Fanfics - Justin Bieber

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Dangerous Life 2° - Capítulo 13 - Ice

119 comentários | |






Pensei em respondê-lo, mas fiquei calada.

- Mellanie? – ouvi Jeremy me chamar. Dei graças a Deus.

- Estou na cozinha. – respondi ignorando a pergunta de Justin.

Jeremy chegou à cozinha e olhou para mim e Justin percebendo o clima tenso.

- Jason acordou. Vinha descendo com a Jazzy, quando ouvimos seu choro. – ele disse.

Estranhei. Jason nunca chora depois que acorda. Normalmente, ele fica se danando no quarto.

- Vou ver o que aconteceu. – respondi e saí rapidamente dalí antes que Justin puxasse assunto.

Subi as escadas quase correndo, dei algumas risadas rindo da louca da Lilly. Do corredor dava pra ouvir Jason chorando, abri a porta do seu quarto e Jazmyn tentava acalmá-lo.

- O que houve? – perguntei me aproximando da cama.

Jason é branquinho, e já estava vermelho de tanto chorar.

- Eu não sei. – ela respondeu me olhando aflita.

Em outro momento diria que era fingimento da parte dela, mas dessa vez vi que era verdade.

- O que foi meu amor? – perguntei o puxando pro meu colo.

- Dodói mamãe. – Jason resmungou.

- Dodói aonde? – perguntei o analisando. Por fora estava em perfeito estado. – Diz pra mamãe onde dói.

Jason colocou a mão na barriga.

- Não quer ir ao banheiro? – perguntei, e ele negou com a cabeça. – O que você andou comendo em? – peguei meu celular e procurei rapidamente nos contatos a pediatra do Jason.

- Nada. Tá dodói. – ele resmungou novamente.

Dois toques e a doutora me atendeu. Disse pra ela o que estava acontecendo, e de acordo com ela um chá resolveria.

- Jazmyn peça pra rose fazer um chá para dor. – pedi.

- Ele vai ficar bem? – ela perguntou olhando pro Jason.

- Claro. Coisas de crianças. – disse, ela assentiu e saiu do quarto. – Vou te dar um banho. – disse levantando sua blusa de mangas compridas.

- Nãaao. – ele se debateu, se negando a tirar a blusa.

- Sim senhor. – puxei a blusa novamente, e ele não deixou.

- Não vou.

- Meu amor, você não tem querer. Levante esses braços, agora! – mandei, ele fez bico e deixou eu tirar sua blusa.

O levei para o banheiro e me livrei do resto da roupa. Liguei o chuveiro e Jason se agarrou no meu pescoço para não se molhar.

- Jason! – briguei e ele apertou ainda mais meu pescoço. – Se você tomar banho a dor na barriga vai passar. – menti.

Ele negou com a cabeça. Em outra ocasião iria rir da situação. Ele nuzinho agarrado em mim. Quase uma goma de tão branco.

- Abom mamãe... – ele reclamou e começou a chorar novamente.

O soltei do meu pescoço e o coloquei debaixo do chuveiro. Enquanto eu o banhava ele chorava, pelo menos ele tava deixando. Peguei seu roupão do Batman e o enrolei, peguei ele nos braços. Ele tava todo zangadinho com o dedo na boca e nariz vermelhinho, até chatinho meu bebê é lindo. O vesti com um pijaminha e me sentei com ele em meu colo, ele ainda tava emburrado e eu tava quase esmagando suas bochechas de tanta fofura. A porta foi aberta, era Jazmyn, Jeremy e Justin. Jazmyn trazia o chá em uma mamadeira, não creio nisso. Meu filho já é um rapazinho, nada de mamadeiras.

- O que ele tem? – Justin perguntou preocupado olhando pro Jason.

Jazmyn me entregou a mamadeira, outro trabalho vai ser Jason tomar esse chá.

- Dor na barriga. – Jazmyn respondeu.

- Não quelo. – Jason disse.

- Você que sabe, quem tá doente não sou eu. – respondi.

- É melhor você tomar carinha pra ficar bom logo. – Jeremy disse o incentivando.

- Não. – Jason cruzou os braços emburrado. Dei risada. Fala sério.

- Ele é teimoso igual a você Justin! Nunca vi. – Jeremy disse.

- Toma meu bem, só um pouquinho. – estendi a mamadeira pra ele.

Jason negou com a cabeça virando o rosto. Eu não sei se eu sou idiota assim mesmo, mas estava com uma vontade enorme de rir.

- Jason, obedeça sua mãe e tome isso logo. Ou eu te faço tomar a força! – Justin disse o mais idiota e rude possível, Jason começou a choramingar.

Revirei os olhos. Não precisa disso tudo, ele é só um bebê. Meu bebê emburrado. Quis soltar um “idiota”, mas, mais uma vez me contive.

- Toma meu amor. – disse carinhosa, Jason pegou a mamadeira e colocou na boca.

Ele só mordeu o bico da mamadeira e ficou me olhando. Assenti com a cabeça e ele chupou, acho que o chá não tinha o gosto tão ruim assim porque ele nem fez careta. Jason só é manhoso demais.

- Tá vendo, nem é tão ruim assim. – Jazmyn disse para Jason.

- Vocês mimam o garoto demais, por isso que ele é teimoso. – Justin disse.

- Vocês? – Jeremy riu sarcástico. – Você né Justin, cala a boca porque não tá no direito de falar nada aqui.

Ui, essa doeu.

- Se vocês não se importam, eu quero colocar o Jason pra dormir. – disse indo deitar na cama com o Jason.

- Tudo bem, até amanhã bebê. – Jazmyn deu um beijinho na testa do Jason.

- Amanhã nós jogamos bola carinha. – Jeremy disse assanhando os cabelos de Jason.

Justin saiu primeiro sem falar nada, em seguida Jazmyn e Jeremy saíram. Me encostei na cabeceira da cama, Jason me entregou a mamadeira, ele já tinha tomado uma boa quantidade, não o forcei a tomar mais. Fiquei fazendo carinho em seus cabelos, alcancei meu celular e abri novamente a imagem do Ryan, dei umas boas risadas, com toda certeza ele vai aparecer aqui amanhã.

(...)

Acordei com Jason me mexendo, ele havia dormido em cima de mim. Ele me acordou na madrugada pra fazer xixi, pelo menos ele avisa quando quer ir ao banheiro.

- To com fome. – Jason disse.

- Deixa eu acordar primeiro né. – disse bocejando.

Me levantei na maior preguiça do mundo. Como costume peguei o celular pra ver a hora, sete horas da manhã. Jason, meu despertador. Tinha mensagens da Emily e da Cait.

Tá tudo bem? – Emily.

Gata, reunião aqui na minha humilde residência AGORA. O Chris não tá aqui. – Cait.

Respondi as duas. Quando olhei Jason já estava na porta. Acho que alguém aqui tá com muita fome. Peguei em sua mão e fomos logo ao meu quarto. Se Chris não está lá, é sinal de quê o Justin também não está aqui. Provavelmente eles foram resolver alguma coisa, que no momento não me interessa. A cama estava revirada, parece que passou um furacão aqui, soltei da mão do Jason e fui ao banheiro escovar os dentes, amarrei meu cabelo de qualquer jeito e saí do banheiro. Procurei Jason no quarto, e o danadinho já tinha escapado. Esqueci de fechar a porta, saí do quarto e o encontrei chegando à escada.

- Você nasceu de sete meses por acaso? – perguntei o pegando nos braços. Meu bebê já estava bem pesadinho.

Ele deu risada e depositou um beijo molhado em minha bochecha. Me derreti, é claro. Desci as escadas enquanto brincava com ele, chegamos à cozinha e Pattie estava tomando café com o Jeremy.

- Bom dia Mellanie. – Jeremy disse sorridente. – Bom dia campeão.

- Bom dia Jeremy. – respondi retribuindo o sorriso e me sentando com Jason. – Dê bom dia pro seu avô Jason.

- Oi bobô – Jason disse e gargalhamos.

- É vovô. – corrigi.

- Bobô. – ele repetiu.

- E pra vovó, você não dá? – Pattie perguntou e arqueei as sobrancelhas olhando para Jeremy.

- Oi. – Jason disse dando um sorrisinho.

- Ele está melhor? Jeremy me falou do mal estar de ontem. – Pattie perguntou.

- Sim está. Era só uma dor na barriga, ele tomou chá e logo dormiu. – disse.

- Que ótimo. – ela disse.

Jason já estava com a mão no bolo de chocolate, e levou logo a boca. Sujou-se todo, é óbvio. Tomei meu café da manhã, Pattie tentava alguma aproximação, mas estou com uma pulga atrás da orelha quanto a isso, não me esqueci de como ela quis atrapalhar meu relacionamento com o Justin.

- Temos um jantar hoje à noite. – Jeremy disse.

- Temos? – perguntei o olhando.

- Sim. Todos vão.

- E esse jantar tem alguma finalidade? – perguntei. Não to afim de ir jantar em lugar nenhum.

- Claro. Já fui jovem um dia, como o Justin é agora. Fiz muitos amigos e inimigos também, é claro. Mantenho contato com alguns amigos, uns moram em outros países, outros continuam trabalhando. Então um velho amigo, resolveu dar esse jantar pra reunir toda a galera, como nos velhos tempos. E cada um vai levar sua família. Resumindo, todos vão. Até o meu neto. – ele explicou, soando mais com uma ordem.

- Tudo bem. – disse por fim. 

- Senhora. – Rose me chamou.

- Mellanie, Rose. – a corrigi.

- Então, a professora de Jason ligou avisando que não vai poder vir hoje. Teve algum imprevisto. – ela disse.

- Tá bom Rose.

- Ebaaaa! – Jason comemorou.

- Que sacana você em. – disse fazendo cócegas em sua barriga.

Jason deu risada com a boca cheia de bolo. Esse menino não cansa de comer.

(...)

- Pode deixá-lo comigo. Nós só vamos jogar bola. – Jeremy tentava me convencer em deixar Jason com ele.

- Tem certeza? Presta atenção no que ele come, porque depois ele tá aí sofrendo com dor na barriga. – disse.

- Eu fico de olhos nele, pode deixar. – Jazmyn disse descendo as escadas.

- Tudo bem, cuidado em. – disse e Jeremy comemorou com o Jason.

Jeremy parece ser uma criança também. Acho que quando Justin tinha a idade do Jason, Jeremy não podia brincar com ele, pelo o que eu sei, ele trabalhou muito para construir o império Bieber, então hoje ele quer aproveitar da melhor maneira possível com o Jason, e quem sou eu pra proibir?

- Jaxon embernou foi? – ouvi Jeremy perguntar a Jazmyn.

- Se comporte meu bem, daqui a pouco eu volto. – disse para Jason.  

- Tá bom mamãe. – ele disse.

Dei um beijinho em sua testa.

- Alguém dê banho nesse porquinho ok? – disse e eles riram.


(...)

Cheguei à casa da Cait, que também era do Chris. Faz um tempão que não venho aqui. O carro da Lilly já estava estacionado, estacionei o meu e desci. Fui logo entrando e ouvi as risadas histéricas da Cait.

- O que eu perdi? – perguntei jogando minha bolsa no sofá.

- Cara, ainda não acredito no que a Lilly fez. – Cait disse vermelha de tanto rir.

- Ah sim... – me lembrei do Ryan. – Muitíssimo obrigada minha gata, sabe que eu te amo né? – disse me jogando em cima da Lilly e a esmagando em um abraço.

- Aí que falsidade. Me enoja. – Lilly disse e dei uns tapas nela.

- Nossa. Você não tem sentimentos? – dramatizei.

- Vai dá o cú Mellanie. – Lilly disse e ri.

- Será que ele já viu? – Cait perguntou.

- Óbvio né, ele deve ter saído com o Justin e o Chris. – respondi.

- Também acho. Mas a minha idéia foi genial, podem dizer. – Lilly gabou-se.

- Sim foi genial mesmo. – Cait começou a bater palma sozinha.

- Você é normal? – perguntei.

- Idiota. – ela respondeu e me deu língua. Ignorei.

- Mas então, porque a reunião das pollys pockets uma hora dessas? – perguntei e elas gargalharam.

- Emily mandou outras rotas. Só que ela mandou por imagens aí no Whats, você não viu? – Cait perguntou.

- Não, só a respondi no privado. Ela perguntou se estava tudo bem. – disse. – Ela não falou mais nada?

- Não. Acho que o Renan tá muito na cola dela. – Lilly disse.

- Eu tenho certeza. Será que ele desconfiou de alguma coisa? – Cait perguntou.

- Ele não deve ter desconfiado, ele deve estar com medo do que eu possa fazer com ela. Aliás, eu ameacei o novo amor dele. Lembram? – disse.

- Verdade. Foda mesmo seria se ele colocasse um segurança na cola da Emily. Ia foder com tudo. – Lilly disse.

- Nem me fale. Porque ele iria descobrir onde ela mora, pra onde ela vai, e adeus plano. – disse. – Liga aí pra ela Cait.

Cait pegou seu Iphone 6, com uma capinha rosa com strass. A cara dela essas coisas de patricinha. Ela trocou algumas palavras com a Emily e desligou.

- Ela tá na casa do Renan, então não falou muito e disse que depois falava com a gente. – Cait disse.

- Ui que importante. – Lilly disse. – A gente tem que ficar de olho nela. Sei que ela já mostrou que é de confiança, mas vai que o Renan a manipule.

- Eu sei disso. Ela não vai sair da linha, vou ter uma conversinha com ela depois. Enquanto isso, vamos ver essas rotas aí porque hoje acordei com sede de dinheiro. – disse e elas riram.

- Tem que ir às boates hoje! – Lilly disse.

- De novo? – Cait perguntou jogando-se no sofá.

- De novo o quê? Da ultima vez você não foi queridinha, e esse serviço vai ficar pra vocês, tenho um jantar pra ir. – fiz cara de tédio.

- Já se reconciliou com o Justin, vadia? – Lilly perguntou fazendo cara feia.

- Não. Jeremy que me disse. Não custa nada comparecer nesse jantar aí.

- Pelo o gostoso do Jeremy pode. – Lilly disse e riu.

- Ai que nojo. Não fala assim do tio Jeremy. – Cait disse.

- Fresca! – eu e Lilly falamos juntas e jogamos almofadas na Cait.

Justin’s POV

O viado do Ryan me ligou às 6:00 da manhã, berrando no celular tentando me contar o que aconteceu com ele na noite anterior. Ele foi foder com uma vadia, ela deu um “boa noite cinderela”, e ele acabou com umas marcas de chicote. Precisava ver pra acreditar numa história dessas, e tinha que ser verdade, já estava puto demais com a Mellanie me ignorando. Saí de casa e tomei café no Starbucks mesmo, chamei logo o Chris e o Chaz pro galpão, ia aproveitar e terminar de resolver umas coisas. Tenho uns 10 vacilões pra mandar pro buraco hoje. Escreveu e não leu, a bala comeu. Esperei os viados chegar ao galpão e ver se a história do Ryan era verdade mesmo. Ouvi motor de carro ranger lá fora, logo os três adentraram o galpão, Ryan estava de blusa de mangas compridas, em pleno calor desses.

- Iai cuzão, conta essa historia aí direito. – disse.

- Que história? – Chris perguntou.

- Também to boiando. – Chaz respondeu jogando-se no sofá.

- Se eu descobrir a vadia que fez isso comigo, eu mato essa puta! – Ryan disse com ódio.

- Falem logo o que aconteceu cacete. – Chaz disse curioso.

- Ryan foi comer uma puta, tomou um “boa noite cinderela” e ela deixou umas marcas de lembrança. – dei risada.

- Tu ri né viado? Queria ver se fosse contigo. – Ryan disse e dei de ombros. Ele tirou a blusa e cai na gargalhada junto com os caras.

- Era uma mulher ou uma gata? – Chris disse rindo muito.

- Porra Ryan, tu se fudeu cara. – Chaz disse.

- Vocês não viram o pior. – ele disse e virou.

Demorei uns quatro segundos para ler o que estava escrito nas costas dele.

- Mereci isso porque sou um filho da puta fofoqueiro. – li em voz alta e os caras riram ainda mais.

- Alguém me diz, o que isso tem a ver comigo? – ele perguntou.

Mas é claro Justin! Claro que isso tem dedo da Mellanie. Aquela vadia sabe mesmo como se vingar. Mas ontem ela estava em casa e...

- Ryan tu é muito burro cara, nem viu o rosto da vadia? – Chaz perguntou.

- Ela tava mascarada, parecia uma daquelas vadias de filme pornô. Nem me lembrei de nada. – ele disse e Chris gargalhou.

- Seco do caralho, por isso que tu mereceu essas cintadas, por ser tão besta. – Chaz disse.

- Tenho que concordar com o Chaz, tu foi muito burro Ryan. A vadia podia ter te matado, deu essa bobeira porque não pode ver uma mulher gostosa na tua frente. – Chris disse.

- Mas foi na boate do Justin, como eu vou suspeitar de alguma puta de lá? – Ryan disse vestindo a camisa.

Além das marcas de chicotes nas costas, tinha na barriga e nos braços. Por isso ele estava de blusa com mangas compridas.

- A tua sorte é que essa merda ai é de rena. – Chaz disse.

- A minha sorte mesmo. Só quero pegar essa puta, ela vai me pagar. – Ryan disse raivoso sentando-se.

- E tu não vai falar nada cara? – Chris me perguntou.

- Falar o quê? Se ela fez isso no Ryan, foi porque alguma coisa ele fez. – disse.

- Que ótimo amigo tu é! – Ryan disse.

- Quer que eu faça o quê? A merda já tá feita mesmo. – respondi.

- Tu sabe quem é né bro? Tá na tua cara isso. – Chaz disse.

- Não sei de nada. – estralei os dedos e coloquei as mãos atrás da cabeça.

- É óbvio que sabe. – Chris disse. – Desembucha. Vamos lá dá uma lição nessa puta.

- Se eu fosse vocês deixava isso pra lá. A que fez isso em ti Ryan, estava protegendo a amiga, ela foi boazinha até. Mas a amiga dela, não vai ser se tu encostar o dedo na gata do chicote. – dei risada.

- O quê? Não entendi porra nenhuma. Cita nomes caralho! – Ryan disse.

- Como tu é lento porra. Tá na cara de que foi a Lilly. Ela quis se vingar pela Mellanie, entendeu? – disse curto e grosso.

- Como assim se vingar? – Chris perguntou.

- Ryan foi me contar o que ele conversou com a Mellanie. Fiquei com raiva e acabei descontado nela com meu cinto. Então a Lilly acabou se vingando nele, só que com chicote.

- Por isso que na tatuagem de rena te chama de fofoqueiro... – Chaz disse. – Tu vacilou oh Ryan e a Lilly mandou bem.

- O quê? Não acredito que a Lilly teve coragem de fazer isso comigo. – Ryan disse.

- Deixa de ser otário Ryan. Nós sabemos que a Lilly e a Mellanie são unha e carne, e se você for tentar fazer algo com a Lilly, só vai se fuder, eu conheço muito bem a mulher que eu tenho em casa, não é a toa que ela tá me dando um gelo desgraçado. – respondi.

- Só tenho uma coisa a dizer. Vocês dois mereceram isso, dois cuzões mesmo. Se eu tivesse qualquer uma delas em casa, agradeceria todos os dias a Deus. Mas invés disso, um trai por um plano idiota e o outro vai acreditar em fofoquinha. Parece que é viado com onda de fofoca Ryan. Bem feito cara, oh... – Chaz disse e começou a bater palmas. – Lilly tá de parabéns pelo o que fez, achei foi pouco isso aí.

Se fosse outro, iria dar um soco bem no meio da cara pra aprender a falar direito comigo. Mas é o Chaz, ele é meu amigo desde que eu me entendo por gente, e ele falou toda a verdade. Não disse nada, mas Ryan não achou muito bom.

- Bem feito? Vai se fuder Chaz, acha que essas porras aqui não ardem? Pra tomar banho foi um sacrifício da porra. – ele resmungou e acabei lembrando da Mellanie chorando no banheiro.

Caralho, que monstro eu sou.

- Eu acho não, eu tenho certeza que isso deve arder pra porra. Imagine a Mellanie em Justin, o que ela acha disso? – Chaz perguntou, fazendo minha consciência pesar ainda mais.

- Chega né Chaz! Eu sei que eu fiz merda. – disse estressado.

- Pra variar né. Tu pisa muito na bola com a Mellanie cara. – foi a vez de Chris falar. – E tomara que essa porra aí passe uns 10 dias ardendo quando tu for tomar banho, filho da puta fofoqueiro. – ele se dirigiu ao Ryan.

- CALEM A BOCA PORRA! AO INVES DE ME AJUDAR, FICAM FALANDO MERDA AÍ, QUE CARALHO! – Ryan gritou levantando-se.

- Fala baixo e senta ai porra! – disse pro Ryan, ele tava muito puto com o Chris e o Chaz, ele sentou-se com ódio nos olhos. – Não quero ninguém falando nesse assunto, encerrou. Peguem as merdas desses celulares e comecem a trabalhar.

Mellanie’s POV

Enquanto Cait e Lilly foram às boates, consegui conversar com Emily no seu apartamento. E ela me garantiu com todas as letras que não estava se deixando levar pelo Renan, eu conheço a lábia que ele tem, já trabalhei com ele por dois anos.

- Ele está com medo de que você faça alguma coisa comigo. – ela disse brincando com o pequeno Henry. Ele tava um gatinho.

- Espero que ele continue assim, porque assim ele não vai desconfiar de nada. Se ele mencionar algo sobre um segurança te protegendo, não aceite.

- Eu sei, se não, ele pode descobrir tudo.

- Isso!

- E quanto as cargas? Deu tudo certo? – ela perguntou me olhando.

- Já passei as rotas para os capangas, depois eles vão me dizer se deu ou não.

- Do primeiro roubo das cargas ele não desconfiou que foi você. – ela disse.

- Do jeito que ele é lesado, vou ter que deixar bilhetinho avisando que fui eu. – disse e ela riu.

- Já soube da nova? – perguntei.

- Qual?

Peguei meu celular e mostrei as fotos do Ryan. Ela riu muito, sem entender como isso foi acontecer. A expliquei e conversamos mais um pouco. Tive que ir embora, porque ainda tenho um jantar pra ir. Cheguei em casa umas 4:00 da tarde, Lilly e Cait passaram o resto da tarde me perturbando pelo Whats, elas já tinham ido nas boates, e agora iam saber se deu certo as cargas. Jason estava sendo mimado demais por Jeremy e Jazmyn. Jaxon e Pattie mantinham ainda certa distancia, ainda to querendo saber qual é a deles. Mudaram da água pro vinho. Fui à cozinha enquanto teclava com as meninas e peguei um cacho de uvas, estava morrendo de fome, me direcionei para o jardim onde estava todos, menos o Justin. Ele não chegou ainda. Ouvi uns latidos sem fim, ah não acredito. Jeremy estava com dois cachorros na coleira, Jason estava sendo arrastado por um e Jazmyn estava com mais dois.

- Acho que vocês não têm o que fazer. – disse saboreando minhas uvas.

- Não sabia que tinha esses cachorros aqui. – Jaxon disse indo brincar com as ferinhas.

- Eles não são perigosos? São pit bulls meu Deus! – Pattie se apavorou.

- Relaxa mulher. Eles são mansos. – Jeremy disse.

O cachorrinho que Jason estava chegou até a mim, me lambendo. Jason aproveitou e pegou uma uva do meu cacho e foi dar o cachorro.

- Meu bem, ele não come uva. – disse.

- Come sim mamãe. Olha. – Jason pegou a boca do pobre cachorro, abriu a força e enfiou a uva lá dentro.

Gargalhei alto, o cachorro estranhou o objeto desconhecido na boca e o colocou pra fora. O cheirou, pegou com a boca e mastigou.

- Eca! Isso foi nojento. – disse e Jason fez careta.

- Me dá mais! – ele estendeu a mão.

- Me poupe né, dar minhas uvas pras esses pulguentos. – disse afastando minhas mãos do seu alcance.

- Só uma mamãe em, só uma. – Jason fez bico e dei risada.

- Só se me der um beijo bem gostoso. – disse e apontei pra minha bochecha.

Ele fez uma cara de malandrinho, virei o rosto pra ele beijar e em troca recebi uma lambida.

- ECAAAA JASON! – resmunguei.

- Eiii ! – Jason brigou com o cachorro que saiu correndo. – É minha mamãe. – ele disse e gargalhei. – Foi ele mamãe.

- Mas você deixou.

- Deixei não.

- Ok, vai lá buscar o cachorro. – disse e ele saiu correndo feito um patinho.

(...)

Jason já estava arrumado, ele usava um terninho. Estava a coisa mais linda desse mundo. Deixei ele sentadinho assistindo desenhos, enquanto eu terminava de me arrumar. Vim me arrumar aqui no quarto dele, pra evitar o Justin. Já tinha me vestido, só estava terminando a maquiagem. Optei por uma roupa que não mostrasse nada das minhas costas, para ninguém ver as marcas. Mas ressaltava bem minhas curvas e meu bumbum. Coloquei um salto e borrifei meu perfume. Dei uma olhada no espelho e pronto. Desci com o Jason e quase que a Jazmyn amassou o terninho do Jason de tanto apertá-lo.

- Você está linda querida. – Jeremy disse beijando minha testa.

- Obrigada Jeremy. – respondi sorrindo.

- A noiva não vai descer hoje? Vamos chegar atrasados. – Jaxon disse.

- Dá a fim de ir pro jantar com um olho roxo, Jaxon? – Justin disse descendo as escadas.

- Nem comecem. Vamos logo. – Jeremy disse nos apressando.

Justin estava lindo pra variar. Não usava terno, mas estava elegante esbanjando suas correntes de ouro, juntamente com seu relógio.

- Vem cá campeão. – Justin disse pegando Jason nos braços e me olhando. – Vamos?

Não disse nada e passei na frente. Estavam todos entrando na Ranger do Jeremy. Queria ir muito com eles, pra justamente evitar o Justin. Mas não podia. Justin colocou Jason no chão ao chegarmos ao carro que era uma Ferrari, entrei e coloquei Jason no meu colo. Justin deu a volta e entrou no carro, Jeremy saiu na frente e Justin atrás. Fiquei olhando as ruas pela janela só pra não manter contato visual com o Justin, às vezes Jason me perguntava as coisas. Ele é uma criança muito curiosa, se duvidar, ele pergunta até o porquê que chove. Chegamos ao bendito local onde seria o jantar, que era em um salão enorme. Jeremy estava nos esperando para entrarmos juntos, Justin colocou Jason nos braços, esbanjando nosso filho, que convenhamos é a coisa mais lindo do mundo, ainda mais quando está de terno. Tentei passar na frente, mas Justin deu um jeito de segurar na minha mão, totalmente desnecessário. Jeremy já estava cumprimentando seus velhos amigos, nos chamou para nos apresentarmos, babaram no Jason e em mim. Justin por sua vez, se gabou-se com tantos elogios. Depois de falar com tanta gente, finalmente fomos sentar... Por poucos minutos, um casal quase da mesma idade de Jeremy e Pattie chegou a nossa mesa conversando como se o mundo fosse acabar, logo Jeremy e Pattie saíram com os dois.

- Mamãe, quelo água. – Jason pediu. Olhei pra nossa mesa e só tinha bebida com álcool.

- Vou buscar água pra ele. – Jazmyn disse pegando Jason dos meus braços. – Vem comigo Jaxon.

- Tá né. – Jaxon levantou-se e acompanhou Jazmyn.

Não. Voltem. Olhei pro lado, pro teto, pra tudo que era lugar, só pra não olhar pra cara do Justin, que tenho certeza que ele tá me fitando agora.

- Vai me ignorar até quando? – ele perguntou fazendo todo o meu ser estremecer.

Fiquei calada.

- Eu sei que foi a Lilly que fez aquilo com o Ryan, aliás, os caras já sabem. Bem planejado. – ele disse e arqueei as sobrancelhas o olhando.

Peguei uma taça de champanhe que havia ali, tomei um gole enquanto ele me observava, umedeci os lábios e coloquei a taça na mesa novamente, ele pensou que eu ia falar algo, mas permaneci calada.

- Porra! Esse teu silêncio tá me estressando.  


 ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Continua?
Obrigada por todos os comentários!


Amo vocês ♥ 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Dangerous Life 2° - Capítulo 12 - Sweet revenge

105 comentários | |





Tinha que concordar com Lilly. Justin nunca deixou de ser aquele que me fez prisioneira em sua casa à quase três anos. Nunca deixou de ser um ogro, um monstro, essa sua parte só estava adormecida. Nós estávamos indo tão bem, mas Justin Bieber tem que mostrar o seu verdadeiro eu, tem que mostrar para seus amigos que apesar de tudo, ele continua sendo o Justin filho da puta Bieber. Mas eu vou mostrar pra ele que não é assim que a banda toca, ele dança conforme a música que eu tocar. Ainda não sabia o que Lilly iria fazer, o meu medo era que Justin descobrisse alguma coisa e fudesse tudo de uma vez. O ódio de Lilly por Ryan duplicou, imagine eu que apanhei por culpa dele, minhas costas estão em desgraça. Depois que desabafei com Lilly e Cait, fomos para o galpão, Emilly iria para lá depois deixar as novas rotas do otário do Renan. Estou achando que ele está calmo até demais. Vinte minutos depois Emilly chegou, entregou uns papéis e fui analisar as rotas. Eram cargas de cocaína, de péssima qualidade só pra constar, mas como disse, vou falir Renan. Ele vai ficar somente com a roupa do corpo.

- Aconteceu alguma coisa? Tô sentindo o clima tão tenso aqui. – Emilly disse.

- Não há nada com o que se preocupar Emilly. – Cait disse olhando os papéis.

- Briguei com o Justin, foi só isso. – respondi sem desdém.

- Relaxa, daqui a pouco vocês se resolvem. – Emilly disse sorrindo.

- Acho que dessa vez vai demorar em. – Lilly disse.

Emilly entortou os lábios nos olhando, mas não pronunciou nada.

- Mudando de assunto, como foi o resto da noite com o Adam? – perguntei à Cait.

- Huuuum! – Emilly e Lilly fizeram em um uni som.

- Ah nem comecem. – Cait riu. – Ele só me deixou em casa e foi embora depois.

- Só isso? – perguntei e ela concordou com a cabeça. – Das duas, uma. Ou você é mole, ou ele é viado.

Emilly riu.

- Gente, o Adam é só um amigo... – Cait tentou se defender.

- Mas o Chaz não acha isso. – Lilly completou. – Ele deu um belo show de ciúmes na sorveteria. – ela riu.

- Verdade. – Emilly disse. – Eu estava boiando na conversa, mas deu pra perceber.

- Continuo achando que vocês estão vendo coisas onde não tem. E o Adam não é viado, ele é um fofo. – Cait disse.

- Se você diz. Mas o Chaz... – Cait me interrompeu.

- Que se foda o Chaz, ele não quis prestar, perdeu. – ela disse e rimos.

- Que orgulho de você. Merece palmas meninas. – disse e começamos a bater palmas entre gargalhadas.

(...)

Depois de repassar as novas rotas para meus capangas, resolvemos ir ao Starbucks, era quase meio dia e a fome já batia. Estacionamos nossos carros e descemos. O celular de Emilly tocou, era uma mensagem, e ela logo me mostrou. Era do Renan, avisando que tinha acabado de sair de uma reunião. Que bonitinho, daqui a pouco se ele for ao banheiro, ele vai ter que avisar também. Revirei os olhos e Emilly foi respondê-lo. Entramos no estabelecimento, e parece àquelas cenas de filme que todos param o que estavam fazendo para olhar quem estava entrando, no caso, nós quatro. Tudo bem, se eu fosse homem também olharia. E incrivelmente todos silenciaram, ouvindo assim somente o barulho dos nossos saltos em contato com o piso, caminhamos até uma mesa onde sentamos e veio logo uma garota nos atender. Me admiro ela não ter cara de puta como a maioria dos Starbucks, parece que é tradição ter uma puta em qualquer restaurante, lanchonete ou o que for referente à um ponto para comer. Sempre tem que ter uma para ficar flertando descaradamente com o seu homem. Acho incrível. A garota muito simpática, anotou nossos pedidos e retirou-se. Lilly ficou no celular a manhã inteira, ela estava aprontando... Certeza!

- Vou ao banheiro. – Emilly disse levantando-se.

- Ah, esqueci de contar pra vocês. A família do Justin voltou. Olha que ótimo. – disse revirando os olhos.

- Sério? Depois vou passar lá pra dar um oi. – Cait disse e franzi a testa. – Que foi? Tenho que manter a pose, a tia Pattie me adora.

- Dá vontade de vomitar na sua cara quando fala isso. Eca. – disse e ela riu.

- Pelo menos o Jeremy é legal, o único que se salva. – Lilly disse.

- Também acho. Ele é um amor de pessoa. – concordei.

- E é lindo dema... Temos companhia. – Cait disse.

- Quem? – perguntei sem virar pra trás, porque não sou nem uma tapada.

- Renan acabou de entrar. – Cait disse.

- Ele está sozinho? – perguntei.

- Com dois capangas do tamanho de um armário. Só isso.

- Se ele nos ver com a Emilly aqui, vai fuder tudo de uma vez. Ele já nos viu? – perguntei.

- Óbvio. A primeira mesa que ele pôs os olhos foi na nossa. – Cait respondeu.

- Alguém trouxe arma? Deixei a minha dentro do carro. – bufei.

- Toma. – Lilly me entregou a dela.

Prendi discretamente na minha calça.

- Fiquem de olho nos dois grandalhões. – disse me levantando.

- O que você vai fazer, louca? – Lilly perguntou.

- Vou salvar o nosso plano. – sussurrei.

Caminhei apressadamente até o banheiro. Tenho certeza que ele vai me seguir. Emilly já ia saindo do banheiro, peguei em seu braço e a empurrei para dentro do mesmo.

- O que foi? – ela perguntou assustada.

- Renan está aqui. – sussurrei. – Pra inicio de conversa, nós não nos conhecemos e...

Antes de concluir minha fala, Renan entrou no banheiro. Ele olhou para mim e depois para Emilly, surpreso em vê-la ali no mesmo ambiente que eu. Ergui um pouco a minha blusa para ele visualizar bem a arma no meu cós. E foi isso que aconteceu, seu olhar foi diretamente para a arma e ele automaticamente pôs a mão em cima da sua, também presa em seu cós.

- Fernanda? – Renan disse olhando para a Emilly. – O que faz aqui perto dessa vadia?

Quase que perguntava quem era Fernanda, mas lembrei que esse era o nome falso que Emilly havia dado para Renan.

- Está se referindo a mim Renan? – perguntei me olhando no espelho enquanto passava a mão nos cabelos.

- A única vadia que estou vendo aqui é você. – ele revidou irônico.

Emilly continuava estática. Ótimo, arruína o plano vai.

- Eu... Eu não conheço essa mulher, amor. – Emilly pronunciou-se.

Amor. Senti vontade de rir.

- E o que estava fazendo aqui com ela? – Renan perguntou desconfiado.

- Se eu fosse você colocava uma coleira na sua vadia Renan, você sabe como Los Angeles está perigosa ultimamente. – o provoquei.

Vi ele ficar vermelho. Hum... Era só xingar a Emilly que ele mostrava as presas.

- Está perigosa para você. Se acha muito poderosa pra andar pra cima e pra baixo sem escolta, pensa que é dona do mundo, quero ver esse seu poder quando levar um tiro bem no meio da testa... – ele riu puxando Emilly para perto dele.

- Às vezes eu acho que você é muito burro, e às vezes eu tenho a certeza de que você é burro mesmo. Qual o idiota que vai querer se meter a besta comigo? Me diz? Só pode ser um que não tem amor a vida. – cruzei meus braços o olhando.

- Admiro a confiança que você tem em si mesma. Incrível. Mas um dia você vai cair do cavalo, ah se vai... – ele disse.

- Só se for os cavalos das minhas Ferrari’s. Não parei pra contar ainda. – soltei uma risada. – Se eu fosse você parava de querer ser cafetão, de ser alguém na vida, e entrava para um circo, palhaços como você geralmente fazem sucesso.

- Repete vagabunda... – Renan disse sacando a sua arma em minha direção.

- Renan! Pare com isso... – Emilly disse assustada tentando baixar a sua mão.

- É Renan, escute a sua vadia. Não vai querer chamar a atenção dos clientes ou vai? – disse debochada.

- Não se meta nisso Fernanda! – Renan disse a ignorando.

- Você é patético. Traficantizinho de merda. Desiste, você nunca vai ser igual ao Justin!

- Quem disse que eu quero ser aquele imbecil? – ele perguntou exaltado.

- Só falta tatuar isso na sua testa Renan. – disse, mesmo com a sua arma apontada pro meu rosto. É, eu não tenho medo de morrer.

- Renan, por favor... – Emilly disse entrando no nosso meio.

Renan a empurrou e aproximou-se mais de mim.

- Olha aqui sua vadia de quinta, nunca mais diga isso. Eu quero mais é que você e o Bieber queimem no quinto dos infernos. Eu vou ver vocês afundando, e pra ajudar, ainda vou pisá-los. Escreve o que eu to dizendo! – ele disse com a arma na minha testa.

Peguei a minha arma rapidamente e mirei em direção a Emilly.

- Se você não tirar a porra da sua arma do meu rosto agora, eu vou escrever sim, vou escrever de bala na cara da sua puta! – disse mais arrogante possível destravando a arma.
Emilly estava praticamente chorando, não sei se ela estava atuando ou...

- Eu estouro seus miolos antes vagabunda. – ele rosnou.

- Você sabe que minha mira é impecável... – continuei o provocando.

- Renan... – Emilly choramingou.

Renan olhou para ela e aos poucos foi baixando sua arma.

- Caralho! Vá pro carro agora. – Renan disse para Emilly.

Ela não disse nada e saiu do banheiro.

- Não terminou aqui! – ele disse me olhando.

- Claro que não. Ainda vamos nos ver muitas vezes, ou posso encontrar por obra do destino a sua vadia por aí, quem sabe bato um papo legal com ela.

- Não ouse chegar perto da Fernanda, está me ouvindo? – ele colocou o dedo no meu rosto.

- Tira a porra do dedo do meu rosto. – rosnei batendo em sua mão, odeio quem coloca o dedo na minha cara. – E se eu chegar? O que vai fazer? Você só sabe ameaçar Renan.

- Se eu fosse você não duvidaria disso!

- Falou tanto de mim, disse que eu era uma vadia e está apaixonado por uma pior que eu. – dei risada.

- Não estou apaixonado por ela. – ele disse com ódio.

- Nem pra mentir você presta seu otário!

- Cala a boca! – ele gritou.

- Ops, não tá mais aqui quem falou. – fiz sinal de redenção com as mãos, com a cara mais cínica que papai do céu me deu. – Tchauzinho. – disse passando por ele, mas ele me impediu de continuar pegando em meu braço, o apertando.

- Eu não estou brincando Mellanie!

- Tira as patas de cima de mim. – puxei meu braço. – E você acha que eu brinco em serviço? Te cuida, ou qualquer dia desses a cabeça da sua Fernanda aparece na sua porta, Renan! – revidei a provocação e saí do banheiro.

Voltei para a mesa, e me sentei como se nada tivesse acontecido. Chamar a atenção das pessoas que estavam em volta era o que eu menos queria.

- Estava quase indo lá. – Lilly disse.

Renan passou quase voando perto de nós. Soltei uma gargalhada.

- O que aconteceu? – Cait perguntou. – Tô com o coração na mão. Nunca mais faça isso sua piranha.

- Aí como vocês são exageradas, até parece que não conhecem a peça. – disse.

- Pra onde a Emilly foi? – Lilly perguntou. – Ela saiu sem falar com a gente.

- Foi pro carro do Renan! Vocês não sabem, o idiota está apaixonado por ela.

- Sério? – Cait perguntou.

- Sim, você precisava ver como ele ficava zangadinho quando eu insultava a Emilly. – dei risada.

- Ele vai se foder legal quando descobrir tudo. – Lilly disse e rimos.

(...)

Terminamos de comer e saímos dalí. Notei algo estranho no meu carro, todos os pneus estavam furados. Mas o Renan é um filho da puta mesmo, nem pra ser um inimigo ele presta, que coisa imatura furar os pneus do inimigo. Bufei pegando meu celular.

- O que foi isso? – Cait perguntou.

- Adivinha quem. Meu inimigo é uma piada meninas. – disse e elas riram.

- Cait você vai com a Mellanie? Tenho que resolver umas coisas. – Lilly disse.

- Pra onde você vai? – perguntei. – Nós não íamos para o galpão? Ainda tem as rotas e...

- Depois eu chego lá. – ela disse dando a volta em seu carro. – Qualquer coisa, me liga.

Lilly ligou seu carro e pisou fundo no acelerador. Eu e Cait nos olhamos sem entender.

- Algo me diz que ela vai aprontar. – Cait disse.

- Eu tenho certeza disso. – respondi. – Deixa eu ligar aqui pra trazerem outro carro.

Liguei para um dos seguranças da mansão e pedi que trouxesse minha Ranger e dei as coordenadas de onde eu estava. Desliguei e me encostei no capô do carro com a Cait.

- Você acha que o Chaz gosta de mim? – Cait perguntou do nada, automaticamente olhei para ela com as sobrancelhas arqueadas.

- Isso está bem visível, só falta ele tatuar na testa. – disse e ela riu. – Mas porque a pergunta?

- Por nada. – ela deu de ombros. – Confesso que eu tinha uma quedinha por ele, só que ele nem me dava bola e saia comendo todas as vadias que apareciam em sua frente. Chega uma hora, que você cansa e se toca que não adianta ficar sofrendo por uma pessoa que não dá a mínima pra você. E a minha hora chegou... – ela disse e deu um longo suspiro.

- Wow... Tem que ser assim mesmo Cait, bola pra frente e tipo, tem o Adam gostosão todinho pra você. Você sabe que ele é um bom partido. – disse dando um empurrãozinho de leve nela, a mesma riu.

- Sim eu sei. O Adam é sem comparação. – ela disse e rimos. – Eu queria gostar dele como gostei do Chaz.

- Isso é só questão tempo amiga, e você tem que aproveitar bastante enquanto não se casa, porque olha pra mim... Esse casamento fudeu de vez com a minha vida. – lamentei.

- Mas entenda, você e o Justin nasceram pra ficar juntos. Apesar dos apesares, vocês se merecem, convenhamos que você também não presta né. – ela disse e dei risada.

- Mas aquele homem é fora do comum, ele me tira do sério, enche a minha paciência e... – meu celular começou a tocar, no visor mostrava que era Justin, mostrei para Cait que riu. – E não me deixa em paz. 

- Isso se chama amor. – ela zoou, dei um dedo pra ela.

- Faz um favor, atende pra mim. – entreguei meu celular para ela.

- Quê? Por quê?

- Porque não estou a fim de falar com esse idiota, diz que eu fui ao banheiro.

- Certeza? – ela perguntou.

- Atende logo. – disse e ela atendeu.

- Oi Justin, é a Caitlin. – Cait disse me olhando.

-

- Ela foi ao banheiro e deixou o celular na mesa.

-

- Estamos no Starbucks.

-

- Sim, já íamos embora quando vimos que um dos pneus estava furado. O segurança já saiu daí com o carro? – Cait disse e segurei o riso. Tão cínica meu Deus.

-

- Aviso sim. Era só isso?

-

- Tchau. – ela disse desligando a chamada e me entregou o celular.

- O que ele queria? – perguntei.

- Fez um interrogatório enorme e no final pediu pra você retornar pra ele depois.

- Pois ele vai cansar, não vou retornar porcaria nenhuma. Não sei se ele lembra do que fez, mas minhas costas ainda doem.

- Justin é um caso sério!

- A bipolaridade dele ainda precisa ser estudada pela ciência. – disse e Cait gargalhou.

Ficamos conversando sobre besteira, minutos depois chegou a minha Ranger. Dois seguranças vinham na mesma.

- Dêem um jeito no meu carro e depois levem pra mansão. – disse.

- Sim senhora. – um deles disse. – Deseja mais alguma coisa?

- Não, era só isso mesmo.

- O Senhor Bieber queria falar com a senhora.

- Já falei com ele. – menti. – Fiquem espertos, foi o Renan que furou os pneus.

- Com a gente ele se corta, relaxa senhora.

- Ótimo, vamos Cait.

Disse entrando no carro, Cait soltou beijinhos para o segurança só porque eram bonitos. Dei risada enquanto ligava o carro e ela fechava a porta.

- Como você é oferecida meu Deus! – disse rindo.

- Que foi? Eles são lindos Mel! – ela disse rindo.

(...)

Chegamos ao galpão. Emilly não havia dado sinal de vida e Lilly também não. O jeito foi resolver as coisas somente com a Cait, ainda tinha que passar na boate, mas a preguiça falava mais alto.

- O que será que a Lilly está fazendo em? – Cait perguntou enquanto nós duas mexíamos em MacBook’s deitadas nos sofás do escritório.

- Não sei, também estou curiosa. – respondi. – Olha essas armas, parecem ser de boa qualidade. – mostrei para ela no Mac.

- Também acho, que pena que não entendo muito do assunto. – ela disse e riu. Olhei com cara de tédio para ela.

- Se eu estivesse numa boa com o Justin, até perguntaria para ele, mas deixa quieto.
- Têm como me mandar as fotos pelo Whats? – ela perguntou.

- Tem, espera. – disse pegando meu celular.

Coloquei no mesmo site que eu estava vendo, salvei as fotos e mandei para ela.

- Pra quê tu quer? – perguntei.

- Vou ver o que Adam acha. – ela disse e dei uma risadinha. – O que foi? Ele é nosso amigo e pode ajudar.

- Não disse nada ué. – disse e ri.

- Vou comprar novas armas, e vender as ultrapassadas para os iniciantes no ramo da droga. Preciso de armamento pesado, de ótima qualidade.

- É um ótimo investimento, e de dinheiro eu entendo bem. – Cait disse e rimos. – Adam acabou de me dizer que essas armas são as melhores que tem.

- Mas como ele entende de armas? Pelo que eu sei ele trabalha com bebidas... – franzi a testa.

- Bom, isso eu não sei né! – ela respondeu e eu não disse nada.

Lilly’s POV

De uma escala de zero a dez, meu ódio por Ryan chegava a mil. Já estava me recuperando da possível “traição” e estava até de boa. Mas quando Mellanie me contou o real motivo e que apanhou por causa dele me subiu um ódio surreal. A traição nem conta tanto, mas a Mel apanhou por causa dele. Ela é como uma irmã pra mim, é como não, ela é uma irmã e não deixaria isso barato. Faria qualquer coisa por ela, assim como ela faria por mim sem dúvidas nenhuma. Ryan Butler vai aprender que com Lilly Jenner ninguém se mete. Depois que sai do Starbucks, fui a uma loja e comprei tudo o que eu precisava. Comprei uma maleta e guardei meus acessórios dentro da mesma, fiz algumas ligações e o que me restava era esperar a noite cair. Mandei uma mensagem para Mel avisando que não iria poder voltar para o galpão, ela mandou outra perguntando o porquê, preferi não responder. Fiquei a tarde inteira no meu apartamento pensando em tudo, nada poderia falhar, se não, cabeças iriam rolar e com certeza seria a minha. Às 9:00 da noite comecei a me arrumar, já pronta peguei a maleta e desci, entrei no meu carro e saí em disparada para uma das boates Bieber. Justin é tão cara de pau, que fez questão de nomear todas as suas boates com seu sobrenome, tem cafetão que prefere que ninguém nem descubra o seu nome. Pra entrar foi rapidinho, sem falar com ninguém fui para um dos quartos que disponibilizam pra vadia dar pra quem pagar, abri minha maleta e peguei minha máscara para combinar com minha lingerie, não podia ser reconhecida e a peruca que eu estava ajudava muito para isso. Me olhei no espelho e não dava para reconhecer que era eu. Ótimo. Guardei a maleta em baixo da cama e contei até os segundos. Às 10:32 da noite, a porta foi aberta, continuei na minha posição de puta em cima da cama, Ryan passou pela mesma trancando a porta.

- Pontual em vadia. – ele disse e senti um repulsa enorme dentro de mim. Quase que me levantei para espancá-lo, mas meu plano iria por água a baixo. – Vai abrindo logo as pernas aí que hoje não quero papo.

Ryan foi abrindo logo o cinto. Me levantei e caminhei sensualmente em sua direção. Fiquei até com nojo de mim mesma fazendo papel de puta. Dei a volta e fiquei atrás dele, coloquei minhas mãos por dentro da sua blusa e comecei a passar minhas unhas por suas costas, lentamente, subindo e descendo.

- Você deve ser boa no que faz, vadia. – ele murmurou.

Segurei na barra da sua camisa e a puxei, Ryan me ajudou a tirar.

- Tira logo essa máscara e cai de boca no meu pau. – ele disse me puxando para a sua frente.

- Shiii! – foi o que eu consegui dizer, não podia falar nada se não ele descobriria meu disfarce.

- Hum, então você gosta de brincar? Que comecem os jogos. – ele disse e tirou rapidamente sua calça ficando apenas de boxe.

Me concentrei no real motivo de eu estar ali. Vingança. Enquanto Ryan caminhava para a cama, fui até as taças de champanhe que havia em uma mesinha do lado da cama. Eu já havia preparado tudo. Peguei as duas e entreguei uma para ele, beberiquei um pouco meu champanhe e coloquei do lado. Ryan parecia estar com bastante sede e bebeu tudo de uma vez. Não pude conter meu sorriso, ainda bem que a máscara escondia até isso. Alcancei minha maleta e tirei de lá algemas, balancei na frente do rosto de Ryan e ele gostou do que viu.

- Quer dizer que a gatinha gosta de ficar no comando? – ele disse e deu risada. – Meu pau já está latejando só de ver essas algemas.

Fiquei por cima de Ryan, suas mãos foram diretamente para meu quadril. Friccionando seu pau em minha intimidade. Concentra Lilly. Tirei suas mãos do meu quadril e as prendi com a algema na cama. Ryan era insistente e beijava meu pescoço, que vontade de vomitar. Nojento filho da puta. Alcancei outra algema e foi a vez de prender seus pés.

- O que a vadia pensa em fazer em? – ele perguntou embolando as palavras.

Acho que meu toque mágico do champanhe estava fazendo efeito. Peguei meu brinquedinho dentro da mala, já vi muitos vídeos daquelas sapatas masoquistas usando, só que não sabia que podia ser tão divertido assim. Era um chicote, completamente lindo, couro puro.

- Gosta de bater vadia? Então bate uma pra mim. – Ryan disse e ri.

Acariciei o chicote, e bam... A primeira chicotada diretamente sob o membro do Ryan. Ele se contorceu.

- Ficou louca vagabunda? – ele disse forçando a visão.

Peguei a fita que eu havia trago, tirei um pedaço e coloquei em sua boca.

- Você fica mais bonitinho calado. – disse, peguei o chicote e foi dessa vez foi em seu abdome. Ele se contorceu novamente. – Você nunca vai esquecer essa noite.

Sussurrei ao pé do seu ouvido e mordi sua orelha. O filho da puta estava excitado, mesmo apanhando. Saí de cima dele antes que perdesse a concentração e a sessão de chicotadas começou, ele vai apanhar o dobro que a Mellanie apanhou. Cada grito era abafado, com uma fita na boca era impossível gritar. Como Ryan era branquinho, logo as marcas foram se formando em sua barriga e no peito. Já havia batido bastante nele e com a droga que havia colocado na sua taça de champanhe ele já estava sonolento. O virei, o deixando de bruços e dei umas chicotadas em suas costas, ele se contorcia.  O que ele estava sentindo, não é nem o terço que eu senti quando descobri a verdade, que ele me traiu só por causa de um plano ridículo, por causa de dinheiro, como se ele já não tivesse o suficiente. Depois de deixar suas costas bem marcadas, pra finalizar peguei meu outro brinquedinho, comprei mais cedo em uma loja de beira de estrada, era uma maquinazinha de tatuagem de rena. Bem que eu podia fazer uma tatuagem permanente, mas não sou tão ruim assim. Liguei a maquina e comecei o meu trabalho.

- Não se mexa querido, quero fazer um belo serviço aqui. – avisei soltando uma gargalhada.

Comecei a tatuar suas costas, se um dia eu cansar dessa minha vida, vou ser tatuadora, me garanto demais. Uns cinco minutos depois, terminei minha obra de arte, peguei meu celular e tirei uma belas fotos pra ficar como recordação. Tirei de suas costas, e tirei de frente, o animal havia capotado mesmo.  Mel estava on no Whats, mandei a foto com a seguinte legenda: Para a vadia dos olhos azuis, uma doce vingança.  Tirei as algemas de Ryan, do jeito que ele estava, só iria acordar amanhã. Guardei tudo na minha maleta, coloquei um sobretudo e saí da boate como se nada tivesse acontecido. Como diz o ditado, olho por olho, dente por dente, e chicotadas por chicotadas. Fui pra casa sorrindo até pro vento, só queria ser uma mosca pra ver Ryan acordando amanhã, ah como eu queria.

Mellanie’s POV

Cheguei em casa e graças a Deus não dei de cara com o Justin. Jeremy me disse que ele estava enfurnado no escritório. Ótimo, pelo menos ele não vem encher meu saco, aproveitei e fui brincar com o meu bebê. Precisava de um tempinho com ele, tomamos banho, jantamos e depois ficamos em seu quarto. Já estava ficando tarde e Jason já começava a ficar sonolento, deitei junto com ele em sua cama e fui colocá-lo para dormir. Fiquei fazendo carinho em seus cabelos finos enquanto cantarolava uma musica qualquer de ninar, tomei um susto com o barulho irritante do Whats avisando que tinha uma nova mensagem. Olhei para Jason que já dormia em um sono profundo, me levantei vagarosamente pra ele não acordar, dei um beijinho no meu bebê e peguei meu celular no criado mudo saindo do quarto. Abri a conversa que dizia “Para a vadia dos olhos azuis, uma doce vingança”, dei risada, ela havia mandado fotos, deixei carregando enquanto descia as escadas. Tudo na santa paz, as fotos já carregadas, as abri e nem acreditei no que eu vi. Era Ryan todo marcado de chicotadas, aparentemente ele estava dormindo ou dopado, porque nunca que ele deixaria fazer isso com ele, ficou lindo. Mas o melhor estava por vir, a última foto. Entrei numa crise de gargalhadas sem fim, ainda bem que já estava na cozinha. Na última foto as costas de Ryan pareciam bem marcadas de chicote, piores até do que as minhas marcas, mas a tatuagem nas costas foi a melhor, como a Lilly consegue pensar nessas coisas? Li a frase em voz alta.

- Mereci isso porque sou um filho da puta fofoqueiro.  – li e gargalhei alto.

Só quero ver a reação dele amanhã ao ver isso.

Você não existe Lilly. Obrigada por isso amiga ♥ - Mel.

Mandei no Whats para Lilly enquanto ria.

- Está rindo do quê? – ouvi a voz de Justin, me assustando. Rapidamente bloqueei o celular. 


~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Continua?
Obrigada por todos os comentários!


Amo vocês ♥