Acordei com um SMS da Lilly perguntando se eu já estava
acordada e avisando que já tinha voltado para o seu apartamento. Claro, às 7:00
da manhã sempre estou acordada. Não sei como ela consegue acordar tão cedo.
Jason ainda dormia com sua cabeça em meu peito, Justin não estava mais nada
cama, ouvi o barulho do chuveiro e deduzi que ele estivesse tomando banho.
Deixei Jason abraçado a um travesseiro e me levantei, fui cambaleando até o
banheiro.
- Mel? – Justin me chamou.
- Oi. Tá melhor da tosse? – perguntei lavando meu rosto
na pia.
- Sim, aquele chá horrível serviu pra alguma coisa. – ele
disse.
- Vai sair?
- Vou. Tenho que dá uns roles com os caras. – ele
respondeu.
Escovei meus dentes e sequei meu rosto. Justin saiu do
box nu e não deixei de dar uma boa olhada em seu corpo. Ele deu uma risada
sarcástica e pegou a toalha amarrando na cintura.
- Bom dia né! – disse o olhando.
- Bom dia amor. – ele disse e selou nossos lábios.
Segurei em seu rosto e aprofundei o beijo.
- Vai precisar do meu cartão pra ir ao shopping? – ele
perguntou separando nossos lábios e abraçando minha cintura. Dei uma risadinha.
- Óbvio que não Justin. – revirei os olhos.
- Disso eu já sabia, perguntei só por perguntar mesmo. –
ele respondeu e ri.
O beijei e ele foi se arrumar. Me despi e tomei um banho.
Saí enrolada no roupão e Justin estava terminando de se arrumar. Ele usava uma
calça preta, blusa cinza e uma toca mais escura, e tênis da Adidas. E seu
cordão de ouro com um pingente de Jesus. Lindo.
- Não vai acordar o Jason? – Justin me perguntou.
- Não, deixa ele dormindo mais um pouquinho. – disse. –
Pra onde vai todo arrumado?
- Fazer o que eu sempre faço. Trabalhar. – ele respondeu
com desdém
.
- E precisa se arrumar desse jeito pra ir trabalhar? –
perguntei o olhando de cima abaixo.
- Acho que você está invertendo os papeis. Eu que tenho
ciúmes das suas roupas e não você das minhas. – ele disse sorrindo e ajeitando
o cordão no pescoço.
- Porque é de se admirar sair assim pra ir trabalhar. –
cruzei os braços.
- Tá insinuando alguma coisa Senhora Bieber? – ele
perguntou me agarrando pela cintura.
- Acho que preciso fazer uma vistoria nas suas boates. –
disse mexendo no seu cordão.
- Não seria uma má idéia. – ele riu.
- Sínico. – dei um tapa de leve em seu rosto.
Justin segurou com força entre os meus cabelos e me olhou
fixamente. Umedeci meus lábios e ele atacou minha boca. Ele me beijava com
vontade me apertando contra o seu corpo. Justin chupou meu lábio inferior e
depois o mordeu com força, dei um tapa nele pra ele poder soltar.
- Ai cachorro. – reclamei passando meu dedo no meu lábio,
ele deu uma risada me soltando.
- Vou descer. – ele disse passando perfume.
- Vou me vestir.
Justin saiu do quarto e finalmente fui me arrumar. Coloquei
um vestido soltinho a cima do joelho, ele era justo na cintura. E uma sandália
de salto grosso. Penteei meu cabelo pro lado, passei uma maquiagem básica e me
olhei no espelho. Meu celular começou a tocar, vi no visor e era a Emily, olha
só ela apareceu.
- Finalmente resolveu dar as caras. – disse assim que
atendi.
- Desculpa, é que o Renan tá pegando demais no meu pé. –
ela respondeu.
- Onde você está?
- Em casa.
- Ótimo. Vá pro galpão, vamos nos reunir lá. – disse e
ouvi uns murmúrios, era Jason acordando.
- Tudo bem.
- A Caitlin vai passar ai pra te pegar, acho melhor você
inventar logo uma ótima desculpa pro Renan. Não quero ele enchendo o saco
quando estivermos no galpão. – disse.
- Tá bom, pode deixar comigo. – ela respondeu.
- Ok, até mais tarde. Jason acordou. – disse indo até a
cama. Ele estava coçando os olhos e assanhando ainda mais os cabelos.
- Henry também. Saudades do pequeno Jason. – ela disse.
- Você não trouxe mais o Henry aqui porque não quis.
- Vamos marcar um dia.
- Claro. Vou desligar, tchau.
Desliguei a chamada e fui dar atenção ao meu anjinho
abusado.
- Oi bebê. – o peguei nos braços e me levantei. Ele
pousou a cabeça no meu ombro e abraçou meu pescoço. – Está melhor?
Ele resmungou alguma coisa que eu não entendi. Tudo bem,
ele não está a fim de papo agora. O ajeitei em meus braços e saímos do quarto.
Encontrei com a Jazmyn e a Stefane no corredor.
- Oi neném. Que coisa linda essa carinha de sono. –
Jazmyn disse pegando em sua mão.
- A cara de sono e de abusado também. Ele não quer papo
com ninguém. – respondi e elas riram.
- Quem disse que só as mulheres têm seus dias? Até os
bebês têm. – Stefane disse e rimos.
- Tem razão. – respondi e descemos as escadas.
Não tinha ninguém na sala, então fomos pra cozinha. O
pessoal estava já sentado à mesa.
- Bom dia! – disseram.
- Bom dia. – respondemos. – Caitlin já foi embora?
- Já sim, ela e os garotos. – Jaxon disse.
- Bom dia Jason! – Jeremy disse e Jason não disse nada e
deu tchauzinho com a mão. – Acho que não é um bom dia pra ele.
- O que ele tem? – Justin perguntou.
- Nada, só abuso. – respondi, Jason estirou as mãos pro
Justin pedindo colo. Manhoso.
- Ele quer ficar com o pai dele. É isso. – Justin disse o
pegando e o sentando em suas pernas.
- Jason é o mesmo Justin quando pequeno. O humor dele variava
demais. – Pattie disse.
Me sentei ao lado de Justin e comecei a me servir. Jeremy
falava sem parar com o Pedro sobre o dia que iam ter. Parece que são bastante
amigos mesmo. Rafael conversava alguma coisa com sua irmã e Jazmyn implicava
com o Jaxon. Olha que família perfeita.
- Que horas vocês vão sair? – Jeremy perguntou.
- Depende da hora que Mellanie se desocupar. – Pattie
respondeu. – E vocês?
- Quando eu voltar pra casa. – Justin respondeu.
- Porque temos que esperar você voltar? – Rafael
perguntou.
- Porque eu quero. – Justin respondeu com um ar de
superior.
- Você não é o dono do mundo. – Rafael continuou com a
provocação.
- Sou quase. – Justin disse sem importância. Ele
realmente não estava dando a mínima pro Rafael.
- Lamento pela Mellanie ter dito uma péssima escolha para
marido. – Rafael disse.
- Eu também, ela sabe que merece coisa melhor. – Justin
respondeu e arqueei as sobrancelhas. – Espera, eu sou o melhor. – ele riu e ri
pelo nariz.
Como nasce uma pessoa tão convencida desse jeito? Rafael
bufou e ficou calado.
- Eu vou indo nessa, até mais tarde. – disse me
levantando.
- Também tenho que ir. – Justin respondeu. – Vai com a
Jazzy, Jason.
Jason negou com a cabeça.
- A Jazzy vai assistir aqueles dragões chatos com você,
vai carinha, eu tenho que sair. – Justin insistiu, Jason grudou no seu corpo.
Hoje ele tá foda mesmo.
- Vem neném, depois a gente vai brincar com os
cachorrinhos. – Jazmyn estendeu os braços, mas Jason negou com a cabeça.
- Mellanie... – Justin disse me olhando tipo “Faz alguma
coisa”.
Peguei Jason dos seus braços e coloquei no colo da
Jazmyn, ele começou a chorar.
- Pronto, vamos. – disse.
- Ele está chorando. – Justin disse.
- Ele vai se calar. – respondi. – Tchau bebê. – dei um
beijo na testa de Jason enquanto ele chorava.
- Vai deixar ele assim? – Justin perguntou.
- Não posso fazer tudo o que o Jason quer. Se você quiser
fazer aí o problema já não é meu, eu vou indo porque não quero me atrasar. –
disse.
- Vá trabalhar também Justin, a Jazzy vai cuidar do
Jason, daqui a pouco ele para de chorar. – Pattie disse.
Saí da cozinha e fui pro quarto. Escovei meus dentes de
novo e passei um batom, peguei minha bolsa com a minha arma. Justin entrou no
quarto também, atrás do seu celular.
- Você é muito má com o Jason. – ele disse.
- Acho que você deveria conhecer o seu filho, ele é muito
manhoso, igual ao pai. – me aproximei dele e lhe dei um selinho breve.
- Disso eu sei...
- Então? To de saída, fui. – disse caminhando até a
porta.
- Espera, vamos apostar corrida. – ele disse sorrindo,
sorri de volta.
(...)
Apostamos até o posto de gasolina mais próxima, acabei
perdendo. Depois disso cada um seguiu o seu caminho. Fui para o galpão, vi os
carros da Caitlin e da Lilly estacionados. Entrei no galpão, alguns capangas me
cumprimentaram, antes de ir pra sala, fui dar uma olhada de como andava os
carregamentos, estava a todo vapor. Mal tinha amanhecido e dois carregamentos
de cocaína haviam chegado. Final de ano é a época em que vende bastante droga,
parece que as pessoas querem passar o réveillon chapadas. Os capangas estavam
ensacando as drogas e distribuindo para os carros pra deixar nos pontos de
tráfico da cidade. Hoje era dia de pagamento, por isso que eles estavam
trabalhando com vontade. Sai dalí e fui para a sala, encontrei as meninas
conversando.
- Oi pra vocês. – disse jogando minha bolsa de lado e
indo sentar na minha cadeira.
- Iai, já viu as cargas? – Lilly perguntou.
- Já, e já estão ensacando. – respondi.
- A droga é de ótima qualidade, a melhor que tem por
aqui. – Cait disse.
- Pensei que a melhor fosse a que o Justin fornece. –
Emily disse.
- Não, nós que estamos fornecendo a melhor. – Lilly disse
e sorri.
- Sério? Disso eu não sabia. Justin vai ficar mordido
quando souber disso. – disse sorrindo.
- Ah se vai. – Cait disse rindo com a Lilly.
- Então dona Emily, estou te achando muito ausente. –
disse a olhando. – Não quer me dizer o por quê?
- Claro. O Renan contratou um segurança pra mim. Segurança
não, porque eu nem sabia que estava sendo vigiada, ele já sabe onde eu moro e
sabe também que andei na sua casa. – ela disse e lembrei que Justin também
mandou alguém a seguir.
- E o que você disse quando ele soube que andou na minha
casa? – perguntei.
- Eu disse que tinha ido conversar com você sobre essa
desavença que você tem com ele. Que isso não leva a lugar nenhum e que era pra
dar uma trégua. Cada um viver a sua vida e esquecer do outro. – ela disse e
gargalhei alto.
- Se ele estiver acreditado nessa conversinha é porque
ele é um trouxa mesmo, fala sério. Eu sou vou sossegar quando eu vê aquele
verme no olho do poço. – disse séria.
- Ele meio que acreditou. – ela disse. – Vocês sabem que
o Renan não é uma pessoa tão ruim assim.
- Não, nós não sabemos. – Lilly disse a olhando.
- E o que ele disse? – Cait perguntou.
- Ele disse que não queria que eu andasse mais na sua
casa, ele não quer que eu me misture com vocês. – Emily respondeu.
- Mas é muito pau no cú mesmo. – disse. – Você vai mudar
de apartamento, e se algum capanga do Renan descobrir a culpa vai ser sua. Você
tem que ser mais cautelosa, não estamos lidando com amadores, o Renan sabe
muito bem o que está fazendo.
- Eu sei, vou ser mais cuidadosa. Acho que o convenci de
tirar o segurança do meu pé. – ela respondeu.
- Espero que tenha mesmo. Se algum capanga do Renan
pintar por essas áreas aqui, vamos saber que foi você que deu corda pra isso
acontecer. – Lilly disse a olhando fixamente.
- Isso não vai acontecer. Confiem em mim. – Emily disse.
- Nós estamos confiando em você. – Cait disse.
- Eu já disse que não vou desapontá-las. Nunca vou
esquecer o quanto a Mellanie me ajudou e vou ser eternamente grata por isso, só
que sinto certa desconfiança da parte de vocês. A minha cabeça está em jogo também
e sei o quanto isso está sendo perigoso. – Emily respondeu dando um longo
suspiro. – Tenham paciência.
- Não tem como não desconfiar de você Emily, algumas
rotas não coincidem. – Lilly disse.
- Mas a culpa não é minha caramba! – Emily exaltou o tom
de voz e Lilly a olhou.
- Como é? – Lilly a perguntou.
- Desculpa. – Emily disse. – Me sinto pressionada, meus
nervos estão à flor da pele.
- Vamos nos acalmar meninas. – Cait disse.
- Espero que seja só isso mesmo. Eu não vou ter pena de
você se caso a corda arrebentar pro nosso lado. – Lilly disse desafiadora.
- Ok, vamos parar com isso. Somos uma equipe e estamos
trabalhando em um único propósito, certo? – perguntei.
- Certo! - elas
responderam.
- Então sem estresse porra. – bati com a mão na mesa. – Emily,
o Renan está em casa?
- Não. Ele viajou pra uma cidade próxima daqui. – ela
respondeu.
- Perfeito. Precisamos entrar na casa dele hoje a noite.
– disse
- Precisamos? - Cait perguntou.
- Como vão fazer isso? – Emily perguntou assustada.
- Você vai nos ajudar a entrar lá. – disse.
- Como? – Emily perguntou.
- É isso que vamos bolar agora. – disse.
Planejamos o esquema pra poder entrar na casa do Renan,
vai ser fácil, fácil. Saí com as meninas e pedi pra Emily nos levar até a casa
do Renan, precisamos saber como funciona a segurança fora. Estávamos em uma Van
preta com vidro fumê, óbvio que ninguém ia vir desfilando com nossos carros
pela área do Renan. Demos uma boa olhada e acrescentamos algumas coisas pra
mais tarde. Depois fomos até o banco, saquei uma boa quantia pra pagar meus
capangas, tivemos que colocar em bolsas, o meu pagamento é em dinheiro vivo, nada
de depositar em contas de ninguém. Recebe na hora. Vimos também um novo
apartamento pra Emily, um pouco mais afastado do antigo, dessa vez ela comprou
no nome dela, se caso Justin resolvesse investigá-la de novo ele não iria
descobrir nada. Eu sei que ele sabe que alguma coisa eu estou fazendo. A
deixamos no seu apartamento antigo pra ela providenciar a mudança, aproveitei
pra dar um beijinho no Henry, ele estava lindinho demais. Voltamos para o
galpão e fui fazer o pagamento.
- Estamos liberadas? – Cait perguntou.
- Só por algumas horinhas, esqueceram que vamos ao
shopping? – perguntei.
- Ai que chatice, acho que eu estava bêbada quando eu
aceitei isso. – Lilly disse e rimos.
- Deixa de enrolação, se quiserem podem ir pra casa. –
disse enquanto saímos da nossa sala.
- Vai pra algum lugar depois daqui? – Cait perguntou.
- Vou dá um pulinho na boate do Bieber. – respondi e ela
riu.
- Sério? Milagre você andar lá. – Lilly disse.
- Eu preciso saber como está o local de trabalho do meu
homem, às vezes pode ter muita galinha ciscando no meu terreiro. – disse e elas
riram.
- Falou bonito amiga. – Cait disse. – Se eu fosse você
iria logo mesmo.
- Agora que eu lembrei, se resolveu com o Adam? –
perguntei.
- Ainda não. Eu ia me encontrar com ele hoje à noite, mas
já que você resolveu invadir a casa do Renan, vou marcar pra amanhã. – Caitlin
disse.
- Resolver o quê? To boiando gente. – Lilly disse.
- A Cait vai dar um fora naquele príncipe encantado do
Adam pra ficar com o Chaz. – disse.
- COMO É A HISTÓRIA? – Lilly perguntou.
- Isso mesmo que você ouviu, ontem eles se pegaram de
novo. – continuei falando.
- Não acredito nisso Caitlin Beadles. Que sacanagem. Não
se encontra outro Adam por ai não ok? – Lilly disse inconformada e dei risada.
- Mas eu gosto do Chaz, vocês não entendem.
- Eu entendo sim. Entendo tanto que estou deixando você
quebrar a cara sozinha pra depois eu dizer “eu te avisei”. – respondi e Cait me
olhou pasma.
- Que bela amiga que você é em Mellanie. – Cait disse.
- Sou mesmo, uma ótima amiga que fala a realidade na sua
cara. Não gosto de ser falsa e fingir que estou super ultra mega hiper feliz
porque você vai terminar com o Adam que tem tudo pra te fazer feliz, pra ficar
com o Chaz que tá na cara que vai te magoar. – disse e Cait cruzou os braços emburrada.
- Você devia ouvir a Mellanie, Cait. Parece que às vezes
ela é vidente. – Lilly disse e rimos.
- Não sou vidente, só consigo vê o que está bem claro. –
respondi e destravei meu carro.
- O Chaz vai mudar, eu sei que ele vai. Ele me prometeu.
– Cait disse destravando o seu.
- Deus te ouça. – Lilly disse.
- Verdade, to na torcida também. – disse.
- Me avisa quando for terminar com o Adam, posso ir
consolá-lo. – Lilly disse e gargalhamos.
- Ai que fura-olho. – Cait disse.
- Óbvio que não. Ele vai estar mal, e eu como uma boa
amiga que sou, vou consolá-lo, que mal tem? – Lilly perguntou fazendo cara de
santa.
- Me engana que eu gosto. – disse e rimos. – Até mais
tarde. Nós vamos pro shopping depois do almoço.
- Nós vamos almoçar lá então. – Cait disse.
- Tá ok. Vamos?
- Falow. – Lilly disse e cada uma entrou no seu carro.
Fui na frente e elas atrás. Pisei no fundo no acelerador
e as cobriu de poeira. Ouvi elas tacarem a mão na buzina e dei risada. Quando
chegamos ao asfalto, abaixamos o vidro do carro.
- Você é muito filha da puta mesmo viu Mellanie. – Lilly
disse. – Meu carro tá laranja de poeira. – ela disse e ri ainda mais.
- Vai a qualquer lava jato e coloca na minha conta gata.
– pisquei.
- SUA VADIAAA! – ela disse, buzinei rindo e passei na
frente delas.
Cada um seguiu seu caminho. Fui pra boate central do
Justin. Vi o seu carro e do Ryan na frente e dois seguranças na porta da boate,
estacionei o meu carro e saí do mesmo.
- A boate está fechada. – um dos seguranças respondeu.
- Eu não perguntei. – disse acionando o alarme do meu
carro.
- Você não pode entrar aqui. – ele continuou a chatice,
revirei os olhos.
- Como é? – perguntei o olhando.
- Cara, o que tá fazendo? Ela é a mulher do Bieber. – um
segurança surgiu do além dizendo, ainda bem que ele apareceu, se não, alguém ia
ser furado aqui.
- Me-me desculpe senhora. – ele respondeu e abriu a
porta.
- Imbecil. – murmurei e entrei.
O palco estava sendo lavado pelas próprias vadias que
esfregam a bunda nele. Outras limpavam as mesas e as cadeiras. O bar estava
sendo abastecido, ontem foi uma grande noite aqui pelo visto. Avistei meu homem
sentado perto do bar conversando com o Ryan e aquela italiana idiota, a Vick.
Ryan me avistou e cutucou o Justin, que virou me olhando. Justin sorriu de lado
e caminhei até ele. Ele estendeu a mão, segurei em sua mão e ele me puxou me
fazendo sentar em seu colo.
- Você é uma mulher de palavra. – Justin disse e me deu
um demorado selinho.
- Sim eu sou. – respondi.
- Oi Mellanie, que bom te ver de novo. – Vick disse. Sinto
a falsidade de longe.
- Igualmente. – sorri falsamente. – O que estavam
conversando?
- Estávamos falando sobre a vinda do meu pai para
Califórnia. – ela disse animada.
- Sério? Isso é muito bom, né amor? – disse olhando para
o Justin.
- É Mellanie. – Justin respondeu e apertou minha cintura.
Ok, ele tem medo que eu abra a boca demais.
- E quando ele pensa em vir? – perguntei fingindo estar
interessada do assunto, no fundo to pouco me lixando pro velho, se o avião dele
caísse seria ótimo.
- Depois do Natal. – ela respondeu. – Resolvemos passar
réveillon por aqui mesmo, sabe não quero ficar longe do Ryan. – ela sorriu pro
Ryan e senti meu estômago revirar.
- Interessante. Estou ansiosa pra conhecer o seu pai.
Falam muito dele por aqui. – eu disse.
- É? Que bom. – Vick perguntou sorrindo.
Sim, falam muito em como passar a perna nele e em você,
vadia magricela. Preferi guardar meus pensamentos só pra mim.
- E você? Veio fazer o que aqui Mellanie? – Ryan
perguntou.
- Vim visitar a boate do meu marido, não pode? –
perguntei de volta.
- Claro que pode. – ele respondeu e dei de ombros.
- Aliás, vou dar uma voltinha.
- Dar uma voltinha aonde? As vadias estão dormindo
Mellanie, ontem a noite foi agitada. – Justin respondeu.
- Por isso mesmo. Já é quase meio dia, ninguém dorme até
esse horário. Pelo menos as vadias das minhas boates não. – me levantei e
arrumei meu vestido.
- Elas estão cansadas. – Ryan disse.
- Ninguém cansa de trepar, elas deveriam estar
acostumadas. – disse e Justin riu.
- Adoro o seu vocabulário amor. – ele disse e foi a minha
vez de rir.
- Eu sei bebê. – me curvei e dei um beijo casto em seus
lábios, ele bufou em seguida porque falei seu apelido carinhoso na frente dos
outros.
- Vocês são lindos juntos. – Vick disse.
- Você não ia acordar as vadias? – Justin me perguntou.
- Estou indo. – disse e saí dalí.
Cheguei num extenso corredor, aqui ficavam os quartos das
vadias. Dormiam pelo menos quatro em um quarto, e no outro corredor ficavam os
quartos que elas fodiam com os clientes. Bati na primeira porta do quarto, pelo
menos sou educada.
- Já vai. – uma delas gritou, em seguida a porta foi
aberta. – Mellanie?
Incrível, já sabe meu nome sem nem eu ter me apresentado.
Vou já dar minha mão pra ela ler.
- Sra. Bieber pra você. – disse sorrindo e entrei no
quarto.
Estava uma verdadeira zona, lingeries, roupas, sapatos,
maquiagens, tudo espalhado no quarto. Parecia mais um chiqueiro de porcas. Sem
falar que mais três ainda dormiam.
- Que porcaria é essa? – perguntei, peguei um leque que
havia ali e tirei uma calcinha de cima da TV.
A outra vadia acordou as outras três que me olharam
espantadas.
- Não é porque vocês são vadias, que trabalham com o
corpo que tem que ser porcas e desorganizadas. O Justin já viu isso? –
perguntei.
- Não senhora. – elas responderam.
- Sorte de vocês porque ele ia mandar limpar com a
língua. – disse e pisei em um pacote de camisinhas. – Misericórdia. Tá cúmulo
isso aqui. Se vistam e vão para o salão. – elas ficaram paradas me olhando. –
AGORA!
Rapidamente elas começaram a se mexer. Entrei nos outros
quartos acordando todas as vadias e o estado dos quartos não era muito
diferente do primeiro. Estava realmente tudo imundo, ainda bem que não me
atrevi a entrar nos banheiros. Sai dalí e as esperei no salão. Às vezes aqui precisa
de uma presença feminina superior pra colocar lei, porque se depender do Justin
e dos meninos não muda nada.
- Que gritos são esses? Daqui dá pra ouvir. – Justin
disse e ele estava tomando Uísque com o Ryan, enquanto a Vick estava pendurada
em seu pescoço.
- Suas vadias são muito porcas Justin, alguém tem que
botar moral nisso aqui. – eu disse.
- Eu mando alguém vigiá-las pra ver se está tudo nos
conformes. – ele respondeu.
- Então essa criatura tem que ir pro olho da rua. –
disse.
Justin’s
POV
Estava adorando ver Mellanie mandando no que é meu. Se
ela topasse trabalhar comigo seríamos fodas juntos. Mas ela é orgulhosa demais
pra isso. Gosto de ver como as vadias sentem medo dela quando ela fala, quando
ela briga, quando ela exige alguma coisa. Elas tremem na base, aliás, é a minha
Mellanie que está falando e elas têm mesmo que temer.
- Confesso que tenho medo da sua mulher, Bieber. – Vick
disse me despertando dos meus pensamentos enquanto olhava Mellanie falando com
as vadias no salão.
- Somos dois. – respondi e rimos. – Prefiro ver o capeta
ao invés de ver a Mellanie quando ela está com raiva.
- Nossa. Mas no fundo queria ser assim que nem ela. –
Vick disse.
- Quê? Ainda bem que você não é. Eu não agüentaria uma
Mellanie na minha vida. – Ryan disse e ri pelo nariz.
- A sua sorte, ou melhor, a sorte do resto dos homens é
que só existe uma Mellanie. E ela é toda minha. – disse bebendo meu último gole
e olhando a minha mulher.
- A nação masculina agradece isso. – Ryan disse e rimos.
- Dá pra ver o quanto você é apaixonado por ela, Justin.
Não tem nem como negar. – Vick disse e ri.
- Eu sou mesmo. – respondi. – Mas vamos parar com esse
negócio de viadagem. – disse e ela riu.
- Homens, sempre tão fechados pros sentimentos. – ela
disse.
- E se amanhã quando eu voltar aqui, ainda estiver àquela
imundice nos quartos, eu que vou fazer vocês limpar com a língua. – ouvimos
Mellanie dizer e dispensar as vadias.
- Caramba! – Vick murmurou e dei risada.
Ela não viu foi nada. Mellanie caminhou até nós. Até
caminhando ela é sexy, meu Deus.
- Pronto. Elas vão fazer o que eu mandei. – ela disse,
pediu uma água no bar e sentou-se no meu colo.
- Eu estava pensando em colocar silicone nos seios, o que
acha Ryan? – Vick perguntou e Mel se segurou pra não rir.
- Acho ótimo Vick. – Ryan disse e dei risada.
- E você Mellanie? Nunca colocou silicone nos seios? –
Vick perguntou.
- Não, são naturais. Quer ver? – Mel perguntou debochada
e arregalei os olhos.
- Nada disso. Se o Ryan não estivesse aqui até deixava,
mas ele é um tarado. – respondi e Vick riu.
- Até parece que eu nunca vi seios na minha vida. – Ryan
disse.
- Mas da MINHA mulher você nunca vai ver, vai tirando o
cavalinho da chuva. – eu disse e Mel deu risada.
- Mas me parece que vocês têm seios lindos. – Vick disse
e Mel arqueou as sobrancelhas.
- Justin? – Mel sussurrou pra mim. –Tem certeza que ela
gosta de pau?
Gargalhei alto.
- Do que vocês estão rindo? – Ryan perguntou.
- Não é da sua conta. – respondi. – Você tem razão, a Mel
tem os seios mais lindos que eu já vi. E olha que ela já deu de mamar ao Jason.
- Dá pra parar de falar dos meus seios? – Mel perguntou
cruzando os braços.
- Vocês têm filho? Ai meu Deus, deve ser lindo. – Vick
disse.
- Sim, ele tem três anos. – respondi e mostrei o papel de
parede no meu Iphone que era uma foto do Jason e da Mel.
- Que coisa mais linda, é a sua cara. E esses olhos
azuis? Parece um príncipe. Vocês capricharam em. – Vick disse e me entregou o
Iphone.
- Não imagina o quanto. – Mel murmurou irônica. – Vamos
embora? Ainda tenho que ir ao shopping com as meninas.
- Vamos, já acabei por aqui. – disse e ela levantou-se do
meu colo.
Dei mais algumas ordens e saímos da boate.
- Mais tarde a gente se vê bro. – Ryan disse e fizemos
nosso toque.
- Falow. – disse. – Tchau Vick. – ia dar um beijo em sua
bochecha, mas Mel me puxou pelo cinto, ri e achei melhor não continuar a minha
ação.
- Tchau Bieber, tchau Mellanie, foi bom te ver.
- Digo o mesmo Vick. – Mel deu tchau com a mão.
Vick entrou no carro do Ryan e eles foram embora.
- Que mulherzinha chata. – Mel disse e dei risada.
Entrei no meu carro e Mel no dela, paramos um do lado do
outro rangendo os motores.
- Quem chegar por último guarda o carro do outro na
garagem. – disse. É eu morro de preguiça de guardar meu carro.
- Quê? – Mel perguntou e pisei fundo a fazendo comer
fumaça.
(...)
E cá estou eu guardando o carro da Mel na garagem. Sim,
eu perdi. Ela jogou sujo e passou em um sinal vermelho. Ela ria da minha cara
na porta.
- Dá próxima vez quem perder vai dar banho nos cachorros
do Jason. – Mel disse.
- Que apostas adultas. – ouvi meu pai dizer e rimos.
Abracei a Mel enquanto entrávamos em casa. Ela colocou
seu braço em volta da minha cintura e fomos pra sala com o seu Jeremy. De longe
dava pra sentir o cheiro da comida da Rose, ela é uma ótima cozinheira.
- Onde está o Jason? – Mel perguntou a minha mãe que
estava conversando com a Clara na sala.
- Está no jardim com a Jazzy, Stefane e o Jaxon. – ela
respondeu.
- Vamos lá. – ela me arrastou. – Ah você não sabe da
nova. – disse animada.
- De quê? – perguntei a olhando debaixo do meu braço.
- Adivinha quem está vendendo a melhor cocaína na
Califórnia? – ela disse e revirei os olhos.
- Eu que não sou. Esse mês teve uma queda considerável
nos meus negócios. – bufei.
- Então sou eu. – ela sorriu. – Mas por quê?
- Ora por que... Porque você está vendendo mais do que
eu. – disse, o que era verdade. Mel riu.
- Mais veja bem, de fome não vamos morrer.
- Não vai se acostumando, quem é rei nunca perde a coroa.
– eu disse convencido e ela deu uma risada.
- Quem é rainha também não bebê. – ela disse debochada e
beijou minha bochecha.
Como não amar? Sorri pra ela e chegamos até o jardim.
Jazzy estava falando no celular, Jason brincando com os cachorros e Jaxon
honrando a família dando uns pegas na Stefane.
- Como vocês são responsáveis. – Mel disse os assustando.
- Oi gente, voltaram cedo. – Jazzy disse tampando o
celular. – Estávamos cuidando do Jason.
- Estou vendo como estavam. – disse. – Vem com o papai,
Jason. – o chamei.
Ele levantou-se e veio correndo, os cachorrinhos, que não
eram mais cachorrinhos porque estavam crescendo rapidamente vieram correndo
atrás do Jason. Ele gargalhava arrancando risos de nós. Acho que alguém
melhorou o humor. O peguei nos braços o jogando pro alto antes que os cachorros
o alcançassem, depois eles ficaram pulando nas minhas pernas e em cima da Mel.
- Bacha papai, bacha. – Jason pedia, eu o abaixava e ele
colocava a mão pros cachorros morder.
- Vocês vão apanhar se fizerem isso. – Mel disse.
- Só estamos nos divertindo, não é filho? – o joguei pra
cima de novo e ele riu. – Diz pra mim o que a mamãe é. – ele riu tímido. – Diz
o que eu te ensinei.
- Andou ensinando o que ao menino? – Mel perguntou
desconfiada.
- A mamãe é... – disse olhando pro Jason.
- Gotosa. – ele completou rindo. Mel riu e encheu Jason
de beijos.
- Meus safados. – ela disse e me selou.
- Jazzy, larga esse celular e vai dar banho no Jason. –
disse.
- Quê? Mais a Mel já chegou e tem a Jack, estou ocupada
agora. – ela disse.
- Não to nem aí, vai logo. – disse e ela bufou se
levantando.
- Eu ia dar banho nele Justin. – Mel disse.
- Agora não, vamos fazer outra coisa. – pisquei pra ela
que riu safada.
Jazzy pegou Jason dos meus braços e o levou para dentro
de casa.
- Jaxon! Deixa de comer a menina e vai guardar os
cachorros! – disse em um tom mais alto pra ele poder ouvir.
- Deixa o garoto Justin. – Mel disse puxando meu braço.
- Eu estou ocupado. – Jaxon gritou.
- Pra mim vocês nunca podem estar ocupados, vai logo que
eu to mandando. – disse e ele bufou indo pegar os cachorros junto com a garota
lá, acho que o nome dela é Stefane.
Estão vendo? Ninguém manda em mim, eu que sempre mando
aqui, em tudo e todos...
- Agora vamos tomar banho. – Mel disse.
- Mas eu vou falar com o meu pai ainda. – disse entrando
em casa com ela.
- Eu disse agora. Você, pro banho, agora. – ela repetiu,
bufei e fui subindo as escadas com ela.
Tá bom, talvez ela mande só um pouquinho em mim.
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Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Amo vocês ♥