The Apprentice - Twenty-ninth chapter

Justin Bieber’s POV

Depois que consegui falar com o Erick, voltei para a casa da Caitlin. Eu tinha que acalmar a Kate e garantir que ela ficaria bem. Mas eu só conseguia pensar em como as pessoas são uns lixos mesmo, se deixam levar por pedaço de papel que rapidamente vão embora, o dinheiro!

Ela estava indo tão bem, como soltaram aquele filho da puta logo agora? Que merda!

Cheguei à casa da Caitlin e o pessoal estava na sala, sentados e conversando, tentando distrair a Kate que estava sentada do lado da Caitlin.

- Oi! – Kate disse assim que me viu.

- Oi. – Sorri me aproximando dela. – Afasta! – Disse empurrando a Caitlin.

- Af, eu estava aqui primeiro. – Ela respondeu resmungando e afastou.

- Como está? – A perguntei.

- Bem. – Ela sorriu fraco.

- Então cara, o que deu? – Christian me perguntou.

Todos me olharam esperando que eu falasse algo.

- Realmente ele foi solto. – Respondi e Kate involuntariamente se encolheu do meu lado.

- Sério isso? Puta que pariu! Como soltaram ele? Argh! – Caitlin disse irritada.

- Desculpa por não acreditar em você, Kate. Mas coisas assim, realmente não dá para acreditar, tipo, que ele seria solto depois do que aconteceu. – Ryan respondeu.

- Eu estava alcoolizada, mas eu jamais esqueceria aquele rosto. – Kate disse. – Como ele sabia que eu estava ali? Será que ele estava atrás de mim?

- Ei, ei, calma! Foi só uma coincidência, amor! – Disse a abraçando, já a vendo agitada.

- É, Kate! Não dava para ele saber que você estava lá. – Chaz completou.

- Mas... Ele foi exatamente onde eu estava.

- Olha, ele não sabia que você iria para essa boate. Mas deve ter visto você, te acompanhou para te assustar. Não fique pensando essas besteiras, prima. – Caitlin disse.

- E agora? O que eu faço? – Kate nos perguntou.

- Você vai viver a sua vida normal, como estava vivendo. Paul não vai chegar perto de você, eu garanto! – Respondi a confortando.

- Nós garantimos! – Sandi, mãe da Caitlin, apareceu respondendo. – Eu ouvi a conversa e ainda estou incrédula com isso.

- Isso é sacanagem! – Christian exclamou. – Nós vamos ficar aqui de braços cruzados enquanto ele anda por aí de boa?

- Não temos mais nada para fazer, a justiça que deveria ter feito isso e foi falha. – Sandi respondeu.

- Essa justiça é uma merda. – Caitlin disse.

- Eu tenho que ir para casa. – Kate disse.

- Mas já? – Caitlin perguntou e ela assentiu com a cabeça.

- Tem razão, ela precisa descansar. – Disse. – Vamos?

- Vou buscar sua mochila lá em cima. – Christian disse.

- Ok. – Kate disse.

- Nós também vamos nessa. – Ryan disse.

- Nós marcamos de sair depois, aliás, estamos de férias! – Chaz disse sorrindo.

- Claro que vamos sair muito, né Kate? – Caitlin disse.

- Uhum. – Kate confirmou com a cabeça.

Esperamos Christian com a mochila da Kate e fomos embora. Levei Kate para sua casa e o caminho todo ela foi calada. Eu estava preocupado com ela.

- Ele não vai te fazer mal. – Eu disse pela milésima vez naquela manhã.

- Você acredita nisso mesmo? – Ela perguntou me olhando nos olhos.

- É claro que eu acredito. – Disse com certeza.

- Ele foi atrás de mim naquela boate, Justin... – Ela começou a falar.

- Amor, foi uma maldita coincidência, ok? Entenda isso! – Disse segurando em seus braços e a olhando firme.

- Eu tenho medo. – Ela disse me olhando.

- Não vai acontecer nada. – Disse pausadamente.

- Eu vou entrar. Meus pais já sabem?

- Eu contei para o seu pai. – Respondi.

- Tudo bem. Eles precisam saber mesmo.

- Quer que eu fique com você?

- Não, eu vou ficar legal. – Ela disse dando um sorriso forçado. – Obrigada! – Me selou e caminhou em direção à porta da sua casa.

Fiquei no mesmo lugar parado a vendo entrar em casa. Eu tinha que fazer alguma coisa para mudar essa situação. Voltei andando pensativo para casa. Minha mãe estava na cozinha cuidando no almoço e meu pai havia saído.

- Está tudo bem? – Minha mãe me perguntou.

- Meu pai não contou? – A perguntei.

- Sim, contou. Por isso que estou perguntando se está tudo bem. – Ela disse secando as mãos em um pano.

- Vai ficar. – Respondi.

- E a Kate? Sinto muito pela série de coisas ruins que vem acontecendo com ela. – Ela disse com um ar triste.

- Está com medo. Imagine eu, mãe. Eu tenho medo dela voltar a ficar depressiva de novo, estava indo tudo bem, mas tiveram que soltar aquele desgraçado. – Disse com raiva.

- Ela vai ficar bem, mas para isso você e os amigos tem que ajudar. Fiquem do lado dela, é disso que ela precisa nesse momento. – Ela disse acariciando meu rosto. – Vai ficar tudo bem, querido!

Assenti com a cabeça e ela beijou minha testa.

- Vou para o meu quarto. – Disse.

- Tudo bem. – Ela respondeu.

Saí da cozinha e fui para o meu quarto, me joguei na cama e fiquei pensando no que poderia fazer para contornar essa situação. Acabei cochilando e acordei com a minha mãe me chamando para almoçar. Mandei algumas mensagens para a Kate para saber como ela estava e ficamos conversando durante à tarde toda.

Já estava anoitecendo quando o meu celular tocou. Era o Erick.

- Alô? – Disse após atender.

- Oi Justin, podemos conversar? – Ele perguntou. Me pareceu nervoso.

- Claro, pode dizer.

- Não, tem que ser pessoalmente.

- Tudo bem, onde?

- Na praça aqui perto, daqui à meia hora, ok?

- Ok, estarei lá. – Respondi e ele desligou.

Larguei o celular em cima da cama e fui para o banheiro. Tomei um banho rápido, saí enrolado no roupão e fui até o closet. Vesti qualquer coisa e dei um jeito no cabelo. Nesse meio tempo, deu a meia hora, enfiei o celular no bolso e saí do meu quarto.

- Oi filho, vai sair? – Minha mãe perguntou ao me ver.

- Só vou dar uma volta, não demoro. – Respondi.

- Tenha cuidado! – Ela disse e assenti com a cabeça.

Saí de casa e caminhei até chegar à praça onde Erick havia marcado. Não era longe das nossas casas. Ao chegar, o avistei sentado em um dos bancos, me aproximei dele.

- Aconteceu alguma coisa? – Perguntei.

- Sente aí. – Ele disse e sentei ao seu lado. – Eu preciso da sua ajuda com algo, mas irei entender se não quiser ajudar.

O olhei confuso.

- Estou ouvindo... – Disse para que ele continuasse falando.

- Eu prometi que aquele desgraçado não iria chegar perto da minha filha de novo e vou cumprir com essa promessa. – Ele disse com raiva.

- O que pensa em fazer? Eu também não quero que ele chegue perto dela.

- É arriscado, pode acabar sobrando pra nós. – Ele respondeu.

- Só me diga o que é, que nós faremos. – Disse firme. – Paul não merece estar solto.

- Você tem certeza? – Ele me perguntou. – Eu sou pai dela, tenho minhas justificativas para me arriscar, você é amigo dela e...

- Sou namorado! – O corrigi e ele ficou me olhando por longos segundos.

- O que disse? – Ele perguntou.

- Nós somos namorados, Erick. – Disse.

- E porque a Kate não nos contou?

- Ela tinha medo da reação de vocês, principalmente da Lauren. – Respondi.

- Eu desconfiava que havia algo entre vocês dois, mas não imaginei que fossem namorados!

- Aconteceu...Você não está bravo?

- Estou surpreso, mas eu sei que você é um bom rapaz e que gosta da minha filha, se não, não estaria topando se arriscar para vê-la bem novamente. – Ela disse pegando no meu ombro e sorrindo de lado. – Fico feliz por vocês.

- Obrigado, fico feliz pela aprovação. – Sorri de volta. – Então, o que faremos?

Kate Beadles’s POV

Passei o dia em casa, deitada e sem fazer nada. Quer dizer, tentei me distrair com a TV e Justin conversou comigo durante à tarde toda. Eu tinha acabado de tomar banho, quando a minha mãe entrou no meu quarto.

Privacidade, a gente se vê por aqui.

- Podemos conversar? – Ela perguntou.

- Só vou me vestir. – Disse enrolada na toalha e indo procurar alguma roupa.

Coloquei um baby doll, já que eu não iria sair mesmo.

- Aconteceu alguma coisa? – A perguntei sentando na cama.

- Eu que deveria fazer essa pergunta. – Ela disse e mirei meus dedos. – Eu sei que está acontecendo alguma coisa...

- Quem contou? – Perguntei.

- Ninguém me contou nada, é extinto de mãe. Não quer me contar? – Ela me perguntou.

Respirei fundo e a olhei.

- O Paul está solto, mãe. – Disse a olhando.

- O quê? – Ela perguntou desacreditada.

- Eu o vi, ele falou comigo...

- Como é possível? Porque soltaram aquele desgraçado? – Ela perguntou exaltada e começou a andar para lá e para cá.

- Eu também não sei porque o soltaram.

- Eu vou naquela delegacia agora, aquele delegado vai me ouvir!

- Mãe, não tem o que se fazer. Ele já está solto! – Disse.

- Como não? Ele não deveria estar solto. Que diabos de delegado é esse? – Perguntou com raiva. – Ele fez mal a você, filha. E se ele voltar a fazer com outras pessoas?

- E se ele voltar a fazer comigo? – Sussurrei e engoli à seco.

- Ele não vai fazer nada com você, ok? – Ela disse voltando a se sentar na cama do meu lado.

- Quando que eu vou ter uma vida normal? – A perguntei com os olhos marejados.

- Vem cá! – Ela me puxou para seu colo, encostei minha cabeça em suas pernas e ela começou a acariciar meus cabelos. – Eu estou aqui com você. Nada de ruim vai acontecer.

Eu realmente estava torcendo para que nada de ruim acontecesse mesmo.

- Que tal assistirmos um filme? – Minha mãe propôs.

- Que filme? – Perguntei limpando o rosto.

- Vamos escolher ué. – Ela disse ligando a TV. – Vou fazer pipoca para nós.

- Tudo bem. – Disse.

- Escolha o filme então. – Ela disse saindo do meu quarto.

Peguei meu celular e o Justin não tinha respondido minhas mensagens ainda. Será que aconteceu alguma coisa? Ok, não posso ficar imaginando coisas. Me concentrei em procurar um filme legal e encontrei uma comédia romântica. Minutos depois minha mãe voltou com uma tigela de pipoca e refrigerante para nós.

- Seu pai ligou. – Ela disse.

- E onde ele está? – Perguntei pois já havia passado da hora dele chegar em casa.

- Não sei, mas disse que iria chegar tarde. – Ela respondeu.

Concordei com a cabeça e dei play no filme. Pela primeira vez em anos, eu estava assistindo filme com a minha mãe como se fossemos amigas. Ela estava bem e eu estava feliz por isso.