Desde que saímos do IML, Hugh estava com a ideia de querer desenterrar a minha mãe. Isso é muito macabro e eu não queria aceitar. O seu corpo estava naquele caixão, eu estive no velório e no enterro. Ela estava lá, eu chorei sob o seu corpo, eu tenho certeza.
- Mellanie, é a única forma de resolvermos pelo menos o terço desse mistério. – Hugh disse após chegarmos na mansão.
- Eu não quero desenterrar a minha mãe, Hugh! – disse me sentando no sofá.
- Você nem sabe se ela morreu mesmo. – sentou-se também, me olhando.
- Eu vi aquele maldito caixão e chorei sob ele.
- O caixão estava fechado, como sabe que ela estava mesmo lá dentro? – insistiu.
- Eu não sei. – passei a mão entre os cabelos. – Se ela estiver mesmo no caixão? Eu não quero ver tal cena.
- Precisamos ter a certeza, se não, vamos morrer com essa dúvida.
O olhei e respirei fundo. Ou era isso ou nada.
- Tudo bem. – o olhei. – Faremos isso.
- Podemos ir hoje?
- Hoje não, meu psicológico não está pronto ainda. – me levantei.
- Cadê a garota fria que existe aí dentro? – ele me perguntou.
- Não tem ninguém que aguente quando se trata de sua mãe, Hugh. – respondi e dei às costas.
Se minha mãe estivesse mesmo viva, como o Hugh acha, porque ela não me procurou durante esses anos? Não tem como ela estar viva, isso é uma mera ilusão. Se eu pudesse, iria até o inferno buscar o Hugo e fazê-lo confessar o que aconteceu na verdade. Que desgraçado!
Já ia chegando no quarto, quando ouvi meu celular tocar dentro da bolsa. Peguei e no visor tinha o nome da Lilly. Entrei no quarto, atendendo o celular.
- Fala vadia. – disse.
Olhei para cama e Jason ainda dormia.
- Você é sempre amável assim? – perguntou irônica.
- Sempre. – respondi e ela riu.
- Tenho um super babado para te contar. – ela disse eufórica.
- O que foi? – perguntei curiosa caminhando até a janela.
Meus pensamentos já iam em Justin. Será que ele já andou aprontando?
- Sabe quem foi fazer uma visitinha na mansão Bieber? – perguntou.
- Não tem como adivinhar né, Lilly. – revirei os olhos.
- Você é sem graça. Enfim, o FBI foi na mansão.
- O FBI? – perguntei de queixo caído.
- Exato. Revistaram cada centímetro da sua casa, atrás de achar qualquer pista que fosse para enquadrar o Bieber.
- Puta que pariu. – exclamei. – E acharam alguma coisa? Cadê o Justin? – perguntei nervosa.
- Calma, o seu Bieber está bem e em casa. Não acharam nada, os garotos são espertos. Eles têm um informante dentro do FBI, os avisaram antes e tiraram tudo da mansão. – Lilly explicou.
- Menos mal. – suspirei. – Porque eles foram aparecer do nada? Não me lembro do Justin ter contado que o FBI já foi na mansão.
- É isso que eles querem saber. Alguém denunciou e não sabem quem.
- Caralho. Estou mais de uma semana no Brasil e já aconteceu isso aí, imagine quando completar um mês.
- Muita água vai rolar até lá... – Lilly disse. – Como vai as investigações?
- Tem nada até agora, só o Hugh querendo desenterrar a minha mãe.
- Como assim? Para quê?
- Ele acha que minha mãe está viva.
- Você acha também?
- Não, mas ele quer ter a certeza disso.
- Hugh é meio perturbado da cabeça, em. – ela disse e ri.
- Só um pouco. – respondi.
- Hey, devolve meu celular! – ouvi a voz de Lilly um pouco afastada.
- VADIA! – Caitlin berrou no celular, tive que afastar um pouco do ouvido.
- Que empolgação em!
- Qual o seu problema? Só fica ligando pra Lilly. – disse revoltada e dei risada.
- Ela que me ligou, querida. Quem sentir saudades, que ligue.
- Nossa, que desapegada você em. – demos risada. – A Lilly te contou o babado.
- Contou sim.
- Ela é uma fofoqueira.
- Vai se danar, Caitlin. – Lilly disse ao fundo.
- O que vocês estão fazendo? – perguntei.
- Estamos no galpão, já que resolveu tirar férias sem avisar.
- Não fazem mais que suas obrigações.
- Cadê o Jason? – Lilly perguntou.
- Dormindo.
- Será que pode mandar nosso sobrinho de volta? Obrigada, de nada. – Caitlin disse e dei risada.
- Pensei que estivessem com saudades de mim.
- Você faz parte do pacote, é só um adicional. – Lilly respondeu e gargalhei.
Depois de alguns minutos, Jason acordou e mandei as garotas irem trabalhar.
- Mamãe, era meu papai? – Jason me perguntou enquanto eu tirava suas roupas para banhá-lo.
- Não amor, era a Caitlin e a Lilly. – liguei a banheira e deixei enchendo.
- E meu papai? – o coloquei na banheira sentado.
- Ele vai ligar mais tarde.
Jason me olhou triste e fingi não notar. O dei um banho demorado de banheira e depois fui vesti-lo. Vesti só uma cueca e um shortinho, Jason reclama muito do calor daqui. Pobre gringuinho.
- O que você quer comer? – o perguntei penteando seu cabelo, o espichando para cima.
- Sovete. – ele lambeu os lábios.
- Sorvete? Essa hora? – perguntei o olhando e ele assentiu com a cabeça, fazendo sua típica carinha de cachorro que caiu da mudança.
- De focus. – completou.
- Ok, ok. Vamos tomar sorvete de flocos, mas só hoje em. – disse beijando sua testa e ele bateu palminhas. – Você tá gato. – o coloquei no chão.
Borrifei perfume no Jason e saímos do quarto. Segurei em sua mãozinha e fomos caminhando devagar pelo corredor. O coloquei nos braços quando chegamos à escada.
- Bom dia, senhora. – as empregadas disseram em português.
Saí tão cedo com o Hugh que elas não tinham me notado antes.
- Bom dia. – respondi. – Preciso que alguém vá comprar sorvete de flocos.
- Eu posso ir. – uma delas se ofereceu.
- Seja rápida. Temos alguém com fome de sorvete. – olhei para o Jason.
- Sim, senhora. – ela disse.
Dei dinheiro à ela e a mesma saiu. Esperei alguns minutos com o Jason, já com o sorvete em mãos, deixei que ele tomasse à vontade. É sempre bom algo para refrescar nesse calor do Rio.
- Mellanie? – ouvi Hugh me chamar.
- Расскажите. (Diga) – o respondi.
- Eu estava pensando, se chegarmos no cemitério e desenterramos um caixão vai levantar muitas suspeitas, tanto das pessoas que andam por lá, como do coveiro que cuida do cemitério. Não dá para fazer isso na luz do dia para todos verem.
- Prossiga. – disse.
- Então nós vamos hoje pela madrugada. – ele disse e arregalei meus olhos.
- O quê? Ir ao cemitério de madrugada? Nem amarrada. – protestei.
- Você tem que ter medo é dos vivos, não dos mortos. Eles não mexem com ninguém. – ele disse risonho.
- Hugh, será que não dá para a gente ir de dia? Sei lá...
- Não dá, não podemos dar bobeira assim. Se o coveiro nos ver desenterrando um caixão, vai chamar a polícia e não vai dar legal para a gente.
Hugh tinha razão. Mas ir à um cemitério em plena madrugada? Só de pensar me dava calafrios.
- Você e suas ideias ... – bufei.
- Ok, vamos às três da madrugada. Com certeza vai ter um vigia no cemitério, mas o colocaremos para dormir um pouquinho enquanto desenterramos o caixão.
- Não estou gostando muito dessa ideia.
- Não me agrada andar em cemitérios também.
- Tudo bem, nós vamos e acabamos de vez com isso. E depois, nada de desenterrar mais ninguém.
- Ótimo. – ele riu.
Segurei na mão do Jason e caminhamos até o jardim. Hugh ia me falando como iríamos fazer.
- Amor, que tal você jogar bola com o tio Hugh? – perguntei ao Jason.
- Ele fala tudo elado, mamãe. – Jason respondeu e dei risada.
- É que ele mora em outro lugar e lá as pessoas falam assim. – tentei explicar. – Você quer jogar? – perguntei e ele assentiu.
- Hugh? – o chamei. – Vem jogar com o Jason.
- Eu? Não acha que estou um pouco velho para isso? – ele perguntou e neguei com a cabeça.
- Claro que não, está no pique de um jogador. – disse e ele deu risada. – Hey, me tragam
uma bola. – disse para uma das empregadas.
- Ok, vamos nos aquecer. – ele disse parando do lado de Jason. – Primeiro, tem que esticar os braços para frente.
Jason ficou o olhando sem entender.
- Ow, vai traduzindo para ele, Mellanie. – Hugh disse frustrado.
- Oh, me desculpe. – dei risada. – Jason, faça tudo o que o tio Hugh fizer. Oh, presta atenção nele.
(...)
Jason brincou com o Hugh até a hora do almoço. Correu tanto que suas bochechas ficaram rosadinhas. Depois do almoço, esperei um pouco para o dar banho e colocá-lo para dormir. Me deitei junto com ele na esperança de conseguir pregar os olhos, porém a ideia de ir ao cemitério na madrugada estava me atormentando. Prefiro lidar com os vivos, do que com os “mortos”.
Hugh passou o dia todo animado, incrível a pessoa ficar animada para ir ao cemitério. Já eu, passei o dia recuada, pensando se encontraria os restos/pó da minha mãe ou não. Tentei dormir antes de ir, porém não consegui e às duas e meia da manhã já estava pronta. Apesar de fazer calor durante o dia, a madrugada estava bem fria. Estava vestida com uma calça jeans, uma camiseta por baixo e uma jaqueta. Nos pés, um tênis confortável.
Dei um beijinho no Jason e saí do quarto com uma bolsa em mãos, minha arma estava dentro. Segui pelo corredor silencioso e cheguei à sala, encontrando Hugh conversando com alguns de nossos homens.
- Já? – ele me perguntou.
- Eu nem consegui dormir, para falar a verdade. – respondi me sentando no sofá.
- Relaxa. – ele disse por fim e voltou a conversar com os outros.
Eram poucos os que entendiam o Hugh falar, pois alguns, eram da Rússia também. Fui à cozinha impaciente e encontrei um energético na geladeira, o tomei todo em poucas goladas.
- Mellanie? Podemos ir. – Hugh disse.
Assenti com a cabeça, entramos no carro alugado e atrás de nós vinham alguns homens em uma Van. O trânsito estava calmo, por ser madrugada. Quase meia hora depois chegamos ao cemitério, um arrepio correu por todo o meu corpo. Descemos sorrateiros do carro, os homens passaram na nossa frente em busca de algum vigia. Assim que avisaram que a barra estava limpa, adentramos o cemitério. Hugh estava tão empolgado que o mesmo carregava uma pá, com certeza ele vai querer cavar junto com os outros. Abracei meu corpo enquanto andava, procurando não olhar para nenhum túmulo se quer, mas era meio difícil. O clima era pesado, eram como se as almas tivessem me olhando passar, como se eu não fosse bem vinda aqui.
E de fato, não quero ser bem vinda em nenhum cemitério, não agora.
- Não se afasta tanto, vai que alguma alma te puxe. – Hugh brincou e fuzilei ele com os olhos.
Apesar da pouca luminosidade das lanternas guiando nosso caminho, ele deve ter notado meu olhar. Chegamos ao túmulo da minha mãe, que ela me perdoe se ela um dia ela esteve mesmo aí.
- Vamos, terminem logo com isso. – disse.
- Vamos rapazes. – Hugh disse com a pá pronta enfiada na terra.
Me afastei um pouco e eles começaram a cavar. Quando o vento batia, eu sentia meu corpo todo se arrepiar. Quatro homens contando com o Hugh estavam cavando, então iriam desenterrar rápido.
- Colocaram uma camada de cimento aqui. – Hugh disse passando a mão na testa, tirando os resquícios de suor.
- Quebrem. – mandei.
Meus homens tinham ido preparados com ferramentas, trocaram as pás por marretas. Logo o barulho começou, do cimento sendo quebrado. Alguns minutos se passaram, até eles conseguirem quebrar a camada de cimento, me aproximei um pouco e avistei a madeira do caixão. Engoli a seco e me arrepiei novamente.
Eles entraram no buraco feito e cavaram mais um pouco, procurando as alças do caixão.
- No três. – Hugh disse.
A contagem foi feita e o caixão foi erguido. Os outros homens pegaram o caixão das mãos do que estavam no buraco e colocaram no chão. Olhei o caixão cheio de terra e as lembranças do dia do velório me invadiram. Naquele dia eu chorei tanto, que depois não conseguia nem mais chorar. Respirei fundo e balancei a cabeça afastando os pensamentos tristes.
- Vamos abrir. – Hugh avisou batendo as mãos para tirar a poeira.
- Ok. – suspirei.
Deram marretadas nas fechaduras que quebraram.
- Pode abrir? – Hugh me perguntou.
- Pode. – disse em um sussurro.
Hugh junto com os outros seguraram na tampa do caixão já erguendo. Fechei meus olhos com força, eu não queria ver as cinzas do corpo da minha mãe.
- Como eu suspeitava. – Hugh respondeu.
Abri os olhos devagar e olhei para dentro do caixão.
- Tijolos? – perguntei anestesiada.
Era isso mesmo. Não tinha nada no caixão, além de tijolos.
- Eu não acredito que o Hugo fez isso! Filho da puta desgraçado. – esbravejei passando a mão entre os cabelos.
- Ele te convenceu rápido demais da morte da Madison. – Hugh respondeu do meu lado.
- Então... – um nó se formou em minha garganta. – A minha mãe está viva?
- É isso que nós vamos descobrir.
- Não Hugh, ela não pode estar viva. – disse brava o olhando.
- Porque não? Não era pra você estar feliz? – me perguntou, confuso.
- Se ela está mesmo viva, porque me abandonou? – senti meus olhos queimarem.
- Acalme-se, é isso que nós iremos saber. Tem cinquenta por cento de chance de sua mãe estar viva e mais cinquenta dela estar morta. O Hugo pode ter se livrado no corpo em outro lugar.
- Eu não vou a perdoar se ela estiver mesmo viva e não ter ido atrás de mim. – uma lágrima solitária desceu.
Estive sozinha esses anos todos, convivendo com a ausência da minha mãe para depois saber que ela não morreu? Não pode ser. Ela não pode ter feito isso comigo.
- Fique tranquila, eu te prometo que vamos investigar isso e acabar com essas dúvidas. – Hugh disse me abraçando.
Assenti com a cabeça e funguei.
- Rapazes, enterrem de novo, aliás, ninguém pode saber que estivemos aqui. – Hugh ordenou.
E foi isso que eles fizeram, enterraram o caixão com tijolos de novo. Por fim, Hugh pegou umas flores do túmulo vizinho e colocou sobre o túmulo que era da minha mãe.
- São para você Hugo, você deve estar se remoendo no inferno, já que sabemos um terço da verdade. – Hugh disse e ri fraco.
- Podemos ir? – perguntei e ele assentiu.
Dei graças a Deus quando colocamos o pé fora do cemitério, nunca mais eu volto nesse lugar.
(...)
Chegamos a mansão e eu não conseguia parar de pensar que eu chorei tanto atoa, chorei sob tijolos? Nunca me senti tão burra na vida. Se a minha mãe estivesse viva, onde ela estaria? E fazendo o quê? Que inferno. O sol já estava surgindo, tímido no horizonte. Meus olhos estavam pesando de sono, meu cansaço físico e emocional estava nítido.
- O que vamos fazer agora? – perguntei ao Hugh enquanto subíamos as escadas.
- Boa pergunta. Preciso pensar sobre o nosso próximo passo. – ele respondeu coçando o queixo.
- Tudo bem, ainda temos mais de duas semanas aqui. – respondi.
- Nós vamos conseguir, aliás, não tem nada que a Máfia Rússia não consiga. – ele piscou e sorri fraco.
- Isso. – disse por fim. – Um bom dia, vou dormir o dia todo. – bocejei.
- Bom dia, presidenta. – bateu continência e deu as costas.
Entrei no quarto e Jason dormia do mesmo jeito que o deixei. Segui para o banheiro e tomei um longo banho quente, me esfreguei bastante para eliminar qualquer resquício de poeira daquele cemitério. Saí do banheiro enrolada, quase gelando do frio matutino, já era possível ouvir os pássaros cantando lá fora, anunciando um novo dia. Fui até o closet, peguei um baby doll de calça e blusa de manga longa. Me vesti e me direcionei até a cama, me deitei ao lado do Jason, passei a mão em seus cabelos finos e em pouco tempo, adormeci.
Justin’s POV
Meu dia foi um saco, como todos os outros. Não tive nem tempo de ligar para o Jason, mas com certeza na madrugada é uma boa hora. Com meu inseparável litro de Uísque e meu bom charuto cubano, peguei meu celular e disquei o número da Mellanie, no qual eu sabia de cor, mesmo embriagado. Eu não tinha nem tempo de me recuperar de uma ressaca, pois adentrava em outra de novo. Forcei minha vista e coloquei o celular no ouvido, chamou milhares de vezes e ninguém atendia. Que bosta é essa? Vai me proibir de falar com meu filho agora? Ela não seria louca.
Irritado, joguei o celular em cima da mesa, tomei o último gole da garrafa e a joguei no chão, a quebrando. Abri minhas gavetas e encontrei alguns cigarrinhos de maconha. Peguei todos e coloquei sob a mesa. Coloquei um entre os lábios, alcancei um isqueiro e o acendi, dando uma boa tragada. Fumei cinco, antes de adormecer na cadeira do escritório, de novo.
- Justin? Justin? – ouvi uma voz longe me chamar. – Acorda moleque! – senti um tapa no meu rosto.
Que diabos é isso?
- Que inferno! – esbravejei sentindo minha cabeça latejar.
Meu corpo estava leve, não tinha me recuperado do efeito da maconha, aliás, foram cinco cigarros de maconha boa.
- Tá pensando o quê? Porque não está no galpão? – reconheci a voz, era Jeremy torrando minha paciência logo cedo.
- Porque eu estava dormindo? – disse irônico.
- Vamos, levanta, toma banho e vá para o galpão. – ele mandou.
- Mais que merda, todo dia quer que eu esteja naquele galpão. Eu tô cansado disso ok?
Foi-se o tempo que você mandava em mim, eu vou fazer o que eu quero agora. – me levantei da cadeira com dificuldade, devido a dormida na cadeira.
- Deveria me agradecer por estar te mantendo ocupado e não ficar pensando besteira. – meu pai disse me olhando.
- Não vou agradecer porra nenhuma e só vou naquele galpão quando eu quiser. – disse ríspido.
- Você deveria pelo menos se manter sóbrio por vinte e quatro horas, faça isso pela Mellanie.
- Que se foda a Mellanie. – disse com raiva e saí do escritório, batendo a porta com força.
Se ela não se importa comigo, porque eu me importaria com ela? Vai ser do meu jeito agora. Fui para o meu quarto, joguei minhas roupas no chão e fui tomar um banho, depois vesti somente uma boxer e me joguei na cama.
(...)
Não sei por quanto tempo dormi, mas quando acordei já estava escuro. Resmunguei sentindo o gosto amargo na minha boca, fui direto para o banheiro, escovei os dentes e tomei outro banho. Saí enrolado em uma toalha, fui até o closet e escolhi uma roupa. Vesti uma calça jeans rasgada e um blusão, que parecia mais um vestido. Escolhi um supras e ajeitei meu cabelo, passei perfume e fui procurar meu celular pelo quarto, depois eu lembrei que tinha deixado no escritório. Dei uma última olhada no espelho e sai do quarto, entrei no escritório de novo e localizei meu celular que estava em cima da mesa. Olhei meus contatos e liguei para o Christian.
- O que manda? – ele perguntou assim que atendeu.
- Vamos sair, vou passar aí. – disse simples.
- Sair? Para onde?
- Qualquer lugar Chris. – disse impaciente. – Vai ou não?
- Calma bro, vamos sim. – ele disse animado.
- Ótimo, porque Justin Bieber está de volta. – disse por fim.
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~
Continua?
Obrigada por todos os comentários!
Madison viva, Justin " de volta", é muita informação para meros mortais.
📌 Temos vagas no grupo do WhatsApp.
1. Deixe seu nome, sobrenome e número nos comentários.
2. Não esqueça de colocar o DDD do número.
3. Ao entrar no grupo, participe, ninguém morde, a menos que você queria.
Vamos fazer uma continha básica aqui, sabem quanto é 100+100?
Então, a titia Brenda só vai postar quando tiver a quantidade de comentários dessa soma aí, como teve no capítulo 4. Acredito em vocês, em. 😊
Fiquem na paz com Jeová, amo vocês. 💜