Dangerous Life - Capítulo 10 - Party

- Não mesmo, você não manda em mim. E não quero ninguém na minha cola, não viaja ok? Eu sei me cuidar.

- Eu não disse que era pra você aceitar. Eu disse que você só sairá daqui, se for junto comigo, nem que seja pra puta que pariu, só vai se for comigo. Ninguém pode colocar água pro Luc beber.

- Não acredito nisso.

- Isso é um jogo Mellanie. E só os melhores que vencem, está apenas começando.

- Eu sei me cuidar, não venha me impor regras.

Os garotos estavam tão acostumados com as nossas discussões que voltaram para o jogo.

- Já impus, obedeça Mellanie. É pro seu bem.

- Desde quando você quer meu bem? Você não é nada meu, então não queria que eu te obedeça, ok? A vida é minha porra, e dela eu faço o que eu quiser.

- Pode falar o que quiser, você vai obedecer calada, não me faça te por trancada dentro de casa. – disse ríspido sem expressão nenhuma no rosto.

- Tenta pra você ver. – eu estava soltando fumaça de raiva, cansei dessa porra. Se for pra me pegar o Luc que seja sozinha, não aguento mais.

Peguei Jason que começou a chorar porque estava se divertindo, e entrei em casa batendo pé.

- O que tá pegando dessa vez? – disse Lilly vindo atrás de mim.

Enquanto meus pensamentos estavam voltados apenas no contrato,  vou pegá-lo e rasgá-lo em mil pedaços, cansei dessa palhaçada. Não suporto Justin Bieber, que ódio.

- Mellanie, o que aconteceu? – entrei no quarto e coloquei Jason em cima da cama.

- Não dá mais Lilly, cansei. Vou acabar com o contrato e viver livre do Justin, não da mais pra mim. – andava de um lado para o outro passando a mão entre os cabelos.

- Como assim acabar com o contrato? – perguntou perplexa.

- É acabar, não vai ter mais contrato de porra nenhuma, vou pegar o Luc sozinha, e o nosso plano depois concluímos, mas não dá pra me viver sob o mesmo teto desse infeliz. Vou ligar para o Renan alugar um hotel sei lá, enquanto minha mansão não fica pronta.

- Pra qualquer hotel que você for, vai ser o primeiro lugar onde Luc vai procurar.

- Que aquele fudido se lasque, que ele venha logo mesmo, é bom que não vou ter trabalho de procurá-lo.

- Você enlouqueceu de vez Mellanie? As coisas não funcionam assim, está pondo em risco a vida de pessoas inocentes, já pensou no Jason? – ela estava visivelmente alterada.

- Você diz isso porque não convive com esse infeliz, e ainda tenho que aguentar essas provocações e ele querer mandar em mim. Ninguém manda em mim.

- Mas você está aguentando tudo isso por um bom motivo, não vou deixar você desistir agora, a parte mais difícil era ele aceitar a droga desse contrato, agora que estamos tão perto do nosso objetivo você não vai fazer essa merda de desistir, eu não vou deixar, tá ouvindo?

- Lilly... – suspirei, por um lado ela tinha razão.

- O que ele disse ou fez dessa vez? – ela suspirou colocando as duas mãos na cintura e me encarando.

- Ele reclamou porque saímos sem escolta, e os capangas do Luc estavam atrás de nós, ele viu o estado do carro e disse que eu só sairia se fosse com ele. Concluindo, ele acha que é meu dono.

- Você mal sai de casa Mellanie, então faz esse esforço de quando você sair for com ele, e acho que ele não vai querer sair com você todas às vezes, vocês não se suportam.

- Sim eu sei, mais ele mandou... Entendeu mandou, e eu tenho que obedecer, ele pensa que sou a cadelinha que ele chama e eu vou com o rabo entre as pernas? – bufei me sentando na cama, Jason estava no chão brincando com um carrinho.

- Calma amiga, isso vai ser por pouco tempo, eu sei como isso está sendo difícil para você. Mas calma, que vai dá certo. Quando conseguirmos o que queremos, você vai ver que ter que aguentar as provocações do Bieber, valeram a pena, agora não se deixa estressar por qualquer merda que aquele viado falar. – ela disse toda calma, como ela consegue ficar calma numa situação dessas? Ri dela e respirei fundo.

- Não sei o que seria de mim sem você, Lilly. Acho que se você não estivesse aqui, eu já teria descido e descarregado minha arma nos miolos dele.

- Eu sei que sou demais. – gabou-se e veio me abraçar. – Agora deixa de estresse ok? E esquece o contrato, falta pouco tempo, como você disse o Bieber já tem um plano em mente, como o Luc é um pouco burro, na primeira tentativa vocês pegam ele.

- Deus te ouça, deus te ouça.

- Então, vai logo se produzir porque hoje a noite é uma criança e vai pensando em algo pra deixar o Bieber soltando fumaça pelas orelhas nessa festa. – ela disse rindo, ri também.

- Ok ok, vai pegar teu convide com o Chris, vou dar banho no Jason, dar comida e Jack que se vire com ele durante a noite.

- Que mãe desnaturada.

- Seu cú. – dei um dedo pra ela que riu abrindo a porta. – Vai em casa ainda ?

- Vou sim, daqui a pouco estou de volta, calma e juízo.

- Tá bom. – ela fechou a porta e me joguei na cama.

Juízo eu até tenho, mais calma é difícil.

- Jason, vamos tomar banho. – disse e ele nem olhou pra minha cara, só fez balançar a cabeça negativamente. – Sabe que não tem querer né? – me abaixei ficando na sua altura, ele cruzou os braços e emburrou a cara. – Tá com raiva da mamãe?

- Naum.

- Sei que sim. Você não pode ficar com raiva de mim.

- Xim. – fez bico, continuava com os braços cruzados.

- Por quê?

- Putê você naum fica mais comigo.

- Fico sim, amor.

- Naum fita.

- Você sabe que a mamãe tem muitas coisas pra fazer, e às vezes não dá pra me ficar com você, mas quando eu posso eu fico.

- Mamãe nunca pode fitar comigo. – disse com um olhar triste, aquilo partiu meu coração.

- Desculpa meu amor. – o abracei. – Prometo que amanhã eu tiro o dia pra gente brincar, o que acha?

- Eu quelo ir ao parquinho, mamãe.

- Mas aqui não tem parquinho.

- Quelo ir.

- Tudo bem, amanhã nós vamos. Mas agora, você tem que tomar banho, porque a mamãe tem que sair com a tia Lilly.

- De novo, mamãe? – perguntou pegando em meus cabelos, o coloquei nos braços e fomos em direção ao banheiro.

- De novo meu amor. Mais é só hoje, tá bom?

- Ta bom. – concordou com a cabeça e deu um beijinho na minha bochecha.

Jason nem parece que é filho do monstro do Justin, ainda bem que não. Não quero que ele seja igual o pai. Tirei sua roupa e o coloquei em baixo do chuveiro, passei sabonete e lavei seu cabelo, sequei e o coloquei em cima da cama.

- Mamãe, quelo vestir o pisama do scooby. – ele disse pulando em cima da cama com o seu roupão aberto, é engraçado, porque o seu roupão é daqueles que tem um capuz, ri.

- Tá bom. – procurei o tal pijama, peguei uma cueca e o vesti. Passei perfume e penteei seus cabelos.

- Quelo topete. – ele disse e ri.

- Amor, estou sem tempo pra fazer topete em você.

- Abom mãe, só um em... Só um. – disse todo manhoso, e ri. Manipulador.

- E é só um mesmo. – ele riu. – Fica quieto então.

Peguei o gel e fui fazer um topete nele, nem preciso dizer que ficou todo faceiro, nem sei pra quê fazer topete quando se vai dormir. O calcei e segurei em sua mãozinha.

- Quelo mingau. – ele dizia enquanto descíamos as escadas.

- Jack deve já ter feito.

Na sala não havia sinal de nenhum dos garotos, fui até a cozinha.

- Jack,o mingau está pronto ?

- Sim senhora, aqui está. – me entregou a mamadeira, e entreguei pro Jason.

- Acho que você está grandinho demais pra tomar em mamadeira. – disse e ele balançou a cabeça negativamente enquanto segurava a mamadeira com as duas mãos e balançava as perninhas.

Acho que estavam todos já arrumados para a festa, menos eu que tenho que fazer as vontades do seu Jason, esperei ele terminar de comer, e o levei para cima, Jack veio nos acompanhando.

- Jason, Jack vai ficar com você enquanto eu estiver com a tia Lilly ok?

- Tá né. – deitou-se na cama e olhou para a TV.

Entrei no banheiro e tomei um banho rápido, me sequei e fui procurar uma roupa, pelo que os meninos comentaram é festa de traficante mais é roupa de gala, oh besteira. Só pra se mostrar com o que não tem, parece que to é vendo o horror de puta quando chegarmos lá. Passei em direção ao closet e Jason mantinha os olhos mais abertos do que antes, vai demorar para esse daí dormir, boa sorte Jack. Vesti minha lingerie, e coloquei meu vestido. Fui fazer minha maquiagem, demora um pouco , então os garotos que esperem. Passei meu perfume, peguei minha bolsinha e coloquei minha arma dentro, óbvio. Nunca ando desarmada.

- Como estou? – perguntei para Jack e Jason, coloquei as mãos na cintura e fiz pose modelo. Os dois riram.

- Malavilosa mamãe. – Jason disse, ri do seu comentário.

- Está muito linda senhora, nunca tinha te visto desse jeito. – disse Jack.

- Nem eu Jack. – ri. – Vou indo, boa noite bebê, não dê trabalho para a Jack, ok? – disse dando um beijinho em Jason.

- Só um poquim mamãe. – ele disse perverso, esse Jason, ri e retoquei meu batom vermelho.

- Boa noite. – abri a porta e acenei, eles acenaram de volta.

Os marmanjos que estavam nos corredores fazendo a segurança quase me comeram com os olhos, eu em. Vou sair distribuindo autógrafos da próxima vez, cheguei até a escada e praguejei mentalmente por ela ser tão grande, esses saltos me matam. Desci cada degrau vagarosamente, com esse vestido não ajuda muito.

- Que vadia pra demorar. – ouvir Lilly reclamar.

- Já estou pronta, vagabunda. – disse chegando ao ultimo degrau, amém.

Todos me olharam dos pés a cabeça, estou tão feia assim?

- Wow... Que gostosa. – disse Chris de boca aberta.

- Nossa Chris, seja menos discreto. – disse rindo e passando por eles.

Justin também estava ali, estava bem arrumado e digamos que bonito. Ele me olhava fixamente, seus olhos claros queimavam sobre os meus, desviei meu olhar para encarar os garotos que não paravam de falar besteira.

- Calem a boca, vamos logo. Estavam tão apressados.

- Amiga, vai abalar as estruturas daquela festa. – disse Lilly cruzando seu braço no meu, gargalhei.

- Você também tá gata, é hoje que arranja um magnata. – disse rindo, ela riu.

- Porque não vai se fuder em? – Lilly disse.

- Porque não estou afim.

- Mulheres falam muita merda, vamos logo. – disse o chato do Justin, sempre ele pra estragar o clima.

- Como vai ser a escolta? – Chaz perguntou, ele estava quase comendo Lilly pelo olhar, eu ri e cutuquei Lilly que riu também.

- Já avisei todos, já sabem como fazer. Chris e Ryan vão na BMW, Chaz e Lilly na Rang Rouver, e eu e... Essa daí na Ferrari. – disse Justin apontando pra mim.

- Essa daí tem nome. – debochei. – E porque eu tenho que ir com você?

- Esqueceu que somos... - fingiu tosse. – Casados baby?

- Eu mereço senhor. – reclamei.

- Sinto que estamos perdendo maior festão, apressem. – disse Lilly empurrando os garotos para fora.

- Acho que você anda sentindo errado, Lilly. – disse revirando os olhos e saindo de casa.

Espero que nessa festa não seja tão entediante, estou a fim de me divertir hoje, eu espero. Foi como o combinado dos carros, fui o caminho toda calada, não estava a fim de discutir logo agora com o Justin, porque qualquer coisa que falamos vira motivo de discussão.

- Comporte-se como uma mulher casada. – disse Justin irônico ao estacionar perto da casa do cara que estava dando a festa.

- Não prometo nada. – sorri ironicamente, ele bufou, desceu do carro e deu a volta abrindo a porta pra mim, ri da cara dele.

- Anda logo, não tenho a noite toda pra segurar essa porta pra tu levantar a bunda daí. – disse visivelmente aborrecido, calma Bieber, a noite está apenas começando.

- Se quiser espere. – me levantei com a maior calma do mundo, até porque é pra ter calma com esse vestido, via que Justin queria me enforcar de tanta onda que eu tava tirando com a cara dele.

- Não abusa, Mellanie. – fechou a porta brutalmente.

- Não é minha intenção, marido. – passei em sua frente.

Senti ele segurar em minha cintura, mantendo perto de mim. Quase colado pra falar a verdade, não precisa dessa proximidade toda cara, desencosta. Esperamos o resto do pessoal chegar para entrarmos, sabe os fodões.

- Amiga, você está bem? Ele não arrancou nenhum pedaço de você? – disse Lilly me olhando, gargalhamos.

- Por enquanto não. – disse e Justin a fuzilou com os olhos.

Ela se encolheu do lado dos garotos que agora davam de garanhões a cada puta que passava.

- Vamos. – disse Chris.

Entregamos nossos convites ao carinha da portaria que faltou se enterrar em meu decote, quase arranquei os olhos dele, quase. Já podia ouvir a música que estava mais pra música de funeral, e eu pensando que ia me divertir. Quando entramos na tal casa, a atenção foi voltada apenas para nós, olhei para Justin e ele mantinha um sorriso de tipo “sou foda“ no rosto, eu estava pouco me fudendo, ele ia cumprimentando algumas pessoas, eu apenas assentia com a cabeça, veio uns babas ovos falando o quão eu era bonita e bla bla blá, Justin criava centena de pernas nessas horas, qual é, não é sempre que ele anda como uma gostosa como eu, né? É.

- Estou odiando isso aqui. – reclamei.

- Fala mais alto. – disse Justin apertando minha cintura com força.

- ES... – iria falar, mas ele colou meu corpo no seu com brutalidade. – Tá louco, porra?

- Sem graças, Mellanie. – disse me olhando fixamente, o olhei também e sorri abertamente passando a língua entre os dentes.

- Tudo bem, maridinho. – mordi os lábios, ele acompanhou cada movimento, em seguida me separei de seu corpo. Ele parecia estar atordoado, mais em seguida voltou ao seu “normal”.

- Vão tomar alguma coisa? – Ryan perguntou.

- Eu quero Vodka. – disse Lilly.

- Eu também. – pedi.

- Não quero levar nenhuma bêbada para casa. – disse Chaz.

- Fica na sua, parceiro. – disse Lilly.

- Toma gato. – disse e rimos. Essa festa estaria uma merda total se Lilly não tivesse vindo.

Os garotos pediram suas bebidas, e fiquei de conversa com a Lilly, quer dizer, estávamos rindo das piruas que passavam com joias dos pés a cabeça, pra quê tudo isso? Só pra dizer que seus maridos metidinhos a magnata são os melhores do mundo, creio que levam mais chifres do quê qualquer coisa. Tinha cada uma mais ridícula do que a outra, e ainda nos olhavam com nojo, estão querendo levar bala ou o quê?

- Ora, ora...O que temos aqui. – chegou um velho barrigudo com inúmeros anéis nos dedos e cordões de ouro pendurados no pescoço, sem falar do relógio que parecia uma bomba, tentei conter meu riso com a Lilly. – Bieber e companhia, que prazer. – ele estendeu a mão para Justin, que apertou rapidamente, e assim fez com os garotos. – E as belas moças são? – olhou para mim e Lilly dos pés a cabeça.

- Mellanie e Lilly. – disse Ryan apontando para cada, demos um meio sorriso.

- Mellanie? Esse nome não me é estranho. – parecia pensativo. – Já trabalhou em alguma casa de programa por essas redondezas?

COMO? Peguei minha bolsa rapidamente e saquei minha arma, o puxando pelos seus cordões, o deixando cara a cara comigo, minha arma estava em seu pescoço.

- Está tirando onda com a minha cara, velho barrigudo? – imprensei mais o cano em sua garganta, deixando sua respiração rarefeita.  – Por acaso tenho cara de puta seu merda? – dizia calma e cautelosa, por enquanto ninguém havia percebido nada.

- Mellanie, guarda essa arma. – disse Justin segurando em minha cintura e me puxando para si, mas não o obedeci. Quem esse velho pensa que é?

- Calma docinho, estava apenas brincando. – disse o velho.

- Guarde suas brincadeiras para suas putas ok? Dá próxima vez atiro em suas bolas. – ameacei e o soltei o empurrando.

Me recompus e guardei minha arma.

- Robson, acho melhor pedir desculpas, porque dá próxima eu faço questão de fazer furos em você, não é assim que se trata minha esposa. – disse Justin calmamente, mas seu olhar era frio, e não havia expressão nenhuma em seu rosto.

- É... É me-me desculpe Bieber. – o velho quase urina nas calças. – Eu não sabia que era sua esposa.

- Agora sabe. Peça desculpas para ela, agora. – ele não pediu, mandou.

- Me desculpe Srta. Bieber, me desculpe pelo engano. – ele disse e revirei os olhos.

- Some daqui cara. – disse e ele meteu o pé, tomei uma dose da minha bebida. Os garotos me olhavam. – O que foi agora?

- Tenho medo de você. – disse Chris, ri.

- Que bom que tem.

- Não viram foi nada. – Lilly disse olhando as unhas.

- Eu tenho cara de puta por acaso? – perguntei tomando mais um gole.

- Não. – Chris respondeu.

- Tem, por isso que o velho confundiu. – disse Justin debochado.

- Vai se foder, quem vai ficar sem as bolas é você.

- Calma esposa, eu defendi você, lembra? – ele riu.

- Eu sei me defender sozinha. Essa merda de festa já deu o que tinha que dar. – me levantei ajeitando meu vestido.

- Vai pra onde? – ele perguntou.

- Dar pra quem quiser. – disse e me mandei de lá.

Isso aqui tá mais pra velório do que festa, me sentei em uma das cadeiras lá fora tomando um ar, enquanto saboreava minha bebida, ouvi a musica mudar, agora era uma eletrônica, quer dizer que só foi eu sair de lá e mudaram essa porra ? Sacanagem. Nem me importei mesmo e continuei de boa lá, senti alguém sentar do meu lado, me virei e era um rapaz bem bonito, nem tinha visto ele por ali.

- O que uma bela moça faz sozinha aqui? – ele perguntou sorrindo, mandaria ele até se foder porque não quero papo com ninguém, mas ele não merece que eu desconte meu estresse nele.

- Estou apenas pensando. – respondi encarando meu copo já quase seco.

- Ahm... Me desculpe, me chamo Anderson. – estendeu a mão.

- Mellanie. – apertei sua mão.

- Bom... Estou meio sem assunto, quer dançar? – ele perguntou.

Dançar? Hum... Gostei dessa ideia.

- Claro. – disse sorrindo e me levantando.

- Vamos. – segurou em minha mão e saiu me arrastando para dentro, nossa que rapaz animadinho.

Dei uma olhada e não vi nenhum dos garotos ou da Lilly por ali, estava tocando uma musica muito animada e contagiante, nem tive tempo de pensar de qual cantor era, e o Anderson já foi colando seu corpo no meu, nossa que rápido. Dançávamos de acordo com o toque da musica, era um pouco sensual, não limitei meus movimentos e dancei conforme a musica, mexendo e esfregando meu bumbum naquele rapaz que mal sei quem é. Ele segurava em minha cintura comandando alguns movimentos, até que ele não dança mal, segurei em seu pescoço com as duas mãos, enquanto descia e subia em sua frente, o senti se “animando” ainda mais, sorri com aquilo e busquei por Justin, ele iria adorar ver sua ”mulher” se esfregando em outro cara, vem logo ver filho de uma puta.

- Você dança muito bem. – Anderson sussurrou.

- Eu sei. – sussurrei de volta e mordi os lábios.

Suas mãos subiam e desciam em minha cintura, chegava abaixo dos meus seios e voltavam, isso era bom.

- MELLANIE, QUE PORRA É ESSA? – ouvi a voz de Justin esbravejar, finalmente cara, não estava mais suportando me esfregar nesse safado.

O olhei, e ele estava quase soltando fumaça. Me soltei do Anderson e encarei Justin sorrindo.

- Nada demais maridinho, estava apenas dançando. – disse com a cara de anja que eu tenho.

- Dançando? Vem aqui comigo, caralho. – ele segurou em meu braço com força me puxando, e nem tive como dar tchau para a cobaia.

- Solta meu braço seu viado, está me machucando. – tentei puxar meu braço, mais óbvio que ele é mais forte que eu.

Ele me levou lá para fora, me jogando em cima das cadeiras.

- Qual a parte que você não entendeu que tem que se comportar como minha mulher quando sairmos juntos? Não como uma puta agora a pouco.

- Pensei que não se importasse. – disse calma, por dentro eu queria rir muito, da cara de trouxa dele. – Eu não estava como uma puta, só queria me divertir.

- Se divertir é o caralho, pare de se comportar como uma adolescente mimada e começa a por seriedade nessa droga de plano. – ele estava bastante irritado, ui.

- Dançar não mata ninguém. – eu queria rir muito.

- Que vontade de te bater, sua vadia. – ele passou a mão entre os cabelos, levantei.

- Bate. – me aproximei dele. – Mais bate com força. – sussurrei e mordi sua orelha, eu juro que não presto.

Dei um passo para trás, mas Justin segurou com força em minha cintura colando em seu corpo, o olhei fixamente com meu ar de deboche no rosto, mantinha meu meio sorriso e o encarando só pra ele se tocar de quem manda nessa porra sou eu, mesmo ele querendo ser o fodão eu sempre vou estar no comando, ele é apenas meu pau mandado. Justin me olhava, parecia que queria decifrar algo através do meu olhar.

- HEY... – ouvi a voz escandalosa da Lilly, porém nem nos movemos. – Ahm... Acho que atrapalhei alguma coisa... Bom quando terminarem ai, vamos dançar. – ela disse e se mandou de novo.

- Vamos maridinho, prometo dançar com você. – sussurrei, segurei em seu queixo com meu polegar e meu dedão e encostei meus lábios nos seus, foi bem rápido. Me separei dele.

- Eu odeio você. – ele disse, gargalhei e me virei o olhando.

- Diga algo que eu não sei. – peguei seu braço e sai o arrastando para a pista.

Wow, agora sim estava com cara de puteiro, não aquele velório. Chaz e Chris já se pegavam com umas vadias, Ryan paquerava Lilly, ri daqueles dois, sinto que ainda vai dar coisa, quase vomitei a comida do jantar quando vi umas mulheres se pegando, pelo amor de Deus, aqui tem quartos. Arrastei Justin até o bar, me sentei e pedi mais uma dose de Vodka, vi uma puta passar e chamar Justin com o dedo, ele deu um sorriso torto e levantou-se. Peguei minha bebida.

- Pra onde pensa que vai, marido? – perguntei ficando em sua frente.

- Não enche, Mellanie. Vai dançar vai.

- Eu estava dançando até você interromper, agora se comporte como um homem casado e me faça companhia. – disse sínica.

- Não vou deixar de comer uma vadia por causa de você, pode ir dançar agora.

- Tudo bem Bieber, eu vou dançar... – tomei minha dose de uma vez só. – Mas você vem comigo, dê adeus pra sua comidinha. – peguei em seu braço e o arrastei pro meio do pessoal que estavam dançando feitos loucos.

- Para de palhaçada, Mellanie. Caralho de mulher chata. – ele disse parado com cara de tédio enquanto a musica eletrônica rolava.

- Bieber... - peguei suas mãos e coloquei em minha cintura. – Finja pelo menos.

Quando eu ia começar a dançar, começou a tocar uma musica lenta, to falando, sacanagem comigo.

- Não vou dançar essa porra. – ele disse.

- Vai sim.

- É musica de viado.

- E você é o quê? – perguntei rindo, ele apertou com força minha cintura contra seu corpo, segurei meu gemido.

- O que disse vagabunda? – perguntou rude.

- Brincadeirinha amorzinho. – sorri com deboche.

- Você me tira do sério. – ele deu um tapa forte em minha bunda, que fui pra frente. – Gosta de apanhar né, vadia? – agora estávamos dançando conforme a musica.

- Depende de como seja esse “apanhar” . – sussurrei em seu ouvido, vi que seus pelinhos ali se ouriçarem.

- Depois quer dá uma de virgem Maria.

- Não disse nada demais. – dei de ombros.

Finalmente terminou aquela musica e começou uma eletrônica, Lilly veio me puxando para dançarmos juntas, que louca. E nós duas juntas não dá muito certo, vi que os garotos foram sentar no barzinho com cara de tacho, até o Justin, já que eu tinha expulsado a vadia lá. Ele quer que eu me comporte como uma boa esposa, ele vai ter que se comportar como um bom marido, pelo menos aqui nessas festas caretas. Prefiro ir a uma boate. Acho que Lilly bebeu demais, somente acho. Estávamos dançando loucamente e os garotos olhando e enchendo a cara, vi aquele tal de Anderson se aproximar, ele começou a dançar com a gente, parecia mais uma bicha encubada.

- Já volto Lilly, vou pegar algo para tomar. – praticamente berrei para que ela pudesse escutar, ela concordou com a cabeça e continuou dançando.

Fui até onde os garotos estavam e pedi um Red Bull, peguei minha bolsa que estava com o Chris e coloquei minha arma presa em minha cintura, por debaixo do vestido.

- Pra quê isso? – Justin perguntou.

- Nada não. – peguei meu Red Bull e tomei um gole.

- Mellanie, vai fazer o que com isso? – ele perguntou novamente.

- Relaxa, não vou fazer nada. – sai soltando beijinhos, meu Red Bull havia deixado lá.

Voltei para a pista de dança, onde estava Lilly e Anderson dançando, ele veio me puxando pela cintura, não estava afim de dançar mais agarrado, já tinha feito raiva suficiente a Justin, ele iria me matar se eu fizesse mais, mais o Anderson queria dançar agarrado, eu em. Deixei o coitado matar a vontade dele, e fiquei lá dançando com ele, quando senti algo em minha cintura.

- Fica quieta. – Anderson disse, olhei para o lado e era uma arma.

Peguei rapidamente a minha que estava presa em meu vestido e apontei para seu pescoço.

- Perdeu gatinho. – sem pensar duas vezes, disparei a arma, ele caiu morto no chão.

Todos gritaram e a música parou, assoprei o cano da arma e travei.

- Amiga, você tá bem? Ai meu Deus. – disse Lilly me agarrando, ela estava bêbada.

- Lilly, menos. Eu tou bem, agora ele não. – disse rindo, ela entrou numa crise de risos.

- O que foi isso? – Justin perguntou meio ofegante.

- Apenas um amador que Luc mandou pra me matar, o que acha? – disse checando os bolsos do moribundo, encontrei seu celular, o peguei.

- Hey, vamos cair fora, a policia está vindo para cá. – disse Ryan.

- Vem, vamos. – Justin segurou em meu braço e me arrastou de lá.

Lilly deu um pouco de trabalho para Ryan, mas conseguiu colocá-la no carro, entrei no carro de Justin, ele deu partida cantando os pneus, logo estávamos na estrada.

- Ainda não consegui entender o que aconteceu ali. – disse Justin com a atenção na estrada.

- Luc mandou aquele cara para me matar, simples assim. – disse dando de ombros e brincando com a minha arma.

- Você diz isso como se fosse a coisa mais normal desse mundo.

- Quer que eu faça o quê? Entre em pânico porque quase fui morta se eu não estivesse com a minha arma? – perguntei o olhando.

- Não estamos tendo cuidado.

- Não adianta sair com você ou não, porque juntos ou não sempre vão estar na nossa cola, entendeu? O único jeito é andar armado, e se fode o mais fraco.

- Mellanie, isso não é brincadeira, você acabou de matar um cara.

- E daí? Foda-se. E eu sei que não é brincadeira, vai ficar enchendo o saco por causa disso agora? – bufei,

- Só estou avisando porra. Como sabe que foi o Luc?

- Os capangas do Luc têm aquelas tatuagens escrotas de uma caveira né? – ele assentiu. – Então, eu vi no pulso dele, vi que ele não estava ali só pra me convidar pra dançar, e meu bem, você sabe que de boba eu não tenho nada.

- Deveria ter me chamado.

- Eu ainda sei me virar sozinha.

- Queria saber se não soubesse.

- Chega, esse papo tá me cansando. – coloquei a arma no porta-luvas e tirei meus saltos, estavam me matando. Vi Justin olhar descaradamente para as minhas pernas.

- Quando chegarmos em casa, vou te dizer o que vamos fazer para pegar o infeliz do Luc.

- Justin, são quase 3 horas da manhã, você acha que eu quero saber disso agora? Eu vou é dormir, depois você me conta.

- Ou fica acordada pra ouvir o que tenho a dizer, ou não fica sabendo de nada, não vou ficar repetindo.

- Filho da puta. – murmurei.

- Eu ouvi isso.

- Foda-se.

- Depois não reclame quando eu te encher de porrada.

- Quem vai bater? Você? – ri ironicamente. - Isso me dá sono, Bieber. – bocejei.

Ele me olhou mortalmente e travou o maxilar. Isso é sexy. Justin olhou pelo retrovisor e riu.

- O que foi dessa vez?

- Ryan vai comer a sua amiguinha.

- Quê?

- Eles ficaram para trás, rezar a missa da madrugada é que não vão né? – ele disse rindo. Espera, a Lilly tá bêbada... Não pera.

Enfiei a mão no bolso do Justin, ele assustou-se.

- Ei, o que está fazendo ? – ele perguntou tentando prestar atenção na estrada.

Peguei seu celular e procurei na lista de contatos o Ryan, encontrei e coloquei pra chamar, no segundo toque ele atendeu.

- Que é Bieber? – ele perguntou.

- Bieber nada, Ryan filho da puta, cadê vocês? Não vai comer minha amiga bêbada. – disse e Justin gargalhou.

- Epa, calma gatinha. Parei pra por gasolina, fica calma que a Lilly já capotou assim que entrou no carro.

- Espero mesmo, faça o favor de nos acompanhar e logo.

- Opa, estou indo já estressada.

- Tchau. – desliguei na lata dele. Que safado.

Justin ria sem parar.

- Que foi? Não vai parar de rir? Tomara que morra.

- Você é patética Mellanie, até parece que iria impedir uma foda dos dois né.

- Ninguém se aproveita da minha amiga bêbada.

- Tá certo. – ele disse parando de rir.

Em poucos minutos chegamos à mansão do Justin, eu dei graças a Deus. Catei meus saltos e sai do carro com toda a calma do mundo por conta daquele vestido que me arrependo amargamente de tê-lo vestido pra porra daquela festa.

- Se quiser ouvir o plano, to esperando no escritório. – disse Justin.

Bufei, passava pela porta Ryan carregando Lilly, realmente ela tinha dormido, depois veio Chris e Chaz falando besteira, os dois estavam bêbados, só Deus sabe como eles chegaram bem aqui, como dizem, Deus protege os bêbados, porque olha...

- Pronto senhorita, sua amiga esta inteirinha aqui. – disse Ryan, ele era o único sóbrio.

- Muito bem, coloca ela em um dos quartos de hospede. – disse.

- É o jeito né? – ele disse subindo com ela.

- Boa noite meninos, tá na hora de vocês irem dormir.  – disse pro Chris e Chaz que riam sem parar.

- Dormir? – Chris perguntou rindo. – Ah é verdade. Vamos parceiro. – ele colocou um braço em volta do pescoço do Chaz e os dois foram subindo as escadas cambaleando.

Se acordarem o Jason, eles me pagam. Fui até a cozinha e tomei um copo com água, subi as escadas lentamente, os saltos havia fudido meus pés, estavam muito doloridos, ainda tenho que ouvir o Bieber falar num sei o quê, eu mereço. Acho que ele tá fazendo isso pra tirar uma com a minha cara, ele me pegou em um péssimo dia. Finalmente cheguei a seu escritório, abri logo a porta, me deparei com uma cena deplorável e nojenta, Bieber cheirando pó, em cima de um papel havia algumas carreirinhas de pó, ele tampou um nariz e com o outro inalou uma carreirinha, eca. Suas narinas já estavam vermelhas.

- Se me chamou pra presenciar isso ai, já estou indo.

- Deixa de frescura e senta ai, até parece que nunca cheirou.

- Não, porque tenho coisas mais importantes pra fazer do que ficar me drogando, sinceramente Bieber, baixou muito de nível.

- Deixa de falar besteira e senta logo.

- Fala logo como vai ser, estou morrendo de sono. – me sentei.

- Andei falando com os garotos e alguns informantes e pelo o que me contaram Luc está viajando e vai chegar hoje à tarde, a metade de seus homens vão receber um carregamento, e a outra metade vai esperar o imbecil em um galpão pra só assim ele ir para o chiqueiro que ele chama de casa, e essa vai ser a hora que vamos entrar em ação.

- Como assim? – perguntei, ou eu sou lenta demais, ou o sono estava tomando conta já.

- Luc vai pousar em um local clandestino, poucas pessoas frequentam aquele local, já pousei lá uma vez, lá vai estar no máximo uns quatro carros com homens para fazer sua escolta até o galpão pra só assim ele ir para casa entendeu?  Então quando o Luc pousar vai ser a hora exata que vamos aparecer, exterminamos os homens dele, e pegamos o Luc. O resto a gente vê sobre o que fazer com ele.

- Isso parece fácil.

- Só parece, se os ventos tiverem a nosso favor, Luc também é muito esperto.

- Nem tanto.

- Você vai ficar aqui.

- O quê? – perguntei indignada. – Não vou ficar em casa com os braços cruzados enquanto pegam o Luc.

- Seus homens e os meus vão dar conta disso. – ele disse acendendo um cigarro, ele tragou e soltou fumaça, aff... Odeio cigarros, odeio qualquer tipo de droga, tossi. 

- Você vai?

- Vou.

- Também vou, direitos iguais.

- Não é lugar para mulheres.

- Não estou nem ai, eu vou e ponto. Nem venha querer mandar em mim.

- Às vezes as coisas não dão certo por causa dessa porra de teimosia.

- Vai ser que horas isso ai?

- À tarde.

- Eu vou e está decidido, você querendo ou não, afinal é um acordo não é ?

- Argh, faça o que quiser então caralho. – disse frio, dei de ombros.

- Era só isso? Quero dormir.  – levantei, ele levantou-se também apagando o cigarro no cinzeiro.

- Acho que está faltando o beijo de boa noite no seu marido, querida. – disse com um sorriso debochado nos lábios, ele vinha em minha direção, me poupe.

- Menos Justin, muito menos. – dei as costas e caminhei em direção a porta.

Senti ser erguida, os braços de Justin rodeavam minha cintura, eu pareço uma boneca nos braços dele, ele me colocou sentada em sua mesa, e logo se pôs no meio das minhas pernas.

- Tá de brincadeira comigo né? Estou cansada e com sono, dá pra sair do meio. – tentei empurrá-lo, ele segurou em meus pulsos.

- Você é muito chata Mellanie, por isso que não conseguimos ter uma relação amigável.

- VOCÊ que é chato, me solta Justin.

- Não vai me desejar boa noite?

- Boa noite, Justin. – revirei os olhos. – Dá pra soltar agora? – puxei meus pulsos.

- Não é assim que se deseja boa noite ao seu marido. – riu, o que esse menino tem?

- VAI. SE. FERRAR. – disse pausadamente, o empurrei com toda a minha força, pulei da mesa e sai correndo em direção à porta, por Deus consegui sair antes que ele levantasse.

- DESGRAÇADA. – ele gritou.

Corri com meus saltos na mão enquanto ria. Esse garoto tá muito doidão. Marido... Marido é o caralho. Acho que Deus não faria essa maldade comigo. Parei em frente ao meu quarto, abri a porta devagarzinho, estava um escuro total, liguei a luz e vi meu anjinho dormindo em meio a almofadas, coloquei meus saltos no chão e fechei a porta, caminhei lentamente até o banheiro, tomei um banho rápido e coloquei meu baby doll, fui até a cama e deitei devagar, puxei Jason para perto de mim, ele se mexeu um pouco.

- Mamãe... – murmurou.

- Shiii, durma amor. – sussurrei e fiz carinho em seus cabelos.

Acabei dormindo, o cansaço venceu.

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Continua?

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