The Apprentice - Thirteenth chapter

Kate Beadles’s POV

Estava ficando nítido para mim, como tenho certeza que para Justin também, que o que temos estava passando de uma simples amizade. Era estranho, se fosse só amizade mesmo, Ryan e Chaz sairiam me beijando também. Bom, o Justin não iria deixar.

- Você não vai ir correr? – perguntei separando o beijo.

- Está me expulsando? – ele perguntou com as sobrancelhas arqueadas.

- Não. – ri fraco. – Os garotos devem estar te esperando.

- Com certeza não, já estou ciente que vou pagar a bebida deles. – ele disse dando de ombros.

- Te atrapalhei né? – disse o olhando.

- Deixa de besteira. Você não me atrapalha. – ele disse encostando-se no banco.

- Vai ser um saco meu pai me levar para a faculdade. – disse revirando os olhos.

- Se quiser, eu posso falar com ele. – Justin disse e o olhei.

- Falar o quê?

- Pelo o que você me disse, eles só não querem que a Caitlin passe lá, então eu posso ir buscar você. O que acha? – ele perguntou sorrindo.

- Não sei. As coisas não estão boas para o meu lado.

- Deixa comigo, eu converso com seu pai.

- Não é preciso, Justin. – disse.

- Shiu! Eu sei o que eu faço. – ele disse e ri.

- Tudo bem, então. – respondi.

- Hey viado! – ouvimos Ryan gritar.

Ryan, Chaz e Christian pararam do nosso lado, suados e ofegantes.

- Fala! – Justin disse.

- Pronto para pagar nossa rodada de cerveja? – Chaz perguntou.

- Cala a boca. – Justin disse e eles riram.

- Tudo bem, prima? – Chris me perguntou.

- Estou. – sorri fraco.

- Que bom. – Chris disse. – Vai ficar ai gayzão? Vamos dar uma última volta.

- Vão lá. Espero aqui. – Justin respondeu.

- Quem chegar por último, é viado. – Ryan disse e eles saíram correndo.

Dei risada com o Justin.

(...)

- Entregue! – Justin disse assim que chegamos em frente à minha casa, os garotos vieram nos acompanhando também.

- Sem abraços, hoje! – disse vendo o estado dos garotos, ensopados de suor.

- Poxa, se não tem abraço para a gente, não tem para o Justin também. – Ryan disse.

- Hey, não me envolvam nisso. – Justin disse.

- Tudo bem. – levantei as mãos em forma de redenção. – Até amanhã.

- Até amanhã. – eles disseram, sorri e entrei em casa.

Meus pais não tinham chegado ainda, apesar de já estar escurecendo. Fui para o meu quarto e fechei a porta, não queria ser incomodada por ninguém. Diga-se de passagem, pela minha mãe. Liguei a TV e fui assistir. Por volta das oito horas da noite, alguém bateu na minha porta, fiquei calada, se fosse a minha mãe eu não iria abrir.

- Kate? Sou eu, filha. – meu pai disse batendo na porta.

Me levantei e fui destrancar a porta.

- Oi. – disse e dei passagem para ele.

- Está tudo bem? – ele me perguntou.

- Acho que sim. – respondi e me sentei na cama.

- Quando cheguei em casa, recebi uma ligação do Justin... – ele disse e meu coração acelerou. – Creio que seus amigos já sabem sobre o ocorrido, então ele veio se oferecer para te levar para a faculdade.

- Então? – perguntei.

- Eu confio no Justin, ele é um ótimo rapaz. Acho que não tem nenhum problema em ele te levar, sua mãe cismou só com a Caitlin.

- Obrigada. – disse.

- Por nada querida, lembre-se que estou aqui para te ajudar. – ele disse passando a mão em meus cabelos.

- Eu sei, pai. – disse.

- Não vai jantar? – ele perguntou.

- Depois eu desço para comer alguma coisa.

- Tudo bem. Boa noite. – ele beijou minha testa.

- Boa noite, pai. – respondi e ele saiu do meu quarto.

Incrível como o Justin consegue tudo o que ele quer. Me levantei e fui tomar um banho. Coloquei logo meu baby doll e voltei para minha cama, ia esperar meus pais terminarem de jantar para poder ir comer alguma coisa. Peguei meu celular e fui trocar mensagens com a Caitlin, contei que seria Justin que me levaria para a faculdade agora. Falando nele, ele estava me ligando.

- Oi. – respondi.

- Gostou da notícia, baby? – ele perguntou e sorri.

- Gostei. Como fez para desdobrar meu pai? – perguntei.

- Eu tenho meus truques. – ele disse rindo. – O que faz?

- Nada, só estou deitada. Estava conversando com a Caitlin.

- Queria você deitada aqui, comigo. – ele disse e me derreti.

- Não comece. – ri fraco envergonhada.

- Estou sentindo suas bochechas vermelhas daqui. – ele disse rindo, se divertindo do meu constrangimento.

- Nem estão vermelhas. – me defendi.

- Melhor do que você deitada comigo, é você em cima de mim. – ele continuou.

- Justin! – o repreendi.

- Rebolando e gemendo meu nome, baby. – ele sussurrou.

- Tudo bem, elas estão vermelhas! – me rendi e ele soltou uma risada gostosa.

- Se descobriu porquê? Tinha muitas coisas para falar ainda.

- Já falei que você me deixa constrangida.

- E eu sei. – riu fraco. – Amanhã passo ai na sua casa, vou sair agora.

- Pra onde? – a curiosidade falou mais alto.

- Vou pagar a rodada de cerveja para os garotos, lembra?

- Ah sim. – ri fraco. – Tudo bem. Até amanhã, então.

- Até amanhã, gostosa!

- Se cuida.

- Eu que deveria dizer isso para você. – ele disse e riu. – Beijos, baby.

Ele disse por fim e desliguei. Suspirei e olhei para o celular.

O que está acontecendo comigo?

Justin Bieber’s POV

Depois que falei com a Kate, enfiei meu celular no bolso e peguei a chave do meu carro. Os gays já tinham me ligado cobrando a rodada de cerveja. Dei boa noite para a minha mãe e sai para o bar onde eles marcaram.

- Finalmente, bro. – Ryan disse. – Tô com a garganta seca.

- Azar o seu, compra água. – disse me sentando na mesa.

- Hahaha. Achei muito engraçado. – Ryan ironizou.

- Já pode pedir? – Christian perguntou.

- Estão na miséria é? – perguntei.

- Não, mas é sempre bom beber às custas dos outros. – Chaz disse e rimos.

- Aproveitem porque é só hoje! – disse. – Garçom!

Pedi a rodada de cerveja, depois foram mais outras e mais outras. O papo estava bom enquanto bebíamos. Logo depois começaram a chegar algumas garotas ao nosso redor, conversa vai e conversa vem e começaram a beber com a gente. Estávamos bem soltinhos e uma garota já começava a se jogar para cima de mim.

- Vou dá uma voltinha ali. – Ryan disse levantando-se e com a mão na cintura de uma loira.

- Manda ver, garanhão. – disse e ele saiu rindo.

E depois foram Chaz e Chris com outras duas garotas. Na mesa só restou, eu e a garota, se eu não me engano, se chamava Clara.

- Então Bieber, nossos amigos já foram curtir, o que estamos esperando? – ela me perguntou passando a mão na minha nuca.

Clara tinha os cabelos e olhos castanhos, pele branquinha e uma cara de safada. A olhei por alguns minutos e não era exatamente aqueles olhos castanhos e aquela cara de safada que eu estava procurando. São aqueles olhos verdes intensos e aquela carinha envergonhada que eu estou procurando.

- Bom, eu não estou esperando nada. – respondi tomando mais um gole da minha cerveja.

- Então? – ela perguntou mordendo os lábios.

- Clara, eu não estou afim.

- Como não? Você tem uma boa fama por aqui, não dispensa ninguém.

- Não é bem assim, eu sou seletivo. – disse me gabando.

- Eu não sou boa o suficiente para você?

- Você não é de se jogar fora, porém não é a que eu quero ouvir gemendo meu nome hoje.

- Você namora? – ela perguntou curiosa.

- Não. – respondi.

- E porque dificulta? – insistiu.

- Não quero ser chato com você, só não estou afim. Vou ao banheiro. – disse me levantando da cadeira.

Fui ao banheiro e me esvaziei. Cerveja dá uma vontade enorme de tá mijando toda hora. Lavei minhas mãos e olhei no relógio do pulso, quase três da manhã. Acho que já é hora de voltar para casa. Saí do banheiro e alguém me empurrou contra a parede, foi rápido demais quando Clara me beijou a força. Ela segurou com força em meu pescoço enquanto eu tentava a separar de mim, não correspondi o beijo, mas ela era insistente.

- Que droga! – disse a empurrando contra a parede dessa vez.

- Você é viado por acaso? – ela perguntou irritada.

- Em outra época, eu iria te mostrar quem é o viado. Mas não vou cair nesse papinho, se eu disse que não estava a fim, é porque eu não estou caralho. – disse a olhando.

Bufei e saí de perto daquela louca tarada. Voltei para a mesa e me sentei, logo Clara veio em minha direção.

- Desculpa, Justin! – ela disse sonsa.

- Senta e fica calada esperando as suas amigas. – disse rude.

Ela revirou os olhos e ficou sentada mexendo no celular. Eu sou um ótimo amigo mesmo, fiquei esperando aqueles filhos da puta irem foder. Assim que eles voltaram, pagamos a conta, eles se despediram das garotas e saímos do bar. Com certeza elas vão atrás de dar para mais alguém, conheço aquele tipinho de puta.

- Pegou a morena? – Ryan perguntou.

- Ela que me pegou na verdade. – disse e eles riram.

- Como assim, cara? – Chaz perguntou curioso.

- A safada estava dando em cima de mim, fui no banheiro e quando sai, ela me atacou.

- Uma gatinha selvagem. – Christian disse. – A amiga dela é gostosinha também.

- Fiz uma ótima refeição. – Ryan disse mordendo os lábios.

Rimos.

- Mas comeu ela? – Chaz me perguntou.

- Mano, acabei de dizer que ela que me atacou. Ela me beijou a força, queria porque queria que eu comesse ela. – respondi destravando o carro.

- E não comeu porque, viado? – Ryan perguntou.

- Não sei porque tu ainda pergunta, Ryan. Justin só quer saber da Kate agora. – Christian disse.

- Cala a boca. – disse rindo.

- Justin gamou, anda dispensando até as gatas. – Chaz disse.

- A Kate é diferente. – respondi.

- Iiiih, todo apaixonadinho. – Ryan zombou.

- Vão se danar! – disse abrindo a porta do meu carro. – Até mais tarde, cuzões.

Eles riram entrando nos seus carros, tiramos um racha até chegarmos em nossas casas. Entrei nas pontas dos pés para a dona Pattie não acordar. Só entrei no meu quarto e me joguei na cama, só tive coragem de me livrar dos tênis e apaguei.

Kate Beadle’s POV

Acordei quase na hora do almoço, me desleixei mesmo e nem ouvi o despertador tocar. Deve ter sido o estresse que tive ontem, me desliguei total. Tomei meu banho e me arrumei logo para a faculdade, coloquei um vestidinho e um Vans, fui até a cozinha onde encontrei com a Carla.

- Acordou agora? – ela me perguntou e assenti com a cabeça.

- Sim, eu não ouvi o despertador. – disse.

- Posso colocar seu almoço?

- Pode. – respondi.

- Aconteceu alguma coisa, menina? – ela me perguntou com aquele olhar materno.

- Várias coisas.

Enquanto eu almoçava, contei para a Carla sobre as coisas de ontem. Apesar de a conhecer pouco tempo, ela me entendia perfeitamente e me dava ótimos conselhos. Queria que minha mãe fosse compreensiva assim também. Terminei de almoçar e fui escovar os dentes, passei uma maquiagem e peguei minha mochila colocando nas costas. Fui para sala esperar o Justin. Ouvi a buzina do seu carro soar em frente à minha casa.

- Já vou, Carla. – a avisei.

- Boa aula, querida. – ela disse e sorri.

Saí de casa e caminhei até a Ferrari do Justin, abri a porta e fui recebida com um sorriso.

- Oi. – disse acomodando minha mochila nas pernas.

- Dormiu bem? – ele perguntou.

- Sim. – respondi.

Justin deu partida no carro, o olhei de relance e vi algumas marcas de unha no seu pescoço. Me senti incomodada com aquilo. Ele tinha saído ontem, com certeza deve ter aproveitado bastante. Eu não podia cobrar nada dele, mas aquilo me deixou chateada.

- Ficou calada do nada, porquê? – ele me perguntou.

- Por nada. – respondi rápido.

- Tem certeza? – ele perguntou e me olhou.

- Absoluta. – disse e ele parou em um sinal.

- Aconteceu alguma coisa? Sua mãe falou mais algo? – perguntou.

- Não, Justin. Ontem aconteceu alguma coisa com você? – perguntei e ele me olhou estranho.

- Comigo não.

- Essas marcas de unha no seu pescoço mostram isso mesmo. – disse irônica.

- Isso foi uma louca que me atacou. – ele disse rindo fraco.

- Entendi. – disse.

- Acredite em mim, ela me beijou a força.

- Tá tudo bem, Justin. – sorri fraco.

- Porque eu não consigo acreditar no seu “tudo bem”? – perguntou e o sinal abriu.

Dei de ombros. Justin bufou e minutos depois chegamos à Universidade. Ele estacionou na sua vaga de sempre, antes que eu pudesse sair do carro, ele travou as portas.

- Só vamos sair desse carro quando você acreditar no que eu disse. – ele disse me olhando fixamente.

- Nós temos aula...

- Não tem problema. Kate, acredite em mim. A garota que me beijou, eu dispensei ela e quando voltei do banheiro ela me agarrou.

- Está tudo bem, Justin. Só perguntei porque essas marcas estão bem feias. – disse olhando para frente.

- Está vendo? Foi porque aquela louca me agarrou. – ele disse inconformado.

- Pode destravar as portas? Eu não quero me atrasar. – disse e ele bufou, destravando as portas.

Desci do carro e ouvi Justin bater a porta com força. Meu braço foi puxado bruscamente e meu corpo foi empurrado em direção ao carro. Justin estava me imprensando no carro.

- Sabe porque eu não fodi mesmo com aquela garota? – ele perguntou sério me olhando nos olhos. – Porque eu queria que fosse você e não ela, Kate!

- Justin, as pessoas estão olhando. – disse baixo.

Eu sentia a sua respiração acelerada batendo na minha.

- Eu não ligo para as pessoas, Kate! Só quero que acredite em mim.

- Eu acredito, ok? – disse o olhando.

- Você não sabe a confusão que está aqui dentro. Eu nunca senti algo assim, eu não quero nenhuma garota perto de mim, se não for você. Droga Kate... – ele respirou fundo e me olhou nos olhos. – Acho que estou me apaixonando por você.

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Estou de volta, vadias! 

Esse é o blog que você respeita. :)

Comentem aí o que acharam.

PS: Depois tem Dangerous Life.

PS²: The Apprentice está sendo postada com mais frequência, porque nossa caçula infelizmente não irá durar muito, então aproveitem bastante dela.

Agradeço as minhas fiéis e amadas leitoras pelo apoio recebido. Vocês são fodas!

Beijosssss! 

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