar bem Justin. Imagine que eu sou o Sebastian, desconte toda a sua raiva. – disse.

- Ele não tem peitões e nem tem uma bunda gostosa, não dá pra imaginar assim. – ele disse mordendo os lábios, revirei os olhos.

- Para de levar na brincadeira Justin! – disse aborrecida e dei um soco em seu queixo.

Acabou doendo minha mão. Cortou um pouco a boca do Justin, ele passou a mão nos lábios e depois me olhou com ódio. Exatamente assim que eu quero. Ele veio com toda fúria para cima de mim, ele ameaçou de me chutar e eu dei alguns passos para trás. No segundo chute ele conseguiu acertar minha canela, doeu. Claro que doeu. Dessa vez ele conseguiu me encurralar na parede, prendendo meus braços atrás das minhas costas, meus seios estavam sendo esmagados contra a parede.

- Acho que você está sem saída. – ele disse e riu fraco.

Não tinha como eu me soltar dos braços dele, mas tinha como eu me safar. Pisei com força no pé do Justin, ele rapidamente soltou meus braços reclamando do pisão. Gargalhei enquanto ele massageava os dedos.

- PORRA! – ele disse.

Não dei ouvidos para as suas reclamações e acertei uma sequência de socos em seu estômago. Justin ficou sem se defender, ele não sabia como reagir. Por isso que ele precisa ser treinado. O derrubei no chão e sentei em seu abdome, era fim de luta. Ele nem tinha mais forças de levantar.

- Meu estômago está fodido, e tu ainda senta vai e senta em cima. – ele reclamou.

- Dá pra você ceder um pouco, deixar esse orgulho de lado e permitir que te treine?

- Não era você que iria me treinar? – ele perguntou.

- Não, só queria te dar uma surra. – disse e ele me fuzilou com os olhos.

Ri fraco e me levantei, em seguida ajudando ele a levantar.

- O Edik vai te treinar. Ele é o melhor. – disse e limpei com os dedos um pouco de sangue que escorria em seus lábios. – Edik! – o chamei. – Presta atenção porque se não, você vai acabar apanhando mais. – segurei em seu queixo e depositei um selinho em seus lábios.

Que saudades que eu sinto dele. Justin ia falar algo mais Edik apareceu do nosso lado.

- Eu não queria dizer, mas eu sabia que você iria apanhar cara. – Edik disse e ri.

- Valeu por avisar. – Justin disse irônico.

- Vou te passar alguns golpes e truques que você pode fazer, caso você não tenha uma arma e precise lutar com alguém. – Edik disse.

- Ok! – Justin respondeu.

- E os garotos, como se saíram? – perguntei.

- Como era esperado, levaram uma surra básica. Mas agora já estão sendo treinados como deve. – Edik respondeu.

- Ótimo. Agora eu vou sentar e apenas observar vocês. – disse pegando uma garrafa d’água e tomando alguns goles.

(...)

Os garotos passaram a manhã toda treinando. No final estavam todos mortos, então fomos para a mansão. Almoçamos e depois os garotos foram dormir, Justin passou a tarde toda brincando com o Jason, enquanto eu estava no escritório colocando as coisas em ordem. Era quase 4:00 da tarde, quando recebi uma ligação.

- Alô! – disse ao atender.

- Mellanie? É a Emily! Caramba, você está na Rússia? – ela perguntou.

- Oi. Estou sim. 

- Eu soube quando fui à sua casa e me disseram. O que aconteceu? – ela perguntou curiosa.

- Nada demais Emily. Precisava vir aqui. – respondi simples.

- O Justin está ai também?

- Sim sim. E os garotos também.

- Quando você volta?

- Que interrogatório, Emily. – disse e ela riu fraco. – Eu ainda não sei quando eu volto. Como estão as coisas na boate?

- Está indo muito bem. Estou adorando trabalhar lá, a Fernanda até que é legal. – ela disse animada.

- Ah que bom. – respondi. – O dinheiro vai ficar acumulado nas boates, mas quando eu voltar eu recolho tudo.

- Tá bom. Você está bem?

- Estou sim Emily e você?

- Estou bem, só com saudades do Henry. – ela disse triste.

- Mas agora que você está ganhando grana, pode ir sempre que quiser vê-lo.

- Tem razão. Já está tarde aqui, amanhã cedo tenho que ir para a boate. Só liguei para saber como você estava. – ela disse e bocejou em seguida.

- Tudo bem. Boa noite, Emily.

- Boa noite Mel, volte logo. – ela disse e ri fraco.

- Ok, beijos. – disse e finalizei a ligação.

Coloquei o celular na mesa e direcionei minha atenção para alguns documentos que eu tinha que assinar. Minutos depois, começou a tocar de novo. Era a Jazmyn.

- Oi Jazzy! – disse ao atender.

- Só oi Jazzy? Mellanie, como você faz isso? Caramba, estamos com saudades de você. – ela disse indignada e ri.

- Eu tinha que fazer isso, mas não adiantou muito. Seu irmão veio atrás de mim.

- Meu pai ainda o segurou aqui por um dia, ele queria ir no mesmo dia. Ele levou tanta bronca do meu pai e da Pattie. – ela disse e dei risada.

- Ele me pediu desculpas, mas eu não aceitei. – disse.

- Bem feito para ele. Ele vai aprender, você vai ver. – ela disse e ri fraco. – Como está meu neném? Estou morrendo de saudades dele. – ela choramingou.

- Ele está bem, deve estar com o Justin agora. Com certeza ele tá com saudades de você também.

- Quando vão voltar?

- Ainda não sei Jazzy, mas acho que não demoro aqui. – disse.

- Espero que venham logo. Mesmo o Justin sendo insuportável, também estou sentindo saudades dele. – ela disse e gargalhamos.

- Tá bom. Estão cuidando bem dos cachorros do Jason? – perguntei.

- Sim estamos, não tem o Jason para brincar então vamos brincar pelo menos com os cachorros. – ela disse e eu gargalhei.

- Que dó. – disse rindo.

- Enfim, eu vou dormir agora. São 2 da manhã aqui, e vou para o shopping com a Stefane mais tarde.

- Tá certo Jazzy.

- Ah, deixa eu te contar uma fofoca. – ela disse surrando e ri.

- Conta!

- Jaxon tá namorando sério com a Stefane. Deu anel e tudo pra ela. – ela disse.

- Huuuuum! Tá apaixonadinho.

- Você não sabe o quanto. Agora vou indo, beijos! Volte logo.

- Beijos Jazzy. – disse e ela desligou.

Mais uma vez coloquei o celular em cima da mesa. Dez minutos depois, ele toca de novo. Caramba. Era número desconhecido.

- Alô? – disse atendendo. – Quem é?

- Você não tem mais o meu número salvo? – a pessoa perguntou, reconheci logo a voz. Era a Lilly.

- Eu deveria ter? – perguntei irônica. – Você me excluiu da sua vida, nada mais justo excluir você da minha.

- Não foi bem assim...

- Enfim, o que você quer? – perguntei sem paciência.

- Eu queria falar com o Ryan. – ela disse.

- E porque você não liga pra ele?! – perguntei o óbvio.

- Ele não atende. – ela disse.

- Bom, isso não é problema meu. Eu estou ocupada agora, vou ter que desligar.

Não a deixei nem falar e desliguei. O que eu menos precisava agora era falar com ela, depois de tudo que ela me disse seria muita cara de pau vir dá uma de boa amiga. Larguei o celular e os documentos, fiquei sem paciência de ler mais alguma coisa. Fui mexer nas gavetas, tinha muitos contratos ainda com a assinatura do Yure, acabei encontrando uma foto que eu dei pra ele. Era eu e a minha mãe. Eu tinha uns 16 anos na época. Na foto, ela sorria para a câmera enquanto eu beijava sua bochecha. Peguei a foto e olhei diretamente para o seu sorriso e percebi o quanto ela me fazia falta.

- Ai mãe, você não sabe o quanto eu sinto saudades de você. – sussurrei passando os dedos na foto.

Tudo por culpa do desgraçado do Hugo que não soube aceitar que a minha mãe amava o meu pai, e não ele. Fechei os olhos com força e deixei algumas lágrimas cair. Eu sei que onde quer que ela esteja, ela está cuidando de mim como sempre fez. Bateram na porta e rapidamente limpei as lágrimas.

- Entra! – disse.

Hugh entrou e me olhou confuso.

- Estava chorando? – ele perguntou.

- Não, é que... – respirei fundo. – Há um tempo dei uma foto minha e da minha mãe para o Yure, e acabei de encontrar aqui. – disse e olhei para a foto.

- Deve ser horrível perder alguém que amamos tanto, principalmente uma mãe. Mas você é forte, e ela também te deu forças para suportar essa dor. – ele disse aproximando-se de mim.

- Não sei por que as pessoas que eu tanto amo, vão embora cedo. O Yure também foi embora, Hugh. – disse chorosa e algumas lágrimas surgiram.

- Oh Mellanie! – Hugh disse segurando em minha mão, me levantei e ele me abraçou calorosamente. – Ele deve ter tido os seus motivos. Não fique assim, você sabe que ele não gostava de te ver triste. E com certeza, deve estar junto com a sua mãe cuidando de você. – ele afagou meus cabelos.

- Ele ia ficar tão feliz quando visse o Jason. – solucei.

A porta bateu com força e me assustei.

- Foi só o vento. – ele disse. – Ele viu e está cuidando de vocês dois. Não fique triste!

- Tudo bem. – suspirei e limpei minhas lágrimas. – Foi só saudades. Bom, você tinha alguma coisa pra me falar? – perguntei me distanciando e indo tomar um pouco d’agua.

- Sim. Fui atrás do Ruan Cárceres e descobri que ele está morto. – ele disse e arqueei as sobrancelhas.

- Quem o matou? – perguntei.

- Ele se matou. Na certa ele saberia que ia sofrer quando descobríssemos da sua traição. – ele disse.

- Ele ia se arrepender do dia que nasceu. Mas, é um a menos para eu me preocupar.

- Exatamente. Como foi o treinamento? – ele perguntou.

- Aparentemente bem. Amanhã continuamos.

- Tá bom. Eu vou para casa, se precisar de mim, já sabe. – ele disse e fez um gesto de telefone com a mão.

- Ok Hugh. Obrigada. – disse sorrindo fraco.

- Por nada. Boa noite Mellanie.

- Boa noite. – respondi e ele saiu do escritório.

Me sentei na cadeira e suspirei pesado. Fiquei alguns minutos encarando o nada, minha barriga roncou e resolvi ir até a cozinha. Encontrei os garotos jantando, Jason estava no colo do Ryan com a mão na comida dele.

- O que tem de bom para comer? – perguntei.

- Eu não sei o nome dessas comidas daqui, mas tá muito bom. Acho que vou levar essa empregada para Los Angeles. – Chris disse rindo.

- Mas você quer levar ela para fazer a sua comida e ser comida. – Chaz disse e rimos.

- Exatamente. – Chris disse piscando.

- Safado! – disse. – A comida tá boa, Jason? – perguntei.

- Deve tá, ele afundou a mão no meu prato. – Ryan disse indignado.

Jason estendeu a mão para mim, vi que estava toda lambuzada com macarrão.

- Muito obrigada Jason. – disse recusando e rindo.

Ele enfiou a mão na boca e mastigou. Pra ele deve estar extremamente gostoso.

- Onde está o Justin? – perguntei. Achei estranho ele não estar ali com eles.

- Eu o vi bebendo lá na sala, mas eu depois ele sumiu. – Chaz respondeu.

- Bebendo? – arqueei as sobrancelhas.

- Sim. Não sei se era Tequila ou Vodca ou Uísque. – Chaz completou.

- Ele misturou as bebidas? – perguntei e ele assentiu. – Isso vai dar merda. Sabem pra onde ele foi?

- Ele deve ter saído. – Chris disse.

- Puta que pariu! Não acredito nisso. – disse passando as mãos no rosto.

- O que foi? – Ryan perguntou me olhando.

- O Justin não pode por os pés fora de casa, será que ele pensa que tá em Los Angeles? – perguntei irritada.

- Porque não? – Ryan perguntou novamente.

- Ryan, se descobrirem que um Bieber está na Rússia vão fazer picadinho dele. Ou melhor, vão matar o Justin, entendeu?

- Mas Mellanie, você manda em tudo isso... – Chaz disse.

- Em boa parte Chaz, mas existe uma pequena Máfia que odeia a família Bieber.

- Porque? – ele perguntou.

- Outra hora eu explico pra vocês. Eu vou encontrar o Justin antes que o matem. – disse.

- Espera, nós vamos com você! – Chris disse.

- Não. Vocês fiquem aqui, por favor. – disse e peguei meu celular ligando para o Hugh.

- Mas Mellanie... – Ryan começou.

- Eu sei o que eu estou fazendo! – disse.

Justin’s POV

Deixei Jason com o Ryan e fui atrás da Mellanie. Já estava na hora de jantar e ela ainda estava enfurnada naquele escritório. A porta estava entre aberta e avistei aquele tal de Hugh abraçado com ela. Que merda é essa? Minha vontade foi de socar aquele filho da puta. Eu sei que ele é afim da Mellanie. Apenas bati a porta com força e desci, encontrei a adega daquela casa e peguei alguns litros. Fui pra sala e tomei alguns goles, é uma droga mesmo estar em um lugar que você não tem moral nenhum. Não vejo a hora de voltar para Los Angeles, mas só vou sair daqui quando a Mellanie for comigo. Nem sei quantas doses eu tomei, não estava mais aguentando ficar nessa casa. Caminhei até a portaria e abriram os portões para mim, sem nem mesmo eu ter falado nada. Comecei a andar pelas ruas, preciso me distrair um pouco. O efeito do álcool já era presente em meu corpo, o que dificultava um pouco a minha visão. Maldito ciúmes. Tinha acabado de anoitecer, e algumas pessoas transitavam no meio da rua. Mas de acordo que eu caminhava, a quantidade de pessoas diminuía e as ruas ficavam escuras. Não faço ideia para onde estou indo, se aquele russo filho da puta aparecesse na minha frente, eu o mataria de porrada. 

Passei por um beco e tinha alguns homens em frente, falaram comigo mais eu não entendi porcaria nenhuma. Malditos russos. Só conseguia entender meu sobrenome na fala deles
.
- Ah vão tomar no cú, seus ratos! – esbravejei continuando a andar. Como se eles fossem entender o que eu falei.

Só senti ser segurado pelos braços, tentei me soltar, porém eram dois russos nojentos me segurando e o efeito da bebida não colaborava em nada. Eles me arrastaram para o beco e começaram uma sequencia de socos. Eu nem podia me defender.

Mellanie’s POV

Saí no carro com o Hugh e mais quatro seguranças. Eu estava com muita raiva por conta da burrice do Justin.

- Não acredito que ele fez isso. – disse irritada com o olhar nas ruas. – Se não o encontrarmos, vão matar ele.

- Ele não sabe que é odiado por aqui? – perguntei.

- Sabe Hugh. Acho que ele fez isso só pra me irritar, puta merda!

- Calma, nós vamos encontrá-lo. Eu espero que não tenham o entrado antes da gente. – ele disse.

- Eu também espero. – murmurei. – De carro nós não vamos encontrá-lo. Vamos descer e procurar nas ruas.

- Mellanie, você sabe que isso é perigoso. Ainda mais agora que sabem de você. – Hugh me alertou.

- Hugh, eu não estou ligando pra isso. Eu só quero encontrar o Justin. – disse desesperada.

- Tudo bem, mantenha a calma. – ele disse e mandou parar o carro.

Desci com o Hugh e mais dois seguranças atrás. Nem ando pelas ruas de Moscou e não faço a mínima ideia pra onde ele possa ter ido.

- Tem alguma sugestão? – perguntei a Hugh.

- Vamos raciocinar ok? Ele saiu a pé, com certeza ele deve ter seguido reto por essas ruas.

- Então vamos só seguir reto? – perguntei e ele assentiu. – Ok.

Não tinha outra opção mesmo. Começamos a andar apressados pelas ruas, já começavam a ficar escuras e menos movimentadas. Chegamos à parte que havia alguns becos que ficavam alguns marginais como todas as cidades. Ouvi e vi uma movimentação vinda de um dos becos.

- Vem Hugh. – disse o apressando.

Entramos no beco e uma rodinha estava formada em volta de alguém. Eles distribuíam socos e chutes. Meu coração apertou quando visualizei Justin quase desacordado no chão.

- O QUE VOCÊS PENSAM QUE ESTÃO FAZENDO? – gritei os fazendo parar e me olhar.

Eles pareceram me reconhecer e ficaram imóveis. Ouvi os gemidos de dor do Justin.

- Encontramos um Bieber perambulado pelas ruas. Estamos poupando o trabalho de muita gente. – um deles respondeu e os quatro riram.

- Hugh! – disse suspirando pesado.

Os dois seguranças aproximou-se daqueles homens nojentos, os afastou e puseram o Justin de pé. Ou pelo menos tentaram, ele estava bem machucado. O rosto sangrando e o braço.

- Me empresta isso aqui! – disse pegando a metralhadora que um dos seguranças carregava. – Essa é a recompensa pelo trabalho.

Apertei o gatilho e as balas começaram a sair sem parar, apenas movimentava a metralhadora para ter a certeza que não sobraria nenhum filho da puta. Só parei quando as balas acabaram, os cinco ficaram que nem peneiras. Balas por todo o corpo.

- Vamos pra casa! – disse entregando a metralhadora de volta.

Os seguranças carregaram Justin até o carro. Por um lado eu estava aliviada porque não tinha acontecido o pior e por outro estava com raiva porque Justin foi tão burro em sair assim com a cara limpa aqui em Moscou. Ele sabe que aqui, todos o querem morto. Eu estava com a minha roupa toda ensanguentada, Justin estava com a cabeça em meu colo reclamando de dor. Chegamos rapidamente em casa, Ryan e Chaz ficaram surpresos com o estado do Justin.

- Puta que pariu! Que foi isso cara? – Ryan perguntou.

- Foi apenas um passeio que ele resolveu dar. – respondi pelo Justin.

- Precisa de ajuda?

- Não, eu me entendo com ele. – disse. – Onde está com o Jason?

- Está com o Chris! – Chaz respondeu.

- Levem ele para o quarto. – disse em russo para os seguranças.

- Mellanie! – Justin gritou.

Ignorei e agradeci Hugh. Ele foi para casa e subi para ver como o Justin estava. O deixaram em cima da cama, ele parecia mais um morto vivo.

- Você é muito burro mesmo, Justin! – briguei enquanto tentava colocar ele sentado na cama.

- Não me chama de burro. Eu te amo, Mellanie. – ele disse embolando as palavras.

- Você é burro sim! Porque você foi pra rua? Eu te disse que não saísse. – disse tentando tirar a sua blusa ensanguentada.

- Mel, você quer transar? Eu estou machucado amor. – ele disse rindo.

Bêbados, o que fazer com eles?

- Eu não vou transar com você. Me responde! – disse e tirei a blusa, finalmente.

Notei que ele tinha tomado um tiro de raspão no braço e não parava de sangrar.

- Depois que a gente acabar de transar, eu respondo. – ele disse.

- Você quer apanhar mais?

- Eu te amo. – ele disse.

Tá difícil ter uma conversa com esse bêbado.

- Vem, vamos para o banheiro. – disse o levantando.

- Hummm, transar debaixo d’agua é gostoso.

- Justin, cala a boca. – eu disse sem paciência o arrastando até o banheiro enquanto ele tropeçava nas próprias pernas. – Porque você saiu?

- Você me mandou calar a boca. – ele disse fazendo bico.

Acabei rindo do idiota. O sentei no vaso sanitário e coloquei a banheira pra encher.

- Mellanie? – ele me chamou.

- Hum... – respondi.

- Eu te amo, viu? Eu te amo. – ele disse com os olhos fechados e a cabeça encostada na parede.

- Tá ok. – respondi. – Me ajuda a tirar o resto da roupa.

- Eu te amo, mas estou machucado e não vamos transar. – ele disse e eu gargalhei.

- Ninguém vai transar aqui, é pra você tomar banho. – disse cortando o barato dele. – Levanta! – mandei e ele nem se mexeu. – Levanta Justin!

- Meu corpo tá doendo, cacete! – ele disse bravo.

- Dá próxima vez você pensa antes de fazer alguma coisa. – disse o levantando a força e tirando seu cinto.

Tentei tirar a sua calça, mais ele não colaborava de jeito nenhum.

- Quer saber? Entra assim mesmo na banheira. – disse o empurrando.

Ele resmungou entrando na banheira. Em segundos a água ficou toda vermelha por causa do sangue.

- Vai ficar pelo menos 30 minutos aí. – disse.

- Meu braço tá ardendo. – ele murmurou.

- Fica ai. E não dorme. – disse me distanciando.

- MELLANIE! EU TE AMOOOOOOO! – ele gritou.

- Para de gritar seu louco. – briguei com ele.

- TE AMOOOO GOSTOSA! – ele gritou de novo.

- Eu vou dar na sua cara, Justin! – o ameacei.

- Cadê o Jason? Trás ele aqui. – ele pediu.

- Depois eu trago. Fica quieto e calado. – disse e saí do banheiro.

Ouvi ele me chamar, apenas ignorei e desci. Fui até a cozinha e comi alguma coisa. Eu estava morrendo de fome.

- Como ele está? – Chris perguntou com o Jason no pescoço.

- Machucado e bêbado. – respondi.

- Que mancada que ele deu.

- Nem me fale. Amanhã quando ele estiver bom, ele vai me ouvir. – disse. – E você bebê, não tá com sono?

- Naum, quelo blincar. – Jason respondeu.

- Chris, você pode ficar com ele enquanto eu cuido do Justin? – perguntei.

- Claro, vai lá. – ele disse, sorri e deixei a cozinha.

Voltei para o quarto, me sentei na cama ligando a TV e deixei mais alguns minutos passar. Entrei no banheiro e ia fazer uma hora e Justin estava praticamente cochilando na banheira, a água estava toda vermelha.

- Justin, vem. – o chamei.

- Quê? – ele perguntou.

- Agora vai para o chuveiro. – disse.

- Eu não quero. – ele respondeu.

- Você não tem querer. Levanta. – mandei.

Ele levantou-se reclamando, liguei o chuveiro e ele foi para debaixo se livrando das calças.
- Consegue tomar banho sozinho? – perguntei.

- Acho que sim. O efeito do álcool tá passando. – ele disse.

- Que ótimo. – respondi e saí do banheiro.

Esperei Justin sair do banheiro, ele apareceu com uma toalha em volta da cintura e outra no braço.

- Isso não para de sangrar. – ele disse sentando-se da cama.

Voltei para o banheiro e peguei a caixa de primeiros socorros. Abri e coloquei do lado, peguei algodão e soro para limpar os resquícios de sangue que tinha no seu rosto.
- Nossa como dói. – ele reclamou de olhos fechados enquanto franzia a testa.

- Amanhã que vai doer. – disse. – Porque você saiu?

- Porque eu estava a fim. – ele respondeu.

- Me responde direito.

- Eu vi você abraçada com aquele russo nojento, tá legal? – ele disse e eu parei no mesmo instante.

- Quê? – perguntei o olhando.

- Eu fui atrás de você no escritório e você estava lá com aquele cara, os dois, abraçados.

- Idai? – perguntei.

- Idai Mellanie? Ele é a fim de você. Porque que vocês estavam abraçados mesmo?

- Você é muito precipitado Justin. Hugh não é afim de mim, ele tem uma mulher e tem filhos. Ele me abraçou porque eu estava chorando.

- E porque estava chorando? – ele perguntou.

- Porque eu lembrei da minha mãe.

- E precisava ele ficar te abraçando?

- Justin! – o repreendi.

- Eu fiquei com ódio, bebi e saí mesmo. – ele disse dando de ombros.

- Você é um completo idiota. Se você tivesse morrido, eu ia até o inferno te ressuscitar e eu mesma te matava de porrada. – disse brava e ele riu.

- Eu to todo fodido. – ele resmungou.

Passei pomada no rosto dele e fui ver o ferimento no braço. Limpei, passei remédio, coloquei gaze e fiz um curativo. Peguei os band aids para colocar no supercílio do Justin.

- Mellanie?

- Hum? – disse e coloquei o band aids.

- Você não vai me perdoar? – ele perguntou olhando em meus olhos.

- Depois nós conversamos sobre isso. – disse guardando tudo. – Você precisa ir dormir agora.

Justin suspirou e levantou-se indo se vestir. Bateram na porta, era o Chris com o Jason nos braços.

- Acho que ele está com sono. – Chris disse.

- Vem bebê, vamos tomar banho e ir dormir. – peguei Jason nos braços.

- E o Justin? – Chris perguntou.

- To aqui. – Justin respondeu lá do closet.

- Eu vou tomar banho com esse porquinho, fiquem conversando aí.

Disse indo para o banheiro com o Jason. Tomamos um belo banho, me enrolei em um roupão e o enrolei em uma toalha. O levei nos braços porque ele estava todo preguiçoso e sonolento. Justin já estava deitado na cama. Coloquei o seu pijama e vesti o meu, o peguei nos braços saindo do closet. Liguei o aquecedor porque o frio estava horrível. Coloquei Jason na cama e ele foi para cima do Justin.

- Au Jason! O papai tá machucado. – Justin disse.

- Papai caiu? – Jason perguntou e me deitei na cama. Jason estava no nosso meio.

- Foi. Agora estou dodói. – Justin disse.

- Mamãe dá bejim pla salar. – Jason disse me olhando.

- Mamãe não quer dar beijinho no papai. – Justin disse.

Que malandro. Quer por o Jason contra mim agora.

- Não sara com beijinho, Jason. – disse.

- Sala com o que? – ele perguntou.

- Dormindo. – disse.

- Vamo dormir papai. – Jason disse.

- Ah claro. Vamos sim! – Justin respondeu sem ânimo.

Jason veio aninhar em meu peito, comecei a fazer carinho em seus cabelos. Justin estava deitado de lado, me olhando enquanto eu olhava Jason dormir.

- Você não quer comer nada? – perguntei o olhando.

- Eu estou sem fome. – ele respondeu.

Jason se mexeu colocando a mãozinha no meu seio.

- Ele nunca perde essa mania. - Justin disse. Ri fraco. – O que você faria se eu morresse?

- Mas que pergunta Justin!

Não queria nem pensar nessa hipótese. Eu morreria junto.

- Responde. – ele insistiu.

- Eu não quero responder isso. – disse séria. – Vamos dormir que é melhor.

- Se você me responder, eu vou.

- Eu não sei Justin. Tudo perderia o sentindo pra mim. Eu não quero pensar nisso, e nem quero perder outra pessoa que eu amo. Já basta a minha mãe e o Yure. – disse suspirando pesado e encarando o teto.

- Eu sinto a sua falta. – ele sussurrou. O olhei, mas permaneci calada. – Eu amo você.

- Eu sei. – tirei minhas mãos do cabelo do Jason e levei até aos cabelos do Justin que ainda estavam úmidos, acariciando. – Eu sei. – repeti tentando convencer a mim mesma.

Eu também amo você, Justin. 


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Continua?
Obrigada por todos os comentários!

Ooooi Lifes! Demorei um pouco porque estava fazendo simulado, mas postei um capítulo big.
Me contem o que acharam nos comentários. Eu amei todos da postagem anterior.


MEU SNAP: srta_andrade

Gente, eu leio todos os comentários ok? São muitos mais eu leio sim. Então comentemmmmmmm ♥ 

A tag de hoje é:

#MelLiberaAPpka

Vamos liberar essa ppka, que até eu estou com dó do Justin uehuehehuehuehu.


Um milhão de beijos, amo vocês lindas do meu core ♥