Acordei com o Jason no meio da madrugada pedindo para ir
ao banheiro e depois disso não consegui mais dormir. Jason logo voltou a dormir
e Justin estava em um sono bastante pesado. Continuei deitada encarando o teto,
ontem foi um dia cheio, com direito a quase morte do Justin. Talvez por isso
que eu não conseguia voltar a dormir. Olhei no relógio do criado-mudo e marcava
4:29 da manhã, suspirei e mudei de posição diversas vezes para ver se o sono
chegava. Só às 5:20 da manhã que eu consegui pregar os olhos.
- Mamãe, mamãe. – ouvi Jason me chamar.
- Jason, deixe sua mãe dormir. – era a voz de Justin.
- Abom. – Jason reclamou com a voz chorosa.
Apertei meus olhos com força e depois os abri, dando de
cara com Jason em cima de mim, seus olhos azuis me olhavam com curiosidade.
- Ela acodô. – ele disse batendo palminhas.
- Bom dia, meu príncipe. – disse beijando sua testa.
- Jason quer comê. – ele disse e ri fraco.
- Jason sempre quer comer. – disse.
- Bom dia, Mellanie. – Justin disse com a voz rouca e
direcionei meu olhar para ele.
Tinha alguns hematomas da surra de ontem em seu rosto, na
região dos olhos e no supercílio.
- Bom dia, Justin. Como se sente? – perguntei me
espreguiçando e tirando Jason de cima de mim.
- Quebrado e bastante dolorido. – ele resmungou.
- Acho que não preciso te lembrar o que aconteceu ontem
né? – me levantei da cama.
- Eu sei o que aconteceu. – ele revirou os olhos.
- Eu vou levar os garotos para o armazém e depois eu
volto. Você fica aqui em casa. – disse indo para o banheiro.
- E eu tenho escolha? – o ouvi perguntar.
- Não tem não. – respondi. – Vem tomar banho, Jason.
Jason se escondeu debaixo do edredom, todo encolhido.
- Não sabia que tínhamos um porquinho na família. – disse
indo buscá-lo.
- Naum quelo. – Jason choramingou.
O descobri e estendi os braços. Ele começou a chorar e
subiu em cima do Justin.
- Ai Jason. – Justin reclamou. – Vai tomar banho com a
sua mãe. – ele tentou convencê-lo, mas o que ganhou em troca foi o choro do
Jason.
- Naaaaum. – Jason disse chorando.
- Deixa, depois eu tomo banho com ele. – Justin respondeu
enquanto Jason escondia o rosto em seu peito.
- Tudo bem. – disse e fui para o banheiro.
Lavei o rosto, escovei os dentes, me despi e fui para
debaixo do chuveiro. A água quente fazia meu corpo toda relaxar. Queria ficar
ali por horas, mas eu tinha coisas para fazer. Ouvi a porta do banheiro ser
aberta, pelo box embaçado do banheiro vi Justin.
- Justin! Eu estou tomando banho. – disse.
- Não tem nada ai que eu não tenha visto. – ele disse com
desdém.
- O que você quer? – perguntei.
- Eu só vim urinar, pode continuar ai seu banho.
Já que era só isso, continuei a tomar meu banho. Justin
fez o xixi dele e depois saiu do banheiro. Desliguei o registro e peguei um
roupão, me enrolando. Saí do banheiro, Justin estava passando os canais e Jason
mexia no seu celular. Fui para o closet e me vesti. Coloquei uma calça jeans
justa, uma blusa de mangas e botas. Meus pés também sentem frio.
- Eu não vou demorar. Se precisar de alguma coisa, me
liga. – disse para Justin.
- Ok. – ele murmurou.
- Ah, tomem banho e comam algo.
- Já estamos indo.
- E o curativo?
- Eu me viro. Pode ir. – ele disse ainda mudando os
canais.
- Tudo bem. Tchau Jason. – ele me olhou e deu tchau com a
mão. – Tchau Justin.
- Tchau, Mellanie. – ele disse sem me olhar.
Saí do quarto e desci as escadas. Chegando a cozinha,
encontrei os garotos já tomando café e conversando.
- Bom dia. – disse me sentando.
- Bom dia. – eles responderam de volta.
- E o Justin? Como está? – Ryan perguntou.
- Ele disse que está bastante dolorido, também não é pra
menos né, ele apanhou muito ontem. – disse enchendo meu copo de suco.
- Eu ainda não entendi porque os Biebers são tão odiados
aqui. – Chaz disse.
- Pelo que eu fiquei sabendo, quando Jeremy comandava o
império Biber, ele veio para cá em busca de sócios. Só que ele acabou arrumando
uma confusão com uma gangue daqui, fez negócios e passou a perna neles. Levou
uma grande quantidade de mercadorias de armas e não pagou. Desde então, se
algum Bieber ousar pisar por aqui, qualquer gângster tem permissão de
executá-lo. Jeremy era muito sacana antes, tinha até uma dívida enorme com o
Yure, depois que eu passei a me envolver com o Justin, eu perdoei essa dívida.
- Eita porra. Não sabia que o Jeremy já tinha aprontado
tudo isso. – Chris disse abismado.
- Isso faz algum tempo. Em outro caso isso seria
esquecido, mas os russos não esquecem os inimigos. – respondi.
- Nós percebemos isso. Se não fosse você, Justin estaria
debaixo de sete palmos agora. – Ryan
concluiu.
- Deus me livre. – disse e eles riram.
Terminamos de tomar café e nos direcionamos para o
armazém. Hoje seria o segundo dia de treinamento deles, Justin obviamente não
ia poder treinar por alguns dias.
- São quantos dias de treinamento? – Chris perguntou
assim que chegamos lá.
- São alguns meses de treinamento Chris, mas como vocês
já sabem de muita coisa e estão aprendendo apenas técnicas de rápida defesa,
vai ser só essa semana. – respondi.
- Que bom. Gostei da Rússia, mas esse frio aqui está
matando. Prefiro o calor de Los Angeles. – Chris disse.
- Concordo contigo, bro. Sem falar que a Lilly toda hora
me perguntando quando vamos embora. – Ryan disse.
- E a Caitlin também. – Chaz completou.
- Ainda bem que não devo satisfações a ninguém. – Chris
disse mexendo no casaco.
- Acho que você vai ficar pra titio, Chris. Até o Jaxon
está namorando e você nada. – disse rindo.
- Vishhh, cara. – Ryan bateu no ombro ele.
- Entendam, eu não estou preparado para um
relacionamento, eu gosto da minha vida de solteiro. – Chris se defendeu e
rimos.
- Irmão, será que você é viado? – Chaz perguntou, rimos e
Chris fechou a cara.
- Cala a boca, corno. – Chris o xingou.
Ryan gargalhou. Chegamos até a sala de treinamento com o
Chris e Chaz trocando xingamentos e empurrões.
- E o Bieber, pequena Margosha? – Edik perguntou sentindo
a ausência de Justin.
- Ontem ele fez uma grande merda. Bebeu e resolveu sair
pelas ruas de Moscou, ele é um Bieber e quase pediu pra morrer. – disse.
- E não fizeram nada? – Edik perguntou curioso.
- Sim, deram uma surra nele e ainda foi acertado com um
tiro, só que foi de raspão.
- Ele teve sorte que não o mataram.
- Foi isso que eu disse a ele. Enfim, aqui estão os
garotos para continuar o treinamento, como você é o único que se comunica com
eles, quando terminar de treinar pode ir deixá-los em casa? Vou ficar pouco
tempo aqui. – disse.
- Claro que sim, não se preocupe com isso. – Edik disse.
- Ok. – sorri. – Obrigada. – o abracei.
- Imagina. – Edik afagou meus cabelos.
- Meninos, se comportem. – disse para eles que estavam
conversando afastados.
Eles bateram continência e dei risada saindo. No meio do
caminho encontrei Hugo, ele me perguntou como Justin estava e depois fomos ver
Sebastian e Vick, hoje eu estava a fim de dar umas chicotadas neles.
Adam’s
POV
Posso dizer que foi obra do destino quando encontrei
Emily naquela festa e na mesma noite conheci Mellanie, Caitlin e Lilly. Emily
não era uma desconhecida para mim, eu a conhecia muito bem. Digamos que
tínhamos um relacionamento quando morávamos no Texas e tudo acabou quando ela
me disse que estava grávida e sumiu do mapa. Naquele tempo eu já exportava
bebidas, e eu realmente não prestava, mas com a Emily era diferente. O jeito
toda certinha de certa forma tinha me encantado. Mas o sentimento que eu talvez
sentisse por ela, tomou lugar à raiva por ela ter sumido com um filho meu em
seu ventre. Nem a família dela sabia do seu paradeiro. Como os negócios não
estavam indo bem no Texas, resolvi vir para Los Angeles, fazia poucos dias que
eu havia chegado e um colega me convidou para uma festa. Foi lá que eu a vi. A
minha vontade era de ir tirar satisfações e perguntar que porra deu nela para
ter ido embora do Texas.
Mas eu simplesmente fingi que não a conhecia. Fiz logo
amizade com as garotas, e certo dia Mellanie resolveu marcar de nós sairmos.
Emily fingiu muito bem em demonstrar que não me conhecia, assim como eu. Pela
primeira vez eu estava vendo o meu filho, o Henry. Depois, eu procurei o seu
endereço e fui tirar sim as satisfações.
Bati
impaciente na porta e minutos depois ela foi aberta. Emily me olhou surpresa.
-
Porque a surpresa, Emily? – perguntei sarcástico.
- O
que você está fazendo aqui? – ela perguntou e fui logo entrando.
Olhei
em volta e era um bom apartamento. Mellanie foi caridosa com ela.
-
Onde está o Henry? Eu vim vê-lo. – disse a olhando.
- Me
responde! – ela exigiu com as mãos na cintura.
-
Cala a boca que você não tem direito nenhum de exigir algo. – disse exaltando a
voz. – Primeiro você vai me responder o porquê de ter sumido com o meu filho.
- O
filho não é seu! Meus pais me expulsaram de casa quando descobriram a gravidez,
queria que eu ficasse no meio da rua?
-
Porque não me procurou? Não fui eu que fiz? Eu iria assumir.
- Ah
claro que eu ia querer que meu filho nascesse em meio daquelas vadias. – ela
disse.
-
Como se você não fosse uma né? – perguntei a olhando.
-
Adam, se você veio aqui para me ofender, pode ir embora.
-
Pensa que vai ser fácil se livrar de mim dessa vez? Nós vamos sempre nos
encontrar por aí. Aliás, eu quero ver o meu filho.
- Eu
já falei que ele é meu filho, não seu. Você não cuidou, você não...
-
PORQUE VOCÊ NÃO DEIXOU! – gritei e ela se calou. – Afinal, como você conheceu a
Mellanie em? – perguntei curioso. O mundo não poderia ser tão pequeno.
-
Isso não te interessa!
-
Interessa sim, vai abrindo logo a boca. – disse a olhando.
-
Quando eu vim para cá, nem emprego eu tinha. Então eu procurei emprego em uma
boate que fazia pouco tempo que tinha sido inaugurada, eu tive que me
prostituir para dar comida ao Henry.
- Se
prostituiu porque quis. – a cortei.
- O
dono era o Renan, como a Mellanie e ele são inimigos, ela colocou fogo na boate
e pegou todas as meninas que trabalhavam lá. Nos levaram para o galpão, quando
a Mellanie disse que nós íamos trabalhar de graça eu praticamente gelei. Sem
dinheiro o Henry iria passar fome, eu não sei, mas de alguma forma ela notou
meu desespero e me chamou para fazer um serviço para ela.
-
Que serviço? – perguntei curioso.
-
Ela quer falir o Renan, então pediu minha ajuda para conseguir o máximo de
informações na casa dele.
-
Então agora vai dar pro Renan também? – perguntei irônico.
- A
Mellanie foi muito boa para mim, então tudo o que ela pedir eu farei. E eu não
quero que ela saiba que a gente já se conhecia e que você é o pai do Henry.
-
Tanto faz, desde que eu possa ver o Henry. Eu tenho direito como pai.
-
Tudo bem. Isso eu não vou proibir.
-
Como se você pudesse Emily...
Desde aquele dia, sempre que eu podia eu ia ver o Henry.
Ele tinha que se acostumar com a ideia de que agora ele tinha um pai, apesar
dele ser muito novinho. Emily mal ficava em casa, estava sempre com o Renan. Eu
não dava à mínima, só o que me interessava era o meu filho. Ela podia fazer o
que quisesse da vida dela. Tivemos sim um relacionamento, mas era só sexo, não
sentia e não sinto nada por ela. Mantínhamos esse segredo a sete chaves. Emily
concluiu o plano de falir o Renan, mas no início o plano não era mais esse.
Renan conseguiu manipular ela, e quase que ela se bandeava para o lado dele.
- Eu
tenho pena de você quando a Mellanie descobrir isso, Emily. – disse enquanto
brincava com o Henry.
-
Adam, ela tem muito e nem vai desconfiar se pegarmos um pouco. – ela sorriu
gananciosa.
-
Claro que vai, deixa de ser burra! Não sei como você ainda dá ouvidos ao Renan.
-
Mas ele tem razão. Você sabe o que ela já fez com ele? Nossa, eles eram amigos
e...
-
Quer dizer que o Renan se fez de vítima para te convencer? – perguntei e ri sem
humor. – Acho que vou começar a acreditar que toda loira é burra. – disse e ela
fechou a cara.
-
Não me chama de burra!
- Eu
chamo porque é isso que você é. A Mellanie te ajudou em troca da sua ajuda para
dar o golpe no Renan e você quer fazer ao contrário. Tem merda na cabeça é?
Tudo bem, conclua o seu plano com o Renan, mas fique sabendo que eu serei o
primeiro a ver a Mellanie cortando sua cabeça, você não a conhece Emily.
- Se
ela descobrir, eu digo que ele me obrigou.
- Eu
digo que é mentira na sua cara. Se você continuar com essa ideia maluca, eu vou
levar o Henry embora daqui, não quero que ele seja criado por uma vadia
golpista.
Emily resolveu me ouvir e não fez uma besteira. Mellanie
com certeza a mataria. Enfim, fingi que estava a fim da Caitlin só para não
levantarem suspeitas de nada, mas ela preferiu ficar com o otário do Charles.
Aquele imbecil não me desce. Tive que viajar a negócios para a Espanha, dias
depois Emily me liga dizendo que iria viajar para o Texas e se redimir com a
família. Ela é uma piada. Voltei para Los Angeles quando a bomba explodiu sobre
a Mellanie ser a Presidente da Máfia Russa. Quando eu penso que ela não poderia
ser mais foda, fico sabendo disso. Ela é foda, mas o Bieber é um trouxa. Merece
mesmo é um par de chifres por tratar ela tão mal. Mellanie volta para a Rússia
e é nesse intervalo de tempo que fico sabendo que a Emily era a nova gerente de
uma das suas boates. Aproveitei para ir ver o Henry, e ela me surpreende
dizendo que deixou o meu filho no Texas.
- Como que você faz uma merda dessa, Emily? – perguntei
com ódio.
- Era melhor para ele Adam. Aqui ele não tinha uma
estrutura de família. – Emily disse.
- Estrutura de família? – ri sem humor. – Você esqueceu
que a sua família te colocou pra fora de casa quando soube da gravidez?
- Eu não esqueci. Eles estão arrependidos. – ela disse.
- Eu não quero saber. Eu quero que você vá buscar o meu
filho o mais rápido possível. – disse a olhando fixamente.
- É melhor ele ficar lá! – ela rebateu.
- Sabe o que é melhor? Você ir buscá-lo antes que eu
disque o número da Mellanie e conte toda a palhaçada que você pensava em fazer
contra ela. – disse e ela engoliu a seco.
- Você prometeu que nunca iria contar sobre isso. – ela
disse amedrontada.
- Eu não dou a mínima para promessas. Você deixou o Henry
no Texas para nos separar, mas isso não vai acontecer. Você vai buscá-lo hoje
mesmo. – ordenei.
- Hoje eu não posso, tem várias coisas para fazer aqui na
boate.
- Foda-se. Coloca a outra puta que trabalha aqui para
fazer e vá buscar o meu filho.
- Pense no bem do Henry, Adam... - ela murmurou.
- Eu estou pensando. Ele vai ficar bem do lado do pai
dele e não de avós que o desprezou. – disse a olhando e dei as costas para
sair. – Ah, amanhã eu irei ao seu apartamento e se o Henry não estiver lá,
fique ciente de que a Mellanie saberá de tudo. – disse por fim e bati a porta
com força.
Se ela pensa que vai me separar do Henry está
completamente enganada. Emily é uma cobra, mas poucas pessoas sabem do seu veneno.
Mellanie’s
POV
Cheguei em casa e fui direto para o quarto. Precisava ver
como aqueles dois estavam. Abri a porta do quarto e avistei Jason pulando nu na
cama e Justin tentando fazer o curativo em seu braço.
- Jason, para de pular ai. – Justin reclamou concentrado
no braço.
- Deixa que eu faço. – disse fechando a porta.
- Não, eu faço. – Justin disse me olhando e depois olhou
para o braço.
- Eu só queria ajudar. – dei de ombros e fui buscar uma
roupa para o Jason.
O vesti e depois penteei seus cabelos.
- Ah, essa merda vai ficar sem curativo mesmo. – Justin
disse irritado largando os esparadrapos.
- Vai infeccionar se deixar sem. – disse.
Ele deu de ombros, bufei e fui até ele pegando os
esparadrapos.
- Você parece criança às vezes. – disse fazendo o
curativo.
Ele não disse nada e ficou só observando.
- Já passou pomada nos ferimentos? – perguntei e ele
assentiu. – Tomou comprimido para dor? – ele assentiu de novo. – Ótimo. Vou ter
que me ocupar agora.
- Novidade. – ele revirou os olhos e foi deitar na cama.
– Quando termina o treinamento?
- Daqui a cinco dias. – disse.
- Ótimo, não vejo a hora de voltar para Los Angeles. –
ele suspirou.
- Eu não vou daqui a cinco dias.
- Mas eu vou voltar, se você quiser que fique aqui na
Rússia. – ele disse e franzi a testa.
- Não foi você que disse que só iria se eu fosse? –
perguntei.
- Foi. Mas você faz o que quiser agora, se quiser ir ou
não, problema seu.
Fiquei de boca aberta com a revolta do Justin.
- Qual o seu problema? – perguntei o olhando.
- Tenho vários, inclusive em Los Angeles. – ele respondeu
pegando o celular, mas logo Jason tratou de tomar.
- Eu não estou me referindo a esses tipos de problemas.
Eu quero saber o seu problema!
- Eu não tenho nenhum.
- Tudo bem, Justin. – suspirei e saí do quarto.
Não entendo o porquê que ele fica chateado. Ele que
sempre faz merda e depois quer que eu me sinta culpada. Fui para o escritório
porque eu tinha mais o que fazer. Tinha vários e-mails para responder, tanto sobre
os negócios daqui como de Los Angeles. Saí do escritório na hora do almoço e
foi justamente o horário que Edik veio deixar os garotos.
- Meu Deus, eu to todo quebrado. – Chaz reclamou
colocando uma mão nas costelas.
- O que aconteceu? – perguntei segurando o riso.
- Eu me desconcentrei e acabei levando um chute em cheio.
– Chaz disse e gargalhei.
- Acho que ele pensou na minha irmã... – Chris disse.
- Acho que sim, estava pensando na gente fodendo e... –
Chaz começou.
- Eeeepa! Vamos para com essa putaria. – Chris disse e
rimos.
- Chris, tua irmã fode bem. – Chaz continuou.
- Cara, eu vou dar um chute na outra costela pra dor ser
completa. – Chris ameaçou.
- Opa, parei. – Chaz disse e gargalhei.
- Idiota, sorte a tua que não tem irmã. Ia comer ela na tua
frente. – Chris começou enquanto eles subiam as escadas, Ryan estava no
celular.
- Eu vou te jogar lá de cima. – ouvi Chaz dizer.
- Tu é muito cuzão. – Chris retrucou.
Eles foram tomar banho para almoçar, aproveitei e fui
tomar também. Justin estava dormindo com o Jason, de novo. Tomei um banho
rápido, vesti uma calça de moletom e uma camiseta. Acordei os dois dorminhocos
para ir almoçar, levei Jason nos braços porque ele ainda estava sonolento e
Justin machucado não poderia carregá-lo. Esperamos os garotos e fomos almoçar.
(...)
Passei o resto da tarde em reuniões com sócios e o Hugh,
era uma chatice só, porém necessário. Cheguei em casa por volta das 20:00, os
garotos estavam na sala, Ryan e Chaz estavam falando no celular e Chris estava
jogado no sofá assistindo um filme, Jason estava assistindo com ele e comendo
pipoca.
- Oi gente! – disse. – Já jantaram?
- Já sim. – Chris respondeu. – Jason também, já é a
segunda vez que ele come. Orgulho do tio. – disse assanhando o cabelo do Jason,
que fez careta.
- Ok, então vou tomar um banho e já desço. – disse dando
um beijo no Jason.
Subi e fui para o quarto. Pensei que fosse encontrar o
Justin aqui, mas ele não estava. Joguei minha bolsa em qualquer lugar e fui
para o banheiro. Tomei um banho demorado, vesti outra calça de moletom por causa
do frio e uma blusa qualquer. Deixei meus cabelos soltos e desci.
- Vocês viram o Justin?- perguntei.
- Da última vez que eu vi, ele estava indo pra lá. – Ryan
respondeu.
- Ok. – disse e caminhei para onde Ryan disse.
Era para o jardim, onde tem a piscina que quase nunca é
usada. Envolvi meu corpo com meus braços sentindo o vento frio, avistei Justin
sentado em uma das cadeiras de sol. Ele estava sem camisa, apenas de shorts.
Ele não sente frio?
- Tá fazendo o que aqui? – perguntei me aproximando dele.
Notei uma garrafa de bebida vazia jogada no chão e Justin
estava molhado.
- Bebendo de novo, Justin? – perguntei indignada.
- Idai? Eu tava afim. – ele deu de ombros, mas não me
parecia bêbado.
- Entrou na piscina? Quer ficar doente?
- Como você se importasse. – ele disse assanhando os
cabelos.
- Justin, o que você tem? – perguntei o olhando.
Aquela situação estava me incomodando. Somos casados e
nos últimos tempos parecemos mais dois desconhecidos.
- Eu não tenho nada. – ele murmurou e baixou a cabeça
fitando suas mãos entrelaçadas.
O silêncio pairou enquanto Justin permanecia de cabeça
baixa.
- Olha pra mim. – pedi.
Justin negou com a cabeça e fungou. Ele estava chorando.
Silenciosamente, mas estava.
- Converse comigo. – disse.
- Eu me sinto mal por tudo o que eu fiz com você.
Novidade né, eu nunca te faço bem. – ele sussurrou com a voz embargada. – Eu sou
um merda mesmo.
Fiquei calada ouvindo suas fungadas.
- Eu estou arrependido, porque você não me perdoa? Eu te
amo tanto. – ele disse levantando a cabeça e me olhando, apesar da pouca
iluminação ali dava para ver as lágrimas caindo sem parar.
Meu coração apertou de vê-lo naquele estado. Me aproximei
dele ficando em sua frente, Justin mesmo sentado abraçou a minha cintura, com a
cabeça encostada na minha barriga. Respirei fundo e passei minha mão entre seus
cabelos úmidos. Justin estava gelado.
- Eu só queria que você sentisse um pouco do que eu
passei. Que você soubesse o quanto é ruim ser desprezada por alguém que ama. –
disse enquanto fazia carinho em seus cabelos. Ele continuava chorando baixinho
agarrado em mim.
- Eu sei que deveria ter te apoiado, mas eu sou orgulhoso
demais para isso. Me perdoa?
- Eu sempre te perdoo Justin. – sussurrei. – Agora vem,
vamos entrar antes que você adoeça.
Me afastei dele e Justin passou as mãos no rosto,
limpando as lágrimas e levantou-se. Passei o braço em volta da sua cintura e
ele colocou seu braço em volta do meu pescoço e andamos devagar até entrar em
casa. A sala estava vazia, provavelmente os garotos já foram dormir. Subimos as
escadas e fomos para o meu quarto.
- Toma um banho quente, que eu vou atrás do Jason. –
disse para Justin.
- Ok. – ele disse e sorri fraco olhando sua carinha
vermelha de choro.
Saí do quarto e fui procurar o quarto onde o Chris
estava, Jason deveria estar com ele. Encontrei o quarto e Chris estava mexendo
no celular, do lado estava Jason dormindo.
- Ele acabou dormindo. – Chris disse.
- Tudo bem. – disse.
- E o Justin?
- Está bem. Se importa se o Jason dormir com você?
- Claro que não, relaxa.
- Ok, boa noite Chris.
- Boa noite. Coloque juízo na cabeça do Justin porque tá
faltando. – ele disse e ri.
- Tá bom. – disse e fui até o Jason dando um beijinho
nele.
Saí do quarto e voltei para o meu. Justin estava andando
pelo quarto enxugando o cabelo com uma toalha, ele espirrou duas vezes seguida.
- Acho que alguém vai adoecer. – disse.
- Também acho. – ele disse entrando no banheiro e voltou
com a maleta de primeiros socorros.
Ele sentou-se na cama e abri a maleta pegando o
necessário para fazer o curativo no seu braço. Limpei o machucado da bala e
passei pomada com o algodão, Justin espirrou de novo.
- Droga. – ele reclamou.
Peguei a gaze para por no seu braço, mas Justin espirrou
duas vezes, de novo.
- Assim não dá. – disse.
- Eu não tenho culpa.
- Tem sim, pra quê foi entrar na piscina num frio desse? –
perguntei e ele fez bico.
Dei risada. Consegui fazer o curativo mesmo com o Justin
espirrando sem parar.
- Pronto. – disse.
- Agora falta um beijinho pra sarar. – ele disse manhoso
e agarrando a minha cintura.
Eu estava em pé no meio das suas pernas, e ele sentado na
cama.
- Eu não quero pegar gripe de você. – disse brincando e
Justin cresceu o bico de novo.
- Eu ainda não estou gripado. – ele se defendeu.
- Ainda né... – disse e aproximei meu rosto do seu, dando
um beijo em sua testa. – Pronto.
- Mellanie! – Justin disse indignado.
Dei risada e ele me puxou me fazendo sentar em seu colo. Segurei
em seu rosto e selei nossos lábios. Demoraria muito pra matar a saudade que
estávamos sentindo um do outro.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Ooooi Lifes! Como estão? Eu to legal.
Eu estou passada, dobrada e guardada na gaveta com essa revelação do Adam.
Eeeee chega ao fim, a briga mais demorada de todos os tempos. Amém!
We heart it
Snap: srta_andrade
Eu esperava mais comentários na postagem anterior e na One shot. Mas sempre alguém aparece pra falar " Ah, você demora muito a postar". Mas eu respondo " Ah, eu vivo além de escrever a fic". E também se comentassem mais rápido, eu postaria mais rápido. Não gosto de ficar cobrando comentários porque é uma chatice, só acho que você que lê deveria ter pelo menos a consideração de comentar.
Então tipo, você comenta se quiser, mas também vou postar só quando eu quiser. Ai vai aparecer mais pessoas dizendo " Ah, vai perder leitoras assim", então vou responder logo " Tchau e benção", lê quem quer e ponto. ( Eu estava afim mesmo de dizer essas coisas, desculpem se sou sincera demais ;)
E as que sempre comentam, o meu muuuuuuito obrigada. Vocês são dez, dez não, mil!
E vamos a tag de hoje hahahaha:
#EmilyCobraPeçonhenta
Obs: Quem quiser entrar no grupo de DL no Whats, me chama no twitter ou deixe o número nos comentários. Mas seja uma leitora ativa e interaja com as outras :*
Amo vocês ♥
Snap: srta_andrade
Eu esperava mais comentários na postagem anterior e na One shot. Mas sempre alguém aparece pra falar " Ah, você demora muito a postar". Mas eu respondo " Ah, eu vivo além de escrever a fic". E também se comentassem mais rápido, eu postaria mais rápido. Não gosto de ficar cobrando comentários porque é uma chatice, só acho que você que lê deveria ter pelo menos a consideração de comentar.
Então tipo, você comenta se quiser, mas também vou postar só quando eu quiser. Ai vai aparecer mais pessoas dizendo " Ah, vai perder leitoras assim", então vou responder logo " Tchau e benção", lê quem quer e ponto. ( Eu estava afim mesmo de dizer essas coisas, desculpem se sou sincera demais ;)
E as que sempre comentam, o meu muuuuuuito obrigada. Vocês são dez, dez não, mil!
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Amo vocês ♥