Kate
Beadles’s POV
Estávamos parados em frente ao
consultório da psicóloga e eu não conseguia parar de chorar. Eu não queria
entrar em uma sala e contar minha vida para uma pessoa desconhecida, só isso.
Meu pai e Justin ficavam falando ao meu lado que tudo iria ficar bem, eles não
me entendem.
- Vamos, Kate. - Meu pai disse
pegando em minha mão.
- Eu não quero. – Solucei.
- É para o seu bem. – Justin
disse.
Com muito custo aceitei descer
do carro. Meu pai me abraçou de lado me direcionando para a entrada, Justin
vinha atrás.
- Bom dia! – Meu pai disse
para a recepcionista. – Temos uma consulta marcada com a Júlia.
- Bom dia! Aguardem um
pouquinho, ela está atendendo uma paciente. – Ela disse simpática.
- Tudo bem. – Ele respondeu.
Nós sentamos para esperar.
Minha perna não parava de balançar e minhas mãos suavam. Eu estava nervosa.
- Vão entrar comigo? –
Perguntei olhando para Justin e meu pai.
- Não filha, vai ser só você e
a psicóloga.
- Por favor, alguém entra
comigo. – Pedi. – Eu vou me sentir mais à vontade.
- A Júlia é uma ótima
profissional, bem recomendada por todos. Ela vai te tratar bem. – Meu pai
disse.
A porta de sua sala foi
aberta, saindo um rapaz, parecia ter a mesma idade que eu. Com um sorriso nos
lábios ele se despediu da psicóloga.
- Próximo! – Ela disse.
- Vá filha. – Meu pai
sussurrou para mim.
Me levantei sem vontade e
caminhei em passos lentos enquanto a psicóloga me esperava na porta. Ela
mantinha um sorriso intacto nos lábios, aparentava ter uns trinta anos. Jovem e
bonita.
- Bom dia! Entre. – Ela disse
ainda sorridente.
Tentei soltar um sorriso, no
máximo deve ter aparecido uma careta. Entrei e ela fechou a porta atrás de nós,
dei uma olhada em sua sala bem decorada. O que me chamou atenção foi a enorme
espreguiçadeira acolchoada.
- Kate Beadles, é isso? – Ela
me perguntou sentando-se em sua cadeira de couro e
apontando para a
espreguiçadeira.
- Isso. – Respondi e com
receio me deitei.
- Antes de tudo, eu quero que
você saiba que eu estou aqui para te ajudar. Preciso que você me conte seus
medos para que possamos enfrenta-los. Quero que me conte o que te aflige, o que
aconteceu para te deixar com esse semblante de medo. Serei extremamente
profissional como sou com todos meus pacientes, o que você me contar, ficará
nessa sala. Eu realmente vou dar meu máximo para você ficar bem
psicologicamente e por consequência emocionalmente. – Ela disse me olhando no
fundo dos olhos.
- Eu... Eu não sei. –
Resmunguei receosa.
- Kate, eu entendo o que você
está sentindo aí. Você não é a primeira jovem que eu atendo. Eu tenho vários
pacientes da sua idade, de início nenhum quis contar nada de suas vidas para
mim. Aparentemente eu sou uma desconhecida, eu entendo. Não é fácil expor sua
vida e seus problemas para uma pessoa que você nunca viu na vida. Embora
envolva uma quantia por consultas, eu me envolvo bastante com meus pacientes.
Eu quero vê-los bem e na maioria das vezes nos tornamos amigos. Eu quero ser
sua amiga e poder te ajudar, você pode contar para mim o que aconteceu? Quero
saber o que te incomoda.
Respirei fundo e a olhei.
- Tudo bem. – Respondi por
fim.
- Ótimo. – Ela sorriu. – Que
tal você se apresentar para mim? – Assenti com a cabeça.
- Meu nome é Kate Davis Beadles,
tenho dezoito anos, sou daqui mesmo de Stratford, mas vivi alguns anos em Nova
Iorque, em um convento.
- Hum... – Ela resmungou
anotando algo em sua ficha.
- O que gosta de fazer? –
Perguntou.
- Gosto de sair com meus
amigos, me sinto bem. – Sorri fraco.
- Que bom. E do convento? Você
gostava? – Ela perguntou me olhando.
- Na verdade eu nunca quis
estar lá. Eu gostava da minha vida aqui, junto dos meus amigos, da minha
família. Certo dia meus pais resolveram se mudar para Nova Iorque e me
colocaram em um convento, sem nem me perguntar o que eu achava disso. Passei a
maior parte da minha adolescência trancada em um lugar onde eu nunca quis
estar, sem poder ver o outro lado da rua, pois os muros enormes não me
permitiam isso. Foram anos seguindo regras, se as meninas não cumprissem com
algo, eram castigadas. Eu não queria isso, então procurava fazer tudo o que
mandavam.
- O que era pior no convento?
Senti seu olhar sob mim e eu
estava concentrada em olhar para o teto.
- Tinham muitas coisas....
Mais o pior era ver que as meninas recebiam visitas todos os finais de semana,
e eu, somente uma vez no mês. Parecia que eu era esquecida pelos meus pais. Eu
nunca me senti tão só. – Respondi sentindo meus olhos queimarem.
Respirei fundo prendendo o
choro.
- Porque você acha que eles
não iam te visitar com mais frequência?
- Eu não sei. – Pisquei várias
vezes. – Meus pais trabalham muito, talvez eles não tivessem tempo para ir me
ver. – Ri fraco.
- Você guarda algum rancor? –
Ela me perguntou e fiquei calada. – Não é bom guardar,
porque faz mal a você
mesma.
- Eu acho que minha mãe não
gosta de mim, ela que colocou isso na cabeça do meu pai. Eu queria entender o
porquê...
- Pode ser o contrário Kate.
Pode ser que ela seja super protetora e quis te privar de algumas coisas.
- Me privar de ser feliz? –
Perguntei irônica. – Há uma semana que eu descobri que ela é bipolar. Eu tento
não guardar mágoa dela mais não consigo. Eu sei que ela é doente, mas...
- Bipolaridade é um problema
que as pessoas têm uma enorme oscilação de humor. Você pode estar muito bem
agora e minutos depois pode estar muito irritada. Pode durar meses ou anos,
dependendo do tratamento. Pode ser que a sua mãe estava em uma fase horrível da
bipolaridade e tomou essa decisão precipitada.
- Meu pai disse que sim... – A
interrompi.
- Então? Não é totalmente
culpa dela. – Ela disse. – Você já conversou com ela sobre isso?
- Não. Ela voltou com os
transtornos e depois do que aconteceu comigo, não quis vê-la.
- O que aconteceu com você?
Pode me contar?
- Faziam alguns dias que ela
vinha me tratando muito mal e implicava com tudo o que eu fazia. Então semana
passada, eu fui para a faculdade. Só que no meio da aula, eu senti muita dor de
cabeça e resolvi ir para casa. Eu fiquei o resto da tarde no meu quarto com
dor, então ela entrou no meu quarto e foi extremamente arrogante comigo e a
mandei sair do meu quarto.
- Vocês discutiram feio?
- Sim e ela ameaçou de me mandar
para o convento de novo quando a chamei de louca.
- Continue...
- Quando eu saí do meu quarto,
encontrei ela discutindo com meu pai na cozinha. O motivo era eu. Ela disparou
mais coisas e eu não aguentei e saí de casa. Eu só queria ficar sozinha, sem
ouvir seus gritos pela casa. Estava frio e eu andava sozinha na rua, caminhei
até o Starbucks e pedi um café. Enquanto o café não chegava, olhei para as
pessoas ali e notei que alguém me olhava. – Engoli à seco.
- Quem estava olhando para
você?
- Era... – Minha voz ficou
tremula e minhas mão rapidamente começaram a suar.
- Era? – Ela deu um incentivo
e comecei a me sentir mal, com vontade de chorar.
- Eu não consigo... –
Sussurrei.
- Me diga, Kate. Quem estava
olhando para você no Starbucks? – Ela perguntou.
Um flashback passou na minha
cabeça, do momento que vi Paul sentado até ele me arrastando para o beco.
- Eu não consigo! – Me
levantei desesperada e chorando caminhando até a porta.
- Kate! Calma! – Ela disse
vindo atrás de mim e abri a porta, saindo logo dali.
As lágrimas embaçavam a minha
visão, vi Justin e corri para seus braços. Sem entender ele me abraçou forte.
- O que houve? – Ouvi meu pai
perguntar.
- Está tudo bem. – Júlia
disse. – Ela foi bem para a primeira consulta.
- Calma, baby. – Justin
sussurrou em meu ouvido.
- Está bom por hoje. – Júlia
respondeu. – Fique bem, querida. Nós vamos conseguir, espero você depois de
amanhã. – Ela disse alisando meu ombro, enquanto eu ainda estava abraçada ao
Justin.
Onde eu verdadeiramente me
sentia segura.
(...)
Já faziam alguns minutos que
chegamos do consultório. Já havia tomado banho e Justin estava se arrumando
para irmos almoçar. Ele saiu do closet espetando seu topete e sorri fraco.
- Está bonito assim. –
Respondi.
Ele me olhou e sorriu.
- Eu sou bonito. – Piscou para
mim e sentou-se do meu lado. – Estou orgulhoso de você. – Levou sua mão até meu
rosto e fez carinho em minha bochecha com seu polegar.
- Eu não queria ter saído
daquele jeito... – Tentei me explicar.
- Está tudo bem, ok? – Ele me
disse e assenti com a cabeça. – Será que a senhorita pode aceitar jantar
comigo?
- Onde? – Perguntei.
- Isso é segredo. – Ele
respondeu.
- Vai me levar ao Mc Donalds?
Justin deu risada.
- Não. Quem sabe depois. Vem.
– Esticou a mão para eu pegar.
Ele levantou-se primeiro e
segurei em sua mão. Justin me puxou com força fazendo nossos corpos se chocar e
sua outra mão foi para minha nuca.
- Justin... – Sussurrei devido
ao susto.
- Me beija. – Ele disse com os
olhos vidrados nos meus.
Olhei para seus lábios que
estavam tão convidativos e eu não resisti. Selei nossos lábios em um beijo
demorado e lento. Eu sentia algo tão bom quando nos beijávamos. Parecia que
toda vez que nossos lábios se tocavam, surgiam borboletas em meu estômago e
elas voavam em desordem em mim. E essa sensação nunca sumia.
- Você não imagina o que eu
quero fazer com você agora... – Justin disse após separar
nossos lábios.
Mordi meu lábio, nervosa.
- Crianças? Desçam para
almoçar. – Ouvimos Pattie falar no corredor.
Me afastei do Justin com a
respiração alterada.
- Melhor irmos almoçar. –
Respondi.
Justin riu e abriu a porta.
Ele sabe o que causa em mim. Descemos, Pattie e Jeremy já estavam sentados à
mesa.
- Macarronada? Hum... – Justin
disse lambendo os lábios.
- Especialidade da casa. –
Pattie disse.
- Quando eu conheci a sua mãe,
ela já fazia isso. – Jeremy respondeu. – Aliás, eu só casei por causa disso.
Nós rimos.
- Sínico. – Pattie respondeu.
Nos servimos e começamos a
comer. Estava uma delícia. Depois do almoço, Justin foi para a faculdade. Eu
não estava preparada para ir ainda, não ia me sentir confortável com aqueles
olhares de pena em cima de mim. Com certeza todos devem saber o que aconteceu.
Fiquei à tarde toda assistindo
alguma coisa na TV, tentei o máximo ficar acordada, pois tinha medo de ter
pesadelos durante o dia, como sempre tenho à noite.
Cinco, seis, sete horas da
noite e Justin não havia chegado da faculdade. Eu estava uma pilha de nervos
com medo de ter acontecido algo com ele. Nem as minhas ligações ele não
atendia, já estava pronta para sair do quarto e ir procurar Pattie para saber
do Justin, quando a porta é aberta e o mesmo entra no quarto.
- Meu Deus! Onde você estava?
– Perguntei indo abraçá-lo. – Eu te liguei várias vezes.
- Desculpa. Fiquei sem bateria.
– Ele beijou meus lábios. – Suas mãos estão geladas.
- Eu estava nervosa. Você some
do nada. – Confessei.
Já pensava no pior.
- Eu estava resolvendo algumas
coisas. – Ele respondeu. – Que tal ir tomar banho para o nosso jantar?
- Acho que fiquei até sem fome
com esse nervoso. – Respondi e ele riu.
- Vá, Kate!
Tomei um belo de um banho e
saí enrolada no roupão.
- O que eu visto? – Perguntei
a Justin.
- Algo que se sinta bem. – Ele
respondeu. – Apesar de que eu prefiro você sem roupa.
- Não começa. – Pedi
envergonhada.
- O que você vestir está bom.
Vou tomar banho.
Assenti com a cabeça e fiquei
olhando as peças de roupa. Não eram muitas as que tinham aqui. Encontrei um
vestidinho floral, o analisei mais um pouco e decidi que seria ele mesmo. O
vesti, calcei uma sapatilha, penteei meus cabelos e fui tentar me maquiar. Fiz
tudo isso e Justin ainda estava no banheiro, me sentei na cama e fiquei mexendo
no celular.
- Wow! Você está linda. –
Justin me elogiou, enquanto enxugava o cabelo em uma toalha.
- Obrigada. – Respondi
sorrindo.
- Já volto. – Ele disse indo
para o closet.
Esperei Justin se arrumar e
secar o cabelo ainda. E eu que pensava que as mulheres que eram vaidosas.
- Vamos! – Ele disse pegando a
chave do carro.
Me levantei e ele pegou na
minha mão, saímos do quarto e encontramos Pattie e Jeremy na sala.
- Já vamos, mãe. – Justin
disse.
- Cuidado e juízo vocês dois.
– Ela respondeu.
- Juízo é o que mais temos. –
Justin respondeu e ri fraco.
- Divirtam-se. – Jeremy disse.
Dei tchau para eles e saímos
de casa. Entramos no carro e Justin deu partida.
- Sua mãe sabe para onde
vamos? – Perguntei.
- Sabe. – Ele respondeu.
- E porque não me conta?
- Porque é surpresa.
- Poxa. – Resmunguei.
Justin foi cantarolando
durante todo o caminho, que aliás, eu nunca tinha passado na minha vida. Isso
estava me assustando um pouco, pois já estávamos em uma estrada de terra, onde
nos dois lados só tinham árvores.
- Está com medo? – Justin me
perguntou.
- O que você acha? – Perguntei
de volta.
- Estou vendo que sim. Está
quase rasgando suas coxas do tanto que está apertando. – Ele disse e eu nem
notei que estava fazendo isso mesmo.
- Onde estamos?
- Você vai já ver. – Ele
respondeu.
Cinco minutos depois, chegamos
ao nosso destino. Que para a minha alegria estava bem iluminado e não me
parecia tão aterrorizante assim.
- Se eu falasse que vínhamos
para a cabana você não aceitaria, então... – Ele disse estacionando em frente à
mesma.
A casa era uma gracinha. Bem
iluminada ao redor e perto havia um lago. A lua estava refletindo nele.
- Que lindo. – Murmurei.
- Vem. – Ele disse saindo do
carro.
Saí também e logo segurei em
sua mão. Subimos os poucos degraus de madeira da casa e Justin tirou uma chave
do bolso, abrindo a porta em seguida. Entramos e ele a trancou. Esfreguei as
mãos pois estava um pouco frio lá fora. Olhei em volta e estava uma decoração
linda.
- Nossa... – Disse
boquiaberta.
- Gostou? – Ele me perguntou.
- É uma bela casa. – Comentei.
- Vamos comer? Estou faminto.
– Me puxou pelo braço em direção, ao que eu deduzi, a cozinha.
Fiquei impressionada quando vi
uma mesa repleta de comida.
- Quem fez? – O perguntei.
- Eu. – Ele respondeu e
arqueei as sobrancelhas.
- Mentira né?
Ele deu risada.
- É, não fui eu quem fez. Mais
o que vale é a intenção. – Ele deu de ombros e ri.
- Exatamente. – Respondi.
Justin puxou a cadeira para eu
sentar, sorri como forma de agradecimento. Ele sentou à minha frente.
- É muita comida só para nós
dois. – Disse.
- Você vai precisar comer
bastante hoje. – Ele disse me olhando e preferi ficar calada.
Começamos a comer enquanto
Justin me contava histórias engraçadas. Me engasguei várias vezes por causa
dele.
- Deve ser lindo esse lago de
dia. – Disse.
- Amanhã você vê.
- Vamos voltar aqui amanhã? –
Perguntei.
- Nós vamos dormir aqui. – Ele
respondeu simples.
- Não é melhor irmos dormir na
sua casa?
- Fica tranquila, não vai
acontecer nada. Relaxa. – Ele disse acariciando minha mão, sorri fraco em
resposta. – Terminou?
- Sim, estou cheia.
- Ok. Vamos, tem algo para
você no quarto. – Levantou-se.
- Para mim? – Perguntei curiosa.
– O que é?
- Se você ficar aí sentada não
vai saber o que é. – Ele respondeu.
Me levantei rapidamente,
Justin pegou em minha mão e me guiou pela casa. Chegamos em frente à uma porta.
- Abra! – Ele disse me
olhando.
- Não tem nenhum bicho aí
dentro né? – Perguntei e ele riu.
- Não, Kate. – Justin respondeu.
Segurei no trinco e girei,
abrindo a porta devagar. Olhei para dentro do quarto e fiquei boquiaberta.
Estava iluminado apenas com velas, muitas pétalas de rosas vermelhas estavam
jogadas no chão, assim como na colcha branca da cama. E em cima da mesma, um
urso gigante que logo senti vontade de apertá-lo.
- Meu Deus! – Sussurrei com os
olhos vidrados em tudo.
Entrei e fiquei com dó de
pisar nas pétalas. Justin riu atrás de mim e fechou a porta.
- Você gostou? – Ele me
perguntou.
- Não precisava disso. –
Respondi. – Olha o tamanho desse urso! – Coloquei as mãos na
boca.
Eu estava parecendo uma
criança quando ganhava presente. Mas eu realmente estava encantada com tudo.
- É para você. – Justin respondeu.
- Ahhh, não acredito. – Disse indo
abraçar o urso.
Ele era grandão e muito fofo.
- Ele é tão lindo. – Respondi sorrindo
e Justin ria de mim.
- Fui trocado por uma pelúcia?
– Ele perguntou e larguei do urso.
- Não. – Ri. – Para que tudo
isso? – Perguntei indo até ele.
- É... – Justin coçou a
cabeça. – Caramba!
Olhei para ele confusa.
- Eu nunca fiz isso na vida...
– Ele sussurrou.
- Fez o quê? – Perguntei.
Justin segurou em minhas mãos
e notei que estavam um pouco suadas.
- Kate... – Ele disse olhando
em meus olhos. – Acho que estou um pouco nervoso. – Riu fraco. – Eu não sei
como te falar isso, é complicado para mim.
- Falar o quê? – Perguntei preocupada.
Será que ele não queria mais
nada comigo? Por isso que fez tudo isso para que eu me sentisse menos mal? Ah
não.
- Você não quer mais nada
comigo? – Perguntei com medo da resposta.
- O quê? – Ele perguntou
confuso. – Não é nada disso.
- Então me fala. – Pedi.
- Eu não sou muito bom com
palavras mais eu quero que você me ouça até o final. – Ele disse e assenti com
a cabeça. – Quando a Caitlin me pediu para que eu tirasse sua virgindade, eu
não sabia da proporção que isso ia tomar. Era para ser só mais uma transa para
mim, mas algo estranho aconteceu. Te ver tão vulnerável em meus braços quando
eu te fazia minha, despertou o desconhecido em mim. Outro Justin que eu nem
sabia que existia, surgiu. Eu ficava cada vez mais fascinado em você nas nossas
transas. Adoro quando você fica envergonhada, pois eu gosto de ver suas
bochechas vermelhas. Você foi a única que fez eu me sentir diferente. Nunca
passou pela minha cabeça fazer isso para garota nenhuma, e olha isso? Eu fiz!
Era para ser só mais uma transa e eu acabei me envolvendo demais. Eu não sei o
que é isso mais eu sinto vontade de ficar vinte e quatro horas perto de você.
Quem estava ficando nervosa eu
era, eu ouvindo sair tudo aquilo da boca do Justin. Meus batimentos cardíacos
estavam acelerados e minhas pernas bambas.
- Meu pai me disse uma vez que
não podíamos perder a oportunidade de ser feliz. A minha felicidade está bem
aqui na minha frente e eu não vou deixar escapar. – Justin soltou minhas mãos e
enfiou a mão no bolso da sua calça, trazendo uma caixa aveludada. Estremeci
quando ele a abriu. – Baby, você aceita ser minha namorada?
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Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Jamais despreze uma pessoa deprimida. A depressão é o último estágio da dor humana. É a fase exata onde a alma dói de verdade.
Procure ajuda!