Dangerous Life - Capítulo 11 - Jason stressed

- Hora de acordar, vadia. – ouvi e senti a claridade bater em meus olhos, reconheceria aquela voz até no inferno, era Justin. Nem dormir eu posso mais.

- Porque não vai dá o cú e me deixa dormir? – coloquei um travesseiro em meu rosto.

- Porque eu só faço comer, eu não dou. – falou puxando o travesseiro e a coberta.

- Porra, me deixa dormir, que saco. – Justin merece apanhar, na boa.

- Levanta logo, temos assuntos para tratar. – deu alguns tapas em minhas pernas.

- Viado, corno, infeliz.. – levantei o praguejando.

- Vai logo.

Fui até o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes, penteei meus cabelos e voltei para a cama, me joguei, estava com muito sono.

- Porra garota, levanta logo. – disse Justin mais uma vez, alguém me empresta uma arma pra me acabar com esse arrombado?

- Eu quero dormir, depois fala comigo. – ele me puxou pelas pernas até ele que estava na beira da cama em pé.

Entrelacei minhas pernas nele, e ele acabou caindo em cima de mim.

- Eu tenho coisas sensíveis aqui, entendeu? – ele disse.

- Problema seu. O que você quer, Bieber ?

- Conversar.

- Precisa ser agora?

- Bom... – ele olhou para meu busto. – Bom agora não. – me olhou maliciosamente.

Mordi meus lábios o olhando, Justin tomou meus lábios rapidamente, sua língua rapidamente entrou em contato com a minha, travando uma batalha. Esse vagabundo beija bem pra caralho, segurei em sua nuca dando intensidade ao beijo, sua língua sugava a minha com força me deixando entorpecida, sua mão apertava com força minha cintura, friccionando seu membro sob minha intimidade, golpe baixo. Contive um gemido entre o beijo, mordi seu lábio inferior e demorei um pouco para soltar, Justin fez diferente, chupou o meu e enfiou novamente sua língua dentro da minha boca, ele tinha uma pressa incrível ao me beijar, sua mão adentrou minha blusa e foi subindo, parecia que ia queimando quando sua pele encostava-se à minha, ele deslizada sua mão sobre minha barriga e dava pequenos apertos, coloquei minha mão dentro da sua blusa e passei minhas unhas lentamente sob seu abdome definido, senti ele se arrepiar, não conseguia nem raciocinar direito com ele me beijando daquela forma, que desespero, bateram na porta e voltei para a realidade, empurrei Justin que murmurou algo que não entendi.

- Quem é? – perguntei olhando para a porta.

- Sou eu Lilly, pensei que não iria mais acordar vadia. Não vai descer?

- Já estou indo Lilly.

- Vou te esperar lá em baixo.

- Tá bom.

Ela não disse mais nada, saiu. Justin me olhava com cara de tacho, ué, o que eu fiz?

- Lilly empata foda. – ele reclamou.

- Que foda? – perguntei indo até o closet.

- Que iria ter se ela não tivesse aparecido.

- Jura? – ri. – Cai fora, daqui a pouco eu desço.

- Desce logo, precisamos conversar. – ele disse arrumando seu cabelo. Não fui eu que baguncei.

- Eu já entendi. – disse e fui o empurrando até a porta, só assim ele vai embora.

Justin me puxou pela cintura e roubou um beijo.

- Para de fazer isso. – disse me soltando dele.

- Isso? – perguntou e me beijou de novo.

- É cara. – disse com cara de tédio.

- Quer que eu pare de fazer isso? – me puxou e beijou de novo, mordi seu lábio inferior com um pouco de força pra ele deixar de ser tapado.

- Cai fora. – o empurrei e fechei a porta.

Esse garoto não é normal, ontem queria me encher de porrada e hoje fica roubando beijos por ai. Recusar seu beijo é o que não vou, mais ele que não se iluda pensando que vai ganhar algo a mais, Justin é gostoso isso todo mundo sabe, mas não vale nada, isso todo mundo sabe também. Tomei um banho gelado, fui ao closet mais uma vez, procurei uma roupa legal.

Deixei meus cabelos soltos e desci, tenho que procurar Jason, o menino se some antes mesmo de eu acordar. Desci e já estavam todos tomando café, entre todos, o danado do Jason estava no meio, no colo do Ryan se deliciando de um pedaço de bolo de chocolate.

- Bom dia pessoas. – falei.

- Nossa, tão pura nesse vestido. – Lilly fez o infeliz comentário, todos riram, até eu tive que rir.

- Eu sou pura, Lilly. – respondi. Jason esticou os braços pra mim, o peguei, sentei e o coloquei em meu colo.

- E eu sou virgem. – Justin disse e rimos.

- Eu já sabia. – disse e rimos novamente.

- Mamãe, vo ser comedor. – Jason disse do nada e eu arregalei os olhos.

- Quê? Quem disse isso?

- Ele. – apontou pro Justin que deu de ombros, os garotos riram.

- Ué, tem que ser. – Justin respondeu.

- Não é pra andar ensinando essas coisas pra ele, seu tapado.

- Ele ainda vai aprender muita coisa, né Jason?

- É. – concordou com a cabeça e foi comer seu bolo.

Essas criaturas são umas más influencias para meu filho. O pior, o pai dele é má influência, mas é pai. É o que fode tudo. Peguei um copo e coloquei suco de laranja para mim, não estava muito a fim de comer, estava mais com sono, muito sono. Olhei para o bolo de chocolate que Rose havia feito, que era que o Jason estava comendo e não resisti, tirei um pedaço e fui comer, realmente estava delicioso, essa mulher tem mãos de fadas. Os garotos conversavam animadamente sobre algum carregamento de armas que eles receberiam essa semana, mais não dei muito ouvido a conversa deles, estava olhando Jason, na mesa havia facas e garfos, e qualquer coisa que ele vê é motivo pra brincar, e não se deve brincar com essas coisas, Deus me livre.

- Mamãe, vamo pala o parquinho. – disse Jason me olhando pidão. Eu havia prometido a ele, porém não vou poder cumprir, Justin disse que tínhamos que conversar sobre como vai acontecer tudo mais tarde.

- Jason, hoje não vai dar. – respondi e logo vi sua feição triste, isso dói em mim que sou mãe.

- Pute mamãe? – ele perguntou com uma voz chorosa.

- Porque tenho que resolver algumas coisas o dia todo. – tentei explicar pra ele, sei que ele não entenderia e pensasse que eu não queria mais brincar com ele, mente de criança é assim.

- Mentila! – ele gritou.

- Jason, não grite, e estou falando a verdade. – disse calma e ele saiu do meu colo em um pulo.

- É MENTILA, NAUM FITA MAIS COMIGO. – ele saiu correndo e chorando pela casa.

Ai meu Deus, Jason. Fechei os olhos e contei mentalmente até dez pra não me levantar e dar uns tapas nele, Jason é dramático demais. Quando tenho tempo sempre estou com ele, fazendo suas vontades, brincando de tudo nesse mundo , cuidando, mimando, e quando não tenho ele arma essa palhaçada? Assim não vai. Não estou o criando pra virar um mimadinho, ele tem que aprender que nem sempre vou poder fazendo tudo que ele quer, nem que pra isso ele tenha que levar uns bons tapas.

- JASON, VOLTE AQUI. – gritei, levantei da mesa empurrando a cadeira bruscamente.

- Mel, ele é só uma criança. – disse Lilly.

- Uma criança muito mimada. – disse rude e dando a volta na cozinha. Ele reze para não encontrá-lo, nessa casa enorme, mais seus gritos não o escondia de jeito nenhum.

- Mellanie, deixa o garoto. – disse Ryan.

- Não é você que vai ter que aguentá-lo quando maior, então essa mania feia tem que parar.

Sai da cozinha e procurei Jason pela sala, pelo corredor, lá fora e nada dessa criatura. Perguntei os imprestáveis daqueles seguranças se tinham visto aquele escandaloso e nada. Subi a escada mais calma, fui até o meu quarto e o procurei lá, mais ele não tem tamanho pra abrir essas portas, que porra! Ouvi seu choro, e vinha exatamente do escritório do Justin, abri a porta e lá estava ele sentado na cadeira do Justin e chorando mares e rios. Não sei como ele entrou aqui, a porta deve ter ficado aberta.

- Jason, o que deu em você em? – perguntei mais fria possível, não gostava de ser assim com ele, mais às vezes ele exagera em suas birras.

- Naum... Quelo... Falar com mamãe. Xai – ele disse entre soluços.

- O que disse? Mandou eu sair daqui, Jason? Eu sou sua mãe, eu que devo mandar em você. Fica fazendo birra por causa de motivos bestas, isso é ridículo.

- Deixe o garoto, Mellanie. – disse Justin atrás de mim.

Jason desceu da cadeira rapidamente e foi correndo até Justin, escondendo-se atrás dele, agarrando em suas pernas.

- Ele precisa de uma lição. – respondi, mais sei que no fundo não teria coragem de levantar um dedo pra bater em Jason.

- Vai bater eu... – Jason murmurou baixinho, ainda chorando.

- Vem cá, Jason. – pedi calmamente, ele negou com a cabeça.

Quando tentei me aproximar, Justin agachou-se e o pegou com certa facilidade, colocando Jason em seus braços, rapidamente Jason agarrou em seu pescoço, e suas pernas na cintura de Justin. Tá, isso me comoveu.

- Deixa que eu me resolvo com ele. – disse Justin me olhando.

- Justin, me dá o Jason.

- Eu não quelo. – disse Jason.

- Você o ouviu, Mellanie. Deixa ele aqui comigo, daqui a pouco chegamos ao quarto. – Justin disse. E essa ação dele é realmente preocupante, ele tinha abuso da cara do Jason, e vice-versa, e agora os dois estão amiguinhos.

- Vai ficar sem desenhos animados por um bom tempo, Jason. – disse.

- Ele só tem dois anos porra, dá pra parar com isso? Crianças não entendem muitas coisas, você deveria saber. – Justin brigou, Jason continuava agarrado em seu pescoço, ouvia seu soluço baixinho.

- Jason é esperto, Justin. E já entende muita coisa, isso é tudo drama dele. Onde já se viu armar todo aquele espetáculo porque não posso ir ao parquinho com ele?

- Você está estressada por causa de ontem e descontando nele. Vá pro quarto. – isso soou mais como uma ordem.

- Eu não estou estressada. – bufei. – Argh, quer saber... Fui. – abri a porta.

- Mamãe... – Jason murmurou.

- Depois ela volta, cara. – Justin respondeu e fechei a porta.

Eu sentia vontade de chorar. É, coisas de mãe realmente são patéticas. Não gosto de brigar com o Jason, talvez possa parecer um motivo bobo, mais realmente me estressei, e talvez Justin tenha razão, devo estar assim pelo acontecido de ontem, daquele atentado do Luc, filho da puta. Mal posso esperar pra pegá-lo. Mas o que mais me impressiona, é esse lado protetor de Justin com Jason que eu ainda não conhecia, vai saber, talvez os instintos paternos falem mais alto, mesmo Justin não sabendo que é pai de Jason, e espero que ele não saiba, ainda. Não fui para o quarto, como o senhor sabe tudo Justin mandou, afinal ele não manda em mim, desci as escadas e estavam todos na sala conversando, me viram e ficaram em silêncio, caminhei até a porta principal.

- Pra onde vai, Mel? – Lilly perguntou.

- Dar uma volta.

- Você não pode sair sem seguranças, Mellanie. – disse Chris.

- Eu não vou sair de casa, vou dar uma volta no jardim. – respondi e sai.

Agora vai ser assim, a cada passo que eu der, vai ter um macho na minha cola garantindo minha segurança, já deixei bem claro que eu sei me cuidar, mas eles não entendem. Nem sei como o ogro do Justin tem um jardim aqui, talvez ele nunca venha aqui, e esse jardim é apenas mais um trabalho para as empregadas, ter que aguar, limpar e aparar as flores. Tinha uma grama ali embaixo de uma árvore, bem no finalzinho do jardim, me deitei e fiquei olhando para o céu, esses dias estão sendo mais corridos do que os outros. Eu parecia estar calma, mas no fundo estava nervosa, só em saber que daqui a algumas horas, se tudo ocorrer como pensamos, estaremos com o Luc em nossas mãos, vou olhar para aquele filho de uma puta e rir muito da cara dele, ah se vou.

- Aconteceu alguma coisa? – era Chaz.

- Não que eu saiba. – respondi e ele sentou-se ao meu lado.

- Tá tudo bem com o pequeno Jason? – perguntou novamente.

Apesar de Chaz ser meio idiota às vezes, ele é um cara legal. E muito inteligente, essa criatura descobre o que quiser, só em pegar em um computador. Mas mesmo assim, continua sendo idiota.

- Sim, está. – revirei os olhos. – Justin está com ele.

- Justin? – ele arregalou os olhos, ri de leve.

- Sim, impressionante né? – perguntei e ele assentiu.

- Pelo que eu saiba os dois não se davam muito bem.

- É, mas estamos falando de Jason, qualquer pessoa que não seja a mãe dele, ele é legal. Já comigo, faz palhaçadas como essas. – bufei.

- Jason tem muito que aprender ainda, relaxa. Ele é só uma criança.

- Se ele ainda criança reage desse jeito, imagine quando for maior? Acho que não vou aguentar. – Chaz riu.

- O pai dele deve ter um gênio muito forte, porque você é meio calminha.

- Sim, o pai dele tem um gênio muito forte, pode apostar. – respondi, e dei um meio sorriso.

O gênio de Justin é coisa de louco. Jason puxou totalmente a ele. Acho que ele vai me dar bastante trabalho. Fiquei jogando papo pro ar com o Chaz, ao contrário dos garotos ele não ficava falando em drogas, carregamentos ou prostitutas, ele tem um papo legal e pensa longe, pensa além dessa vida de crimes, dessa vida perigosa.

- Ei vocês dois, Justin quer bater um papo com a gente. – Chris gritou.

- Beleza. Ele deve ter acalmado a fera. – brinquei me referindo ao Jason, e Chaz riu.

- Também não é pra tanto. Jason é um carinha legal. – nos levantamos e começamos a andar.

- Sei que sim, mais é insuportável quando quer. – falei por fim.

Entramos em casa e Ryan, Chris, Lilly, Justin e Jason estavam sentados no sofá. Jason estava sentado no colo do Justin, sem dar nenhum piu, apenas observando a conversa dos adultos, me admirei da amizade dos dois. Olhei para Jason e ele parecia sentir medo de mim, agarrou-se ainda mais a Justin, que me olhou fazendo sinal para que eu sentasse, Chaz sentou ao meu lado.

- Então? – perguntei.

- Marquei com o pessoal pra gente se encontrar lá no galpão dentro de 30 minutos, temos que passar para eles como vai ser para mais tarde. – Justin disse.

- Era só isso? – revirei os olhos, ele assentiu. – Lilly vai com a gente?

- Se ela quiser. – ele continuou.

- Tou dentro, não perco essa por nada. Ainda vou acertar um tapa na cara daquele infeliz pra descontar. – Lilly disse.

- Como assim? Ele já te bateu? – perguntei com os olhos arregalados, dessa daí ela não tinha me falado.

- Foi, uma vez que ele queria transar comigo, eu não quis e acertei seu saco, então ele devolveu com um tapa. Mas isso faz muito tempo, ele nem era tão poderoso assim, mas vou descontar. – deu de ombros e eu ri. Lilly sempre doida.

- Você é louca. – disse.

- Eu sei. Então, eu vou indo em casa, tomar um banho e trocar de roupa. Encontro vocês onde? – ela perguntou.

- Eu te deixo em casa, te espero e voltamos para cá. – Ryan disse.

- Tudo bem. – Lilly respondeu.

- Huum... Lilly não vai convidar o bom moço Ryan pra te ajudar a tomar banho né? – perguntei rindo, os garotos riram e ela me fuzilou com os olhos.

- Se ele quiser... – ela mordeu os lábios, e Ryan arregalou seus olhos azuis.

- Opa. – ele disse e rimos. Que bando de safados, não se salva mais nenhum.

- Pelo amor de Deus, vão logo se pegar. – disse Chaz e Ryan deu um dedo pra ele, saindo de casa com a Lilly safada.

- Vou tomar banho. – disse Chris levantando-se.

- Também vou. – Chaz disse.

- Tomar banho juntos? Desconfiei. – disse Justin rindo e os dois passaram e deram um tapa na nuca de Justin.

- Filhos da puta! – disse Justin.

- A Pattie aquela gostosa. – disse Chris rindo junto com Chaz.

- Vão se fuder seus merdas. – Justin gritou.

Chris e Chaz sumiram naquela enorme escada. E na sala mantinha aquele clima tenso, Justin com o Jason, ele nem olhava pra minha cara. Isso vai longe.

- Quem vai ficar com ele? – Justin perguntou referindo-se a Jason que agora estava mais interessado no relógio de Justin.

- Jack. – dei de ombros e levantei. – Vou tomar banho.

- Eu também tenho que ir tomar banho. – disse Justin levantando-se com Jason, que se recusava a ficar no chão.

- JACK! – gritei e em segundos ela apareceu na sala. – Fique com o senhor dramático.

- Vem Jason. – disse Jack estendendo os braços para Jason, logo de inicio ele não quis ir, mais viu depois que não tinha escolha, e não me tinha pra fazer seus gostos.

Jack o levou e fui subindo as escadas, Justin vinha atrás, chegamos no corredor.

- Não precisa ficar diferente com o garoto. – Justin comentou.

- Não venha dizer o que eu devo fazer com o meu filho, Justin. Enquanto eu achar que ele está merecendo, é assim que vou agir. – respondi parando e o olhando.

- Cadela, ele só tem dois anos, você não entendeu? – perguntou estúpido.

- E desde quando você se importa com isso?

- Não sei como o pai de Jason foi tão louco a deixar você cuidar dele.

- Eu que não fui louca em deixar Jason ser criado por ele. Agora, deixa de besteira e vai tomar teu banho, vai. - caminhei em direção à porta do meu quarto.

- Eu não terminei de falar. – ele disse ríspido e agarrou em meu braço.

- Não interessa. Afinal, nada do que você diz é importante pra mim.

- Então escuta essa, você vai ficar em casa cuidando do seu filho. – ele disse e riu sarcástico.

- O quê? – perguntei irônica. – Já disse que não é pra dizer o que eu tenho o que fazer, tá me ouvindo? – enfiei o dedo em sua cara.

- Tira o dedo da minha cara, Mellanie. – ele disse demonstrando raiva.

- E se eu não tirar? – o desafiei.

Justin me empurrou na parede e me encurralou, suas mãos foram para meu pescoço, pensei que ele iria me enforcar e deixar marcas terríveis ali, mas não , ele passou levemente suas mãos por ali e desceram para meu busto, uma mão segurou em meu rosto, e ele afundou sua cabeça em meu pescoço, dando alguns beijos naquela região, fazendo meu sangue ferver, o que ele pensa que está fazendo ?

- Odeio quando você me desobedece. Odeio ainda mais o fato de não poder te bater como merece, Mellanie. – sussurrou e afastou-se um pouco de mim, foi muito rápido, só senti o ardor de sua mão em meu rosto. Justin havia me acertado um tapa.

- SEU FILHO DA PUTA. – gritei e voei pra cima dele.

Acertei alguns tapas em seu rosto, mas queria bater mais. Ainda não acredito que esse animal me deu um tapa, isso não iria ficar barato. Mas Justin segurou em meus pulsos impossibilitando qualquer tipo de movimento com os braços, então o chutei.

- PARA COM ISSO, SUA PUTA! – ele disse me jogando novamente contra a parede.

Minhas costas doeram com o impacto, mesmo assim fui pra cima dele novamente, dando tapas onde pegasse.

- Tá louca caralho? Só dei o tapa que estava merecendo há muito tempo. – ele voltou a segurar em meus braços, segurou com uma mão só e a outra abriu a porta do meu quarto.

- Você vai se arrepender de ter feito isso, Justin.

- Cala a boca porra. Vai logo tomar banho antes que eu me aborreça e te deixe ai trancada. – ele me empurrou pra dentro do quarto e fechou a porta.

- VAI TOMAR NO SEU CÚ, SEU MERDA. – gritei.

Sei que ele não trancou a porta, mas não abri porque se não algum de nós iria sair morto, filho de uma rapariga, como ele ousa? Chutei a porta com raiva. Ele me deu só um tapa, mais em compensação distribui vários nele, nunca vou sair perdendo, ele tem que saber disso ainda. Me recompus, e fui pro banheiro. Não vou deixar o plano de lado por causa desse viado estressado, tomei meu banho rapidamente e fui até o banheiro, vi que ficou a marca dos dedos de Justin, que ódio desse puto. Fui até meu closet e procurei uma roupa.

Coloquei umas botas legais, passei uma maquiagem leve, perfume e pronto. Ah, peguei minha arma na bolsa que eu fui pra festa ontem e recarreguei. Coloquei ela do lado por dentro da minha calça colada, e a blusa por cima, claro que qualquer idiota saberia que aquilo era uma arma, mas na mão é que não vou andar. E tem que saber mesmo que é uma arma pra não se meter o espertinho, porque desse tipo o mundo já tá cheio, por isso que é essa merda que é hoje.  Fui novamente ao espelho e a maquiagem deu pra esconder a marca dos dedos daquele traveco encubado, sai do quarto e desci, vi que Lilly já estava lá toda arrumada assistindo TV em um tédio só, nem sinal dos garotos.

- Que bom que desceu, estava quase indo lá. – Lilly disse e me olhou. – O que foi isso no seu rosto?

- Justin me deu um tapa. – respondi e sentei ao seu lado.

- O QUÊ? COMO ASSIM? POR QUÊ? ELE PERDEU A NOÇÃO DO PERIGO?

- Fala baixo porra, deixa de ser escandalosa. Ele me deu um, eu descontei com vários, porém creio que nenhum ficou a marca nele, como aquele desgraçado deixou o meu.

- Nossa amiga, mais por quê?

- Ah ele veio com o papo do Jason, que eu não deveria fazer isso com ele e bla bla blá. Não aguento ninguém falando pra mim o que eu devo fazer ou não, então já viu né...

- Vocês dois é um caso sério viu. – ela disse.

- Ah quero mais que ele se foda. – dei de ombros. – Então gata, como foi lá com o Ryan? – perguntei maliciosa e ela riu.

- Não foi nada idiota. Ele só me esperou. – ela disse rindo.

- Jura que eu acredito, aham sei.

- Tô falando sério, Mel. Só pra constar, ele nem entrou em casa, ficou lá fora no telefone.

- Nossa. – disse, pensei que os dois tinham se pegado. – Ele é um frouxo.

- Quem é frouxo? – Chris perguntou, ele vinha descendo junto com o Chaz e o frouxo do Ryan.

- O... – Lilly tampou minha boca.

- O vestido que eu comprei ontem, é frouxo. – Lilly respondeu, que vadia mentirosa.

- Uhum sei... – Chris disse.

- Cadê o Justin? – Ryan perguntou.

- A noiva ainda está se arrumando. – respondi e eles riram.

- Você tem um péssimo humor, Mellanie. – ouvi a voz rouca de Justin, ele vinha descendo da escada, ri sarcástica.

- Você acha? Nem acho. – disse rindo e dando de ombros, Lilly riu da minha ousadia. Era pedir pra apanhar mais do Justin.

- Cala a boca porra. Vamos logo. – ele disse rude.

Revirei os olhos e nos levantamos.

Iríamos em uma van para o galpão, os carros estavam nas oficinas, estavam fazendo revisão para que nada desse errado mais tarde, Luc não pode escapar. Chaz foi dirigindo, fui o caminho inteiro tagarelando com a Lilly, mas pude perceber a marca da minha unha no pescoço do Justin, sorri satisfeita, bem feito vagabundo. Comecei a rir sem parar, Lilly me olhou com as sobrancelhas unidas.

- Que foi louca? – ela perguntou.

- Nada ué, deu vontade de rir. – respondi dando de ombros e vendo os garotos nos olhar.

- Você é idiota. – Lilly disse.

- Cala a boca, me deixa ser feliz sozinha. – respondi e ele bufou.

Depois da minha crise de risos, fui o caminho inteiro calada pensando no Jason. Minha vontade é de agarrá-lo, o encher de beijos, e dizer que a mamãe não é essa pessoa má como ele deve estar pensando. Jason... Jason o que fazer contigo? Vai ser estressado igual ao Justin, disso eu já tenho certeza.

- Chegamos. – disse Chaz. Meu pensamento estava tão longe, eu nem demorou tanto, até porque isso aqui é muito escondido.

Lilly abriu a porta e fomos descendo. Não me lembro de ter vindo aqui já, afinal pra quê o Justin iria me trazer no galpão onde ele guarda todos seus carregamentos de droga e armas? Isso aqui era enorme. O meu também, aliás, tá com um tempinho que não ando lá, mas para isso tenho o Renan cuidando de tudo, em falar em Renan... Meu celular tocou, era ele.

- Alô? – atendi enquanto andávamos em direção ao galpão, era uma caminhada e tanta.

- Onde você está? Já estou aqui no galpão do Bieber há séculos, isso aqui está me fazendo mal. – Renan sempre odiando Justin, gargalhei.

- Calma, já estou aqui.

- Venha logo, tchau.

- Tchau. – desliguei.

- Quem era? – Lilly perguntou.

- Renan.

- O que ele queria?

- Deixa de ser curiosa menina.

- Eu em. – ela fez bico e eu ri.

Chegamos à entrada do galpão, tinha quatro brutamontes armados garantindo que só entrassem os autorizados ali, Bieber sempre cuidadoso com suas coisas.

- Senhor Bieber. – um falou, Justin pareceu não se importar e apenas adentrou.

Fui seguindo os garotos com a Lilly. Lá dentro estavam todos os homens do Bieber, e do outro lado, os meus. Parecia mais um campo de batalha pronto para se atacarem, mas não eram nada disso, eles apenas não se suportam. Caminhei até Renan, Lilly vinha comigo, enquanto os rapazes foram  com o Justin.

- Oi, como vocês estão? – Renan perguntou me abraçando, e abraçando Lilly em seguida.

- Na medida do possível. – respondi.

- Eu estou bem. – Lilly respondeu dando de ombros e encarando aquela macharada toda.

- Aconteceu alguma coisa com o seu rosto, Mellanie? – Renan perguntou preocupado.

- Nada demais, mas foi muito bem descontado, não se preocupe.

- Parece que o Bieber não tem amor a vida. – ele disse entre dentes.

- Calma, já disse que foi bem descontado, vamos ao que interessa. Temos que pensar somente no nosso objetivo, vamos deixar as diferenças de lado. Sabe que seremos um só exército pra pegar aquele filho da puta.

- Sim eu sei. Não vamos falhar. – ele disse e assenti com a cabeça.

- Fox, peça para seus capangas prestarem atenção no que vou falar agora. – disse Justin mais indiferente possível, ah claro ele estava na frente dos seus capangas, tem que por a pose de autoridade máxima, tá bom Bieber.

- Comece, eles estão ouvindo. – disse cruzando os braços.

(...)

Justin e os garotos passaram o esquema para o pessoal, claro que Renan não gostou de algumas coisas porque ele não queria receber ordens do Justin. Mas no final ele concordou, como eu já disse, vamos nos unir por um único objetivo. Já estava na hora do almoço, Chris e Chaz não paravam de reclamar e olha porque já estávamos chegando à mansão do Bieber.

- Dá pra dirigir mais rápido, Chaz? Não aguento mais ouvir vocês reclamando de fome, porra cara. – disse Justin estressado, como sempre.

Revirei os olhos e continuei minha conversa com a Lilly, nunca ficamos sem papo, é incrível. Finalmente chegamos à mansão do Justin, eu estava quase pulando de dentro da van, porque ficar aguentando abuso do Justin é foda, principalmente agora que estou com ódio dele por ter me dado um tapa, filho da puta mil vezes. Assim que entrei na sala já pude sentir o cheiro da comida da Rose, lambi os lábios.

- Mellanie, vou indo em casa, preciso resolver algumas coisas. – disse Lilly.

- Fica para o almoço bitch, não creio que vai perder o almoço da Rose. – disse indignada, os garotos já haviam subido pra tomar banho.

- É que...

- É que nada, fica pra almoçar.

- Preciso de um banho vagabunda...

- Roupa é o que não me falta, vem te empresto uma. – segurei em sua mão e fui a puxando escada a cima.

- Mas e a calcinha?

- Pelo amor de Deus Lilly, deixa de complicar as coisas, tem calcinha ai que eu nunca usei na minha vida.

- Tá bom, você venceu. – ela disse fazendo bico, gargalhei e entramos no quarto.

Jack estava com o Jason, ele estava sentado na cama brincando com uns carrinhos.

- Oi Jason. – disse Lilly sorridente e indo ao seu encontro.

- Lilly, vou procurar uma roupa pra você. – disse entrando no closet. – Quer vestir o quê?

- Um short e uma blusa normal está bom. – ela disse.

- Então tá.

Peguei o que ela pediu e uma calcinha nova, sai do closet e entreguei pra ela.

- No banheiro tem toalha.

- Tá bom, estou indo. – ela caminhou em direção ao banheiro.

- Pode ir Jack, eu me viro aqui.

- Tá bom senhora. – Jack respondeu.

Me levantei e fui até o closet novamente, afim de encontrar uma roupa pra vestir, estava fazendo calor, então vou optar por o mesmo look da Lilly. Senti alguns tapinhas em minha perna, olhei para baixo, era Jason.

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