Fanfics - Justin Bieber

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Dangerous Life - Capítulo 59 - Wedding

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As lágrimas desciam feito cachoeira, e eu nem conseguia acreditar no que aquele monstro relatou com a maior frieza do mundo.

- SEU DESGRAÇADO! PORQUE FEZ ISSO COM A MINHA MÃE? – gritei me soltando do Justin e indo em direção ao Hugo, onde depositei toda a minha raiva e ódio em forma de tapas e arranhões.

Eu estava fora de mim, mesmo com a minha mão doendo eu não parava de batê-lo. Dei um chute em sua barriga com força que o fez cair para trás, amarrado a cadeira. Senti Justin me puxar pela cintura me afastando do Hugo e me segurando.

- Porque ela era uma vadia. E vadia merecem ser mortas assim. Você vai fazer a mesma coisa com o Bieber, porque está no seu sangue vagabunda. – Hugo disse.

- CALA A BOCA FILHO DO CAPETA! – peguei rapidamente a arma que estava presa no cós do Justin que ele nem conseguiu me impedir, disparei acertando na barriga do Hugo, ele gritou o que me fez sorrir entre lágrimas.

- Mel, calma. – Justin disse me puxando e tomando a arma da minha mão.

Ryan e Chaz levantaram a cadeira junto com o Hugo. Sua blusa estava ensangüentada.

- Me dá essa merda Justin, eu vou matar esse desgraçado. – disse rude.

- Acho que ele não merece uma morte rápida. – Justin disse. – Chris! Me trás o canivete e o ácido.

Chris mexeu em alguns caixotes e depois trouxe o que Justin pediu.

- Estou te avisando Bieber, ela vai fazer a mesma coisa. – Hugo disse.

- Fique calado desgraçado, aliás, não estou suportando olhar pra essa tua cara. – Justin disse pegando o canivete e aproximando-se do Hugo.

Observei atentamente com a minha respiração acelerada e o rosto ainda molhado das lágrimas. Justin segurou firme pelos cabelos do Hugo e pendeu sua cabeça para o lado, passando o canivete amolado no rosto do Hugo, do lado direito contornando todo o seu rosto, fazendo um corte profundo que dava para ver sua carne viva, Hugo gritava de dor e o sangue começava a pingar de seu rosto.

- Para desgraçado, para! – Hugo gritava.

- Continua Justin! – disse firme o olhando chorar de dor.

- Isso é pra você saber que ninguém se mete comigo. Grava essa porra Chris, vamos mostrar aos amiguinhos do Hugo que queiram me provocar futuramente, vão ter o mesmo fim. – Justin disse.

- Seu filho da puta, vou vir te buscar do inferno. – Hugo disse.

- Aposto que não. O diabo não vai querer perder seu cargo para mim. – Justin disse rindo ironicamente, os garotos riram.

Justin passou o canivete nas bochechas do Hugo causando um corte profundo, seu rosto começava a ficar deformado e coberto por sangue. Isso estava me revirando o estômago, não queria que ele continuasse respirando o mesmo ar que eu. Peguei a garrafa com o ácido que é capaz de corroer qualquer coisa. Justin se afastou e abri a garrafa, o cheiro era intenso e a todo o momento Hugo pedia para não fazer isso. Claro que eu não atenderia seu pedido, ele merece a morte. Nada mais do que isso. Despejei o ácido em seu rosto, ele gritou tão alto que aposto que toda a casa ouviu logo o ácido foi corroendo seu rosto, o deformando. A cada gota que era derramada, as células de seu rosto eram sendo mortas, o ácido corroia tudo e logo ele estava irreconhecível, sem nariz, boca, a carne viva a mostra. Era tão nojento e tão merecido. Entreguei a garrafa para Chris.

- Você não deveria ter feito aquilo com a minha mãe e nem ter se metido comigo Hugo. Sinto muito pelo o diabo, dê um oi para ele. – disse e peguei o canivete da mão de Justin.

Hugo continuava gritando, enfiei o canivete precisamente em seu coração, que no mesmo instante parou de bater. Hugo estava morto, mas a dor por saber de tudo que aconteceu com a minha mãe estava mais viva do que nunca. O olhei sem vida por alguns instantes e deixei que o canivete caísse da minha mão, as lágrimas embaçavam a minha visão passei por Justin sem falar nada e saí do porão. Agora eu precisava ficar só, precisava chorar de saudades da minha mãe. Minhas mãos estavam sujas, fui até a cozinha as lavando, as esfreguei até ficarem vermelhas, não queria que o sangue daquele desgraçado ficasse impregnado em minha pele. Subi indo para o meu quarto, me despi e entrei no chuveiro, foi ali que eu desabei. Minhas lágrimas foram todas embora junto com a água que caia sob o meu corpo. O filho da puta havia causado a morte da minha mãe e eu que sempre pensei que ela havia batido em um caminhão. Fiquei alguns minutos ali e depois resolvi sair, me enrolei e fui me vestir, vesti uma calcinha, uma calça de moletom e peguei uma blusa do Justin. Fui para a cama, me sentei e abracei um dos travesseiros. Eu estava tão conformada com a morte da minha mãe que nem lembrava, nem me importava, mas saber da verdade foi um baque, tudo voltou, a dor daquele dia voltou. Eu a amava tanto.

Justin’s POV

Nunca vi Mellanie sendo tão fria como vi há alguns minutos atrás. Ela matou Hugo sem dó nem piedade, sem nenhuma expressão no rosto além de ódio. Ela estava se mostrando forte, mas sabia que por dentro ela estava machucada, a minha Mel estava fraca, como nunca esteve. Encarei o corpo do Hugo, seu rosto deformado e senti um alivio, pelo menos esse problema estava resolvido.

- Se livrem do corpo desse infeliz. – disse para os garotos. – E mandem limpar isso aqui.

- Ok cara. Se eu fosse você iria ver como a Mel está, tenho certeza que ela precisa de você agora bro. – Ryan disse. E ele tinha toda a razão.

- Eu sei bro, vou lá. – disse e ele assentiu.

Saí do porão, entrei em casa, lavei as mãos na cozinha e subi as escadas rapidamente. Cheguei ao quarto e encontrei Mellanie encolhida abraçando um travesseiro enquanto algumas lágrimas rolavam de seu rosto, ela notou minha presença e rapidamente limpou as lágrimas.

- Como você está? – perguntei mesmo sabendo que ela não estava nada bem.

- Estou bem Justin, porque não estaria?!

- Não adianta mentir para mim. Eu vou tomar banho e depois vamos conversar. – disse e me direcionei para o banheiro.

Tomei um banho, me enrolei em uma toalha e saí do banheiro, olhei para Mel que parecia estar com os pensamentos voltados para outra dimensão, seu olhar estava longe e sem brilho nenhum. Me apressei em vestir uma boxe e uma calça de moletom. Fui até ela e sentei na beira da cama a olhando.

- Me diz o que está sentindo. – disse.

Ela me olhou por alguns segundos, seus olhos começaram a marejar e Mellanie me abraçou. A abracei forte, seu choro era incessante e vendo-a assim estava doendo em mim. Suas lágrimas molhavam meu ombro nu, ela me abraçava tão forte como se estivesse com medo que eu escapasse de seus braços, seus soluços eram altos.

- Calma amor, está tudo bem agora. – sussurrei afagando seus cabelos.

- Justin... – ela disse entre soluços. – Você acha que eu vou fazer com você a mesma coisa que a minha mãe fez com o Hugo? – ela me olhou deixando algumas lágrimas escaparem.

- Porque está perguntando isso?

- Me responde.

- Não acho. Se a sua mãe fez aquilo foi porque não amava o Hugo, e se daqui a algum tempo o seu amor por mim acabar, eu vou amar por nós dois!

Mellanie’s POV

Respirei fundo limpando minhas lágrimas.

- Eu te amo tanto, amor. – disse acariciando o rosto do Justin.

Ele pegou minha mão e beijou as costas da mesma.

- Eu sei disso. – ele deu um meio sorriso. – Não fica assim.

- Eu sinto falta dela. – suspirei

- Sei que sente, mas a vida tem dessas coisas, nem tudo são ganhos, existem as perdas também.

Assenti com a cabeça e o abracei. Justin fez um carinho gostoso em minhas costas enquanto eu permanecia agarrada em seu corpo. Fechei os olhos com força lembrando de alguns momentos que passei com a minha mãe, ela era tão boa, não merecia ter morrido assim, mas eu estava aliviada, sua morte foi vingada e agora eu poderia viver em paz, pelo menos alguns dias.

(...)

Uma semana depois...

Uma semana passou depois de tudo o que aconteceu. No dia seguinte remarquei a data do meu casamento com o Justin, que será justamente hoje. Fiquei com pavor do que aconteceu comigo da outra vez, que o Hugo fez o favor de me seqüestrar no dia do meu casamento, mesmo sabendo que ele estava morto, algum engraçadinho poderia tentar fazer isso, então pedi para as meninas do salão viessem para cá me arrumar. Ryan, Chaz e Chris manterão Justin longe enquanto eu me arrumava. Não tinha como negar, eu estava nervosa e Cait juntamente com Lilly me deixavam ainda mais. Rose estava cuidando do Jason, porque eu não podia olhá-lo com tanta gente em cima de mim, arrumando cabelo, maquiagem e essas coisas todas. A família do Justin ainda estava aqui desde aquele dia, realmente eles não tem teto, só vivem debaixo da asa do Justin. Tirando meu sogro lindo e gostoso, o Jeremy. Desde uma hora da tarde que estou enfurnada no quarto, ninguém me deixou sair para não ver os preparativos no jardim, e muito menos abrir a janela. Sacanagem com a noiva. Me deixaram sentadinha na cama com uns bobs na cabeça e foram arrumar os cabelos da Cait e da Lilly. Olhei minhas unhas e estavam lindas, fizeram francesinhas, mó cara de virgem. Depois de tudo pronto, tomei um belo banho, vesti uma calcinha e peguei o vestido, as meninas do salão me ajudaram a vestir, me sentei e elas começaram a tirar os bobs, arrumaram direitinho e ficaram uns cachinhos lindos. Cait e Lilly foram para seus quartos se arrumar também. Calcei meu salto e me olhei no espelho. É dessa vez eu caso!

Já estava quase na hora de descer. Cait e Lilly apareceram no quarto pra me levar, as duas estavam lindas.

- Ah que bonitinhas! Pela primeira vez, vejo as duas vestidas comportadas. – comentei e as duas me fuzilaram.

- Cala a boca vadia, até no seu casamento tu tem que tá mostrando as pernas, olha só que pouca vergonha. – Lilly disse apontando para as minhas pernas desnudas.

- Eu não sou nenhum pouco cafona em escolher aqueles vestidos todo rodados, com um véu que dá pra fazer cortina Lilly. E cala a boca também que vocês que ajudaram a escolher. – cruzei os braços.

- Tem razão. – Cait disse rindo.

- Awn minha vadia vai casar, não sei se fico feliz ou triste pelo Justin. – Lilly disse rindo.

- Ah vai se foder mano! – disse rindo e saímos do quarto.

Não tinha ninguém na casa, estavam todos lá fora. Uma noite linda, para tudo dar certo. Chegamos até a porta que dava acesso ao jardim, travei e as meninas me olharam confusas.

- O que foi ? – Cait perguntou.

- Ah meu Deus... Eu vou casar! – disse lentamente.

- Sim retardada, você vai casar. Agora se apressa eu sei que noiva pode demorar, mas você já está abusando do tempo.

- Nossa como você é chata! – disse.

- Olha, nós vamos lá pra frente, o Jeremy vai estar te esperando, ele vai te conduzir até o Bieber, entendeu? – Cait explicou.

- Não sou lesada, entendi sim. Caramba, o Jeremy, eu vou chorar. – choraminguei.

- Se você ousar chorar agora eu arrebento sua cara. Essa maquiagem demorou meia hora pra ser feita, só deve chorar na hora que disser sim, aí pode. – Lilly disse toda amável. Que amiga adorável que eu tenho.

Revirei os olhos e Cait abriu a porta. Segurei na minha mini calda para não correr o risco de pisar e acabar dando um oi para o chão. Imagine se eu fosse usar um vestido daqueles cheio de babados, de frescuras e não sei mais o quê. Logo na entrada encontrei Jeremy, ele estava lindo de terno, bem elegante e cabelo impecável, ele sorriu e veio até a mim.

- Você está linda, querida! – ele comentou e eu sorri como agradecimento.

Nem tinha notado, mas estava tudo bem arrumado. Não ligo para essas coisas, Cait e Lilly que organizaram tudo, não sei o que seria de mim sem elas.

- Justin está quase arrancando os cabelos, vamos! – ele disse e eu ri.

- Te encontramos lá na frente. Tenta não chorar. – Cait disse.

- Qual é?! Eu não vou chorar.

(...)

Já sentia meus olhos marejados assim que pisei no longo tapete vermelho. Tocava uma música melosa e triste para ajudar mais ainda à minha vontade de chorar. Como era a noite, lâmpadas bonitinhas iluminavam o local, havia muitas flores, as cadeiras estavam arrumadas com panos brancos atrás. Coisas das meninas. Olhei para Jeremy que sorriu me confortando, segurei em seu braço e começamos a caminhar em passos lentos pelo tapete, com todos nos olhando. Como eu queria que minha mãe estivesse viva para ver isso, ela ficaria feliz. 

Estávamos já na metade do caminho e eu já havia derramado algumas lágrimas, avistei Justin que sorria para mim. Ele estava tão lindo naquele terno impecável, seu topete bem feito como sempre. Sorri de volta e ele piscou para mim ainda com um sorriso nos lábios. Quanto mais eu andava parecia que eles se afastavam, mas finalmente cheguei até Justin.

- Cuide dela! – Jeremy sussurrou para Justin.

- Eu vou cuidar pai. – ele respondeu e os dois se abraçaram.

Vi meu pequeno do ladinho todo de terno segurando as alianças. Estava a coisa mais linda do mundo, de topete e sapato social. Não me contive e me abaixei para beijá-lo. Ouvi risos, Cait, Lilly, Ryan, Chaz e Chris estavam lá, eles acenaram para mim e sorri de lado. Do outro lado estava Pattie, Jazmyn e Jaxon, e agora Jeremy que se juntava a eles. Olhei para Justin e sorri. Ele limpou algumas lágrimas que haviam caído.

- Está tudo bem? – ele perguntou e eu assenti sorrindo.

Ficamos nos nossos lugares e dei de cara com um padre. Ele começou a falar um monte de coisa, e todos ficaram calados prestando atenção em tudo,até chegar a parte que realmente tínhamos que prometer.

- Justin Drew Bieber e Mellanie Miller Fox, viestes aqui para celebrar o vosso matrimônio. É de vossa livre vontade e de todo o coração que pretendeis fazê-lo? – O padre perguntou.

- É sim. – respondemos.

- Vós que seguis o caminho do matrimônio, estais decididos a amar-vos e a respeitar-vos, ao longo de toda a vossa vida?

- Sim.

- Estais dispostos a receber amorosamente os filhos como dom de Deus e a educá-los segundo a lei de Cristo e da sua Igreja?

- Estamos.

- Uma vez que é vosso propósito contrair o santo Matrimônio, uni as mãos direitas e manifestai o vosso consentimento na presença de Deus e da sua Igreja.

Eu e Justin nos viramos, juntamos nossas mãos direitas e ficamos nos olhando. Mordi os lábios, ele iria começar a falar.

- Eu, Justin Drew Bieber recebo-te por minha esposa a ti Mellanie Miller Fox, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida.

Sorri tentando prender minhas lágrimas. Qual é Mellanie? Não é pra chorar.

- Eu, Mellanie Miller Fox, recebo-te por meu esposo a ti Justin Drew Bieber, e prometo ser-te fiel, amar-te e respeitar-te, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias da nossa vida. – mordi os lábios derramando uma lágrima.

O padre falou mais um monte de coisa, padres gostam muito de falar. Nossa! Até que fim chegou a hora de trocar as alianças, Jason veio segurando em uma almofadinha, pegamos e Justin segurou em minha mão, colocando a aliança no meu dedo anelar.

- Mellanie, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

Ele beijou minha mão e sorri. Peguei em sua mão e fui colocando em seu dedo.

- Justin, receba esta aliança como sinal do meu amor e da minha fidelidade. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.

- Bom irmãos. Agora o noivo pode beijar a noiva. – o padre disso.

- Amém! – Justin respondeu fazendo todos rirem.

Ele segurou em minha cintura aproximando nossos corpos. Passei minhas mãos em seu rosto fazendo um pequeno carinho e logo selamos nossos lábios, em um beijo delicado. Ouvimos aplausos e assobios. Ri entre o beijo e separei nossos lábios abraçando Justin em seguida.

- Aêe casados! – Ryan disse todo animado nos cumprimentando.

Ele fez um toque com o Justin, logo vieram Chris e Chaz fazendo a mesma coisa. Cait e Lilly também vieram me zoar porque eu deixei escapar algumas lágrimas, quero ver quando forem elas que forem casar. Avistei meu pequeno e fui até ele o pegando nos braços, o abracei o enchendo de beijos. Justin pegou Jason e segurou em minha mão me guiando para fora dali, todos já estavam acomodados em suas mesas sendo servidos. Logo começou aquele horror de gente vindo nos cumprimentar, bando de gente falsa. Mantinha um sorriso bem falso nos lábios.

- Eai cara, já sabem onde vão passar a lua de mel? – Chris perguntou me dando um susto.

- Um lugar que não é da sua conta. – Justin respondeu.

- Conta aí Melzinha. – ele disse ignorando a resposta de Justin.

- Eu também queria saber Chris. – respondi. – Agora conta Justin!

- Nada disso. Você não vai saber nada. – ele respondeu, revirei os olhos.

- Eu vou ali comer alguma coisa, depois volto. – Chris disse dando as costas. – Ah Mel, gostei do seu vestido. – ele disse malicioso.

- Vai tomar no cú Chris. – Justin disse e dei risada. – Você faz é rir né.

- Chorar é que eu não vou. Gostou amorzinho?

- Ah claro, quase que voltava você. – ele disse irônico.

- Que besteira. Eu vou tirar esse vestido, já volto.

- Posso ajudar. – ele mordeu os lábios. E juro que me deu uma vontade de arrastá-lo para dentro de casa e antecipar nossa lua de Mel.

- Fique longe de mim pelos próximos 60 minutos. – disse e ele riu.

Encontrei com Lilly e a arrastei para dentro de casa. Cait estava ocupada demais olhando o Jason para mim. Subimos e ela me ajudou a me livrar daquele vestido, peguei um no meu closet e o coloquei, coloquei saltos mais confortáveis porque aquele estava me matando. Descemos e mal cheguei ao jardim e já vieram várias putinhas de magnatas encher meu saco, fala sério, vamos ser falsas mas assim é demais, mas Lilly defensora dos direitos humanos me tirou de lá. Encontrei Justin já bebendo com alguns amigos que não me interessam nenhum pouco, para mim Ryan, Chaz e Chris são seus verdadeiros amigos, o resto são só aproveitadores. Deixei ele curtindo lá com os amiguinhos dele e fui paparicar meu bebê, já que havia passado um dia inteiro longe dele.

- Conseguiu mesmo! – Pattie disse parando ao meu lado. Essa mulher não cansa?

- O que quer em? – perguntei. Jason brincava com meus brincos.

- Calma querida, só vim desejar felicidades. Se é que vocês vão ter. – ela riu debochada. A minha vontade era rodar a mão na cara dessa mulher.

- Ah, achei você. – Justin disse interrompendo meus pensamentos. – Vamos, tenho que te apresentar algumas pessoas. – ele pegou Jason dos meus braços. – O que vocês estavam conversando? – ele estranhou.

- Nada filho, só vim desejar felicidades. – Pattie disse. – Vou ali tomar alguma coisa.

Ela saiu e Justin me olhou esperando que eu falasse algo.

- Quê? – perguntei.

- O que ela falou?

- Veio jogar um pouco de veneno, nada demais. Quem você quer me apresentar? Eu estou cansada. – reclamei.

- Pois se eu fosse você iria tomar um energético, porque hoje eu vou te cansar baby. – ele disse piscando.

- Para com isso! – dei um tapa de leve nele e fui na sua frente.

Ouvia as risadas de Jason. Olhei para trás e Justin o fazia de avião, crianças.

(...)

Justin subiu para trocar de roupa. Ele tirou aquele terno e vestiu uma calça de couro e uma camiseta branca, gostoso. Tirei a roupa do Jason que já estava sonolento e vesti seu pijama.

- Vamos? – chamei Justin.

- Não vamos mais para lá.

- Por quê?

- Porque nós temos que ir agora pegar um jatinho.

- Quê?

- Faz parte da nossa lua de mel. – ele sorriu divertido.

- Mas agora? Justin são quase 10 horas da noite. E eu nem arrumei minhas malas.

- Sim agora, e as empregadas fizeram isso por você. Não coloca empecilho e vamos.

- Deixa eu pelo menos falar com as meninas.

- Quando chegarmos você liga. – ele disse e bufei.

Peguei Jason nos braços e descemos as escadas. Entramos em um dos carros do Justin e partimos para o seu galpão, onde havia um ponto de pouso e onde ficava seu jatinho. Entramos no jatinho, Jason já dormia nos meus braços, me acomodei na cadeira e Justin sentou-se do meu lado.

- Não vai nem dizer para onde estamos indo? – perguntei.

- Canadá, baby.

- Canadá?

- Sim, vamos passar uma semana com meus avôs.

- Tá me tirando né? – perguntei incrédula. Até parece que Justin é um bom neto pra chegar assim de cara lavada na casa dos avôs.

- Estou falando sério. Eles vão gostar de você.

- Você tem noção das coisas? Como vamos...

- Transar? Isso é a coisa mais fácil do mundo Mel. Pra transar em transo em qualquer lugar, nem vem.

Acho que eu quero matar o Justin. E cadê nossos planos de passar a lua de mel em Paris? No Caribe? Ou na puta que pariu? Só não queria incomodar os coitados dos avôs do Justin, se forem chatos igual ao restante da família eu volto na mesma hora.

- Ah qual é, vai ser legal. – Justin disse tentando me animar.

- Claro que vai. Vou me cobrir dos pés a cabeça porque eu sei o frio que faz no Canadá. E vai ser ótimo sentir frio. – disse irônica.

- Ah que exagerada. Vem cá vadia. – ele disse aproximando seu rosto do meu.

- Ei, o que eu disse sobre esse apelido carinhoso?

- Você não disse nada, aliás, você não manda em mim então eu te chamo do jeito que eu quiser. – ele disse ignorante como sempre.

Me levantei com o Jason e o coloquei em uma cadeira que era bastante espaçosa, então se ele se movesse não teria risco de cair. O enrolei e voltei.

- Você é muito idiota. – disse para Justin.

Justin riu e me puxou, me fazendo sentar em seu colo.

- E você é muito gostosa Mellanie Bieber. – ele sussurrou, sorri e em um ato desesperado, Justin colou nossos lábios.

Bieber, um sobrenome que eu tinha repulsa, nojo e pavor, e agora faz parte do meu nome. Oh mundo pra dar voltas. 


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Continua?
Obrigada por todos os comentários.


Amo todas ♥ 

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Dangerous Life - Capítulo 58 - Revelations

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- Ok né, mas só espero que você sonhe com aquela sapata te querendo foder. – Justin disse rindo e correu para o banheiro antes que a almofada que eu joguei o atingisse.

- Filho da puta, para com isso agora! – gritei.

Ouvi a risada alta do Justin no banheiro. E ainda por cima ele estava rindo da minha cara, só queria ver o que ele iria fazer se um viado assediasse ele, lógico que ele ia meter porrada, mas enfim. Fiquei olhando para o teto, até sem coragem de ir tirar o vestido eu estava, minutos depois Justin saiu do banheiro de boxe e caminhou até a cama onde eu estava.

- Que foi? Ainda está pensando na sapata? Ela não é de se jogar fora Mellanie. – ele disse rindo, ainda zoando da minha cara.

- Já disse pra parar com isso, que saco! – joguei outro travesseiro nele, ele desviou e subiu rindo na cama.

- Tudo bem. Mas foi engraçado.

- Vai ser engraçado quando eu meter a mão na sua cara se não parar de ficar falando nisso. – cruzei os braços.

Eu estava realmente irritada e Justin com seus comentários inúteis não estava ajudando em nada.

- Agora sem brincadeira. – Justin disse sério. – Quero me desculpar com você sobre ontem.

- Eu já aceitei suas desculpas como sempre. – disse revirando os olhos e levantando da cama.

- Mas não parece, olha só, continua me ignorando.

- Eu só levantei pra tirar a maquiagem, não posso? – perguntei caminhando em direção ao banheiro.

Não ouvi Justin responder nada, peguei alguns produtos e tirei toda aquela maquiagem, aproveitei e me livrei logo do vestido, deixei lá no banheiro mesmo. Coloquei o braço na frente dos seios e saí do banheiro apenas de calcinha, Justin me acompanhou com o olhar até chegar à cama, onde me deitei e me enrolei cobrindo meus seios.

- Vai dormir assim mesmo? – ele perguntou.

- Vou.

- Quer me castigar mesmo?

- Tanto faz! – dei de ombros e me virei.

- Mel.

- Oi.

- Olha aqui.

- Justin, eu quero dormir.

- Amor, por favor... – ele me virou fazendo olhá-lo, ele não estava deitado, estava com um braço apoiado na cama. – Não faz isso. Tudo bem, eu admito que fui um idiota ontem e que mereci ser ignorado o dia todo, mas não acha que já está bom? Eu já me desculpei e o caralho a quatro e você continua assim comigo.

- Não quero que se desculpe comigo, e sim com o Jason por ter presenciado aquilo Justin.

- Eu vou fazer isso. – ele suspirou.

- Ótimo, olhe pra mim e diga se está arrependido da idiotice que fez.

- Eu estou. – ele disse me olhando com aquela carinha de inocente que não me engana de jeito nenhum.

- Ok, agora vá dormir. – me virei novamente.

- Porra Mellanie. – ele me virou bruscamente. – Não vai me dar nem um beijo?

- Você não está merecendo.

- Mel... – ele fez aquela cara de pidão e eu não resisti.

Porque eu tenho que ser tão fraca quando se refere ao Justin? Porque meu Deus? Rapidamente Justin colou nossos lábios, numa urgência incrível. Sua língua estava insaciável dentro da minha boca, fazendo movimentos excitantes, sei que ele está fazendo isso de propósito, pensa em algo broxante Mellanie pra você não se render, tentei pensar na sapata tarada, mas nem isso adiantou quando senti as mãos de Justin contornando meu corpo. Justin rapidamente se pôs sobre mim tendo cuidado para não me machucar, sua mão estava entre meus cabelos fazendo com que nossas bocas não perdessem contato, ele nem se quer me deixava respirar com aquele beijo sedento, Justin mordiscou meu lábio inferior e separou nossas bocas, arrastando seus lábios para meu pescoço, onde me acendeu. Sei exatamente o que ele queria, mas sei das minhas condições e meu corpo ainda estava machucado e precisava de descanso e sei também que Justin não é nada carinhoso em uma foda.

- Justin... – murmurei, senti seus dedos tocarem em minha calcinha ameaçando de tirá-la. – Eu não agüento transar com você.

- Eu prometo ser carinhoso. – ele disse e quase ri disso.

- Não é você que fode com força? – perguntei soltando um riso.

- Mas tem exceções. Eu vou devagar amor, se algo começar a doer eu paro. – ele disse depositando um rápido selinho em meus lábios.

- Essa eu estou pagando pra ver. – ri fraco.

Justin mordeu os lábios e ele logo arrancou minha calcinha do meu corpo, hoje ele nem queria saber de sexo oral, contanto que se pós entre minhas pernas as levantando e colocando em volta da sua cintura, fiquei um pouco incomodada porque como já disse antes apanhei tanto que elas ainda estavam doloridas e com a raiva que tive ontem, só somou. Nem tinha percebido, mas o safado já tinha se livrado da cueca, Justin colocou dois dedos em sua boca e em seguida passou os mesmo em minha vagina, a umedecendo. Mordi os lábios o observando, Justin segurou em seu membro e o posicionou em minha entrada, ele pendeu sobre meu corpo entrando em mim, Justin deu algumas chupadas em meus seios começando a se movimentar, em seguida beijando meus lábios. Ele mal se movia dentro de mim, aproveitávamos ao máximo o beijo, separamos nossos lábios e Justin me olhava intensamente com a boca entre aberta possibilitando ver alguns dentes, ele não imagina o quanto é sexy assim. Levei minhas mãos para suas costas passando minhas unhas de leve ali, Justin começou a se mover com um pouco de velocidade, mesmo assim continuava devagar. Saia e entrava lentamente que me deixava louca, quando ele disse que iria devagar realmente não estava mentindo. Não que seja ruim, mas é tão torturante quanto um oral. Fechei meus olhos com força e gemendo baixinho enquanto deixava marcas de unhas em suas costas, sua boca foi para meu pescoço dando chupões e beijos me deixando desnorteada.

Sentia Justin ir fundo, me preenchia por completo e saia lentamente, me torturando. Ficamos assim por algum tempo, até sentir que eu já estava no meu limite, um orgasmo se aproximava, mesmo assim permanecemos na mesma intensidade, sem apressar nada. Como se fosse sincronizado e ensaiado há muito tempo. Apertei os lençóis com força fechando os olhos e sentindo gozar, sensações deliciosas percorriam pelo meu corpo e espasmos de prazer ainda se faziam em mim, logo Justin me preencheu urrando com tal ato, ele afundou seu rosto em meu pescoço bombeando as ultimas gotas do seu gozo dentro de mim. Soltamos suspiros de alívio, eu estava realmente acabada, há dias que não tinha um orgasmo assim, levei minha mão até a nuca de Justin fazendo carinhos, ele tirou o rosto do meu pescoço e beijou minha boca carinhosamente. Quando ele quer, consegue ser fofo, carinhoso, um amor de pessoa, mas não admite isso. Só quer que as pessoas vejam seu lado ruim, seu lado mal do que não tem sentimentos. Mas eu sei mais do que ninguém que ele não é assim, é só uma forma de se proteger de tudo e de todos. Separamos o beijo e Justin saiu delicadamente do meio das minhas pernas e deitou-se ao meu lado me puxando para seu peito.

- Eu te amo. – sussurrei o olhando, seus olhos sorriram juntamente com os seus lábios.

- Eu também te amo. – ele sussurrou pegando minha mão e beijando as costas da mesma, sorri e dei um beijinho em seu peito.

- Ah, tenho uma coisa pra te contar. – ele não disse nada então prossegui. – Conversei com seu pai hoje.

- Meu pai? – arqueou as sobrancelhas enquanto brincava com meus dedos. – Sobre o quê?

- Ele veio me pedir desculpas pelas coisas que aconteceram, pelo exame forjado e outras coisas a mais, e por cair na lábia da sua mãe. Francamente Justin, ela é uma desequilibrada. – disse e Justin deu risada.

- Legal você ter se acertado com meu velho, ele é uma boa pessoa. Mas fique longe dele ok...

- Justin! – revirei os olhos. – É seu pai...

- Por isso mesmo, eu o conheço Mel. Enfim, minha mãe a cada dia que passa não bate muito bem da cabeça.

- Ela é louca. – dei risada e me aconcheguei mais em seus braços. – Eu não gosto quando brigamos.

- Nem eu. Mas sabe qual a melhor parte das nossas brigas? – ele perguntou me olhando.

- Qual?

- A parte em que elas sempre acabam em sexo. – Justin disse e rimos.

Dei um selinho nele e fechei os olhos. Estava cansada e isso era nítido. Justin tem toda a razão, nossas brigas sempre se resolvem na cama. Não que seja ruim, é só nossa forma de nos entender. E nós dois sabemos que melhor forma de “fazer as pazes” não há. Somos praticamente cão e gato, mas não vivemos um longe do outro.

(...)

Justin e Jason estavam se arrumando para ir assistir o jogo dos Lakers com Ryan, Chaz e Chris e não queriam me levar. Cara, jogo dos Lakers e eu preciso ir.

- Eu também vou. – disse pela centésima vez.

- Mel, lá só vai ter homens. – Justin respondeu arrumando o topete do Jason que estava com uma blusa dos Lakers assim como Justin. Gatos.

- Como se eu me importasse. – revirei os olhos. – Por favor, amor, chama as meninas também aí eu não fico sozinha. – fiz manha o olhando.

- Desde quando você gosta de jogo Mel?

- Desde quando você me viciou, desde quando eu queria assistir filme e você jogo então vai ter que me levar. – cruzei os braços a frente do peito.

- Te dou cinco minutos pra ficar pronta. Cinco! – ele repetiu olhando no relógio.

Dei um sorrisão e segurei em suas bochechas dando um selinho, Jason riu enquanto brincava com o gel de cabelo.

- Faz um favor, liga pra Caitlin e a Lilly ok?

Disse entrando no banheiro e tomando um banho rápido. Nem molhei os cabelos, me enrolei em um roupão e saí do banheiro.

- Ligou? – perguntei.

- Liguei. Faltam dois minutos. – Justin disse fazendo dois com os dedos.

Revirei os olhos e entrei no closet. Coloquei uma lingerie, passei creme no corpo, vesti um short jeans curto e a minha blusa do Lakers, peguei meu boné e coloquei. Calcei meu salto e fui para frente do espelho. Dei uma ajeitada nos cabelos e passei uma maquiagem, já ouvia Justin gritar meu nome falando que estávamos atrasados, se ele tivesse deixado mais cedo já estaríamos lá. Terminei passando perfume e pegando meu celular.

- Pronto apressadinho. - disse.

- Tudo isso é meu? – Justin disse pegando em minha mão e me fazendo dar uma voltinha, dei risada.

- Cala a boca, vamos logo. Vem Jason.

O desci da cama e ele segurou em minha mão. Descemos enquanto Justin falava no celular com os seguranças para nos acompanhar até onde seria um jogo, Justin em sã consciência não sairia sem segurança.

(...)

No jogo tinha muita gente famosa e uns magnatas colegas do Justin. Falamos com alguns, Justin fez questão de comprar umas porcarias pra comer junto com o Jason, entre elas batatinha frita, até caí na tentação. Os Lakers estavam ganhando como sempre, claro meu time é foda. A cada jogada, Lilly e Cait se descabelava e me balançava, eu ria das duas e ouvia os garotos xingando os jogadores do time adversário. Aqui estava mais para um programa entre adolescentes. Teve o intervalo e as meninas me arrastaram para ir ao banheiro, deixei Jason com o Justin.

Justin’s POV

Mel foi ao banheiro com Lilly e Cait, fiquei a olhando sumir do meu campo de visão. Realmente minha mulher é muito gostosa. Olhei para Jason sentado no meu colo e ele me olhava com os olhos esbugalhados como se quisesse perguntar algo e não demorou muito pra ele abrir a boca.

- Papai.

- Oi Jason.

- Putê vuxe bateu na mamãe? – ele perguntou me olhando curioso e com um olhar triste.

Olhei para o lado e os garotos estavam conversando animado ainda sobre o jogo e voltei a olhar para Jason passando a mão entre os cabelos. Me bateu um arrependimento, eu sei que sou explosivo e tudo mais, mas não quero que ele cresça me vendo bater na Mel, que imagem ele terá minha? Afaguei seus cabelos e dei um meio sorriso.

- Porque seu pai é um idiota, por isso. Mas prometo que não faço mais isso.

- Plomete papai? – ele perguntou mostrando o dedo mindinho.

Dei risada. Sério mesmo que era uma promessa de dedinho? Estou me comprometendo a algo sério, porque promessas de dedinhos não podem ser quebradas.

- Prometo campeão. – segurei em seu dedinho e ele sorriu me dando um beijo na bochecha.

Mellanie voltou com as garotas, ela olhou pra mim e deu um sorriso, mostrando aquela fileira de dentes brancos. Com um sorriso tão bonito e eu ainda sendo motivo de suas lágrimas. Belo idiota você é Justin! Mas ela vai sentir orgulho de mim, ah se vai.

Mellanie’s POV

Como esperado nosso time ganhou, óbvio. Foi maior comemoração na quadra mesmo, alguns jogadores dos Lakers vieram falar com o Justin, quase me derreti os vendo, Justin me apresentou a eles e alguns assinaram na blusa do Jason que ficou numa alegria só. Voltamos para a casa em uma bagunça só, os garotos iriam encher a cara com o Justin pra comemorar, Lilly e Cait estavam lá me fazendo companhia. O celular de Justin começou a tocar e ele afastou-se de nós atendendo, fiquei o olhando conversar no celular, ele parecia preocupado e chamou Ryan, Chaz e Chris. Eu e as meninas nos entreolhamos, algo estava acontecendo. Logo em seguida ele veio até nós guardando o celular.

- Vamos ter que sair agora, por favor, não saiam de casa. – Justin disse me olhando.

- Porque não? Pra onde vocês vão? – perguntei, estava muito curiosa.

- Mel, não pergunta e obedece.

Ele subiu com os meninos rapidamente.

- O que será que está acontecendo? – Lilly perguntou tão curiosa quanto eu.

- Deve ser algo grave. – Cait disse.

- Espera. – levantei. – Olhem o Jason.

Subi as escadas e caminhei apressadamente nos corredores, percebi uma estranha movimentação dos seguranças. Agora tenho a plena certeza de que alguma coisa estava acontecendo e eu tenho que saber o que. Vi os meninos entrando em uma sala que tem vários tipos de armas e Justin entrou no nosso quarto, o acompanhei, ele estava recarregando suas armas com rapidez.

- O que está acontecendo? – perguntei o olhando.

- Não quero que você se envolva nisso. – ele respondeu me olhando.

- Amor, me diz o que está acontecendo. – fui até ele, segurando em seus ombros.

- Tudo bem... – ele suspirou. – Temos uma pista onde o Hugo possa estar e vamos lá.

- O Hugo? Eu também vou.

- Não Mellanie, por favor, você não vai.

- Mas eu preciso Justin!

- Não, eu que preciso. Isso é questão de honra, amor. E vou te honrar, fique em casa cuidando do nosso filho. Prometo que vou pegar aquele filho da puta e ele vai se arrepender de tudo que fez. Me promete que vai ficar aqui... – ele disse segurando em meu rosto me fazendo olhar naquele mar caramelado, suspirei e mordi os lábios. – Promete Mellanie.

Só Deus sabe como eu queria ir com ele, e pegar o Hugo com as minhas próprias mãos, mas eu confio no Justin e sei que ele vai pegá-lo e por fim a todo esse tormento. Respirei fundo e abracei Justin, em um braço apertado, ele envolveu seus braços em minha cintura retribuindo.

- Eu prometo. – fechei os olhos com força. – Eu quero matá-lo.

- Vou trazê-lo. Agora eu preciso ir. – ele separou o abraço.

Segurei em sua nuca e o beijei. Sei que Justin é esperto, mas ele iria correr perigo e isso me deixava com um aperto no coração. Separei nossos lábios.

- Se cuida.

- Eu sei me cuidar. – ele sorriu fraco e beijou minha testa.

- Justin, vamos! – Ryan disse batendo na porta.

Assenti com a cabeça e Justin me selou pegando suas armas e saindo. Fiquei um pouco ainda no quarto pensando em tudo e pedindo a Deus que protegesse meu Justin. Se Hugo fizesse algo com ele, eu não iria me perdoar nunca. Desci, Lilly e Cait estavam na sala, Jason dormia nos braços da Cait, as chamei pra subir, tirei aquela roupa do Jason e coloquei seu pijama e o coloquei em sua cama, fiquei o olhando e suspirei.

- Continuo boiando nessa história. – Lilly disse.

- Vamos conversar lá no meu quarto. – disse e elas concordaram.

Fomos para meu quarto e sentamos na cama.

- Justin disse que ele recebeu uma pista onde possa estar o Hugo, por isso que eles saíram tão apressados. – disse.

- Caramba... – Cait disse. – Não sabia que era isso, espero que peguem logo aquele desgraçado.

- Eu também espero Cait. Estou tão nervosa meu Deus. – disse me jogando entre os travesseiros.

- Calma amiga, vai dar tudo certo. É hoje que colocamos um fim nisso tudo. – Lilly disse.

Justin’s POV

Saímos em disparada para o tal local onde me disseram onde Hugo poderia estar. De acordo com as informações, ele havia alugado uma casa afastada da cidade no meio de uma floresta para nos despistar, coitado. Mal sabia ele que estava o investigando há dias e que iria achá-lo até no inferno se possível. Eu não me esqueci de nada do que ele fez com a minha Mel, e ele vai pagar por tudo. Cada dor que ela sentiu, cada lágrima que derramou e tive que a consolar. Vans com meus homens me acompanhavam, eram muitas, eu não podia perder essa oportunidade de pegá-lo. Eu puxava tudo o que me carro podia, e os garotos tentavam me acompanhar, não podia desperdiçar um minuto se quer. Pegamos o caminho de terra que dava na casa onde o maldito havia alugado, a poeira cobria nossos carros e isso atrapalhava a visão. Chegamos até um ponto onde paramos, porque se nos aproximássemos demais os capangas do Hugo iriam notar. Todos desceram do carro e ficaram calados aguardando minhas ordens.

- Dividam-se em grupos rapidamente. – disse e assim fizeram. – Cada grupo vai ficar responsável por cada parte da casa, não faço idéia como seja, mas vocês devem imaginar como seja. Eliminem todos os capangas que surgirem, caso encontrarem o Hugo primeiro que eu, não quero que o matem. Quero o filho da puta vivo. Façam tudo com cautela porque sabem que qualquer deslize cabeças iram rolar, e não vai ser a minha. – ri fraco. – Podem ir!

Eles foram correndo e fui atrás com os meninos. Avistamos a casa, era meio uma mansão no meio do nada, tiros foram disparados e fiquei entre arbustos com os meninos. Um dos meus capangas correu até nós ofegante.

- O Hugo escapou para a mata senhor.

- Desgraçado. – murmurei.

- Acabem com esses imbecis, vou atrás dele. – disse.

- Nós vamos com você cara. - Ryan disse.

Assenti e saímos no meio do nada por onde possivelmente o Hugo havia fugido. Corríamos no meio da mata, ainda bem que não era uma mata fechada e dava pra localizar qualquer coisa que se movesse. Ouvi um barulho de folhas pisadas.

- Eu sei onde você está seu filho da puta, se prepare porque hoje mesmo você visita o diabo. – disse em bom tom.

Foram feitos disparos em resposta, desviamos e nos escondemos atrás de árvores. Os garotos atiraram.

- Você nunca vai me pegar Bieber. – Hugo respondeu e correu.

Fiz uma seqüência de disparos com os garotos, mas parece que nenhum acertava naquele maldito. Ele escondeu atrás de uma árvore e disparou, os tiros pegavam nas arvores e desviavam.

- Alguém acerta nesse filho da puta, que merda. – resmunguei.

- Ele está fugindo cara. – Chris disse.

Corremos e quando eu mais precisava minhas duas armas ficaram sem balas. Foda-se, vai no punho mesmo. Estava quase alcançando aquele maldito, ele disparou mais uma vez, mas me pareceu que sua arma também havia ficado sem bala. Chegamos até uma cachoeira, Hugo ameaçou de pular mais o peguei pela camisa antes que ele fizesse isso.

- Nada disso. Bate de frente como homem porra! – disse raivoso.

Ele ainda tentou fugir, mas a sua frente estava Ryan, Chaz e Chris. Cada um com uma arma apontada para Hugo.

- Seu filho da puta. – Hugo murmurou.

- Estamos igual para igual Hugo, ou você só bate em mulheres seu desgraçado? Não é homem o suficiente para brigar comigo? Vamos o que está esperando? Você foi tão covarde que foi preciso dopá-la para batê-la, aposto que se Mel estivesse solta chutaria bem muito esse seu rabo comido. – disse sarcástico.

Hugo veio para em minha direção raivoso, mas o que conseguiu foi um murro no olho o fazendo voltar.

- Esperei tanto por esse dia que você nem imagina. – disse e o peguei pela camisa dando vários socos em seu rosto.

Imaginava apenas Mellanie sofrendo, toda machucada quando a encontrei amarrada naquela árvore e o ódio só aumentava. Hugo sorria enquanto sua boca sangrava.

- Eu pensei que você fosse esperto Bieber, mas na verdade você é burro como uma porta. Aquela vadia é igualzinha a mãe dela, é só você vacilar que ela te deixa com uma mão na frente e a outra atrás. Ela não concluiu o plano daquela vez, mas não vai demorar pra concluir agora. Mellanie é manipuladora, e você está nas mãos delas, feito um otário. Ela sempre foi igualzinha a mãe dela, uma vadia qualquer, como todas as outras que só pensam em dinheiro e poder.

- Cale essa maldita boca. – rosnei. – Não fale assim da Mellanie. Não me interessa se a mãe dela fez isso com você, se te deu um pé na bunda merecido, mas a minha Mellanie não é assim. – disse entre dentes e ele riu amargamente. – Não posso acreditar que você é pai dela.

Ele soltou uma risada alta fazendo ecoar pela mata. Ryan, Chaz e Chris observavam tudo, tentando entender o rumo da nossa conversa.

- Quem disse que eu sou pai daquela vadia? – ele disse me olhando. – Você acha mesmo que eu sou pai daquela vagabunda interesseira? – riu e acertei em cheio sua cara, ele tombou passando a mão na boca que sangrava e me olhou. – Eu tenho nojo daquela piranha, ela merece morrer, merece sofrer assim como eu sofri.

- Você não sabe o que está falando seu desgraçado. – o peguei pela gola da camisa. – Você vai explicar essa história na frente da Mellanie.

Ryan jogou sua arma pra mim, peguei e apontei para a cabeça do Hugo.

- Caminha filho da puta, se tentar alguma gracinha eu estouro seus miolos. – o ameacei.

Dei um empurrão em suas costas e ele começou a caminhar. Hugo só pode estar blefando, como assim ele não é pai da Mellanie? Então ele queria vingança pra quê? Pensei esse tempo todo que ele queria vingança porque a sua filha estava comigo, com seu inimigo. Mas estou percebendo que esse cara é mais psicopata do que eu imaginava. Caminhamos alguns minutos e chegamos até onde estava meu pessoal, a casa onde Hugo tinha alugado estava em chamas, pelo menos esses incompetentes quando querem fazem o serviço bem feito. Joguei Hugo no porta-malas de um dos carros e entrei no meu ligando. Os garotos fizeram as mesma coisa e partimos em direção para casa. Lá iria descobrir toda essa história e colocar em pratos limpos.

(...)

Ao chegarmos em casa mandei levarem Hugo para o porão. Daqui a pouco ele iria receber tratamento vip de cinco estrelas assim como Luc recebeu. Ryan, Chaz e Chris foram para o porão, para tirar algumas informações do Hugo antes de sua morte. Espero que Hugo saiba rezar, porque não vou ter dó dele. Nem um pouco. Abri a porta principal, fui até a sala e a TV estava ligada, Mellanie levantou-se num pulo e veio até a mim, me abraçando forte como se fizesse anos luz que não nos víamos.

- Graças a Deus que você está bem. – ela disse separando o abraço e verificando se não estava faltando nem um pedacinho de mim.

Como aquele desgraçado pôde falar aquilo da minha Mel? Ela é tão doce que pode enjoar e tão amarga que pode viciar. Ela me abraçou novamente e ri fraco do seu desespero.

- Calma, eu estou bem. Dá pra soltar agora? – perguntei. Ela soltou-se de mim e revirou os olhos.

- Você é muito mal agradecido Justin. Eu estava aqui quase arrancando os cabelos de preocupação e isso que eu recebo em troca.

- Tudo bem, tudo bem. – disse. – Cadê o Jason e as meninas?

- Jason dormiu faz tempo e as meninas devem estar lá por cima.

- E porque você não está dormindo também?

- Porque não consegui dormir. – ela bufou frustrada. – Você é idiota ou o quê? Preocupada do jeito que eu estava não tinha como dormir.

Ri da irritação dela e a puxei para um abraço, suspirei e beijei sua testa.

- O que foi? – ela perguntou com aqueles olhos azuis curiosos.

- Hugo está lá no porão. Temos uma conversa para tratar e não pode passar de hoje.

- Claro, vamos logo. – ela disse pegando em minha mão e puxando.

Mellanie’s POV

Mal estava acreditando que Hugo estava tão próximo e que logo ele iria arcar com suas conseqüências e ter se arrependido do que me fez. Arrastei Justin para o porão, eu precisava olhar na cara daquele maldito e dizer boas verdades. Descemos as escadas de madeira, nos deparando com pouca luminosidade lá em baixo, notei que os garotos estavam lá também. Assim como Luc, Hugo estava amarrado em uma cadeira, e passou tudo como um flashback em minha mente. Eu não seria tão boazinha com o Hugo como fui com o Luc.  Ao vê-lo meu estômago revirou e lembrei da noite que apanhei feito criança quando faz algo errado, mas nem criança apanharia daquele jeito.

- Agora o circo está completo! – Hugo disse a me ver.

- Claro, e você é o palhaço como sempre. – ironizei.

- Querida Mellanie, como sempre tão engraçada.

- Deixa de conversa furada Hugo e conte o que me falou na mata, agora! – Justin disse ao meu lado e eu fiquei sem entender.

- De quê? Que a sua vadia não é minha filha? – Hugo disse rindo amargamente.

Eu escutei direito ou isso é só um blefe?

- O quê? – perguntei, eu devo ter escutado errado.

- Você não é minha filha Mellanie. Nunca foi. – Hugo disse pausadamente. – Você acha que se fosse realmente sangue do meu sangue eu teria te vendido para quitar minhas dívidas? Óbvio que não. Eu não tinha como me livrar de você e aquelas dívidas que eu tinha com o Bieber foi uma ótima desculpa. – ele disse com satisfação. Eu ainda não conseguia digerir e entender o que ele estava falando.

- Do quê você está falando? – perguntei perplexa. Hugo riu me olhando. – FALA!

- Vou contar uma historinha para você. – Hugo disse limpando a garganta. – Eu morava no Brasil, quando decidi vir morar em Los Angeles, como um homem qualquer eu tinha minhas necessidades... – ele sorriu malicioso o que me fez sentir mais nojo ainda. – Então certo dia passando por uma esquina encontrei com uma prostituta gostosa, muito bonita, bem feita de corpo, olhos azuis, parecia com você Mellanie. – ele riu. – Adivinha quem era? Sua mãe! Madison era uma prostituta de esquina das ruas de Los Angeles. Ela era tão bonita que de cara eu me apaixonei, assim como o idiota do Bieber está apaixonado por você. Óbvio que eu não queria que ela trabalhasse com programas, encontrei um emprego e alugamos um apartamento, a coloquei debaixo do meu teto, ela comia da minha comida e se vestia com o meu dinheiro. Estava tudo as mil maravilhas. Passamos um, dois, três anos juntos e aqui em Los Angeles não estava dando mais para nós, resolvemos ir para o Brasil. Alugamos um apartamento também, nosso relacionamento continuava muito bem, só algumas vezes que Madison resolvia sumir a noite, dizendo que iria sair com as amigas. Eu fazia tudo o que ela queria e mais um pouco, ela tinha uma vida perfeita e sabe o que ela fez? Jogou tudo no lixo. Jogou no vaso sanitário e deu descarga. Sabe o que ela fez? Não você não sabe! Meses depois aquela vadia apareceu grávida... – ele riu. – Pra mim não foi uma boa notícia, sabe por quê?! Porque eu sou estéril e não posso ter filhos. Então como foi que ela engravidou? Deus não iria fazer um milagre desses para uma prostituta que não valia nada. Ela saia com outro estando comigo, ela não sabia que eu era estéril e não disse nada, apenas aceitei, mas só eu sabia a vontade que eu tinha de matá-la. Eu dava tudo para ela, eu vivia por ela enquanto ela fodia com outro. Nove meses se passaram e Madison teve você, ela agia naturalmente como se eu fosse realmente seu pai, até nisso a vagabunda sabia enganar, ela se enganava mais a mim não! Eu a amava tanto que esqueci esse episódio, por causa de uma criança não poderia mudar nossa relação, você cresceu e eu nunca gostei de você, nunca. Aos 17 anos, você era insuportável, só não metia a mão na sua cara porque Madison me deixaria, e não iria estragar o que tínhamos por sua culpa. Estávamos bem, até que um dia a peguei em um motel com um homem, provavelmente o inútil do seu pai, para mim foi a gota d’água, foi o fim, ela me traia durante 17 anos e eu nunca descobri. Eu não iria mais pagar de otário, foi quando sem querer... – ele riu. - Cortei os freios do carro da Madison e numa curva fechada os freios não funcionaram e bom, ela não está mais viva para contar a história.

Ele contou tudo sem transparecer nenhuma emoção, eu não conseguia controlar meu choro, era dor, angústia, saudades, tudo misturado. Minha mãe era meu tudo, meu chão, meu porto seguro, não sabia que ela era prostituta, mas isso não me interessa, independente de qualquer coisa ela era a minha mãe e sempre esteve comigo, nunca falhou como mãe. Nunca tive amigas, então ela fazia papel de mãe e melhor amiga ao mesmo tempo, meus rolos com namoradinhos era ela que me dava conselhos. Ela era meu tudo, e ao mesmo tempo nada para Hugo. A dor era tão intensa que eu não conseguia sentir minhas pernas, Justin me abraçou forte. Eram gritos e lágrimas abafados, estava doendo tanto como quando soube de sua morte.  


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Continua?
Obrigada por todos os comentários.


Amo todas ♥