Dangerous Life - Capítulo 9 - My exception

Finalmente pude prestar atenção no filme que nem era tão assustador assim, mas o mala do Chris estava se cagando de medo, de vez em quando ele dava uns gritinhos junto com o Chaz, esses dois. O que tem de bandido tem de idiotas. Passou-se uns 20 minutos e Justin já estava deitado de novo com os pés em cima das minhas pernas.

- Justin, deixa de ser folgado e se ajeita ai.

- Eu não.

- Também quero deitar.

- Tem alguém te impedindo?

- Então tá né, abre as pernas.

- Que isso gente? Pornografia uma hora dessas? – Ryan disse e ri.

Justin abriu as pernas, me levantei e deitei entre suas pernas, mas não fui tão delicada assim.

- Ai meu pau caralho, não sabe sentar direito? – Justin reclamou.

- Vish, comeu. – Chris disse e ri.

- Cala a boca Chris. Justin parece uma bichinha, não pode sentir uma dorzinha e já reclama. – disse me ajeitando.

- É porque você não tem um pau e duas bolas entre as pernas, são sensíveis caralho.

- Cala a boca vocês, não consigo ouvir mais o filme. – Chaz reclamou e nos calamos.

Nós juntos, reunidos dessa forma assistindo um filme como os adolescentes fazem nem parece que temos uma penca de crimes nas costas, mas como dizia minha mãe, as aparências enganam. E enganam muito.

- Justin? – sussurrei, vai que o Chaz reclama de novo. – Tem alguma coisa me cutucando aqui em baixo.

- É o controle. – ele disse e pegou me mostrando. Mas ainda tinha algo me incomodado.

- Isso é um controle? – perguntei e passei a mão sob seu membro, nossa senhora, o que é isso? 

- Merda, quer me deixar duro Mellanie? – sussurrou e soltei um riso abafado tirando minha mão de lá. Isso é um perigo, um perigo que gostaria de me arriscar. É tentador.

- Terminou! – Ryan disse levantando e se espreguiçando. – Ai galera, vou indo dormir, amanhã tenho que tá esperto logo cedo.

- Falou. – Justin respondeu.

- Também vou indo. – Chris levantou-se

.

- Também to ralando. – Chaz disse e logo os rapazes sumiram na escada.

- Vou indo também. – fui me levantando, mas Justin me impediu segurando firme em minha cintura.

- Calminha. Porque gosta tanto de me provocar em? – falou e roçou seu membro na minha bunda, arfei.

- Gosto? – murmurei e ele continuou.

- Adora, pelo visto.

- Impressão sua, para com isso se ficar duro não vou matar suas vontades.

- Porque não? – mordeu minha orelha e friccionou minha bunda em seu membro soltando um abafado suspiro.

- Porque não sou pro seu bico, Justin. – me virei rapidamente e puxei seu lábio inferior com os dentes, e me levantei em um pulo.

- Você anda muito convencida para o meu gosto. – ele levantou-se levemente irritado.

- Só disse a verdade. Boa noite. – soltei um beijo no ar, e antes de por um pé na escada, senti ser erguida.

- Se faz de difícil mais sabe que come na minha mão. – me virou me segurando pela cintura.

- Quem te garante isso, Bieber? Agora o convencido da vez é você. – respondi o olhando fixamente.

- Suas ações te entregam.

- Minhas ações são normais, você está vendo coisas onde não tem.

- Quer dizer que você trata assim todos os homens que conhece? Tratou o pai do Jason assim também?

- Eu trato todos normal. O pai do Jason foi uma exceção, Justin. – o provoquei.

Sei que ele está se mordendo pra saber quem é o pai do Jason, mal sabe ele, que se trata do próprio.

- Eu pensei que eu fosse a exceção.

- Pensou errado. Ele foi uma bela de uma exceção até porque me presenteou o Jason, não acha?

- Chega, esse papo está me cansando. – disse irritado e me soltando de uma forma brusca, ele passou na frente e foi pisando firme. Gargalhei baixinho enquanto subia os degraus, pobre Bieber.

- Você não queria saber? Vou te dizer quem é.

- Não quero saber quem é o filho da puta, Mellanie.

- Então o pai do Jason...

- Cale a porra da boca, já disse que não quero saber.

- Sabe, eu o conheci de uma forma bem estranha... – continuei.

- Você não me ouviu? Eu disse que não quero saber, porra. -  ele parou na minha frente segurando em meu maxilar, estávamos no corredor.  O olhei fixamente. – Não me olha assim, vadia. – ele me soltou.

Justin estava quase cuspindo fogo, e isso é divertido para mim. Vê-lo irritado, querendo quebrar e acabar com tudo me diverte. Me aproximei dele e rocei meus lábios em sua orelha.

- Você está sendo minha exceção, Justin. – sussurrei.

Fui arrastando meus lábios por seu rosto até chegar ao meu local desejado, sua boca. Ele agarrou minha cintura com força e me beijou com voracidade, isso é só a raiva que eu o fiz, fomos nos beijando até chegar ao quarto dele, que eu me apossei, no final do corredor, me separei dele para não acordar o Jason.

- Se quiser, pode dormir aqui, mas vai ter que dividir com o Jason.

- Porque não coloca o moleque pra dormir em outro quarto? – perguntou tirando os supras, em seguida a blusa. Ai meu Deus, que calor.

- Porque não. Ele passa a noite assim, não vai se mexer.

- Menos mal. – ele deu de ombros e veio me agarrando, beijando meu pescoço.

- Justin, eu não vou transar com você.

- Mellanie, não me acenda se sua intenção na for dar pra mim, ok? Só vou dormir contigo no dia que eu te foder, aí sim vou querer ver te acordar depois de uma foda. – ele disse bravo, pegou suas coisas e saiu.

Nossa como ele está estressadinho. Será que ele ficou bravo porque falei do pai do Jason? Mas como ele vai ficar bravo com ele mesmo? Vai entender. Ri dos meus pensamentos e fui deitar do lado do meu bebê que dormia feito um anjo. Ri baixinho, deixar Justin irritado é o que mais me diverte, fiquei mexendo nos cabelos do Jason até ficar sonolento, o que não demorou muito.

 (...)

Acordei com meu celular tocando exatamente as 7:00 da manhã, era o viado do Renan, nem acredito nisso velho, senti um peso na minha barriga e vi Jason dormindo de  um jeito engraçado, seu rosto e suas mãos estavam em cima da minha barriga e o resto do corpo na cama, como ele veio parar aqui ? Ri e atendi o corno do Renan.

- Porra cara, são 7:00 da manhã em pleno domingo, você tem noção disso? – disse estressada.

- Wow calma madame, entendo seu estresse porque eu tive que acordar muito mais cedo, enfim... Não sei se você lembra mais temos uma carga pra receber hoje daqui a uns 30 minutos, e você sabe que o negociante só fecha o negócio com você.

- Tinha esquecido esse mero detalhe. – bufei. – Me espere em frente à casa do Bieber, vou me arrumar.

- Estarei aguardando.

- Beleza, ah... E fale com alguns capangas, você sabe que não podemos dar brecha em nada.

- Pode confiar chefia. – disse Renan e desliguei.

Como eu pude esquecer essa merda? Argh. Não deveria ter marcado para um domingo, ninguém merece. Joguei o celular do outro lado da cama, e tirei devagar Jason de cima de mim, ele nem se mexeu. Me levantei e fui em direção ao banheiro, tenho menos de 30 minutos, sacanagem, tomei banho e fiz minhas higienes, nem molhei o cabelo, o frio estava enorme. Me enrolei no roupão batendo os queixos e fui até o closet, procurei algo que amenizasse esse frio.

Peguei minha arma dentro da gaveta de calcinhas e verifiquei se estava carregada, terminei de me arrumar, dei um beijinho no meu anjo e sai do quarto. Desci as escadas ainda bocejando, não é meu forte acordar cedo, nunca foi. Ouvi as vozes das meninas, Jack e Rose e outras empregadas que eu não sei o nome, nem conheço.

- Bom dia meninas. Suco de laranja, por favor... – disse pra Rose.

- Milagre a senhora ter acordado tão cedo. – ela comentou, estou falando é de se admirar.

- Verdade Rose, se eu não tivesse um carregamento pra receber ficaria dormindo, está um frio terrível. – passei as mãos nos braços, ela riu.

- Aqui está. – ela me entregou o suco.

- Jack... – tomei um gole, estava delicioso como sempre. – Olhe o Jason, ele ainda está dormindo.

- Sim senhora. – assentiu com a cabeça e caminhou em direção das escadas.

- Bom... – tomei mais um gole. – Não vou demorar, tchau.

- Tchau senhora.

Saí pela porta da enorme mansão do Justin e de longe avistei o carro do Renan, acenei pra ele que foi logo entrando no carro e o ligando, apressei meus passos e os lesos dos seguranças do Justin foram abrindo o portão e ficaram me olhando com aquela cara de cú.

- Temos 5 minutos pra chegar ao porto. – disse Renan assim que entrei, coloquei o cinto. Andar de carro com esse louco é sempre uma aventura.

- Relaxa, qualquer que seja o filho da puta que eu for negociar ele tem que me esperar. – dei de ombros e ele deu partida.

- Como está sendo conviver com o fodão Bieber? – ele praticamente cuspiu o sobrenome do Justin, Renan o odeia, o porquê eu não sei.

- Estou sobrevivendo meu caro... Como vai a construção da minha mansão? – perguntei animada, não vejo a hora de sair debaixo do teto de Justin.

- Está tudo nos conformes, apenas algumas coisas importadas atrasaram, mas em poucas semanas você já pode se livrar do Bieber.

- Assim espero.

Renan pisou fundo no acelerador, ele faltava voar praticamente.  Era da hora andar com ele, atrás vinham dois carros dos meus homens, andar protegida é sempre bom, ainda mais quando se tem inimigos pra dar e vender. O porto era um pouco longe, por ser clandestino e poucas pessoas sabiam, só as que trabalham nesse ramo. Nem o FBI desconfiava, ou se já , nunca colocaram os pés por aqui. Chegamos em 15 minutos, Renan foi em 160 por hora, que louco. Ele estacionou e descemos, ajeitei minha arma em minha cintura e fomos caminhando para uma casinha ali perto, onde ocorria as negociações, tinha três carros ali em volta. Meus capangas vinham atrás, Renan bateu na porta e logo fomos recebidos por um cara mal encarado, armado e com cara de fodão, me poupe. Já basta o Justin se achando o rei da cocada preta.

- Que bom que chegaram, pensei que não viriam mais. – disse um cara em nossa direção e estendendo a mão pra mim, ignorei essa formalidade toda e passei direto.

- Sou uma mulher de palavra. – disse e analisei algumas pessoas que estavam ali. Quer dizer, capangas, tinha uns 15. – Pra que tanto capanga? Você está negociando com uma mulher, não deveria ter tanto medo assim. – ironizei.

- Justamente, por ser uma mulher que temos que ter esse cuidado. Nunca sabemos que hora que ela vai atacar. – o cara que eu nem sabia o nome respondeu acedendo um charuto. 

Que no mesmo instante conheci que era vagabundo, o cheiro é terrível. Mais um fudido se passando por magnata, mereço. 

- Me poupe dessas coisas e vamos direto ao ponto. 

Sentamos em uma mesa, estou vendo que essa bagaça vai demorar.

Justin’s POV

Estou com uma vontade enorme de matar a filha da puta da Mellanie, essa vadia me tira do sério. Sem falar que estou com a mesma vontade de comer aquela boceta deliciosa que ela tem, céus! Mas isso não muda o fato de ela merecer apanhar por sacanear comigo, ninguém faz isso com Justin Bieber, porém não posso descontar minha raiva nela porque temos um acordo, e enquanto não fazermos o prometido nada de bater na vadia Justin, pelo menos vou me controlar.  Depois dela tirar onda com a minha cara, sai do quarto enfurecido e fui comer uma vadia que Chaz contratou, deu pro gasto, a cachorra tinha uns peitos enormes, qualquer um se perderia , fiz uma espanhola gostosa ali. Comi a puta pensando na Mellanie, ainda vou comer aquela porra e vou a ouvir gemer bonitinho o meu nome.

Pois é Justin Bieber, deixa de pensar na vagabunda da Mellanie e vamos cuidar dessa vida que tem muita coisa pra fazer. Mas como deixar de pensar quando se tem um moleque chorando sem parar, Jason é chato igual a mãe dele, sem falar que ele não vai com a minha cara e nem eu com a dele. Legal né? E ainda mais ele tem uns ciúmes da porra da Mellanie. Nunca vi.

- Garota, faz esse moleque calar a boca um minuto se quer. – disse pra menina que cuida do moleque, isso estava me irritando, o choro dele me irrita.

- Sim senhor. – ela assentiu com a cabeça e pegou o moleque nos braços.

- Pra onde foi a vadia da Mellanie? Deveria estar cuidando desse chorão.

- Não sei senhor, ela saiu cedo e não voltou ainda.

- Eu mereço. – bufei. – Sai.

Ela saiu e fui tomar um banho, são 10:00 da manhã , não consegui dormir mais porque tinha um ser berrando, Jason. Tomei um banho rápido, me arrumei e desci, lá em baixo já estava Chris, Chaz e Ryan tomando café enquanto cantava as empregadas, esses folgados vivem aqui praticamente.

- Tem casa não bando de porra? – perguntei me sentando.

- Bom dia ai também fera. – disse Chris se entupindo de coisas. Filho da puta pra comer.

- Bom dia nada, péssimo dia.

- Quê que tá pegando? – Chaz perguntou.

- Nem descansar na minha casa eu posso com essa criatura que não para de chorar um minuto se quer, dá vontade de tampar a boca dele com fita engomada.

- Você está falando do Jason? Ah cara, coitado da criança. – defendeu Ryan. – Ei menina, trás aqui o Jason pro tio Ryan.

Agora deu, Ryan babando o moleque. Revirei os olhos e fui tomar meu café. A tal de Jack gostosinha trouxe o pivete e deu pro Ryan que o sentou em suas pernas, o olhei e ele estava todo vermelho de tanto chorar, incrível a semelhança com a vadia da Mellanie.

- O que foi carinha? – Ryan perguntou pro Jason.

- Quelo a mamãe. – ele choramingou, vai começar de novo?

- Em falar nisso, cadê ela mesmo ? – Chaz perguntou.

- Vai saber... – dei de ombros.

- Bom, eu não sei onde está a sua mãe, mas vamos comer aqui e depois ela chega. . – continuou Ryan conversando com o moleque.

Ryan colocou um pedaço de bolo no prato e Jason pegou com as duas mãos levando em direção à boca. Ele não queria a mãe dele que nada, isso é só fome e querendo chamar a atenção, o garoto é mais amostrado do que eu.

- Ei mano, vai com calma, se tu morrer engasgado quando tua mãe chegar ela me mata também. – disse Ryan dando suco pro Jason, o safado riu.

Falei com os caras sobre o arrecadamento de dinheiro que temos que receber de uns traficantes, mas não dá pra ir pra porra de canto nenhum com esses três inúteis babando o ovo do filho da Mellanie. Bufei e fui pro meu escritório,  depois eles vão da conta do dinheiro, tenho problemas maiores para resolver, por exemplo, Luc, ele é meu maior problema até agora, mas não vai ser por muito tempo. Aquele fudido pisou no calo da pessoa errada. 

Mellanie’s POV

Depois que finalmente recebi minha carga, fui resolver alguns assuntos com uns manés que estavam me devendo um dinheiro e deveriam ter pagado há séculos, eles levaram uma surra básica pra aprender a pagar no dia certo. Estava voltando pra casa com o Renan, ele ainda corria pelas cidades de Los Angeles, depois que pegar uma multa ele vai se aquietar. Senti meu celular vibrar, pois estava em silencioso, o peguei e vi que era a bitch da Lilly.

- Fala vadia. – disse assim que atendi e ouvi suas risadas.

- Quanto amor, Mel.  – revirei os olhos. – Como vai?

- Bem Lilly e você? Que milagre é esse me ligando?

- Estou ótima gata. É só pra dizer que estou indo na sua casa, ou do Bieber, como preferir.

- Aquela casa não é minha, só estou lá por algumas semanas.

- Vai deixar o Bieber? – riu. – Não seria capaz.

- Lilly, vai se fuder ok? – rimos. – Estou indo pra casa também, estava resolvendo algumas coisinhas pra alegrar meu domingo.

- Amanheceu com disposição?

- Que nada.

- Pois até já, vou passar aqui no supermercado e comprar o chocolate branco que o Jason gosta.

- Babona. – rimos. – Diz que ele é chato, mas fica fazendo seus gostos né?

- Sabe como é né? Sou uma tia coruja e eu não resisto aquela carinha. – rimos.

- Sei, então até mais.

- Até. – desliguei.

Guardei o celular e olhei para a janela, já estávamos na rua da mansão do Justin, que Renan rápido.

- Qualquer coisa de urgência, você resolve ok? – disse para o Renan enquanto passávamos pelo portão.

- Tudo bem e qualquer coisa você me liga. Sabe que eu...

- Que você não confia no Bieber. – repeti a frase que ele sempre diz, ele sorriu e assentiu com a cabeça. – Sim eu sei, qualquer coisa eu vou te ligar.

- Tá bom.

- Bom domingo e não voe pelas ruas ok? – ele riu e concordou com a cabeça. Claro que ele não iria me obedecer.

Sai do carro e acenei pra ele, que foi cantando pneus até o portão, fecharam logo após ele sair. Tirei o cachecol, pois não fazia frio como hoje pela manhã, fui logo abrindo a porta comigo não tem essa de campainha, ao chegar à sala vi os rapazes em gargalhadas e pude reconhecer uma, do meu bebê. Eles me olharam e Jason parou de rir na hora saindo de cima do Ryan que o fazia de cavalo e veio até a mim correndo de uma forma engraçada.

- Finalmente chegou, cansei de servir de cavalo pra esse moleque. – reclamou Ryan me fazendo rir, peguei Jason nos braços o enchendo de beijos.

- Oi mamãe. – disse Jason beijando minha bochecha, awn.

- Oi meu amor, se comportou direitinho? – caminhei até os sofás onde os rapazes estavam.

- Aham. – soltou um riso sapeca e ri mais ainda ao ouvir os rapazes falando que não.

- Tá certo, já comeu? – ele concordou com a cabeça.

- Eu como um bom tio que sou dei comida pra ele, só não dei banho porque não quero ver macho nú. – disse Ryan, que idiota mano. Ri e me sentei, Jason logo foi “brincar” de puxar os cabelos do Chaz.

- Não se preocupe Ryan, eu faço isso.

- Jason é meio fortinho né? – disse Chaz tentando livrar-se de Jason enquanto ele gargalhava. – Pow Chris ajuda aqui ,fera.

Chris riu e pegou Jason o fazendo cócegas, o coitado apenas ria muito e se remexia, ri dele e fui tirá-lo das garras deles.

- Hora do banho. – o peguei nos braços. – Ah meninos, daqui a pouco a Lilly chega, digam a ela que estou no quarto.

- A Lilly? – Ryan arregalou os olhos. – Aquela gostosa? Aviso sim. – ri e subi.

Que idiota. Fui brincando com Jason pelos corredores e somente sua gargalhada era ouvida.

- Amor, a tia Lilly vai trazer chocolate pra você.

- Çocolate mamãe? – seus olhinhos brilhavam, assenti com a cabeça. – Gosto da tia Lilly.

- Interesseiro. – fiz cócegas nele que riu.

- Dá próxima vez que sair leva o moleque contigo, ele chora demais. – disse a bela adormecida do Bieber, levantei minha visão e o encarei parando em sua frente, ele acabara de sair do seu escritório.

- E você reclama demais Bieber, enche a paciência de qualquer um.

- Eu que deveria falar isso, Mellanie. – disse e travou o maxilar, porra vai ser sexy assim lá na puta que pariu.

- Tanto faz. – dei de ombros e coloquei Jason no chão que saiu correndo pelo corredor. – Precisamos conversar.

- Sobre? – ele me olhou curioso.

- Sobre o Luc, daqui a algumas semanas estou mudando para minha casa e não resolvemos nada.

- Você não resolveu... Eu sim. – sorriu vitorioso.

- Assinamos um contrato e deveríamos ter feito isso juntos. – disse estressada.

- Sem estresse madame, depois repasso tudo pra você. – revirei os olhos, odeio ser a ultima a saber, com certeza Chaz, Ryan e Chris já sabiam. – Pra onde foi?

- Acho que isso não te interessa... – respondi e seu celular deu um toque, ele olhou e sorriu vitorioso, olhando em seguida.

- Foi fazer negócios, senhorita?

- Anda me vigiando, Bieber? – disse entre dentes, não acredito nisso, viado.

- Claro que não Senhorita Fox. – ele mantinha seu sorriso.

- Se eu descobrir quem é filho da puta que você pagou pra andar me vigiando, eu mato e depois você. Temos apenas um contrato, e que eu lembre nele não diz nada sobre me perseguir.

- Acho que você anda muito estressadinha. Calma, não fiz nada, ainda.

- Patético. Fala logo a porra do plano que você tem contra o Luc, porque não suporto mais ficar mais um mês vivendo sob o mesmo teto que você.

- Eu que deveria dizer isso, vadia. Esqueceu que eu que dito as regras aqui? – disse rude segurando em meu braço.

- Regras? Não existem regras. – puxei meu braço. – Vai fala logo.

- Não estou afim, quando a onça ficar calminha nós conversamos.

- Vai para o inferno, Justin.

- Só se você for junto, meu bem. – riu e segurou meu maxilar com força, roubando um selinho.

- FICA LONGE DE MIM, PORRA. – o empurrei e sai batendo o pé, que desgraçado. Como ele consegue me tirar do sério assim? 

Acho que vou enlouquecer com esse individuo aqui, droga. Fui atrás de Jason, não foi muito difícil de encontrá-lo, pois um dos seguranças já estava com o fugitivo. Se ele se soltar nessa casa, vai ser foda encontrá-lo. O levei para o quarto e fui dar banho nele, foi aquela guerra toda e ele acabou me molhando como sempre, o vesti e deixei ele assistindo TV, fui tomar meu banho e coloquei um short jeans curto e uma regata, amarrei meus cabelos em um rabo de cavalo alto, me lembrei que hoje ainda tinha aquela maldita festa, e é claro que eu vou. O boato é que eu e Justin estamos juntos, como ele anda enchendo demais a minha paciência, vou dar o troco nessa festa. Filho da puta.

- MEL? – ouvi Lilly gritar.

- Entra. – disse e Jason já pulava na cama.

- Tia Lilly. – ele disse após ver a sacola com seu chocolate preferido.

- Interesseiro. – ela disse, e Jason riu. – Dá aqui o abraço da tia.

Ela aproximou-se da cama e ele ficou em pé, a abraçando.

- Presentinho. – entregou o chocolate para ele.

- Ebaaaaa. – seus olhos brilhavam. – Abi mamãe, abi.

- Calma. – disse rindo e abri uma barra, se ele se sujar, Lilly que vai ficar responsável pelo banho.

- E então, o que me conta de bom? – Lilly perguntou sentando-se na cama.

- Lilly, eu acho que já estou no meu limite, e nosso plano não vai mais dar certo. Eu não suporto mais olhar pra cara daquele filho da puta, minha vontade é de descarregar minha arma na fuça dele.

- Wow... Que ódio é esse? Aconteceu o que dessa vez?

- Ele colocou alguém pra me vigiar, qualquer passo que eu dou, ele sabe.

- Quem disse isso?

- Ele perguntou pra onde eu tinha ido esta manhã, eu não disse, e chegou uma mensagem no seu celular e bam... Ele já sabia que eu tinha ido fazer negócios.

- Mais o cara é um marido preocupado, somente isso.

- Lilly. – revirei os olhos. – Me poupe. Alguma coisa tem.

- Não tem nada, é coisa da sua cabeça.

- Eu espero que seja. Ele ficou de me contar do plano pra pegar o Luc, então quando pegarmos o infeliz do Luc, partimos para nosso plano, combinado ? – perguntei.

- Acha que vai demorar muito?

- Creio que não. Até porque vou fazer de tudo para apressar.

- Tá bom então. Mas antes, mantenha a calma e não deixa desconfiar de nada. Justin só sabe que você o odeia, mas se aliou a ele pra se vingar do Luc. Deixe que ele continue acreditando nisso.

- Relaxa. Ele não vai saber de nada, creio eu. Hoje tem uma festa na casa de tal de Robson, veio convites para os garotos e para mim também, vou ter que ir.

- Vai pra ficar de olho no Justin, né safada? – ela disse rindo.

- Vai te catar Lilly, vou pra dá o troco nele. Anda tirando muita onda com a minha cara.

- Sei... – ela disse e joguei uma almofada nela.

- Vou pedir para um dos garotos descolar um convite pra ti.

- Demorou!

- Vem, vamos falar logo com eles, e vamos para o shopping né meu bem.

- Adorei a ideia meu bem. – ela disse e rimos.

- Vem Jason. – o coloquei no chão e segurei sua mãozinha.

Saímos do quarto e fomos em direção à sala. Só Ryan e Chris que estavam lá conversando asneira.

- Ei garotos. – disse e eles me olharam. – Tem como arranjar um convite da festa de hoje para a Lilly?

- Claro. – eles falaram em coro encarando Lilly maliciosamente, ri.

- Ótimo.

- Mas, ela tem que nos retribuir com outro favor... – disse Ryan.

- Não viagem ok? Sou muita areia para o caminhãozinho de vocês. – ela disse e gargalhamos alto.

- Nossa, depois dessa, vou logo pegar o convite. – disse Chris levantando-se.

- Falou fera. – disse Ryan. – Jason campeão, o que você tá comendo ai?

- Çocolate.

- Me dá um pedaço?

- Naum,só meu tio Ryan.

- Que egoísta. – disse Ryan e Jason deu um sorrisinho com a boca suja de chocolate, ri com a Lilly.

- Ryan, você pode ficar com o Jason enquanto eu e Lilly vamos ao shopping. Sabe, não gosto de levar ele para esses locais públicos, muita gente circula por lá e nunca se sabe o que pode acontecer.

- Bom, agora a tarde não vou fazer nada a não ser bater uma bolinha com os feras, eu fico com ele sim. Qualquer coisa deixo ele com o Justin. – ele riu.

- Os dois vão se matar. – disse.

- Tem razão. Mas relaxa, tá comigo, tá com Deus. Né campeão? – Ryan disse fazendo o toque com Jason que riu.

- É.

- Cuidado com a criança viu, nada de fumar ou beber. Vamos saber se fizerem isso perto dele. – disse Lilly ameaçadora, Ryan tremeu na base, ri.

- Calma patroa, vou cuidar direitinho dele.

- Guarda o convite quando o Chris trouxer, daqui a algumas horinhas voltamos, e já sabe o que fazer quando ele estiver com fome. – disse. – Jason meu amor, se comporte com o tio Ryan. – ele assentiu a cabeça. Dei um beijo em sua bochecha e fui lá em cima pegar minha bolsa, recarreguei minha arma e coloquei dentro da bolsa.

- Acho melhor ir um carro te escoltando. – disse Ryan.

- Não precisa. Odeio esses caras atrás de mim. Não vamos ficar desfilando pela cidade. – respondi.

- Mas segurança é sempre bom.

- Obrigada por se preocupar Ryan, vamos ficar bem. Se cuidem.

Disse e sai com a Lilly, fomos até a garagem, e peguei minha Ferrari linda e blindada. Eu babo por ela, entramos e sai cantando pneus. Faz tempo que não saio assim com a Lilly, quer dizer, só sai algumas vezes porque não tinha ninguém pra ficar com o Jason, mas agora ele está cheio de tios naquela casa, então vamos aproveitar. Liguei o som e fomos cantando Britney até chegar ao shopping, parecíamos duas loucas. Coloquei meus óculos escuro junto com a Lilly e entramos. Nem passamos tanto tempo no shopping, compramos algumas coisas, o que iríamos usar hoje à noite e comprei algumas roupinhas para Jason, não resisti. Voltamos para o carro, era quase 6:00 da noite, pegamos a estrada e liguei novamente o som.

- Estou morrendo de fome, vamos parar no MC? – disse Lilly.

- Lilly, eu só te conheço com fome. É incrível.

- Para logo ali, vadia.

- Calma cachorra.

Fui parando no acostamento, olhei pelo retrovisor e reconheci um dos capangas do Luc, ele estava dirigindo um carro que estava atrás de nós, dentro do carro havia mais homens. Desgraçados.

- Não desce Lilly. Estamos sendo perseguidas. – liguei o carro novamente.

- O que? – perguntou assustada.

- Coloca o cinto e tira minha arma da minha bolsa.

- Capangas do Luc? – ela perguntou e sai cantando pneus. Eles continuavam na nossa cola.

- Sim. – peguei minha arma.

- Filhos da puta. Continuo com fome. – ela reclamou e pegou sua arma também.

Abaixei o vidro e atirei, logo veio tiros da parte deles. Porém o carro é blindado e eles que se foderam, Lilly atirava algumas vezes, os desgraçados eram bons e desviavam de alguns tiros.

- Nos pneus Lilly. – disse e atiramos juntas nos pneus da frente.

Olhei pelo retrovisor, eles não paravam de atirar. O carro perdeu controle e bateu em um poste, bem feito.

- Amadores. – disse e Lilly riu.

- Por causa deles, continuo com fome. – reclamou guardando sua arma.

- Relaxa, em casa comemos.

Acelerei e em minutos chegamos em casa. Passamos pelo portão e estacionei em frente da mansão, saímos e vi alguns amassados, filhos da puta, minha linda Ferrari. Os garotos estavam lá fora jogando uma partida de futebol, quem vê até pensa que são bons garotos. Justin estava sentado com uma cara nada boa, Jason estava no meio do jogo dos garotos, apenas atrapalhando. Era engraçado.

- Às vezes você pede pra levar uns tiros. – disse Justin após olhar o estado do carro.

- Lá vem... – bufei. – Não foi nada demais.

- O que aconteceu? – Ryan perguntou ofegante.

- Capangas do Luc. – Lilly respondeu. – Vou à cozinha. – entrou.

- Bem que eu disse que levassem alguns caras com vocês. – Ryan disse.

- Não quero machos na minha cola, só fui ao shopping com a Lilly, acho que não é motivo de ter ninguém seguindo meus passos.

- Mas acontece que até uma saída dessas é motivo para eles te pegarem, deixa de ser teimosa porra e dá próxima vez leva esses cornos pra sua segurança, ou então não vai ter próxima vez. Sabe que o Luc não está de brincadeira né? Se ele te pega acaba com a tua raça. – esbravejou Justin.

- Acho que ele deve saber que eu também não estou, Justin.

- E você acha que ele mandou esses caras atrás do teu carro pra quê? Pra dá apenas um sustinho? Pra avisar quem é que manda? Claro que não. Eles queriam te matar, Luc quer a sua cabeça e a minha.

- Foda-se. Isso ele não vai conseguir. – disse.

- Caralho... Você só sai daqui se for comigo. – disse autoritário.

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