Dangerous Life 3° - Capítulo 18 - Allies

- Você está me dizendo que Lewis é a Pilar? – Justin me perguntou desentendido.

- Exatamente isso. – Respondi.

- Mas que diabos deu na cabeça dessa vadia para me confrontar desse jeito? – Ele perguntou bravo.

- É isso que irei saber agora. Depois entro em contato, beijos! – Disse e desliguei sem esperar ele falar algo.

Pilar não se contentou com a surra que dei nela naquele racha que a mesma estava se esfregando no Justin. Dei uma ajeitada no cabelo e fui entrando no restaurante, dei uma olhadinha na mesa dos garotos e discretamente eles acenaram com a cabeça para mim.

Me direcionei até a mesa onde Pilar estava, se o plano dela foi que ninguém a reconhecesse, foi um péssimo plano. A tinta ruiva em seus cabelos loiros não adiantou muita coisa.

- É um prazer vê-la, Lewis! – Disse chamando sua atenção, já que ela estava mexendo no celular. – Ou melhor, Pilar!

Ela me olhou assustada e ficou sem reação por alguns segundos.

- O que está fazendo aqui? – Perguntou ainda pasma.

- Vim negociar com você, querida. – Disse puxando a cadeira para sentar e ela fez menção de se levantar, afastei meu casaco e mostrei minha arma presa à minha cintura. – Senta, agora.

- Acha que eu estou aqui sozinha e desarmada? – Ela perguntou me desafiando.

- Não acho isso, mas a gente pode brincar depois de quem acerta uma bala primeiro na cabeça da outra. Só que agora você vai ficar sentada e vamos conversar. – Disse firme.

Me sentei enquanto a mesma me olhava. O garçom veio até nós entregando o cardápio.

- Boa noite, senhoras! O que vão querer? – Ele perguntou simpático.

- Quero o champanhe mais caro que tiver, hoje é uma noite para se comemorar! – Disse para ele.

- Sim, senhora! – Ele disse e se retirou.

- Não tem nada para comemorar! Cadê o Justin? Ele que deveria estar aqui. – Pilar disse impaciente.

- Então fez tudo isso só para se encontrar com o meu homem? – Perguntei irônica rindo.

- Me poupe. – Ela revirou os olhos. – Eu não vou negociar nada com você.

- Onde já se viu Mellanie Bieber negociar com pessoas como você? Me poupe você, Pilar. Aliás, vai ser à vista ou por transferência?

- O quê? – Perguntou desentendida.

- O pagamento da carga do Justin que você tocou fogo. Acha que eu vim aqui só para olhar para essa sua cara de puta mal-amada?

- Eu não vou pagar nada. E eu não sei do que você está falando. – Ela deu de ombros.

Dei risada e o garçom se aproximou com um balde de gelo e o champanhe dentro. Ele abriu e nos serviu. Peguei minha taça e bebi um pouco.

- À vista ou por transferência? – Perguntei de novo sem hesitar.

- Você é surda? Eu não vou pagar porcaria nenhuma! – Ela disse irritada levantando-se.

- Senta, agora! – Mandei.

- Vai se foder! – Ela disse me ignorando.

Às vezes as pessoas pedem para morrer né? Lamentável.

Me levantei, puxei minha arma da cintura, me pus na frente da Pilar destravando a arma e encostando em sua cintura, sem chamar atenção de curiosos.

- Você é uma vadia bem ousada né? – Perguntei. – Nós vamos resolver isso em outro lugar.

- Você não sabe com quem está se metendo. – Ela rosnou me fuzilando com os olhos.

- E você sabe com quem está se metendo? – Perguntei irônica.

Olhei para os garotos e fiz sinal com a cabeça, os mesmos vieram até a mim.

- Sem chamar atenção, a tirem daqui. Cuidado que a onça está bem arisca. – Disse e eles riram.

- Que desprazer te ver, Pilar. – Ryan disse pegando em seu braço com força.

Eles saíram com ela do restaurante e esperei o garçom vir até a mim para pagar a conta. O entreguei o dinheiro e ouvi disparos vindos lá de fora. Puta merda! As pessoas começaram a gritar e se jogar debaixo das mesas para se esconderem. Puxei minha arma novamente e corri para fora. Os garotos estavam trocando tiros com os possíveis capangas da Pilar ou por quem está por trás disso. Não acredito que essa mente pequena tenha bolado tudo isso.

Abri fogo para cima deles também. Consegui acertar alguns, os garotos se escondiam atrás dos carros enquanto atiravam.

- ENFIA ESSA VADIA NO PORTA-MALAS! – Gritei para que eles pudessem ouvir enquanto os tiros não cessavam.

Logo fomos conseguindo exterminar os capangas, um por um. Eles até podem ser bons, mas nunca melhores que nós.

- O que foi isso? – Chris perguntou com a respiração acelerada.

- Era uma emboscada, Chris! Ela queria pegar o Justin. – Disse guardando minha arma.

- Que vadia do caralho! – Ryan esbravejou.

- Vamos sair daqui, agora! – Disse e eles assentiram com a cabeça. - Chaz, localiza algum galpão abandonado ou algo parecido, vamos levá-la para lá e ver o que ela tem para nos dizer.

- Só um minuto. – Ele disse olhando no seu celular. – Vou mandar para o GPS do seu carro, é só seguir.

- Ótimo! – Disse entrando no carro que vim.

Eles entraram no outro e saímos dali. Não iria demorar muito para a polícia chegar no local. Fomos para um galpão abandonado que o Chaz havia encontrado na saída da cidade.

- Acha que vão vim atrás de nós aqui? – Chris perguntou.

- Provavelmente. – Chaz disse. – Então temos que ser rápidos.

- A tirem do porta-malas. – Disse tirando meu casado e jogando no carro.

Ryan a tirou do porta-malas e a sentou a força em cima de um caixote.

- Vamos ver se eu entendi. O plano era roubar uma carga do Justin, o trazer para cá, porque você sabia que ele viria atrás, é óbvio. Ele iria entrar em contato e bam, você o pegaria? Foi isso? – A perguntei e ela ficou calada me olhando.

Segurei em seus cabelos com força.

- Eu estou falando com você! Me responda. – Disse pausadamente a olhando.

- Se você já sabe do plano, porque pergunta? – Ela disse entre dentes.

- Porque quero que você esteja ciente de que falhou, sua piranha de quinta! – Dei um tapa com força em seu rosto.

Ela ia se levantar para revidar e a soquei com força, que a fez sentar de novo.

- Quem está por trás disso? – A perguntei.

- Mellanie? – Chaz me chamou.

- Sim? – Perguntei me aproximando dele.

- Vamos precisar chamar reforço, algo me diz que vão vim logo atrás de nós. – Ele disse.

- Chamem quantos for preciso. Mas eu não vou sair daqui enquanto eu não conseguir o que eu quero com essa vadia. – Disse decidida e ele assentiu com a cabeça.

- Acha que vão vir atrás de nós? – Chris perguntou.

- Sim, quem quer que esteja por trás disso junto com a Pilar, estamos com algo que eles querem. – Chaz disse apontando com a cabeça para Pilar que estava com o nariz sangrando do soco que dei nela.

- É válido! Podem segurar as pontas para mim quando aparecerem? Ficarei aqui com a Pilar. – Perguntei.

- Podemos! – Ryan disse.

- Então estejam prontos. – Disse.

Me aproximei da Pilar, seu olhar transbordava ódio puro. Ótimo, não quero nada além dela do que isso.

- Quem é seu comparsa, Pilar? Nós sabemos que você não tem um pingo de capacidade para arquitetar algo assim. – Disse andando em sua volta.

- Eu planejei isso tudo. Não tenho nenhum comparsa. – Ela respondeu.

- Você está mentindo! E quanto o seu sócio, quem é? – Perguntei a olhando.

- Não tenho nenhum sócio. – Ela respondeu e revirei os olhos.

- Que entediante! – Murmurei.

Chutei na altura do seu peito que a fez cair para trás. Ela gemeu com o impacto e começou a tossir.

- Isso pode acontecer de uma forma mais pacífica. Porque quer dificultar as coisas? – A perguntei e me agachei do seu lado a vendo tossir muito.

- Eu não tenho nenhum sócio, caralho! – Ela esbravejou.

- Tudo bem, Pilar! – Suspirei e a levantei pelos cabelos, enquanto a mesma gemia de dor.

A sentei novamente no caixote.

- Vamos supor que você não tenha mesmo nenhum sócio. – Cruzei os braços. – Isso é vingança pessoal contra o Justin? Não aceitou ser rejeitada por ele naquele dia?

- Sim, é pessoal. – Ela respondeu e dei risada.

- Como você é bobinha! – Disse ainda rindo. – Você acha mesmo que iria conseguir pegá-lo em uma emboscada? Sabe porque vadias como você não conseguem subir na vida? Porque são burras!

- Você que pensa isso. Vão vir atrás de mim e mandar todos vocês para o inferno! – Ela disse.

- Porque não chegaram ainda? Mais eficiência, Pilar. Estou ficando entediada já. – Bufei.

- Mellanie, estão se aproximando. – Chaz disse olhando seu celular.

- E o nosso pessoal? – Perguntei.

- Já estão ficando à posto. – Ele respondeu. – Ryan vai ficar aqui com você!

- Não precisa. Podem ir, eu me dou bem com a Pilar. – Respondi.

- Ok! – Eles disseram puxando suas armas e correndo até a saída do galpão.

- Meus capangas vão matar todos eles. – Pilar disse sorrindo de lado.

- Essa tinta ruiva não escondeu a sua burrice né, Pilar? – Disse rindo e ela fechou a cara. – Enfim, vamos conversar sobre o que você me deve!

- Já disse que não vou pagar porcaria nenhuma. Vai para o inferno, Mellanie! – Ela disse e a dei um tapa.

- Cala a boca! De acordo com as minhas contas, contando com o prejuízo do caminhão, são 70 mil dólares que você me deve. – Respondi.

- A carga era do Justin, não sua!

- O que é dele, é meu! Então você não foi só burra em querer roubá-lo, você me roubou também Pilar. E não foi uma boa escolha.

Ouvi uma sequência de disparos e olhei para a saída com o susto. Voltei a olhar para a Pilar e a vadia estava correndo. Saquei minha arma e atirei em sua perna, a mesma caiu no chão grunhindo de dor.

- Eu disse que você era burra! – Disse me aproximando dela e balançando a cabeça negativamente.

- Desgraçada! – Ela esbravejou.

- Peço que deixe os elogios para o final!

- Eles vão matar seus amigos de merda! Todos eles! – Ela disse colocando a mão no local que atirei.

- Acho melhor você começar a colaborar antes que eu te encha de bala. – Respondi já irritada.

Puxei seus cabelos e saí a arrastando até o caixote, enquanto ela se debatia e me xingava.

- Fica quieta, entendeu? – Mandei pegando meu celular. – Nós vamos agora fazer a transferência do que você nos deve para uma conta. Vai ser bem simples e rápido, sabe como a tecnologia está avançada né?

- Eu não vou transferir nada! – Ela disse teimosa.

- Pilar, digamos que 70 mil dólares não irão fazer muita diferença em nossas contas, isso aqui é mais por questão de honra. Porque ninguém nos rouba e deixamos por isso mesmo, entendeu? Eu posso muito bem perdoar esse valor, só que ele será pago com a sua vida! Então, ou você faz a porra dessa transferência ou eu te mando para o inferno agora mesmo! – Disse colocando a arma no meio da sua testa.

Ela me olhou e engoliu a seco.

- Estou te dando uma chance de viver ainda, eu sei, sou uma boa pessoa! – Sorri para ela.

- Filha da puta! – Ela murmurou.

- Vou fingir que não ouvi isso, em! – Disse mexendo no meu celular.

O bicho estava pegando do lado de fora do galpão. Os tiros ainda não haviam cessado. Espero que os garotos estejam bem.

- Pronto, me diga o número da sua conta e senha! Se errar um dígito, adivinha? Vai ser um tiro em cada parte diferente do seu corpo.

Pilar estava tensa, eu via o medo em seus olhos. Naquela situação, não tinha outra alternativa a não ser colaborar comigo. Ela foi me falando a numeração da sua conta e por fim, a senha.

- Bom, temos 100 mil aqui. Pensei que teria mais. – Disse.

- Só são 70 mil. – Ela esbravejou.

- Não lembro de ter feito esse acordo com você. Fazer transferência...Vamos lá!

- NÃO!

- Transferência concluída! – Disse sorrindo. – Olhe, saldo zero. – Disse mostrando para ela.

- VADIA! – Ela gritou.

- Cala a boca que eu ainda tenho uma arma apontada para a sua cabeça. Então não me enche a paciência. – Disse a olhando.

Minutos depois, os garotos entraram no galpão. Pude notar que as coisas tinham se acalmado lá fora.

- Tá tudo bem? – Perguntei.

- Tudo sob controle. – Chaz disse. – Conseguiu?

- Sim! Tudo certo por aqui também. – Respondi.

- Podemos ir? – Ele perguntou.

- Calma aí. – Disse entregando meu celular e minha arma para ele. – Cortesia da casa, Pilar!

Disse e chutei a barriga dela, a mesma caiu e em seguida acertei uma sequência de chutes nela. Só parei quando vi o sangue cobrir seu rosto. Não tinha nenhuma chance dela se defender.

- Foi só um aviso, mas na próxima vez que você resolver brincar de caça ao tesouro, eu te mato, entendeu? – Perguntei baixando do seu lado, ela nem conseguiu responder. – Foi um prazer negociar com você, Lewis!

(...)

- Não deveria ter a matado? – Chaz me perguntou enquanto entrávamos na mansão.

- Não, apesar de tudo, ela ainda faz parte da família e chamaria muita atenção. Dessa vez ela foi poupada, mas não sei se terá uma próxima. – Respondi me jogando no sofá.

- Creio que Justin não a mataria também. – Ryan disse. – Foi melhor assim, conseguimos o que queríamos.

- Só quero comer agora. – Chris disse passando a mão na barriga.

- Peçam comida, eu vou tomar um banho. – Disse subindo as escadas.

- Sim senhora! – Ouvi eles falarem e revirei os olhos.

Cheguei ao quarto, coloquei minha arma e celular em cima da cama. Me direcionei para o banheiro e tomei um banho relaxante. Estava precisando, depois de uma noite e tanto. Coloquei uma roupa confortável e peguei meu celular, haviam dez chamadas do Justin. Caramba! Assim que iria retornar, o mesmo me ligou.

- Oi! – Disse após atender.

- Caralho! Porque não atendeu a merda desse celular? – Ele perguntou irritado.

- Wow! Que estresse é esse? – Perguntei me sentando na cama. – Eu estava no banho, tocou e não ouvi.

- Eu não estaria estressado se tivessem me ligado para me dar informações. – Respondeu.

- Nós chegamos quase agora e eu iria ligar. – Disse revirando os olhos.

- Que seja! Como foi? – Ele me perguntou.

- Se ficar esbanjando grosseria eu vou desligar na sua cara e só vai saber quando chegarmos amanhã na Califórnia. – Respondi.

- Mellanie... – Ele disse após um longo suspiro. – Eu fiquei preocupado, beleza? Agora me diz como foi.

- Bom, a sua adorável prima preparou uma emboscada para pegar você.

- Uma emboscada? O que ela queria com isso? – Ele perguntou desentendido.

- Acho que ela queria te fazer como escravo sexual. – Respondi e ele riu sem humor. – Não descobri o porquê, mas ela queria se vingar de você.

- Isso eu percebi. – Ele disse irônico.

- Eu iria conversar com ela civilizadamente, só que a mesma se exaltou e tive que tirar ela do restaurante a força. Enquanto esperava o garçom, começou um tiroteio do lado de fora. A vadia não estava sozinha, aliás, creio que ela não esteja sozinha nessa.

- É óbvio que não. Toda a nossa família sabe do negócio que nós nos metemos, mas ninguém sabe a fundo como fazemos tudo isso. É claro que a Pilar se juntou a alguém para planejar o roubo e tudo. – Ele respondeu. – Você a matou?

- Vontade foi o que não faltou, deixei ela viva porque acho que será útil depois. – Respondi.

- Fez o certo. E o meu dinheiro? – Ele perguntou e dei risada.

- Achou mesmo que eu não conseguiria? – O perguntei. – Tem 100 mil dólares em uma conta esperando para ser tirados.

- Boa garota! – Ele disse.

- Você recuperou o seu dinheiro e bom, o que eu ganho com isso? – O perguntei enrolando uma mecha de cabelo nos dedos.

- Em Los Angeles nós negociamos sobre isso. – Ele disse malicioso.

- Estou ansiosa para isso. – Disse. – Como foi a reunião?

- Um tédio. Italianos são tão chatos. – Ele disse bufando.

- O que eles queriam? – Perguntei curiosa.

- Para me comunicar sobre uma máfia que está atrapalhando um pouco nossos negócios, mas já vamos tomar providências quanto a isso. E como sempre, aumento de propina para as autoridades. – Ele disse.

- Só isso que sabem pedir, mais dinheiro. – Respondi.

- MELLANIE! A COMIDA CHEGOU! – Ouvi Chris me chamar no corredor.

- É o cuzão do Chris? – Justin me perguntou e ri fraco.

- Sim, vamos comer agora. Amanhã nos vemos. – Disse. – Como irá chegar antes de mim, leve o Jason para a aula.

- Eu vou chegar cansado e...

- Também te amo, beijos! – Disse e desliguei o celular na cara dele.

Ele não iria me enrolar, dei risada e saí do quarto. Cheguei à sala e os garotos já estavam jogados no sofá comendo. Me juntei a eles e tive que ouvir as histórias de guerra, como eles dizem, pelo resto da noite.

(...)

Chegamos na Califórnia quase oito horas da manhã. Ao chegar na mansão, encontrei minha mãe e Pattie conversando no jardim.

- Filha! – Minha mãe disse ao me ver e me abraçou. – Está tudo bem?

- Sim, mãe. Estou ótima. – Disse rindo ao vê-la preocupada.

- Eu disse que ela estava bem, Madison. – Pattie respondeu. – Olá querida.

- Oi Pattie. – Sorri. – Jason?

- Justin o levou para o colégio. – Ela respondeu.

- Ótimo. Bom, eu vou descansar um pouco. O vôo me cansou. – Respondi.

- Claro querida. Se precisar de algo, estou aqui. – Minha mãe disse. – Ah, ligue para o seu pai depois, ele está preocupado pois você não o ligou mais.

- Ok, farei isso depois. – Disse e entrei em casa.

Há tantas pessoas morando e transitando por essa casa, mas quase sempre os cômodos estão vazios. Passei pela sala e não havia ninguém, então fui em direção à cozinha.

- Rose? – A chamei e dei de cara com o Lucca beijando a Jazzy. – Opa!

- Ai meu Deus! – Jazzy disse assustada colocando a mão no peito.

- Não sabia que a Rose tinha contratado vocês para ajudar na cozinha. – Disse rindo e cruzando os braços enquanto ambos ficavam vermelhos de vergonha.

- Bom, é que... – Lucca começou a falar e coçou a cabeça.

- Você não vai contar nada para o Justin sobre o que aconteceu aqui né? Ele pode ficar bravo e... – Jazzy começou a falar.

- O que aconteceu aqui? – Perguntei me fazendo de desentendida. – Divirtam-se. Mas aconselho irem para um local mais reservado.

- Por isso que eu te amo. – Jazzy disse vindo me abraçar.

- Eu sei que sim. – Disse rindo. – E você... – Apontei para o Lucca. – Juízo!

- Pode deixar. – Ele piscou e saí da cozinha rindo.

O que eu perdi enquanto estive em Calabasas?

Fui para o meu quarto e a minha mala já estava lá para ser desarrumada. Deixarei esse trabalho para as empregadas, acordei cedo e as horas de vôo me deixou cansada. Tirei meus saltos, me joguei na cama e fui tentar dormir um pouco. Quanto mais você vai ficando velha, mais sono tem.

Justin Bieber’s POV

Depois que deixei Jason no colégio, fui para o galpão, ainda tinha muito trabalho para se fazer. Estávamos em uma temporada boa para a maconha, os jovens estavam procurando mais do que nunca. E depois de ter ido para Calabasas e ter visto como as coisas são fracas, me despertou a vontade de vender por lá também. Vou fazer daquela cidade, um verdadeiro inferno.

- Folga? Ninguém tem? – Chris adentrou na minha sala já reclamando com um copo enorme de café na mão. Atrás vinham Ryan e Chaz.

- Pra quê folga? Soube que a Mellanie fez quase tudo. – Debochei deles.

- Engraçadinho. – Ryan revirou os olhos e jogou-se no sofá que havia ali.

- Chaz, me dê informações sobre a inauguração da boate em San Diego. – Disse girando na cadeira.

- Cara, eu mal acordei. – Chaz reclamou.

- Pois acordem, vamos! – Disse jogando bola de papel neles.

- Vai se ferrar! – Chris resmungou quase morto em cima da cadeira.

Dei risada das bonecas.

- Prestem atenção, eu quero expandir meus negócios, quero meu pessoal trabalhando em Calabasas. – Disse para eles enquanto brincava com uma caneta.

- É fácil, selecionamos o pessoal, mandamos para Calabasas, os abastecemos com drogas e pronto. – Ryan disse.

- E estão esperando o quê para fazer isso? – Os perguntei.

- Que horas que podemos ir para casa dormir? – Chris perguntou.

- Depois que fizerem isso, cuzão. – Disse.

- Ótimo! – Ele resmungou e levantou-se para analisar uma papelada.

Passamos a manhã toda empenhados em selecionar pessoas para ir para Calabasas. Era um ótimo investimento. Não tinha um traficante local lá, só o que sabemos era que Lewis, vulgo Pilar, atuava. E com esse baque que demos nela, vai demorar um pouco para ela se reerguer. Depois que organizamos tudo, liberei os garotos depois de me encher bastante o saco.

Como fiquei de buscar o Jason no colégio, pisei fundo no acelerador após sair da estrada de terra. Liguei o som e fui cantarolando até chegar a porta do colégio. Desci e dei uma olhada ao redor, observando o movimento. Ainda não confio cem por cento em deixar o Jason aqui, mas sei que é importante para ele e para seu desenvolvimento.

Passei pelos portões e notei os olhares curiosos das mães que iam buscar seus filhos. É, elas não têm jeito mesmo, até casadas ficam desejando o marido alheio. Bom, eu no lugar delas também desejaria.

- Papai! – Ouvi Jason me chamar e ele veio correndo em minha direção.

- Ê campeão. – Disse agachando para pegá-lo.

Uma funcionária veio arrastando sua mochila e me entregou.

- Obrigado! – Disse pegando. – Dê tchau Jason.

Jason deu um tchauzinho para a mulher e saímos dali.

- Como podemos ver, não tem cadeira para crianças no meu carro. Então o papai vai te pôr na frente, mas vai ser segredo nosso, ok? – Disse para Jason.

- Ok! – Ele disse esticando o dedinho mindinho para fazer a promessa.

Homens maduros fazem promessas de dedinho.

- Ok! – Repeti estirando o meu e entrelaçando no seu.

Ele deu um sorrisinho, o coloquei sentado no banco da frente e coloquei o cinto de segurança. Dei a volta e entrei no carro.

- Cadê a mamãe? – Jason me perguntou.

- Está em casa nos esperando para almoçar. Está com fome? – Perguntei o olhando e depois para a estrada.

- Sim, quelo sovete. – Ele respondeu.

- Só depois do almoço. – Disse.

- Mamãe naum dexa. – Ele disse.

- Sua mãe é chata né? – Perguntei e ele concordou com a cabeça. – Não era para concordar. – Gargalhei.

- O papai me dá sovete? – Ele perguntou.

- Dou. Mas vai ter que ser escondido. – Disse e ele assentiu sorrindo.

Esse menino vai ser muito sacana.

Estacionei em frente à porta da mansão, tirei Jason do carro, peguei sua bolsa e o ajudei a subir a escadaria que dava acesso à porta. Assim que abri a porta, o menino saiu correndo pela casa. De onde vem tanta energia?

- Oi meu amor! – Ouvi aquela voz angelical que Mellanie só fazia para falar com o Jason ou quando queria algo de mim.

Mas dessa vez, ela estava falando com o Jason mesmo. Ela surgiu da cozinha com Jason nos braços.

- Muito bem, deveria buscá-lo sempre. – Ela disse aproximando-se de mim.

- Não se acostume. – Respondi e a selei.

- Eca! – Jason murmurou.

- Pense assim por um bom tempo e a mamãe vai ficar feliz. – Mel disse para Jason.

- Não mesmo, Jason vai começar a pegar as gatinhas bem cedo. – Disse.

- Podemos discutir isso quando começar a nascer pelos pubianos nele ou depois do almoço? – Ela perguntou e dei risada.

- Pode ser. – Disse e beijei sua testa.

Mellanie Bieber’s POV

Passamos o resto do dia em casa, aproveitando a piscina. O tempo estava passando rápido e logo anoiteceu.

- Arrume-se, vamos sair. – Justin disse entrando no quarto.

Ele tinha ido deixar Jason no quarto, pois havia adormecido.

- Para onde? – Perguntei curiosa.

- Não faça muitas perguntas, amor. – Ele disse indo para o closet.

- O que eu devo vestir? – Perguntei.

- Qualquer coisa. – Ele respondeu e revirei os olhos.

- Você não está ajudando.

- Sei lá amor, qualquer coisa que facilite a retirada. – Ele respondeu e ri fraco.

- Tudo bem. – Respondi e entrei no closet procurando algo para vestir.

Coloquei um vestido que valorizava as minhas curvas, um salto alto e uma maquiagem nos olhos leve, nos lábios passei um batom vermelho.

- Estou pronta! – Disse e Justin assobiou.

- Gostosa! – Ele respondeu e deu um tapa na minha bunda.

- Vamos logo. – Disse pegando em sua mão.

Justin escolheu o carro que eu havia dado a ele. Acho que ele não quer ser discreto hoje. Entramos no carro e ele manobrou saindo da garagem.

- Vai me dizer onde vamos? – O perguntei.

- Relaxa amor. – Ele disse passando a mão na minha coxa e adentrando meu vestido.

- Estou relaxada. – Disse dando um tapa na sua mão atrevida e ele riu.

Safado!

Não sei para onde estávamos indo, Justin não queria contar, então a única alternativa foi ficar na minha. Entramos em um condomínio com mansões luxuosas e por um momento eu lembrei desse lugar. Será que já vim aqui?

Justin parou em frente ao portão e seguranças armados estavam fazendo a guarda.

- Justin Bieber. – Ele se identificou e o portão foi aberto.

Pelo o que me parece, estava acontecendo uma festa aqui. Dei uma olhada a mais e me lembrei desse lugar. Era a mansão do Milk Tyson.

- O que viemos fazer aqui? – Perguntei ao Justin assim que ele estacionou. 

Olá meninas! Tudo bom?

Acho que dessa vez não demorei tanto. Mas levando em conta que eu posto de acordo com a meta de comentários, a culpa não é tão minha né?

Comentem o que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo. Sei que vocês estão na seca por capítulo hot, então no próximo, prometo que tem SEXO!

Quem quiser participar do grupo no WhatsApp de DL, deixem nome e número com DDD aí nos comentários.

180 comentários e eu volto!

Beijos, até logo! 💗