Fanfics - Justin Bieber

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

The Apprentice - Eighteenth chapter

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Dormi muito bem com a Kate, bem até demais. Queria poder ficar para vê-la acordar, porém prometi a minha mãe que voltaria cedo para casa. No caso, seis da matina eu já estava de pé vestindo meu casaco e observando Kate dormir tranquilamente agarrada em um travesseiro, no qual eu coloquei para substituir meu corpo que antes estava ali, agarrado ao seu. Olhei ao redor e encontrei sua bolsa da faculdade, peguei seu caderno, o abri, peguei uma caneta e deixei um recado:

Tenha um bom dia, baby. Você estava linda dormindo, como sempre.
                             
                                                Bieber. <3

Deixei o caderno aberto em cima dos eu criado-mudo e dei um beijo em sua testa, ajeitei o edredom a cobrindo mais e caminhei até a janela.  Em segundos já estava andando pelas ruas, somente eu e o frio da manhã. Coloquei as mãos dentro dos bolsos da calça antes que elas congelassem. Logo cheguei em casa, estava silenciosa. 

- Mãe? – chamei.

Ninguém respondeu, então deduzi que ela ainda estivesse dormindo. Fui para o meu quarto e me joguei na cama, ainda estava com sono. 

(...)

- Justin? Querido, acorde! – ouvi a voz carinhosa da minha mãe soar ao meu lado.

Cocei os olhos e os abri.

- Bom dia! Que horas você chegou? – perguntou passando a mão entre meus cabelos.

- Umas seis. – respondi me espreguiçando.

- Bem cedo mesmo. – ela riu fraco. – Tome um banho e desça para tomar café. 

- Tá. – resmunguei.

Minha mãe saiu do quarto e me levantei preguiçoso indo para o banheiro. Me despi e senti meu corpo arrepiar, que frio terrível. Liguei o registro na água quente e tomei um banho demorado. Fiz minhas higienes e saí do banheiro enrolado, batendo os queixos. Fui até o closet e escolhi uma roupa de frio, ajeitei meu topete e saí do meu quarto. Cheguei à cozinha e minha mãe já havia servido meu café da manhã. É a melhor mãe do mundo, né?

- Obrigado. – disse beijando sua bochecha e me sentando.

- De nada, querido. Como a Kate estava? – ela perguntou lavando umas louças.

Apesar de termos condição suficiente para contratar uma empregada, minha mãe fazia questão de ficar cuidando da casa, limpando, passando, cozinhando. Eu e meu pai já tentamos convencê-la de contratar uma empregada, porém ela não quer. 

- Estava bem. – respondi.

- Você não acha perigoso ficar escalando janela? – ela perguntou me olhando.

- Vai ser por pouco tempo. – disse mordendo minha panqueca. 

- Então termina aí, vamos comprar o anel da Kate. – ela disse e sorri de boca fechada.

Terminei meu café e saí com a minha mãe, íamos à uma joalheria que ficava no Shopping. 
Chegamos depois de vinte minutos, ao entramos na loja a atendente veio até nós.

- Bom dia! No que posso ajudar? – ela perguntou simpática.

- Bom dia. Queremos um anel bem bonito. – minha mãe disse.

- Namoro, casamento, formatura, ou algo assim? 

- Namoro. – respondi.

- Me acompanhem. – ela disse e assentimos com a cabeça.

Ela nos levou até uma vitrine e tinha anel para caramba. Era difícil escolher um. Fiquei imaginando qual a Kate gostaria mais. 

- Já se decidiu?  - minha mãe perguntou.

- Ainda não. – bufei. – Isso é complicado. E se ela não gostar do que eu comprar? – perguntei receoso.

- Claro que ela vai gostar, filho. – ela disse passando a mão em minhas costas. – Olhe para esses anéis e veja qual combina mais com ela.

- Ok, vamos lá de novo.

Olhei anel por anel, a atendente já estava impaciente do nosso lado. Eu realmente sou um cara indeciso. 

- Olha esse mãe. – disse apontando.

- É lindo. Ela vai amar. – sorriu.

- Ótimo. Vai ser esse. – disse para a moça.

Pude ouvir ela murmurar um “Graças à Deus”. Ela o colocou na caixinha de veludo e guardou em uma embalagem. Minha mãe insistiu em pagar, ela estava mais empolgada do que eu. Acho que a entendo, nunca quis nada sério com ninguém. Só comer e despachar, por isso que ela está tão feliz por eu ter me apaixonado pela Kate. 

- Ah, esqueci de contar para você... – minha mãe começou a falar quando saímos da loja.

- O quê? – a perguntei.

- Sabe a cabana que eu falei? Do meu amigo? Então, vocês podem ir, ele vai deixar a chave lá em casa depois. 

- Sério? Que foda! – disse animado beijando sua bochecha.

- Só tenha juízo em. 

- Juízo é o que eu mais tenho, mãe. – disse piscando o olho.

A abracei de lado e continuamos a andar pelo Shopping. 

- Será que as garotas ainda gostam de receber pelúcia? – perguntei à minha mãe, ao avistar uma loja com vários na vitrine.

- Claro, filho. – ela respondeu.

- Vamos entrar aqui. – disse a conduzindo para a loja.

Entramos na loja e fomos escolher uma pelúcia para dar à Kate. Estou meloso até demais para o meu gosto. Depois da compra, minha mãe me fez esperar mais uma hora em uma loja de roupas. Bem que desconfiei, ela estava boa até demais. 

No domingo...

Kate Beadles’s POV

Eu estava bem feliz por minha mãe ter deixando eu ir ao jogo, quer dizer, ela só deixou porque meu pai vai também. Ela preferiu ficar em casa, confesso que acho até melhor. Vou me sentir mais confortável sem seus olhares em cima de mim. Estava trajando uma calça jeans colada, uma blusa dos Cullitons e um sapatinho. Meu cabelo estava solto e uma maquiagem, graças aos truques da Caitlin, ressaltava a cor dos meus olhos. 

- Kate? Vamos! – meu pai disse batendo na porta.

- Estou indo. – respondi e enfiei meu celular no bolso da calça.

Abri a porta e dei de cara com ele me esperando.

- Oh, que linda! – ele disse pegando em minha mão e me fazendo dar uma rodadinha.

- Obrigada! – sorri. – Adorei a sua camisa. – disse elogiando a camisa do nosso time.

- Hum... A sua também não é de se jogar fora. – ele respondeu e rimos. – Pegou os ingressos?

- Estão aqui no bolso.

- Ok! VAMOS LÁ CULLITONS! – dei risada da sua empolgação.

(...)

Chegamos ao estádio e estava um verdadeiro formigueiro. Por sorte meu pai conseguiu uma boa vaga para estacionar o carro.

- Que bom que compramos os ingressos próximos aos outros, não iríamos conseguir achar ninguém aqui. – meu pai respondeu.

- Nossa, isso está lotado pai. – disse boquiaberta.

- Claro, hoje é dia de vitória! – exclamou e ri.

Segurei em seu braço e seguimos para dentro do estádio. Se fora estava cheio, dentro estava muito mais. Meus olhos brilharam em ver o estádio lotado, aquela energia boa, aquela sensação de nostalgia. Caminhamos com dificuldade entre as pessoas e as arquibancadas, compramos nossos ingressos o mais próximo possível da tela de proteção. Queríamos acompanhar tudo bem de perto. 

- Já estou vendo o pessoal. – meu pai praticamente gritou para que eu pudesse ouvir.

- Onde? – perguntei de volta.

Ele só me guiou até lá. Todos haviam chegado, estavam os pais da galera, menos as mães. 

- Primaaa! – Caitlin disse jogando-se em cima de mim.

Enquanto meu pai cumprimentava meus tios, apesar de não sermos da mesma família, considero como se fossem. No caso, os pais da Caitlin, do Chaz, do Ryan e do Justin. Ah, como ele estava lindo. 

- Meu Deus! Não vai me derrubar. – disse retribuindo seu abraço.

- Como você está linda! – ela disse me olhando.

- Olha quem fala. – disse rindo.

- Vem pra esse lado. – ela disse me puxando.

Do lado direito iriam ficar nossos pais e do esquerdo, nós.

- Oi pessoal! – disse um pouco alto para que eles pudessem ouvir.

Cumprimentei meus tios e por fim, os garotos.

- Depois de tanto tempo sem ver os monstros em quadra, está animada Kate? – Ryan perguntou.

- Muito! – respondi sorrindo. – Continuam bons?

- ÓBVIO! – Ryan e Chaz responderam ao mesmo tempo e dei risada.

- Oi baby. – Justin disse e me abraçou. – Essa blusa fica linda em você, porém você fica muito mais sem ela. – sussurrou em meu ouvido e senti minhas bochechas queimarem.

- Não começa, por favor... – disse envergonhada e ele riu separando o abraço.

- Apenas a verdade. – ele deu de ombros. 

- Oh pai, me dá dinheiro aí. A Kate e o Justin vão comprar alguma coisa para comermos. – Caitlin disse para o tio William.

- Vamos? – perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

- Vamos. – Justin respondeu.

- Filha, aproveita e compra uma cerveja para o seu velho aqui. – meu pai disse abrindo a carteira.

- Vamos perder o jogo. – respondi.

- Baby, colabore. – Justin sussurrou do meu lado.

- Vai demorar um pouco para começar. – Ryan respondeu.

- Ok. 

- Justin, cuidado com a Kate, vai que ela se perde por aí. – meu pai disse e revirei os olhos.

- Claro. – ele disse entrelaçando nossos dedos e gelei. – Oh, não dá para se perder.

- Bom garoto! – Jeremy disse e piscou para o Justin.

Eu entendi muito bem essa piscadinha. Justin saiu me puxando, segurei firme em sua mão. Vai que eu me perdesse mesmo no meio dessa multidão. Andamos no meio do pessoal e conseguimos chegar na parte que vendiam lanches e bebidas.

- Só assim para conseguirmos ficar a sós. – Justin disse me olhando e parando em minha frente.

- Quer dizer que isso foi armado? – perguntei desconfiada.

- Caitlin que armou, eu só notei depois. – ele deu risada e ri também.

Justin ficou me olhando fixamente e já estava ficando incomodada.

- Porquê está me olhando assim? – perguntei colocando uma mecha de cabelo para trás da orelha.

- Só estava pensando que eu tenho que te beijar agora. – ele disse segurando em minha cintura.

- Você sabe que têm conhecidos aqui, não sabe? – perguntei olhando para os lados.

- Eu realmente não me importo, Kate. – respondeu e colou nossos lábios rapidamente.

Justin colocou sua mão em minha cintura e eu automaticamente levei a minha para a sua nuca. Ele me beijou tão lentamente que eu queria que aquele momento se eternizasse ali. Justin despertava em mim todas as melhores sensações, era tão bom. Descolei nossos lábios e ele sorria para mim ainda de olhos fechados.

- Porque parou, baby? – perguntou abrindo os olhos.

- Temos que comprar as coisas antes que o jogo comece. – disse.

- Ok. – ele revirou os olhos e pegou na minha mão.

Fomos para uma fila que graças à Deus estava pequena. Compramos e depois voltamos para os nossos lugares. Dez minutos depois o jogo começou levantando o estádio a loucura, a torcida do time adversário estava presente, porém não era nada comparada à nossa. Os garotos e nossos pais estavam enlouquecidos, eu e Caitlin ainda mantínhamos a pose de mocinhas educadas. Porém, não durou muito tempo quando o juiz apitou indicando término do jogo. E como sempre, Cullitons Stratford ganhou. 

- Onde vamos comemorar? – tio William perguntou.

- São quase uma da manhã, ainda quer comemorar? – meu pai o perguntou rindo.

- Cara, o nosso time ganhou. Tem noção? – tio William disse abraçando meu pai.

- Você é louco, cara. – meu pai respondeu.

- Não é à toa que somos irmãos.  – ele respondeu e rimos.

- Vamos marcar um rodízio de pizza? – Christian sugeriu.

- Pode ser amanhã. – Jeremy respondeu.

Combinamos direito sobre o rodízio de pizza para amanhã e por fim, conseguimos sair do estádio. Nos despedimos e fomos para nossas casas. 

- Gostou de hoje, querida? – meu pai perguntou enquanto subíamos as escadas.

- Sim, me senti muito feliz. – disse sorrindo para ele.

- Que bom! Gosto de te ver assim. – ele apertou minhas bochechas e ri fraco.

- Boa noite, pai. – beijei sua bochecha quando paramos em frente à porta do meu quarto.

- Boa noite! – ele beijou minha testa e entrei no meu quarto.

Tirei minhas roupas e fui tomar um banho, tinha suado bastante no meio daquela torcida enlouquecida. Depois do banho, coloquei meu baby doll e fui dormir.

(...)

No dia seguinte, fui para a faculdade e não teve nada de diferente. Apenas o fato de Paul estar extremamente estranho comigo. Ele não falou comigo durante à tarde, às vezes sentia seu olhar sob mim, e eu sentia que não era algo bom. Depois de dois trabalhos apresentados, comecei a sentir uma enxaqueca horrível e pedi para que pudesse ir embora. Justin veio me deixar em casa na hora do intervalo, minha cabeça parecia que ia explodir. 

Passei o resto da tarde tentando dormir, já tinha tomado remédio mais não tinha surtido efeito ainda. Quando estava quase conseguindo dormir, a porta do meu quarto foi praticamente derrubada por a minha mãe. 

- Custava bater feito uma pessoa normal? – perguntei já irritada.

- Está dizendo que eu não sou normal? – perguntou toda arrogante.

- Às vezes parece que não. – respondi.

- Não me desrespeite, Kate! Porque voltou cedo da aula? 

- Como soube disso? – perguntei arqueando as sobrancelhas.

- Me ligaram da Universidade avisando. 

- E porque te ligaram? Isso é tão banal.

- Porque eu pedi que ligassem, caso você saísse antes de terminar o horário das suas aulas. Banal nada, pagamos tão caro para você ficar faltando aula?! – esbravejou.

- Eu estava com enxaqueca, não ia ficar lá com dor. – me defendi.

- Deixe de ser mentirosa. Porque faltou as aulas? 

- Eu não estou mentindo. – respondi com raiva. – Aliás, você reclamando comigo está piorando minha dor de cabeça.

- Que piore então! – ela respondeu também com raiva e fiquei boquiaberta. – Eu não quero você faltando na faculdade, entendeu? Se tiver com dor, que leve remédio. 

- Não dava para eu ficar assistindo aula. Minha cabeça estava quase explodindo. – tentei explicar.

- Eu não quero saber de nada, Kate! Eu só não faço você voltar para lá, porque uma hora dessas as aulas já terminaram. – ela respondeu e a olhei incrédula.

- Sai do meu quarto. – disse firme a olhando.

- O que disse? – perguntou me fuzilando com os olhos.

- Estou pedindo para você sair do meu quarto. 

- Você ficou louca? 

- Quem está louca aqui, não sou eu mãe. 

- CONTINUE ME AFRONTANDO DESSE JEITO E EU TE MANDO PARA O CONVENTO EM DOIS TEMPOS. – gritou e saiu batendo a porta.

Com o barulho da pancada, doeu mais ainda minha cabeça e me afundei nos travesseiros. Cada dia que passa está mais difícil de aguentar a minha própria mãe. Continuei deitada por mais meia hora, resolvi levantar e tomar outro comprimido. Cheguei à cozinha e quase voltei para trás quando vi minha mãe discutindo com o meu pai.

- Está vendo essa daí? Mal entrou na faculdade e já está faltando as aulas. – minha mãe disse apontando o dedo para mim.

Preferi ficar calada e fui procurar um comprimido nas gavetas.

- O que houve, filha? – meu pai perguntou.

- Estava com muita dor de cabeça e vim embora depois do intervalo. – respondi simples.

- Que história mal contada. – minha mãe debochou.

- Eu já disse que estou falando a verdade. – esbravejei.

- E melhorou? Lembre-se que ainda temos um rodizio para irmos hoje. – meu pai respondeu ignorando o chilique da minha mãe.

- O quê? Ainda querem sair hoje? Mais não vão mesmo. – ela respondeu.

- Porquê não? Vamos comemorar a vitória dos Cullitons. – meu pai disse.

- Dane-se esse time. Vocês não vão à lugar nenhum hoje. – ela disse batendo a mão na mesa, eu e meu pai nos entre olhamos.

- Lauren, se você quiser ficar em casa o problema é seu. Nós vamos. – meu pai deu de ombros.

- Depois do que aconteceu hoje? A Kate não vai a lugar nenhum. – ela respondeu e arregalei os olhos.

- Só porque eu vim embora porque estava com dor? Pelo amor de Deus... – disse revoltada.

- Quer dizer que ainda lembra de Deus? Nem parece, anda fazendo tantas coisas que não o agradam. – ela disse debochada.

- Já chega! Eu não fiz nada demais. – disse por fim e dei ás costas saindo da cozinha. – PELO MENOS EU AINDA ESTOU EM PLENO USO DAS MINHAS FACULDADES MENTAIS! – gritei indo em direção à porta.

- SOME DAQUI, KATE! – ela gritou de volta.

- Para com isso, Lauren! – ouvi meu pai dizer, porém já tinha batido a porta e saído de casa.

Já estava noite e fazia frio, nem me importei e apressei o passo para ficar longe de casa. Precisava colocar a cabeça no lugar. Me abracei e resolvi ir tomar um café no Starbucks para me esquentar por dentro. Me sentei e logo alguém veio me atender, pedi somente um café forte. Rolei meus olhos pelo estabelecimento esperando meu pedido e vi Paul sentado sozinho, e agora estava me olhando. Olhei para outro lugar mais ainda sentia seu olhar em mim. Assim que meu café chegou, tentei tomar o mais rápido possível e sair logo dali.

- Kate? – ouvi Paul me chamar assim que pus meus pés fora do Starbucks.

Suspirei pesado e me virei devagar.

- Oi. – respondi.

- Acho que nós precisamos conversar. – ele disse e comecei a andar, ele me acompanhou.

- Eu não estou em um dia bom, depois nós conversamos. – disse querendo dar fim aquela conversa e seguir meu rumo.

- O que aconteceu? – ele perguntou.

- Eu não quero falar sobre isso. – respondi.

- Porque está tão estranha comigo? – ele perguntou e notei a raiva em sua voz.

- Eu não estou estranha com você. É impressão. – disse rápido.

- Claro que está! O que o Justin contou para você? 

- Ele não contou nada. 

- E porque está assim?

- Eu já disse que não estou em um dia bom, Paul. – respondi.

- O imbecil do Justin fez alguma coisa com você? – perguntou ainda com raiva.

- Porque ele faria? – franzi a testa e o olhei.

- Porque ele não é homem para você. – ele sorriu.

- E quem seria? – perguntei no impulso.

- Eu. – ele sorriu malicioso.

- Não é uma boa hora para brincadeiras. 

- E quem disse que eu estou brincando? – ele perguntou e segurou em meu braço, me parando em sua frente.

- Paul, me solta. – disse nervosa.

- Você está gelada, Kate! Não quer que eu te esquente? – ele perguntou e me puxou com força para o seu corpo, nos deixando colados.

- Por favor, para com isso. – disse sentindo meu coração bater mais rápido.

- Claro que você quer. – ele respondeu rindo e continuou me puxando.

- Me solta ou então eu vou gritar. – disse.

- Se eu fosse você, não gritaria. Escute seu amigo. – ele beijou minha bochecha e senti nojo.

Seu braço estava rodeado em minha cintura com força, ele me mantinha colado ao seu corpo enquanto andávamos. Quem passava na rua pensava que nós éramos namorados. Eu já estava com muito medo, com vontade de chorar. E isso só aumentou quando entramos em um beco escuro e imundo. 


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Continua?
Obrigada por todos os comentários!

Sempre soube que esse Paul não prestava.

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Um ótimo carnaval e curtam com juízo, em?

Amo vocês.  💘

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Dangerous Life 3° - Capítulo 8 - Overdose of love

214 comentários | |



Christian Beadles’s POV

Bieber me ligou convidando para sairmos. Só aceitei para não deixa-lo sozinho e ele acabar fazendo merda. Eu gosto da Mel e ela não merece isso, o que tiver no meu alcance para deixar meu amigo nos trilhos, eu irei fazer. Quando ele disse que Justin Bieber estava de volta, já imaginei a grande merda que ele tinha em mente de fazer. Me arrumei rápido e fiquei à espera do cuzão, a casa estava silenciosa, pois a Caitlin vive mais na casa do Chaz. Minutos depois, ouvi a buzina na minha porta, ele buzinou tanto que o condomínio inteiro deve ter acordado.

- Esqueceu a mão em cima da buzina, pau no cu? – perguntei abrindo a porta do carro.

- Entra logo. – ele revirou os olhos.

- Você tá péssimo. – disse o olhando, apesar dele estar de óculos escuros.

- Vou encarar como um elogio. – ele disse irônico fazendo a manobra para sair da minha mansão.

- Pra onde vamos? – perguntei.

- Tá rolando uma festa na mansão do Tyson, é pra lá que vamos. – ele respondeu.

- Beleza.

Bieber foi dirigindo como um louco, como é de costume dele. Do começo da rua do Milk já dava para ouvir o som alto, aquela porra deve tá uma loucura. Já me animei, mas lembrei que não poderia me divertir como queria, para não deixar o cuzão fazer besteira. Paramos em frente ao portão, Justin só baixou o vidro e abriram o grande portão, ele estacionou em uma vaga e descemos do carro. Dei uma boa olhada e estava um verdadeiro inferno, do jeito que eu gosto.

- Milk nunca decepciona. – comentei.

- Ele sempre soube dar festas, com o tempo só vai melhorando. – Justin disse olhando também. – Bora chegar junto.

- Agora, bro. – disse e começamos a caminhar no meio das pessoas.

É claro que os olhares foram voltados para nós. As pessoas aqui nos respeitam e tem que ser assim mesmo. Já dei uma boa olhada nas gatinhas que não poderia foder hoje, Mel vai ficar me devendo uma depois dessa. Chegamos ao bar e pedimos nossa bebida, pedi só uma cerveja para aquecer e Justin quis logo Vodka.

- Vai ficar só na cervejinha, Christian? Qual é? – Justin me perguntou.

- Eu ainda tô me recuperando de uma ressaca, bro. Vamos com calma. – menti.

Não ia contar a verdade, que não ia beber e me divertir para ficar vigiando ele. Nem acredito que vou fazer isso, mas amigos servem para isso mesmo.

- Deixa de ser cuzão, cara, toma aí. – disse me oferecendo o litro.

Sim, ele estava tomando direto em um litro. Justin não deve sentir ressaca, não é normal o quanto esse cara vem bebendo ultimamente.

- Depois eu tomo. – respondi e ele deu de ombros.

- Só vendo para crer. – ouvimos uma voz atrás de nós, era o Milk Tyson. – Grande Bieber e Beadles, que honra tê-los em minha humilde festa.

- Sem cerimônia, cara. – Justin riu fazendo um toque com ele.

- Bela festa, Tyson. – fiz um toque também.

- Espero que gostem. – ele sorriu com um cigarro de maconha preso nos dentes. – Onde está a patroa? Não veio, Justin?

- Que patroa? – Justin perguntou.

Nossa, que bola fora.

- A Mellanie está viajando. – decidi responder.

- Ah claro, esqueci que ela é uma mulher de negócios. – Milk respondeu. – Vai um cigarrinho aí? – ele tirou alguns do bolso e nos ofereceu.

- É sempre bem-vindo. – Justin sorriu pegando.

- Vai querer, Christian? – Milk perguntou.

- Não cara, vou ficar de boa hoje. – respondi.

Ele deu de ombros, Justin acendeu um cigarro e continuou uma conversa com o Milk. Nem prestei muita atenção, estava concentrado demais vendo as gatinhas passar e piscar para mim. Puta que me pariu. Só olhar e não poder tocar é muita judiação.

(...)

Minha bexiga já estava explodindo de tanta cerveja que eu tomei. Bieber já estava mais animado que o normal, continuávamos no mesmo local, perto do bar.

- Cara, vou regar o vaso. – avisei para ele.

Ele nem deve ter ouvido. Dei de ombros e saí procurando um banheiro. Não demorei no banheiro e quando voltei, Justin já não estava mais perto do bar.

- Hey. – chamei o barman. – Viu pra onde o Bieber foi?

- Ele saiu com uma garota, deve ter ido em direção aos quartos. – ele respondeu e arregalei os olhos.

- Puta que pariu, um minuto que eu saí... – disse para mim mesmo e saí em disparada atrás dele.

Olhei para as escadas, na qual dava acesso ao segundo piso da casa e aos quartos, e vi uma garota puxando o Justin, aliás, ele estava bêbado. Corri entre as pessoas e alcancei os degraus, pulei de dois em dois até chegar perto deles.

- Justin! – o chamei e ele me olhou.

- O que é? – ele perguntou enquanto a vadia estava pendurada em seu pescoço.

Se a Mellanie estivesse aqui, com certeza ela já era uma vadia morta.

- O que pensa que está fazendo? – perguntei.

- Adivinha? – perguntou irônico.

- Eu não vou deixar você fazer isso.

- Beadles, porque não vai arranjar uma para se divertir também em? – perguntou com um sorriso debochado.

- Cara, você já sabe a merda que fez, quer fazer outra? Já parou para pensar que a Mellanie nunca mais vai se quer olhar na sua cara? – o perguntei e ele fechou a cara.

- Não fala daquela vadia. – disse com raiva.

- No caso, a vadia que você ama e é casado. – cruzei os braços.

- Vamos, Bieber. – a vadia disse para Justin.

- Velho, some daqui. – disse a puxando pelo braço, a fazendo desgrudar do Justin.

- Christian, você está atrapalhando a minha noite. – Justin respondeu.

- Eu não vou deixar você trair a Mellanie de novo, e não estou fazendo isso por você, estou fazendo por ela que não merece nada disso. Cadê a chave do carro?

- Para quê?

- Vamos cair fora daqui.

- Loirinho, não seja chato, depois eu transo com você, mas agora é com o Bieber. – a puta disse atrás de mim.

- Tu ainda tá aqui? – perguntei a olhando. – Vaza daqui, porra. – disse rude.

Ela se encolheu e desceu as escadas.

- Eu não quero ir embora. – ele disse virando o litro na boca.

- Mas nós vamos, cansei de ser babá. – respondi e enfiei a mão em seus bolsos, encontrando a chave.

- Tu é chato cara, puta que pariu. – ele resmungou.

- Amanhã você vai me agradecer.

Com muita insistência consegui convencer o Bieber a ir embora, pense em um bêbado chato, caralho! Paguei todos os meus pecados só em um dia, agora já sei que vou para o céu. Dirigi até a minha casa, se o Justin chegasse nesse estado deplorável na mansão, Jeremy iria mata-lo. Joguei ele em um quarto de hóspedes e fui para o meu, onde só deitei e apaguei.

Justin Bieber’s POV

Não era novidade acordar com ressaca, mais era novidade acordar em um quarto que não era o meu. Já fiquei pensando nas besteiras que eu posso ter feito. Me levantei da cama e fui dar uma olhada na janela, esse jardim não me é estranho. Ah claro, estava na mansão do Christian. Fui ao banheiro e joguei uma água no rosto, mijei e saí do quarto. Desci as escadas e ouvi vozes da cozinha, me aproximei e era o Christian conversando com a empregada enquanto comia.

- Que horas são? – perguntei me sentando.

- Duas da tarde. – ele respondeu.

- Fiz alguma merda ontem? – fui direto ao ponto.

- Só não fez porque eu não deixei. – ele respondeu.

- Tipo o quê? – perguntei curioso.

- Um minuto que fui ao banheiro, quando voltei tu já estava subindo com uma vadia.

- Caralho! – passei a mão no rosto. – Sério, bro?

- Sério, cara. Ia ser uma merda daquelas.

- Mas bem que a Mellanie está merecendo, puta que pariu em. – esbravejei.

- A Mellanie não merece, Justin.

- Ela está pouco se fudendo para mim. Um chifre a mais ou a menos não vai fazer diferença.

- Cara, tu tá se ouvindo? Tu que vacilou com ela, então não está no direito de reclamar.

- Esse papo me cansou. – me levantei.

- Come aí cara, apesar de tu ser um vacilão, eu não nego comida.

- Vai se danar. – revirei os olhos e dei as costas.

- De nada viu? – ouvi ele dizer.

Bufei e saí da sua casa, meu carro estava na estacionado na frente. Entrei e manobrei saindo dali. Parei em uma cafeteria e tomei um café forte, talvez aliviasse a azia horrível que eu estava sentindo. Cheguei em casa e fui direto para o meu quarto, tomei um banho demorado, só coloquei uma boxer e me joguei na cama. Iria dormir até na sentir mais sono.

Mellanie Bieber’s POV

Estava conversando com o Hugh na sala, esperando que Deus nos mostrasse alguma luz ou nos desse alguma pista quanto o paradeiro da minha mãe.

- De uma coisa nós sabemos, sua mãe não está morta. – Hugh me disse.

- Nem me lembra porque já sinto raiva por ela estar viva e não ter me procurado. – bufei.

- Calma, não vamos colocar a carroça na frente dos burros. Não sabemos exatamente o que aconteceu... – ele disse me olhando.

- Isso está me deixando frustrada. É um grande mistério que não termina nunca, se eu pudesse voltaria a vida ao imbecil do Hugo e iria fazê-lo contar tudo o que fez. Tem noção do quanto eu estou puta? Mesmo morto aquele desgraçado consegue fuder com a minha vida.

- Realmente. Ele fez uma jogada de mestre, Mellanie. Ele soube te manipular direitinho, forjando a morte da sua mãe.

- O que ele queria? Se vingar de mim?

- Com certeza. Você foi um empecilho na vida dele.

- Eu? Mais eu nunca fiz nada! Era uma mosca morta. – rebati.

- Foi quando Madison estava grávida de você que a relação dos dois desandou. Ele não se vingou do seu pai, mais quis se vingar de você e a da sua. – Hugh explicou.

- Porque minha mãe não largou ele? Caramba. – passei a mão entre meus cabelos. – Será que meu pai está vivo? – perguntei.

- Isso nós só vamos descobrir quando encontrarmos sua mãe. – ele respondeu.

- Que ótimo. – disse irônica. – Se a minha mãe tivesse me contado antes que o Hugo não era meu pai biológico já teria ajudado bastante, eu teria ido procurar meu pai.

- Hugo deve ter chantageado a Madison. – Hugh respondeu. – Você não pode jogar a culpa na sua mãe, Mellanie.

- Hugh, ela está viva e depois desses anos ela nem quis saber se eu estava bem ou não. Ela não me procurou. Você quer que eu esteja como? – perguntei irritada.

- Você só pode mesmo ficar com raiva dela ou não quando sabermos o que realmente aconteceu. Daqui pra lá, pensa positivo.

- Tá difícil. – respondi e encostei minhas costas no sofá. – Por mais que nossa inteligência na Rússia seja avançada, nós não vamos conseguir encontrar assim.

- O que propõe então?

- Vamos fazer o mais simples e que talvez nos ajude de verdade, vamos espalhar cartazes nas ruas.

- Você acha que isso vai dar certo?

- Melhor do que ficar esperando minha mãe cair do céu, né. – disse irônica.

- Tudo bem. Me dá uma foto dela que mandarei fazer milhares de cartazes, os rapazes irão espalhar por toda a cidade.

- Coloca uma recompensa no cartaz, as pessoas não costumam fazer nada de graça.

- Claro. – ele riu pelo nariz. – O dinheiro move o mundo, querida Mellanie.

- Vou ver se tenho alguma coisa aqui. – disse me levantando.

- Ok, vou aprontando o cartaz. Ou melhor, você fará isso, meu português não é um dos melhores.

- Vou lembrar de pagar um curso de português para você. – disse irônica e ele deu risada.

Subi para o quarto e encontrei Jason acordado.

- Oi amor. – disse beijando sua testa.

- Mamãe, o papai tá ati? – ele me perguntou coçando os olhos e franzi a testa.

- Não amor, porque? – perguntei o colocando em meu colo.

- Putê eu sonhei que tava. – ele respondeu.

Olhei com pena para o Jason. Porque ele tinha que ser tão apegado ao Justin? Suspirei o abraçando.

- E como foi o sonho? – perguntei.

- O papai bincava comigo e assistia Bob. – ele disse e sorri fraco.

- Que bom, amor.

- Meu papai naum vem? – Jason perguntou me olhando.

- Não, Jason. Ele não vem. – disse acariciando seu rosto.

- Putê? – ele perguntou triste.

- O papai está ocupado.

- Mamãe, pede pla ele vim bincar comigo. – Jason me pediu agarrado em minha blusa.

Meu coração apertou. É tão ruim ver meu pequeno triste pelos cantos.

- Que tal ligarmos para ele, em? – perguntei tentando animá-lo e ele só assentiu com a cabeça.

Tirei meu celular do bolso do short e coloquei para chamar, entreguei ao Jason. Ele continuava sentadinho no meu colo esperando o Justin atender. E eu espero realmente que ele atenda logo, Jason iria ficar mais triste ainda se não conseguisse falar com o pai. 
Depois da terceira tentativa, ele atendeu.

- Papai! – Jason disse animado.

Tirei Jason no meu colo o deixando sentadinho na cama e me afastei. Prefiro não ouvir nada. Aproveitei e fui procurar uma foto da minha mãe nas minhas coisas. Encontrei a única que levava comigo.

- Mamãe, coloca no Bob, vô assiti com o papai. – Jason pediu.

Não disse nada e procurei Bob esponja nos canais.

- Ponto, papai. – Jason respondeu.

Dei um beijo em sua testa e saí do quarto. Eu não precisava presenciar isso, ver meu filho se submeter a isso por erros do próprio pai. Cheguei à sala e entreguei a foto para o Hugh.

(...)

Dias depois...

Eu não estava mais conseguindo lidar com as cobranças do Jason. Ele chorava dia e noite, porque queria o Justin. Era um sacrifício para ele comer e eu já não tinha mais paciência. Por isso já tinha tomado uma decisão. Peguei meu celular e liguei para a Lilly.

- Lilly? Preciso de um favor. – disse assim que ela atendeu e só consegui ouvir um barulho do outro lado.

- Alô! – ela disse.

- Onde você está? Que barulho é esse? – perguntei.

- Estou na mansão. – ela respondeu rápido.

- Aconteceu alguma coisa?

- Acabaram de levar o Justin para o hospital, ele teve uma overdose. – ela disse receosa.

Demorei alguns segundos para digerir o que Lilly tinha acabado de me dizer.

- O quê? – perguntei atordoada. – Você está brincando comigo, Lilly?

- Não estou brincando amiga. Desde que você foi para o Brasil, os garotos disseram que o Justin estava bebendo todos os dias e usando droga.

- O QUE AQUELE IMBECIL PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? QUER SE MATAR? SE ELE NÃO MORRER DESSA VEZ, EU O MATO QUANDO VOLTAR PARA LOS ANGELES. – esbravejei com raiva.

- Mellanie, você precisava ver o estado que ele saiu daqui. – ela disse e fechei meus olhos com força.

- Eu não quero nem imaginar. – respirei fundo sentindo um nó se formar em minha garganta. – Meu Deus! – sussurrei e me sentei.

Minhas pernas não estavam aguentando meu corpo.

- Fica calma, ok? Você sabe que vazo ruim não se quebra tão facilmente. – Lilly disse.

- Porque ele fez isso? – perguntei com a voz embargada e não demorou para que algumas lágrimas rolassem em meu rosto. – Ele quer que eu me sinta mais culpada do que já estou sentindo? Jason quer ficar com ele, todo dia ele chora.

- A culpa não é sua, Mellanie. A culpa é dele, ele que provocou tudo isso. – Lilly disse me consolando.

- Ele foi muito mal? – perguntei.

Não tem jeito, eu o amo e é impossível não ficar preocupada e me sentir mal por isso.

- A ambulância veio aqui buscá-lo. O estado dele não é um dos melhores. – Lilly respondeu.

- Esse imbecil não pensou no filho dele? Que filho da puta! – chorei com raiva.

Ele não tinha direito de me submeter a uma situação dessa. Ele que deveria estar sofrendo e não eu. Aliás, está agora mais não como eu queria.

- Você vai voltar? – ela me perguntou.

- Não, eu não vou. Quando terminar o mês eu volto. Se era isso que o Justin queria, ele não conseguiu. – disse limpando minhas lágrimas.

Ele não as merece.

- Você tem certeza?

- Eu tenho, Lilly. Me avise se ele melhorar. – respirei fundo.

- Tudo bem, você sabe o que faz. Qual era o favor que você queria?

- Depois eu peço. Preciso esfriar a cabeça agora.

- Tá bom. Qualquer coisa, eu aviso.

- Ok, beijos. – disse e desliguei.

Me levantei do sofá e saí de casa. Já estava escurecendo mais não me importei, precisava pensar um pouco. Passei pelos portões e pedi que ninguém me acompanhasse. Comecei a andar pelas ruas e sem perceber já estava chorando. A ideia de imaginar Justin em outro mundo que não fosse o meu, estava me perturbando. Eu pedi para que ele se cuidasse, e o que ele fez? Encheu a cara de bebidas e drogas. 

Chorei de angústia, medo, raiva, tudo junto.

Fazia algum tempo que os cartazes com a foto da minha mãe tinham sido espalhados pela cidade e nenhuma ligação se quer. Nenhuma pista, nada. Minha vida não poderia estar melhor. Sem mãe e agora, quase sem marido. Limpei as lágrimas que embaçavam a minha visão, porém novas surgiam. As pessoas me olhavam com dó, com certeza elas ficavam se perguntando o motivo de uma garota estar chorando no meio da rua, andando sem destino. Deve ser porque minha vida nunca deixou de ser uma merda.  

- Eu te amo tanto, você não tem noção. - disse chorando e Justin começou a chorar também. - Mas eu não tenho sangue de barata, você tem que me dar esse tempo, se não, eu vou me separar de você.
- Quanto tempo? - ele perguntou fungando e passando as costas das mãos no rosto para limpar as lágrimas.
- Um mês. - disse.
- Um mês? Você tá louca! É muito tempo. - ele disse incrédulo.
- É melhor ficar um mês sem mim, do que a vida toda. Não acha?
- Eu não acredito que isso esteja acontecendo por causa daquela vadia. - ele disse irritado.
- Você me traiu, Justin. Quer que eu haja como? Te perdoe e fingir que nada aconteceu? É bom que durante esse mês que eu estiver longe, você pensa bem sobre a merda de amor que diz sentir por mim.
- Caralho, eu te amo muito Mellanie, você não pode fazer isso com a gente. - Justin choramingou.
- Eu não consigo sentir ódio de você e não consigo te perdoar agora.
- Eu sinto muito pelo que aconteceu, eu não queria fazer isso.
- Bom, eu tenho que acordar o Jason ainda. Nós estamos conversados. - disse limpando as lágrimas. - Eu também sinto muito. - disse pegando na minha aliança.
- Não, a aliança não, você não vai tirá-la, você é ainda minha mulher! - ele disse sem cessar o choro.
Puxei a aliança do meu dedo, a beijei e puxei a sua mão.
- Ela vai ficar bem guardada com você. - sorri deixando uma lágrima solitária cair, fechei a mão de Justin e o olhei. - Quando eu sentir que voltei a ser a sua mulher, eu volto a usá-la. Eu te amo, por favor, se cuida.

Mais lágrimas desceram sem cessar. Eu estava tão aflita. Não conseguia pensar em outra coisa, sem ser no Justin. Meu coração estava apertado. Por um lado está sendo bom não estar lá, eu não quero vê-lo em um hospital. Olhei para os lados e não fazia a mínima ideia onde estava. Atravessei a rua e cheguei a uma praça, onde me sentei e me permiti chorar sem que ninguém ficasse me olhando com pena.

- Porquê a moça está chorando? – tomei um susto quando ouvi aquela voz soar do meu lado.

Eu só posso estar ouvindo e imaginando coisas. Passei as mangas da minha blusa nos olhos e olhei para a mulher maltrapilha que tinha aparecido do meu lado.

- Não pode ser. – sussurrei para mim mesma.

Ficamos nos olhando por alguns segundos e eu simplesmente não conseguia acreditar no que estava à minha frente.

- Mãe? – minha voz saiu por um fio.


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Continua?
Obrigada por todos os comentários!

GENTE, QUE CAPÍTULO MARAVILHOSO.

Mereço mais 200 COMENTÁRIOS NÉ? Certeza.

Olá mininas, tutu bom? No tutorial de hoje vou ensinar como não ser trouxa: Não reclame por eu pedir comentários porque não vai adiantar de nada. Não esqueça de se inscrever no canal e deixar seu like. 😂😂😂😂😂😂

Eu tô abalada, sem estruturas com esse capítulo, então vou me despedindo logo.

Fiquem na paz com Alá. 💜