Dangerous Life 2° - Capítulo 56 - Hospitalization

- Impressão sua, Justin. – Mel respondeu.

- Não é, você está bem quente. – disse passando a mão em suas costas.

Ela estava toda arrepiada.

- É porque eu estava enrolada aqui, é por isso. – ela disse.

- Vou pedir algum remédio para a Rose. Essa febre tem que baixar. – disse me levantando.

- Não. Você acabou de chegar e já está saindo. – ela disse manhosa, me olhando.

Seus olhos estavam baixos e continuavam vermelhos.

- Eu só vou à cozinha, amor. Não demoro. – disse indo até a porta.

- Mas eu estou legal. – ela resmungou.

- Percebi. – disse irônico e sai.

Desci as escadas e fui direto para a cozinha.

- Roseee! – a chamei.

Só tinha outras empregadas arrumando a louça.

- Sim senhor, estou aqui. – ela apareceu enxugando as mãos em um pano de prato.

- Tem algum remédio pra febre? – perguntei.

- Eu acho que não. Já acabaram todos. A Mel está com febre?

- Sim. Eu vou à farmácia.

- Ela comeu? – Rose me perguntou.

- Nem triscou na comida.

- Vou fazer uma sopinha. Ela não pode ficar sem comer. – Rose disse.

Assenti e sai de casa. Nem tinha guardado minha Bugatti, a deixei em frente mesmo. Assim que passei pelos portões, pisei fundo que fez sair fumaça do pneu. Rapidamente cheguei a uma farmácia, desci do carro e entrei.

- Pois não, senhor? – a atendente me abordou.

- Eu quero o melhor remédio que tiver para febre. – disse.

- Bom senhor, nós temos o...

- Sem enrolação, só me dá o melhor e rápido. – disse rude.

A pessoa apressada e a outra ainda quer ler bula de remédio? Francamente.

- Nós temos um complexo de vitaminas também, o senhor vai querer? – ela me perguntou. – Ajuda a abrir o apetite.

- Pode colocar. – disse.

Quando chegar em casa, vou fazer a Mellanie engolir pelo menos dois comprimidos desse para abrir o apetite. Paguei, entrei no carro e fui para casa. Estacionei na frente e desci do carro, pulando os degraus da escadaria da entrada. Entrei em casa e encontrei meu pai caminhando pela sala enquanto falava no celular. Nem parei e subi as escadas. Chegando ao quarto, encontrei Rose tentando convencer Mel de tomar a sopa.

- Não tem jeito. Ela não quer. – Rose disse.

Peguei a jarra d’agua e enchi um copo. Abri as embalagens dos remédios e peguei um de cada.

- Toma aqui, os dois. – disse entregando para a Mel.

Pelo menos isso ela não hesitou. Engoliu os dois comprimidos.

- Pode deixar a sopa ai, Rose. Ela vai tomar daqui a pouco. – disse.

- Tudo bem, se precisar de mim, estarei lá em baixo. – Rose disse retirando-se.

- Valeu. – disse e Rose saiu do quarto. – Onde está o termômetro do Jason?

- Eu guardei na terceira gaveta do closet. – ela respondeu.

Fui até o closet e peguei o termômetro.

- Coloca debaixo do braço. – disse entregando para ela.

- Acha mesmo que estou com febre? – ela me perguntou.

Não respondi e deixei ela por o termômetro. Fiquei a olhando enquanto os minutos passavam, deu o tempo certo e tirei o termômetro.

- Se 38,5° graus não for febre, eu não sei o que é. – disse olhando para o termômetro.

- Daqui a pouco passa. – ela murmurou.

- Vem, levanta! Vai tomar um banho. – disse estendendo a mão para ela.

- O quê? Mais nem fudendo. – ela respondeu incrédula.

- Você me obrigou a fazer isso, agora chegou a hora da vingança. – disse dando um sorrisinho.

- Ah amor, não. Sério, por favor. – ela choramingou.

- Sabe que é pro seu bem. Vem, levanta.

- Eu não quero. – ela disse cobrindo a cabeça com o lençol.

- Você sabe que se não for por bem, vai por mal. – disse cruzando os braços.

Mel bufou de raiva se descobrindo e levantando-se. Vi ela se arrepiar inteira quando colocou os pés no chão. Ela caminhou para o banheiro e eu fui atrás. Mel só estava de blusa e calcinha, ainda foi uma luta para ela poder tirar e entrar logo debaixo do chuveiro.

- Água quente, pelo menos. – ela disse entrando no boxe, toda se tremendo.

- Sinto muito, amor. – disse mudando a água para a fria.

Quando Mel sentiu a água gelada, ela quis sair do boxe. Porém não deixei e acabei me molhando todo. Ela começou a chorar de verdade, enquanto a água escorria em seu corpo e ela se tremia toda.

- É pro seu bem. Pra baixar essa febre. – disse fechando o registro da água.

Peguei um roupão para ela e a enrolei. Ela ainda choramingava, mas não falava nada.

- Vai deitar que eu já vou indo. – disse a olhando, em seguida beijei sua testa.

Mel saiu do banheiro em passos lentos, e eu me livrei da roupa molhada e me enrolei em uma toalha. Saí do banheiro e ela já estava enrolada com roupão e tudo. Fui ao closet, me vesti e peguei uma calcinha, uma blusa minha e uma calça de moletom para ela vestir.

- Tira esse roupão molhado e vista isso. – disse colocando em cima da cama.

- Vai vir deitar comigo, depois? – ela me perguntou pidona.

- Vou. – ri fraco.

Pensei que depois do banho gelado, ela me mandaria para o inferno de novo. Mel tirou o roupão e se vestiu.

- Porém, vai ter que comer um pouco da sopa da Rose. – disse me sentando e pegando a bandeja.

- Eu estou sem fome. – ela resmungou.

- Só algumas colheradas. – insisti.

- Você é muito chato, não tem noção disso. – ela bufou e espirrou em seguida.

Dei risada e coloquei a bandeja em seu colo.

- Estou esperando. – disse a olhando.

Mel revirou os olhos, deu uma colherada e fez careta.

- A Rose fez sopa das suas cuecas? Isso está horrível. – ela reclamou e dei risada.

- Engraçadinha. Deixa eu ver. – disse tomando a colher da mão dela.

Provei e a sopa estava normal.

- Seu paladar que está horrível. Deixa de reclamar e come logo. – disse mandão.

Mel só tomou mais algumas colheradas e não quis mais. Porém, fiz ela tomar um suco de laranja ainda.

- Chega, não quero mais. – ela disse me entregando o copo.

- Ótimo. – disse colocando em cima do criado mudo e indo deitar com ela. – Ainda está com frio?

- Estou. – ela respondeu, deitando em meu peito.

Passei meu braço ao seu redor e fiquei acariciando seu ombro.

- Até que você não é tão chata doente, porque quando está de TPM é insuportável. – 

comentei.

- Quando estou de TPM, até olhar pra sua cara me irrita. – ela disse e gargalhei.

- Caramba! Bom saber. – disse e ela riu fraco.

- Eu estou com sono.

- Durma! – disse e beijei sua testa.

Minutos depois, Mel já estava dormindo. Ela estava toda agarrada comigo mesmo. Peguei meu celular e fiquei mexendo. Com sono eu não estava e não tinha nada para fazer, a solução era mexer no celular. Eu estava quase passando em uma fase no jogo de sinuca, quando o Chris me liga. Tem que ser esse viado mesmo.

- Fala seu corno! – disse atendendo.

- Como assim? A Pattie me colocou chifre? – ele perguntou.

- Respeita minha mãe viado. – disse e ele riu.

- Tá aonde, puto? – ele me perguntou.

- Comendo a sua mãe. – respondi.

- Otário. Depois quer que eu respeite né.

- Só devolvi. – disse rindo baixo. – Estou em casa, zé mané.

- Tenho que ficar te lembrando que tem negócios para resolver? – ele perguntou.

- Precisa não viado. Só que a Mel está doente, não posso sair e deixa-la assim. – respondi.

- Oh, virou um gayzinho apaixonado mesmo. – ele zombou rindo e revirei os olhos.

- Se fode Chris.

- O que ela tem? – ele perguntou.

- Está com febre e gripe. Pegou o resfriado na piscina e depois, febre.

- A Caitlin está de boa. – ele respondeu. – Só a Mel que não teve sorte.

- Não teve mesmo. Mas pra quê tu me queria, viado? – perguntei.

- Só questão de controle de cargas. Chegaram mais aqui. – ele disse.

- Resolvam isso por mim, sabem muito bem o que fazer.

- Tá bom então.

- Valeu.

- Falow. – ele disse e desliguei.

Olhei para o lado e Mel me encarava.

- Te acordei? – perguntei a olhando.

- Não. Eu que acordei, meu estômago está embrulhando.

- Quer ir ao banheiro? – perguntei e ela assentiu.

Me levantei e a ajudei a levantar. Mel cambaleou um pouco e a segurei pela cintura a conduzindo até o banheiro. Ela agachou-se no vaso e vomitou tudo, o pouco que ela tinha comido. Segurei em seus cabelos e alisei suas costas enquanto ela tossia. Assim que ela terminou, deu descarga e foi escovar os dentes. Esperei encostado na porta do banheiro.

- E agora? – perguntei a olhando enxugar o rosto na toalha.

- Me sinto fraca. – ela murmurou.

Abri os braços e ela entendeu o recado indo me abraçar.

- Não vai querer comer nada agora né? – perguntei afagando seus cabelos.

Ela negou com a cabeça.

- Tudo bem, vamos deitar. – disse separando o abraço, mais ainda mantive meu braço em sua cintura a conduzindo de volta para a cama.

Mel deitou-se lentamente e voltei a deitar do seu lado. Fiquei encarando o teto, enquanto voltava a fazer carinho nos cabelos da Mel.

Ver minha menina doente, me deixava preocupado.

(...)

Passei o resto da tarde com a Mel. Ela dormindo e eu vendo TV. Jason acordou com fome e tive que ir vê-lo.

- Cadê a mamãe? – Jason me perguntou enquanto eu dava salada de frutas para ele.

- Está dormindo. – respondi.

- Como ela está? – minha mãe apareceu na cozinha.

- Não está nada bem, mãe. Ela tomou sopa e vomitou tudo. E a febre não baixa. – disse a olhando.

- Vou ver como ela está. – minha mãe disse.

Enquanto conversava com a minha mãe, Jason já tinha metido a mão na tigela da salada de frutas.

- Hey, tire a mão. – disse, ele riu e com a mão mesmo, colocou um pedaço de maça na boca.

- Gotoso. – ele disse mastigando.

- Sabe isso aqui? – perguntei mostrando a colher. – Serve para comer e não sujar as mãozinhas.

Disse calmo e o moleque só fazia rir da minha cara. Ri dele e peguei um guardanapo limpando seu rosto. Parecia que ele não sabia o buraco certo da boca, se sujava todo.

- Ainda quer mais? – perguntei e ele assentiu. – Come com isso aqui. – coloquei a colher na mão dele.

Jason meteu a colher na tigela, mas não pegou nada. Segurei em sua mão para ajudá-lo.

- Eu sabo, papai. – ele disse recusando ajuda.

- Estou vendo que sabe. – disse rindo.

Esperei que ele terminasse de comer.

- Vamos tomar banho agora? – perguntei.

- Vamo naum. – ele disse negando com a cabeça.

- Não sei a quem você puxou, porquinho. – disse o pegando nos braços.

Cheguei em seu quarto e o coloquei no chão.

- Caminhando para o banheiro. – disse.

Jason começou a correr no meio do quarto, sem me dar ouvidos.

- Jason, para o banheiro. – disse de novo.

Ele nem se importou. Quando a Mel faz isso, parece bem mais fácil. Bufei e o peguei pela perna, o levando de cabeça para baixo enquanto o mesmo, só fazia rir. Esse menino não vale nada. Qualquer semelhança, é mera coincidência comigo. Dei banho no mini Bizzle, o arrumei e fomos para meu quarto. Minha mãe estava no quarto com  Jazzy, medindo a temperatura da Mel.

- Eai? – perguntei me sentando na beirada da cama.

- Mama. – Jason disse indo para cima da Mel.

- Ela está dodói, neném. – Jazzy disse.

- 40° graus de febre. – minha mãe disse olhando o termômetro. – Ela não tomou remédio?

- Tomou mais cedo. – disse a olhando.

- Dá pra ela tomar outro comprimido, se a febre não baixar, temos que levá-la para o Hospital. – minha mãe disse.

- Hospital? Não precisa disso, mãe. – respondi.

- Filho, febre alta é coisa grave.

- Ela vai ficar boa logo. – disse pegando a caixa de comprimidos. – Jazzy, vai buscar água.

- Vai você! – ela me disse.

- Jazmyn! – minha mãe a repreendeu.

Ela bufou e levantou-se.

- Vem com a titia, Jason! – ela o chamou e ele estendeu os braços para pegá-lo.

- Vocês são irmãos, não podem ficar brigando. – minha mãe disse.

- Diz isso pra ele ridículo, que me deixou trancada o dia todo no quarto. – Jazzy disse.

- Você mereceu! Agora cala a boca e vai logo. – disse sem paciência.

- Como vocês brigam... – ouvimos uma voz fraca.

Era a Mel que tinha acordado.

- Oi amor, como se sente? – a perguntei.

- Meu corpo está dolorido e quero ir ao banheiro. – ela disse.

- Vomitar de novo? – a perguntei.

- Nem tem nada aqui pra vomitar. – ela riu fraco. – Quero fazer xixi.

- Consegue levantar sozinha? – perguntei e ela assentiu com a cabeça.

Mel levantou se mal dizendo e foi andando em passos lentos.

- Onde está o comprimido? – minha mãe perguntou.

- Aqui. - entreguei para ela.

- Justin! – ela disse apontando com a cabeça.

Olhei e Mel estava parada encostada na porta do banheiro. Me  levantei e fui até ela.

- O que foi? – perguntei a olhando.

- Estou tonta. – ela respondeu se apoiando em mim.

- Vem que eu te ajudo. – disse e entrei com ela no banheiro.

- Não consigo fazer xixi com você olhando para mim. – ela disse e dei risada.

- Vou virar de costas então. – disse me virando.

Esperei ela terminar de fazer xixi e a ajudei a voltar para a cama. Jazzy trouxe a água e junto com ela veio a Cait e a Lilly.

- Quando o Chris me disse que tinha adoecido eu não acreditei. – Caitlin disse.

- Não é que a vadia caiu doente mesmo. – Lilly disse.

- Oi pra vocês também. – Mel respondeu e tomou o comprimido.

- Você está muito abatida, pálida. – Cait disse.

- Ela é pálida normal mesmo. – Lilly disse.

- Vai se ferrar. – Mel disse rindo fraco. – Se vocês não se importam, eu vou dormir de novo.

- Mas você acabou de acordar, querida. – Pattie disse.

- Eu não consigo manter meus olhos abertos. – ela disse bocejando.

- Vamos descer então, qualquer coisa estamos lá em baixo. – Cait disse.

Mel assentiu já de olhos fechados. Saímos do quarto e a deixamos descansando.

- Acho que vai ser preciso levar ela para o Hospital. – Lilly disse assim que chegamos à sala.

- Levar quem? – Erin perguntou.

- A Mel, está com muita febre. – Jazzy respondeu e colocou Jason no chão.

- Já deveria ter levado então. – Erin disse.

- Vamos ver se o remédio faz efeito. – disse.

(...)

- Você não vai comer nada? – meu pai me perguntou na hora do jantar.

- Estou sem fome. – respondi enquanto dava comida ao Jason.

- Ele está preocupado demais com a Mel para sentir fome. – Erin disse.

- Realmente. – revirei os olhos.

- Jazzy, termina de dar comida ao Jason, vou subir. – disse colocando Jason em seu colo.

- Eu vou com você. – minha mãe disse.

Chegamos ao quarto e a Mel continuava dormindo. Minha mãe pegou o termômetro e foi medir a sua temperatura.

- Acho que vamos precisar ir ao Hospital. Já passou dos 40° graus. – minha mãe disse olhando no termômetro.

Me sentei na beirada da cama para acordá-la.

- Amor? Acorde! – disse calmo.

Mel se mexeu e abriu os olhos.

- O que eu estou fazendo aqui? – ela perguntou atordoada.

- Como assim? – perguntei sem entender.

- A febre é tanta que ela está delirando. Se apresse, Justin! – minha mãe disse.

- Vou te levar para o Hospital. – disse para a Mel.

- Han? – ela me perguntou.

- Shiu! – disse e a peguei no colo. – Tem uma chave em cima do criado-mudo, pegue mãe.

Ela assentiu e pegou a chave da minha BMW. Mel estava toda mole em meus braços. 

Desci as escadas devagar pra não correr o risco de nós dois irmos escada a baixo.

- O que houve? – meu pai perguntou.

- Temos que ir a algum Hospital. – disse.

- É seguro? – ele perguntou.

- Não sei pai, só sei que temos que ir logo. – disse impaciente.

- Vou com vocês. – ele disse.

Fomos até a garagem, minha mãe foi com meu pai na frente, e fui atrás com a Mel.

- Amor? – a chamei.

- Hum? – ela resmungou.

- Sabe quem eu sou?

- Deve ser o idiota do meu marido. – ela respondeu e ri fraco. – Eu odeio ficar doente. – ela sussurrou.

- Eu odeio quando você fica doente. – sussurrei de volta beijando sua testa quente.

- Justin, vamos ao Hospital mais próximo. – meu pai disse.

- Ok. – respondi.

Logo chegamos à um Hospital, entrei com a Mel no colo.

- Preciso de atendimento, agora. – meu pai disse rude para a recepcionista.

- Vocês tem plano de saúde aqui? – ela perguntou e revirei os olhos.

- Nós não, mas você tem aqui? – meu pai disse irritado mostrando a arma para ela.

Em outra ocasião iria rir. A coitada ficou de todas as cores.

- Pois não senhor! Enfermeiro! – ela disse.

Rapidinho vieram atender a Mel, minutos depois o médico veio nos informar que ela teria que ficar internada. Acho que essa noite vai ser longa para a minha menina.

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Continua?

Obrigada por todos os comentários!

Olha só quem cumpriu a promessa.

Tadinha da Mel, tá malzona! 

Mas tem o Juju cuidando dela né.

Adorei que vocês comentaram rapidinho, acho que estamos nos entendendo em.

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Depende de vocês :)

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