Dangerous Life 3° - Capítulo 17 - Calabasas

Lilly’s POV

Eu estou grávida.

Como acreditar nisso? Eu não sei. Isso é assustador.

Eu não quis acreditar naquele primeiro teste de gravidez, então tive que fazer mais outros quatro. Quando vi que todos haviam dado positivo, eu quis morrer. Caramba, como eu ia cuidar de uma criança? Eu não sei cuidar de uma criança. Como isso aconteceu? Eu me cuidava. Puta que pariu em Ryan, que gozada do caralho!

A única vontade que tinha era de chorar. Eu estava bem ferrada e perdida. E se o Ryan ficasse chateado com essa gravidez agora? Nós não tínhamos planejado. Chorei muito e decidi ligar para a Mel, com certeza ela iria me apoiar em qualquer decisão que eu tomasse, né? Mentira, ela quis me matar e agora eu não tiro o direito dela. Seria complicado cuidar de uma criança, mas eu sei que as meninas me ajudariam. Só que o pai ainda precisa saber disso.

Esperei ansiosa o dia todo e o Ryan não chegava. Fui fazer xixi inúmeras vezes, minha bexiga ficou frouxa da noite para o dia? Tentei falar com ele por celular, mas ele não me atendia e nem respondia as minhas mensagens. Será que ele já sabe e não quer mais olhar na minha cara? Procurei o contato da Mel e liguei para ela, a vadia não atendeu, tentei de novo.

- Oi. – Ela disse.

- Porque não me atendeu logo? – Perguntei.

- Eu estava no banheiro, ué. O que foi?

- O Justin já está em casa?

- Não, porque? – Ela perguntou desconfiada.

- Porque o Ryan não chegou. Pensei que ele já soubesse da gravidez e não quis me ver. – Disse.

- Deixa de bobeira. Ele vai ficar feliz.

- Será? – Perguntei nervosa.

- Lilly, relaxa ok? Você tem que ficar calma, porque as suas emoções podem afetar o bebê.

- Eu ficaria relaxada agora com uma dose de Vodka.

- Você não é nem louca. – Ela brigou.

- Eu não disse que ia tomar. – Dei de ombros. – Mas mudando de assunto, porque será que estão demorando tanto? São quase dez da noite.

- Também gostaria de saber. O Justin não atende minhas ligações. Sinto vontade de matar ele quando some desse jeito. – Ela disse bufando.

- Você não é a única. – Respondi. – Eu perdi as contas de quantas vezes fui fazer xixi.

- Acostume-se. Você vai viver no banheiro, acredite. – Ela deu risada.

- Vou usar fralda. – Disse e rimos. – Imagine o Ryan acordar vomitado?

- Argh! – Ela disse. – Nojenta. Corre para o banheiro antes disso.

- Espero não desejar comer merda. – Disse e Mel gargalhou do outro lado.

- Se desejar, vai ter que comer. Não quero que meu sobrinho nasça com cara de bosta. – Ela disse rindo e gargalhei.

Conversei mais alguns minutos com a Mel e finalizamos a chamada. Fiquei deitada na cama, me distraindo com programas de TV. Eu já estava quase cochilando, quando ouvi pisadas se aproximando, em seguida, a porta foi aberta. Meu loiro de olhos azuis passou pela porta e eu fiquei mais nervosa.

- Oi! – Ele disse e fiquei calada. – Lilly? – Me chamou.

- Eu te liguei várias vezes, porque não me atendeu? – Perguntei.

- Foi mal, gata. Estávamos resolvendo uma parada séria, não deu para atender. Aconteceu alguma coisa? – Ele perguntou tirando os sapatos.

Engoli a seco. Coragem, Lilly.

- Ahm... – Comecei a falar. – Nada.

Cuzona do caralho.

- Tem certeza? Você está estranha. – Ele franziu a testa.

- Bom... – Respirei fundo. – Aconteceu sim.

- É motivo para que eu fique preocupado? – Ele perguntou me olhando.

- Depende.

- Agora eu realmente fiquei. Abre o jogo. – Ele sentou-se na beirada da cama.

- Ok! Fica aí.

Me levantei da cama e fui até o banheiro. Abri a gaveta que estavam guardados os testes de gravidez e os peguei. Respirei fundo e saí do banheiro, fui até o Ryan e coloquei os testes em cima da cama, na sua frente.

- O que é isso? – Ele estranhou e pegou um deles, examinando.

Ele examinou todos os cinco e sinceramente, eu estava com o cu na mão.

- De quem são? – Ele perguntou me olhando.

- Meus. – Respondi num fio de voz.

- Lilly, isso é sério? – Ele me olhava fixamente e concordei com a cabeça. – Se isso for uma brincadeira...

- Eu estou grávida, caralho! – Esbravejei.

Ryan ficou me olhando em silêncio e eu não gostei disso.

- Fala alguma coisa. – Pedi sentindo meus olhos marejarem.

- Tem certeza que é sério? – Ele perguntou novamente.

- Você acha que eu brincaria com algo assim? – Perguntei irritada.

- Cacete! – Ele colocou a mão na cabeça e pronunciou mais alguns palavrões. – Eu vou ser pai?

- A mãe é que não vai ser. – Respondi.

Ele levantou-se da cama e andou um pouco pelo quarto sem dizer nada, apenas com as mãos na cabeça.

- Você não vai dizer nada? – Eu estava aflita.

- Como isso aconteceu? – Ele perguntou.

- Bom, eu abri a pernas e você enfiou seu pênis em mim... – Disse irônica.

- Não nesse sentido.

- Eu sei lá, Ryan. Aconteceu ué. – Respondi.

- Puta merda, eu vou ser pai. – Ele parou de andar e me olhou. – Amor, eu vou ser pai.

- É, eu acho que sim. – Disse me levantando.

Ele veio até a mim e me abraçou forte, me erguendo do chão.

- Ah me desculpa, o bebê. – Ele disse me colocando de volta no chão.

- Ryan, estou no primeiro mês, não dá para matar o bebê em um abraço. – Disse e ele riu.

Ele segurou em meu rosto e me olhou por longos segundos.

- Eu estou feliz, ok? Nós vamos cuidar bem dele ou dela.

- Eu estava com medo da sua reação. – Fui sincera.

- Medo de quê? Eu adoro crianças. – Ele disse.

- Eu também, mas eu não sei cuidar.

- A gente vai aprender. – Ele disse piscando e colou nossos lábios em um beijo cheio de amor.

Agora sim eu me sentia segura e o nosso bebê ficaria seguro também.

- Eu te amo. – Ele disse separando nossos lábios e acariciando meu rosto.

- Eu também. – Sorri. – Mas eu escolho os nomes.

- O quê? – Ele perguntou.

Mellanie’s POV

Quase onze da noite e nada do Justin aparecer. Poderia mandar pelo menos uma mensagem avisando que estava vivo. Imagine se eu dou um chá de sumiço assim? Ele me mataria.

Estava com sono, mas não dormiria até ele chegar. Estava curiosa para saber o porquê desse sumiço. Fiquei mexendo no celular, até ouvir a porta sendo aberta. Olhei de relance e meu marido tinha acabado de passar pela mesma com sacolas do Mc Donalds na mão. Ele quer me comprar.

- Trouxe comida. – Ele disse cínico e colocou as sacolas em cima da cama.

- Estou vendo. – Disse olhando para ele. – Não tem nada para me dizer?

- Dizer o quê? – Ele perguntou colocando suas coisas em cima do criado-mudo e tirando os sapatos. – Estou exausto.

- Porque não me atendeu?

- Eu estava em uma reunião importante com os garotos, não queria ser incomodado.

- Wowww! A sua mulher é um incomodo? – Disse surpresa.

- Não seja dramática. – Ele revirou os olhos.

- Você disse que eu incomodo!

- Amor, era importante. Entendeu? – Ele disse vindo até a cama.

- O que seria tão importante assim? – Perguntei curiosa.

- Chaz conseguiu rastrear onde o caminhão com a minha carga está. Estávamos bolando um plano para pegá-la de volta, por isso não quis que nos interrompêssemos. – Ele explicou.

- E onde está?

- Calabasas.

- Então o traficante não é daqui...

- Pelo o que indica não. Afinal, estou ansioso para conhecê-lo. – Ele sorriu de lado.

- E quando vocês vão até Calabasas?

- Às 4:00 da manhã. Quero chegar lá com o dia nascendo.

- Calabasas é uma cidade agradável. Vou comprar uma casa para mim lá. – Comentei.

- Para quê? – Ele perguntou me olhando.

- Ué, porque eu quero uma casa lá. – Dei de ombros.

- Eu tenho uma casa lá. É sua também, amor. – Ele disse me dando um selinho demorado e levantando-se.

- Sério? – Sorri. – Então... – Me levantei da cama e caminhei até o Justin. – Seria uma boa eu ir com vocês e conhecer a minha nova casa? – Disse mansa alisando o peitoral dele.

Justin riu e segurou minhas mãos.

- Dessa vez não vai funcionar.

- Poxa amor. – Fiz manhã.

- Isso não é negociável. – Ele afastou-se de mim. – Vou tomar um banho para comermos.

Merda!

Ele entrou no banheiro e voltei para a cama. Queria muito conhecer também essa pessoa, muito corajosa por sinal. Minutos depois, Justin saiu do banho enrolado em um roupão e foi para o closet, voltando já vestido com uma boxer.

- Quem vai? – Perguntei.

- Eu, os garotos e meus capangas. – Ele respondeu pegando seu celular e sentando-se do meu lado na cama.

Abri as embalagens e começamos a comer. Ainda tentei convencer Justin de me levar, mas sem sucesso.

- Vai demorar lá? – Perguntei novamente.

- Creio que não. Só vou recuperar o que me pertence e dá uma lição em quem roubou. – Ele disse.

Seu celular começou a tocar.

- Fala! – Justin disse ao atender.

Só ouvi uma gritaria do outro lado e Justin afastou o celular do ouvido.

- Meu ouvido, filho da puta! – Ele reclamou. – O que tu disse?

Justin colocou no viva-voz. Era o Ryan.

- JUSTIN, PORRA. EU VOU SER PAI! – Ryan gritou e eu demos risada.

- Sério, cara? Parabéns bro. – Justin fingindo surpresa, pois eu já havia o contado.

- Eu também tô sem acreditar, mas é verdade. Escuta, quando voltarmos de Calabasas, vou dar uma festa daquela para comemorarmos. – Ele disse bem animado.

- Combinado, irmão!

- A Mellanie já sabe?

- Meu querido, eu fui a primeira a saber. – Respondi.

- É, eu deveria ter desconfiado. – Ele riu. – Liguei só para anunciar a boa nova, até às 4:00.

- Beleza! – Justin respondeu.

- Tchau, Ryan. – Disse.

- Tchau! Boa noite para vocês. – Ryan disse e desligou.

- Eu sabia que ele ficaria assim. – Justin disse.

- Ainda bem que ele ficou feliz. – Disse aliviada.

- Amor? – Ele me chamou.

- Hum? – Perguntei mastigando batatinha.

- E quando vai sair outro bebê dessa barriguinha? – Ele perguntou me olhando.

- Ué, não sei. – Dei de ombros.

- Como não sabe? Você que toma aquelas porcarias, se parasse né...

- Quem sabe um dia. O Jason é novinho ainda.

- Ok! – Ele levantou-se e foi recarregar suas armas.

Suspirei e fui até ele.

- Não quero que fique chateado comigo por causa disso. – Disse me escorando no criado-mudo, onde ele estava colocando as armas.

- Eu não estou. – Ele respondeu sem me olhar.

Ele estava.

- Amor, é complicado. – Respondi.

- Tá, assunto encerrado. – Ele disse colocando a arma com força em cima do criado-mudo.

- Ah não, você não vai ficar chateado comigo por causa disso. – Cruzei os braços.

- Disso o quê? Você não querer mais engravidar? – Perguntou me olhando.

- Não que eu não queira mais engravidar, só acho que não é o momento certo. – Disse.

- Que seja! – Bufou. – Sai da frente, os cartuchos de bala estão na gaveta. – Disse arrogante.

Fingi que nem ouvi e continuei o olhando de braços cruzados.

- Mellanie! – Ele me chamou.

- Isso não é justo!

- Não é justo mesmo, eu querer outro filho e você, minha mulher, não querer me dar. – Ele ironizou.

- Caramba! Eu disse que não ia dar? Eu disse que não era o momento certo. – Disse irritada.

- Eu preciso recarregar essas armas. Dá pra sair? – Ele perguntou arrogante.

Bufei e saí, voltando para a cama. Peguei o resto do lanche e fui jogar no lixo.

- Quer ajuda com a mala? – O perguntou.

- Não! – Ele respondeu.

Não acredito que ele vai ficar com raiva de mim por causa disso. Voltei para a cama e fui mexer no celular, o ignorando enquanto ele já me ignorava. Ele fez tudo o que tinha que fazer e depois foi deitar, porém pegou o celular e foi mexer.

- Amor? – O chamei e ele ficou calado. – Eu estou falando com você, caramba.

- Eu estou ouvindo. – Respondeu olhando para o celular.

- Você não pode ficar assim comigo. Tem que respeitar minha decisão.

- Tanto faz, Mellanie. – Disse rápido.

- Porra! – Tomei o celular da mão dele. – Me dá atenção enquanto eu estou falando.

- Que merda. Eu já ouvi, agora devolve meu celular. – Ele disse.

- Ouviu, mas não me entendeu.

- Já entendi, porra. – Disse rude e tomou o celular da minha mão.

Que se foda então. Dei às costas e tentei pensar em outras coisas para conseguir dormir. Demorou muito, porém consegui.

Acordei com a movimentação do Justin pelo quarto, peguei meu celular e era quase 4:00 da manhã. Aproveitei que tinha sido acordada mesmo e fui ao banheiro, acho que tomei muito suco. Justin estava no closet se arrumando, voltei para a cama e fiquei sentada na beirada, encarando o nada.

Ele saiu de lá, pegou as malas e colocou perto da porta do quarto.

- Não se despedir de mim? – O perguntei e me levantei.

Ele virou-se e veio até a mim. Eu não queria ficar brigada com ele, já passamos tempo demais brigados. O abracei e ele depositou um beijo na minha testa.

- Se cuida. – Disse o apertando. – Eu te amo. – Sussurrei.

Senti sua respiração pesada no meu cabelo e ele me apertou contra ele.

- Eu te amo. – Ele disse e separei um pouco o abraço, o olhando.

- Não quero que fique chateado comigo.

- Está tudo bem. Esquece essa história. – Ele respondeu.

- Eu quero que me entenda. – Disse o olhando.

- Eu tenho que ir agora. – Ele respondeu e bufei. – Vou tentar me acostumar com a ideia de que teremos outro filho só quando você quiser.

- Vamos ter outro filho no momento certo, é diferente. – Respondi.

- Eu cansei desse assunto, realmente tenho que ir.

- Não está chateado?

- Estou, mas eu sei lidar com isso. – Ele me deu um selinho. – Se cuida.

Ele saiu puxando sua mala e voltei para a cama.

- Eu que deveria dizer isso, idiota. – Murmurei.

Justin’s POV

Chegamos em Calabasas por volta das 7 horas da manhã, era um ótimo horário. Rayn veio tagarelando a viagem toda sobre a gravidez da Lilly. Quero ver ele feliz quando tiver que acordar de madrugada por causa do bebê. Se bem que eu adoraria saber qual é essa sensação, mas a minha querida esposa não colabora.

Fomos direto para minha humilde mansão, apesar de adorar Calabasas, não queria demorar tanto aqui. Só queria pegar as coisas que me pertencem e conhecer o engraçadinho.

- Chaz, vê se consegue o local certo de onde o caminhão está. – Disse me jogando no sofá da sala.

- Já estou fazendo isso. – Ele disse vidrado na tela do Macbok.

- Se tivesse como eu entrar em contato com essa pessoa... – Disse coçando o queixo.

- Mas para isso precisamos saber qual a região que está a carga, assim saberemos quem é o responsável. – Ryan disse.

- Até que aqui não é tão dominado pelo tráfico, quer dizer, quase nada. – Chris disse.

- Los Angeles que é o inferno, meus amigos. – Disse.

- Região Norte. – Chaz disse.

- Ótimo, vamos. – Disse me levantando. – Vamos obter informações sobre quem comanda o tráfico lá.

- Você acha mesmo que vai achar algum drogado pelas ruas às 7:00 da manhã? – Ryan perguntou irônico. – Eu estaria dormindo, na cama de alguma prostituta, pelo menos.

- Valeu pela imaginação. – Respondi. – Não posso ficar aqui de braços cruzados esperando chegar à noite.

- Então vamos aproveitar a cidade, passear...- Chris propôs.

- Não rola, Chris. – Eu, Chaz e Ryan dissemos juntos.

- Poxa! – Ele lamentou.

- Ok, não vou ficar esperando porcaria nenhuma. Chaz, pega o endereço dessa merda, reúnam o pessoal e vamos atrás da minha carga! – Disse me levantando e eles ficaram me olhando. – AGORA!

(...)

- Que fim de mundo é esse? – Chris perguntou enquanto entrávamos em uma estrada de terra.

- Eu também gostaria de saber. – Ryan respondeu. – Tem certeza que é aqui, Chaz?

- Aqui diz que sim. – Ele respondeu. – Espera, o caminhão está se movendo.

- Quê? Para onde estão indo com a minha carga? – Perguntei irritado.

- Acho que já sabem que estamos aqui. – Ryan disse. – Estamos perto, pelo menos?

- Estávamos, mas o caminhão está se afastando. – Chaz respondeu.

- Pisa fundo, Chris. – Disse.

Ele que estava dirigindo o carro. Os capangas vinham atrás, em Vans.

- Estou pisando, mas essa estrada esburacada não está ajudando muito. – Ele respondeu.

Meia hora depois, ainda estávamos na estrada e eu estava ficando sem paciência já.

- Parou! – Chaz disse. – Há dez quilômetros daqui.

- Bora Chris! – O apressei.

Quando já estávamos próximos, vimos uma fumaça preta subindo. Ah, inferno! Assim que conseguimos visualizar o caminhão, vimos ele pegando fogo.

- Fala sério! – Disse com raiva saindo do carro com os garotos.

- Queimaram o caminhão com carga e tudo. – Ryan comentou.

- Eles não queriam a carga? Porque fizeram isso tudo? – Chris perguntou.

- Para me irritar. – Murmurei vendo tudo pegar fogo. – E conseguiram!

- Pessoal, deem uma olhada por aí. Pode ser que não estejam tão longe daqui. – Chaz mandou.

Os capangas se espalharam por ali e eu fiquei pensando em como uma pessoa teria coragem de ter me afrontado desse jeito. Trouxe minha carga para Calabasas, me fez vim até aqui e tocou fogo diante dos nossos olhos.

- Qual o plano? – Ryan perguntou.

- Vamos esperar o anoitecer e ir atrás de informações. – Disse.

- Senhor, não encontramos nada. – Um dos capangas veio avisar.

- Ok, vamos dar o pé daqui. – Mandei.

Voltamos para a mansão e eu ainda estava intrigado com o que estava acontecendo.

- Está preocupado? – Chaz me perguntou enquanto almoçávamos pizza, de novo.

- Preocupado não seria a palavra certa, estou curioso para saber de quem se trata. – Respondi.

- Alguém esperto. – Chris respondeu.

- E corajoso, devemos ressaltar. – Ryan completou.

- Sim, é. Mas isso não vai ficar assim. – Disse.

Terminamos de comer e esperamos entediados as horas passarem. Peguei meu celular e liguei para a Mel, ela iria ficar chateada comigo de novo, caso eu não ligasse para avisar que estava vivo, como ela disse.

- Alô? – Ela atendeu.

- Oi! – Respondi. – Estou vivo.

- Há-há, que engraçado. – Ela respondeu. – Como vão as coisas por aí?

- Não sabemos ainda quem é, e o cara tocou fogo no caminhão com a minha carga. – 

Disse rodando as chaves do carro nos dedos.

- Sério? Ele é bem louco. – Ela disse. – A missão está impossível? – Zoou.

- Óbvio que não. Cheguei a pouco tempo.

- Se tivesse me levado, eu teria ajudado.

- A única diferença é que você veria com a gente meu dinheiro sendo queimado, porque não temos nenhuma informação até agora. – Respondi e ela riu.

- Poxa, estou sem concorrentes. Estou até entediada. – Ela brincou.

- Que tal ter um bebê para se manter ocupada? – Perguntei.

- Justin...

- Tá. – Bufei. – Cadê o Jason?

- Dormindo, está cansado da escola.

- Que bom, encontramos algo que o deixe cansado. – Disse.

- Acho que você vai acabar levando o Jason para as aulas de natação. – Ela comentou da nossa aposta.

- Ainda temos uma semana, o jogo pode virar.

- Claro que pode. – Ela riu. – Estou torcendo para você ganhar.

- Para de ser cínica, garota. – Respondi e ela gargalhou.

- Foi mal, não me contive. Mas, se quiser ajuda com o fantasma ladrão de cargas, estou aqui.

- Está hilária hoje, né? – Perguntei. – Está tudo sob controle.

- Tudo bem! Bom, meu querido marido, vou precisar desligar. Ainda tenho uma aposta para ganhar.

- Trabalhe duro então. – Disse debochado.

- Pode deixar. Beijos!

- Beijos gostosa! – Disse, ela riu e desligou.

Eu vou descobrir quem roubou minha carga e fazer devolvê-lo todo o dinheiro que aquilo valia. Eu não vou deixar a Mel ganhar de mim nessa aposta.

Finalmente anoiteceu, a hora certa que os drogados vão para a rua matar o vício.

- Prestem atenção, vamos nos dividir nas ruas. Andem como se estivessem mesmo afim de comprar droga, não deixem que ninguém levante suspeitas e veja que tem algo de errado, podem ter olheiros e nos reconhecer. – Disse para os garotos enquanto colocava uma toca.

- Quando encontrarmos alguém que venda droga, tentem tirar o máximo de informações. Pelo amor de Deus, não façam interrogatórios tipo os tiras. – Chaz continuou.

- Inventem alguma história. Digam que gostariam de vender droga também e perguntem de quem eles compraram, assim vamos saber como chegar no filho da puta que me roubou. – 

Respondi colocando a arma presa na cintura.

- Acha que eles vão querer contar? – Ryan perguntou.

- Esses drogados de merda não podem ver dinheiro, ofereça e eles contam. – Disse abrindo uma maleta e pegando bolos de dólares, joguei para os garotos pegarem. – Se isso não resolver, mete uma bala na cabeça deles.

- É um ótimo plano. – Chris disse. – Posso ficar com isso, caso não precisa dar dinheiro para eles? – Perguntou brincando com o bolo de dinheiro.

- Vai à merda. – Disse e ele riu. – Vamos! Só voltamos para casa quando sabermos o nome do ladrãozinho.

- Fechô! – Eles disseram.

Fomos em carros diferentes e pegamos ruas diferentes também. Quando cheguei a Zona Norte, diminui a velocidade do carro para observar direito os becos. Aparentemente não tinha nada demais. Andei por várias ruas e não encontrei bosta nenhuma. Até topei com os garotos algumas vezes, eles não tinham conseguido nada também. Se isso estava me deixando puto? Óbvio.

- Eai? – Perguntei batendo a porta do carro, enquanto eles desciam dos seus.

- Nada. Onde esse pessoal vende droga? – Ryan perguntou. – O mais comum é nesses becos, nas esquinas...

- Beleza, se separem. A pé, dessa vez. – Disse.

Nos separamos e andei por algumas quadras. Cheguei à conclusão que poderia ser uma ideia legal mandar um pessoal para trabalhar para mim aqui. Olha só, ruas vazias, sem ninguém traficando, sem prostituta se vendendo, que cidade sem graça. Parei para comprar uma água em um quiosque, dei uma olhada onde eu estava e era uma área de lazer. Não estava tão cheia assim, só alguns jovens sentados em uma pista de skate. E sem skate, estranho...

- Hey, você fica aqui todas às noites? – Perguntei ao dono do quiosque.

- Sim! Trabalho aqui faz algum tempo... – Ele começou a falar, mas o cortei antes que ele começasse a contar a história da vida dele.

- E eles? – Apontei com a cabeça para o grupo de jovens. – Sempre estão aí?

- Ah. – Ele disse olhando. – Sempre. Eu fico até umas 22:00 da noite e eles continuam aí.

- Interessante! – Disse bebendo o resto da minha água e jogando a garrafa. – Aqui é muito frequentado? Me parece uma ótima área de lazer.

- De dia sim, só a noite que o movimento diminui, só ficam esses jovens chegando e indo embora. – Ele respondeu.

- Entendi. Bom, obrigado! – Disse colocando uma cédula na sua bancada e saí dali.

Me aproximei da pista de skate e eles me olharam estranho. Eram na base de dez jovens, havia garotas também.

- Olá pessoal! – Disse.

- Eai! – Responderam sem demostrar um pouco de interesse.

- Eu estava precisando de uma informação...

- Ah é tio, tá achando a gente com cara de quê? – Um dos garotos zombou e o resto riu.

Respirei fundo. Paciência, Justin.

- Tô achando que vocês vão me ajudar com uma coisa que eu preciso. – Respondi e eles ficaram me olhando. – Quanto que tá o saquinho? – Fui bem direto.

- Do que está falando? – Uma garota perguntou desconfiada.

- Quanto que está o saquinho de droga? Quer que eu desenhe? – Perguntei.

- Não sabemos do que você está falando. – Outro respondeu.

- Vocês não estão me ajudando assim. – Me sentei ao lado deles. – Bom, eu sei que vocês estão vendendo droga para alguém, e eu preciso saber quem é. – Disse entrelaçando minhas mãos e os olhando.

- Porque como sabe que vendemos? Nunca o vimos por aqui? – A garota sussurrou com medo de alguém ouvir.

- Estão aqui todas às noites, ficam até tarde ocupando uma pista de skate sem trazer pelo menos skates para disfarçar? É bem óbvio. – Respondi.

- Eu disse que aqui não era um lugar legal. – Um disse aborrecido. – Você não é policial né?

- Estamos ferrados! – Outro murmurou.

- Garotos, relaxem! Eu não sou policial, só quero que me falem de quem vocês compram essa droga. – Disse.

- Não podemos falar.

- Tem certeza? – Perguntei tirando o bolo de dinheiro do meu bolso.

Os olhos deles brilharam a ver o dinheiro. Jovens, tão iludidos com pouca coisa.

- Então, qual o nome e onde posso encontrá-lo?

- O que você vai fazer, cara?

- Eu só quero me juntar à vocês, me parece que vender droga é um ótimo ramo. Só quero entrar em contato para vender também. – Respondi.

- Passa o dinheiro e contamos! – Um deles respondeu.

- Todo seu! – Joguei para ele. – Quero o nome e endereço agora.

- Ela é nova na cidade, como você pode ver, o tráfico aqui não é tão elevado e... – Ele começou a falar.

- O quê? Você disse ela? – Arqueei as sobrancelhas.

- Lewis, esse é o nome dela. A nova traficante de Calabasas. – Ele respondeu.

Eu não acredito que foi uma vadia que me roubou. Que filha da puta.

- Lewis não é um sobrenome? – Perguntei.

- Sim, ela só releva o sobrenome, não sabemos o nome verdadeiro. Sabe como é, ela não quer levantar suspeitas. – Uma menina mascando chiclete de boca aberta, respondeu.

- Ok, e o endereço? – Perguntei.

- Não temos o endereço dela. Só temos o número, você liga, ela marca o local, vocês se encontram e ela leva a droga.

- Ótimo, melhor ainda. – Sorri de lado.

Os pirralhos me passaram o número da vadia burra.

- Divirtam-se com o dinheiro. – Disse me levantando e saindo dali.

Mandei mensagens para os garotos avisando que tinha conseguido as informações. Cheguei até o carro e esperei eles chegarem.

- Já tem o que precisamos? – Chaz perguntou.

- Acho que sim. E o melhor, vocês não vão acreditar. É uma mulher. – Respondi e eles se entreolharam.

- A última mulher que resolveu te desafiar foi a Mellanie, e bam, vocês são casados hoje. – Chris comentou.

- Eu tô louco para conhecer quem é a filha da puta! – Disse. – Eu peguei o número dela com uns pirralhos que estão vendendo para ela.

- Os encontrou aonde? – Chaz perguntou.

- Em uma pista de Skate. – Disse.

- Será que ela não é um pouco amadora? Deixar esses garotos vender droga assim? – Ryan perguntou.

- Não sei, só sei que eu quero a porra do dinheiro que eu perdi. – Respondi.

- Sabe o nome? – Chaz perguntou.

- Lewis. Só sabemos o sobrenome e o número.

- Vamos entrar em contato. – Ryan disse.

- Vamos meter o pé daqui primeiro. – Disse e saímos dali.

Chegamos à mansão e Chaz colocou um chip com outro número em seu celular para ligarmos para a quenga.

- Marca para amanhã mesmo. – Respondi.

- Façam silêncio. – Ele disse.

Fiquei andando para lá e para cá, esperando que a tal de Lewis atendesse o Chaz.

- Alô? – Ele disse e o olhei. – Gostaria de falar com Lewis.

-

- Ela não está? É realmente importante.

-

- Como você sabe, não está fácil conseguir um emprego bom e que ganhe dinheiro hoje em dia. Meus contatos me contaram que Lewis pode me ajudar com isso. – Chaz disse e fiz legal com o dedo para que ele continuasse. – Tenho uma grande rede de contatos que nos ajudaria com isso e expandiria o negócio.

-

- Morris, me chamo Morris. – Ele disse e fizemos cara feia. – Você é sócio? Que ótimo. Estou falando com a pessoa certa.

-

- Claro que posso à noite. Vocês não irão se arrepender. Vou ficar aguardando.

-

- Ótimo! Boa noite. – Chaz disse e desligou.

- Morris? Que nome broxante. – Ryan disse e rimos.

- Foi o que veio na mente. – Chaz deu de ombros. – Ele vai mandar o endereço por mensagem, o encontro vai ser amanhã à noite.

- Perfeito, Charles! – Disse bagunçando o cabelo dele.

- Sai fora! – Ele disse.

- Podemos comer agora? Que fome. – Chris reclamou.

- Claro. Qualquer coisa, menos pizza. – Disse.

Pedimos comida e fomos jogar vídeo game enquanto não chegava. Meu celular começou a tocar, pensei até que fosse a Mel, mas no visor mostrando o nome do meu correspondente na Itália, o Piero. O outro eu tinha colocado para fora, ele apoiava mais os Italianos de merda do que a mim, que mando naquela bosta.

- Cião! – Meu italiano é ótimo.

- Cião Bieber. – Piero respondeu.

- O que temos? – Perguntei animado em fazer um gol contra o Chaz.

- Talvez você não fique tão feliz, mas você tem uma reunião amanhã com todos os sócios da Itália. – Ele respondeu.

- Quê? Eu não convoquei reunião nenhuma. – Disse e perdi o gol. – Bosta!

- Eles que convocaram, Bieber. – Ele respondeu.

- Eu não estou nem aí para eles. Estou empenhando em pegar uma quenga que roubou minha carga.

- Essa reunião é importante. Você não pode faltar.

- Piero, não rola. Eu já estou ocupado resolvendo minhas coisas, fala para eles que outro dia nós marcamos essa reunião. Eu sou o presidente dessa merda aí, esqueceu?

- Por isso mesmo, você é o presidente e tem que comparecer às reuniões. Você sabe que eles não vão com a sua cara, se você demonstrar que está cagando para isso aqui...

- Na verdade eu estou um pouco, eu só peguei a porcaria dessa presidência porque os italianos eram uma pedra no meu sapato. Eu sendo presidente, ninguém iria mais me incomodar, entendeu? – O expliquei.

- Mas eles podem tornar a ser uma pedra de novo...

- Beleza, Piero. – Bufei. – Eu realmente espero que eles façam valer essa reunião, porque eu estou indo contra a minha vontade e já bem puto.

- Ótimo, Bieber. Reunião marcada para às 7:00 da manhã.

- Está tirando com a minha cara né? – Perguntei e ouvi sua risada.

- Estou, está marcada para 13:00 da tarde. – Ele respondeu.

- Ok, saio daqui pela manhã.

- Certo, até logo Bieber.

- Até, Piero. – Finalizei a chamada.

- O que foi, bro? – Ryan perguntou.

- Vou ter que ir para a Itália, amanhã. – Disse.

- Mas e a Lewis? – Ele perguntou. – Não tem como adiar isso?

- Infelizmente não. Lewis vai ser problema de vocês agora.

- Mas o plano é seu. – Chris disse.

- A quantos anos vocês trabalham comigo? Vocês vão saber continuar com isso. – Dei de ombros.

- E quando pegarmos ela? Obrigamos ela a devolver o dinheiro? Damos uma surra ou a matamos? – Ryan perguntou.

- Fala sério, vocês são amadores por acaso? – Perguntei.

- Cara, é uma mulher. O que vamos fazer com uma mulher? – Chris perguntou. – Só imagino a Mellanie sendo perversa assim.

Fiquei o olhando por alguns segundos. Eu vou odiar fazer isso, mas...

- Esperem aqui. – Disse e me afastei pegando o celular.

Liguei para a Mel.

- Preciso que venha para Calabasas amanhã. – Disse assim que ela atender.

- Oi amor, para você também. – Ela respondeu. – O que aconteceu?

- Vou ter que ir para a Itália, marcaram uma reunião de última hora. Descobrimos quem me roubou, só que o encontro vai ser só a noite, não tem como eu dar continuidade no plano.

- Hum, está me pedindo ajuda, Bieber? – Ela perguntou e revirei os olhos.

- Aceita logo antes que bata o arrependimento. – Disse impaciente.

- E os garotos? É só pegar o cara e meter a porrada.

- É uma mulher, Mellanie. – Disse e ela ficou em silêncio por alguns segundos.

- O quê? Você deixou ser roubado por uma mulher? – Ela perguntou.

- Qual é a novidade? Você já fez isso também.

- Mas eu tinha meus motivos.

- Aparentemente ela tem os dela também. – Respondi.

- Isso está me soando bem estranho. Engravidou mais alguém?

- Quê? Claro que não. – Respondi. Pelo menos, eu acho.

- Tudo bem. Eu vou. – Ela disse.

- Ótimo. Os garotos vão te ajudar no que precisar.

- Eu sei. Qual o nome da vadia? – Ela perguntou e dei risada.

- Lewis.

- Só Lewis?

- Ela se identifica só assim, pelo sobrenome.

- Tá bom, se eu descobrir que essa Lewis tem um filho seu e está se vingando também, eu mato ela e depois te mato, ok amor?

- Não viaja. – Dei risada. – Recupere meu dinheiro, ok?

- Tecnicamente eu não deveria te ajudar, pois estamos em uma aposta. Mas como eu sou uma excelente esposa, eu vou ajudar.

- Agradeço, minha excelente esposa.

- Isso soa tão falso vindo de você. – Ela disse e com certeza ela revirou os olhos.

- Vou avisar os garotos. Boa noite.

- Só isso?

- Boa noite, meu amor. Amo você.

- Melhorou. – Ela disse e rimos. – Também te amo. Vou pegar essa vadia!

- Eu vou te amar ainda mais. – Disse e desliguei.

Fui até os garotos para contar a boa nova.

- A Mellanie vai nos dar ordens? – Ryan perguntou.

- Não, ela vai ajudar vocês a pegar a Lewis. Já que as mulherzinhas não sabem como agir.

- Ótimo. – Chris perguntou. – Queria mesmo ver a Mel em ação.

- Vou relevar esse comentário, Chris. – Disse e ele riu.

Minutos depois, nossa comida chegou.

Eu sei que o plano estava bem boas mãos. Odeio admitir, mas a Mel é boa no que faz.

Mellanie’s POV

Eu tinha ficado animada com a ideia de que ia continuar o plano do Justin de pegar a vagabunda da Lewis, que aliás, já a detesto. Ela tinha que ter um motivo de estar se vingando do Justin, e eu queria muito saber qual.

Depois que deixei o Jason na escola, inventei uma desculpa para o Lucca e a minha mãe que tinha que ir em Calabasas, avisei as garotas, pude pegar meu jatinho e ir para lá. Não encontraria o Justin lá, somente os garotos.

- Como foi o vôo? – Chris perguntou assim que desci do jatinho.

Eles estavam me esperando.

- Normal. – Dei de ombros e eles ficaram calados me olhando. – Qual é gente, não estou aqui para dar ordens em vocês. Relaxem.

- Você já sabe que é uma mulher? – Ryan perguntou.

- Já sei e estou ansiosa para conhecê-la. – Sorri. – Peguem a minha mala! – Mandei e sai andando até o carro.

- E a parte de não dar ordens? – Chris perguntou.

- É só a minha mala, preguiçoso. – Disse e ele riu.

Fomos para a mansão, que também era minha. Achei linda, o Justin tem bom gosto para casas.

- Olhem, mandaram o endereço onde vai ser o encontro. – Chaz disse me mostrando a mensagem no celular.

- Em um restaurante? Quê? – Perguntei.

- Aparentemente sim. Ela quer ser discreta. – Ele disse.

- Droga, não dá para socar a cara dela em um restaurante com várias pessoas. – Lamentei.

- Já está pensando na hipótese de batê-la? – Chris perguntou.

- Claro, você não? – Perguntei dando de ombros. – Às 8:00 da noite, ok.

- Como vai ser? – Ryan perguntou.

- Eu vou falar com ela. – Disse.

- Mas foi um homem que marcou com o sócio dela.

- Idai? Você pode ser meu sócio que entrou em contato com ela também.

- Tudo bem. Mas nós vamos também, ficaremos por perto. – Chaz respondeu.

- Ela é esperta. Podia muito bem ter marcado em um lugar abandonado, mas como ela não sabe com quem vai lidar, marcou em um lugar público. – Disse me sentando no sofá.

- O que acha disso? – Chris perguntou.

- Acho uma ótima concorrente. – Disse. – Mas não por muito tempo.

- Você parece o Justin falando.

- É a convivência. – Disse e eles riram.

Fui almoçar fora com os garotos. Eles são legais, até demais. Ryan me perguntou algumas dicas sobre como cuidar de um bebê. Ele estava bem feliz. Passeamos um pouco pela cidade e voltamos para casa, esperando o horário de ir encontrar a vadia Lewis. Estava me arrumando quando meu celular tocou, era o Justin.

- Como está indo? – Ele perguntou.

- Bem. Estou me arrumando agora. – Disse. – A vadia marcou o encontro em um restaurante. Ainda bem que sou eu que estou indo, porque você não iria jantar com ela.

- Eu nem sei quem é. – Ele disse rindo.

- E nem vai saber, provavelmente.

- Isso é ciúmes? – Ele brincou.

- Cala a boca. Ainda não descartei a hipótese que você pode ter a engravidado e agora ela está se vingando.

- Amor... – Ele gargalhou. – Deixa de viagem, ok? Os garotos vão com você né?

- Sim, eu sei que você os obrigou a serem a minha sombra.

- Ótimo. Estarei com o celular na mão, qualquer coisa me liga.

- Tudo bem. Estou de saída.

- Boa sorte, se cuida.

- Ela que vai precisar de sorte, bebê.

- Minha garota. – Ele disse rindo. – Beijos.

Desliguei e peguei mina bolsa, saí do quarto chamando pelos garotos. Já os encontrei prontos na sala.

- Porque vocês estão parecendo adolescentes? – Perguntei estranhando as roupas.

- É um disfarce. – Chris disse piscando o olho e dei risada.

- Ok, vamos lá. – Respondi.

Fui um em um carro e eles em outro. O GPS me levou até o restaurante marcado. Estacionei na frente e os garotos atrás. Eles iriam entrar primeiro que eu e me avisar se tinha alguma movimentação estranha. Deixei eles entrarem e esperei Chris me mandar mensagem.

Você não vai acreditar quem é. Veja pela janela, ela está do lado esquerdo.

Estranhei e sai do carro. Como quem não queria nada, dei uma espiada pela janela e vi quem era a vadia. Peguei meu celular e liguei para o Justin.

- Amor, só uma perguntinha? Eu posso matar a sua prima?

- Han? Que prima? – Ele perguntou sem entender.

- A vadia da Pilar, a sua prima. Ela que é a Lewis. 

Olá meus amores, tudo bem?

Eu sei que demorei um pouco para atualizar a fic, ok, demorei muito. Mas, não vamos falar de passado né? O que importa é que tem um capítulo quentinho aí. 

Adoraria que comentassem aí para saber quem ainda está acompanhando a fic e o que acharam do capítulo. Eu vou adorar, de verdade.

Eu vou tentar não demorar tanto dessa vez, mas vocês tem que colaborar com a mamãe aqui né?

180 comentários e eu volto, estou boazinha hoje. 

Ah, me sigam no Instagram, vamos ser amigas: brendaandrade___

Beijos!