Dangerous Life - Capítulo 6 - Surprise

Banho tomado e tudo pronto para ir dormir, Jason sempre vai dormir comigo, mas quando percebo que ele já dormiu eu vou deixá-lo em seu quarto. E dessa vez não foi diferente, o fiz dormir e o deixei na sua caminha ligando a babá eletrônica. Amanhã tenho muitas coisas para fazer, digamos que estou um pouco ansiosa e cheia de ideias para o plano Bieber, como diz a Lilly. Me deitei e fui tomada por vários pensamentos, mas não durou por muito tempo acabei dormindo. 

Acordei bem cedo, por causa do Jason que quis vir deitar comigo mas não consegui mais dormir. Me levantei deixando ele dormindo na minha cama, tomei um banho rápido e me vesti, Lilly daqui a pouco bateria aqui. 

Passei uma make rápida e desci, de longe senti o cheiro de café. Que delícia. 

- Bom dia, senhora. – disse as meninas em coro. 

- Bom dia. Rose coloque meu café, e Jack fique de olho no Jason, vou dá uma saída rápida. – me sentei na cadeira e elas concordaram com a cabeça.

Tomei café rapidamente, meu celular não parava de tocar, que inferno. Peguei as chaves de um dos meus carros, e chamei alguns caras pra me acompanhar. Nunca saio sem proteção.

- Jack, se por acaso a Lilly chegar e eu não estiver aqui, peça pra ela esperar, ah e não se esqueça do café do Jason.

- Certo. – ela respondeu e entrei no carro.

Passei pelo portão e os caras vieram me acompanhando em outro carro. Tinha que receber uma grana que um engraçadinho estava tentando me enrolar, mas se hoje ele não me pagar, a única coisa que vai rolar é a cabeça dele fora. Tenho um galpão onde guardo as drogas, tem gente minha lá cuidando por mim, já que tenho que ficar em casa, seguimos para lá. Estacionei em frente levantando poeira e desci, quem me via assim parecia que eu era uma garota normal, uma cidadã que servia de exemplo para os outros, mas como dizem... Aparências enganam... E muito. No galpão estava rodeado de capangas, como proteção. Abriram a porta e entrei tirando os óculos e guardando na bolsa.

- Então... Ele chegou? – perguntei.

- Sim Srta. Fox, vou chamá-lo. – disse Renan, que me ajudava na administração dessas coisas.

Me sentei e fiquei esperando o elemento. Foi bem fácil, ameacei mais um pouquinho ele, e ele prometeu me dar todo o dinheiro amanhã sem falta, mas caso isso não aconteça, vou mandar meus pêsames para a família dele. A vadia da Lilly me ligou umas 10 vezes, paciência não é o forte dela.  Mandei pra casa, e deixei Renan cuidando de tudo, espero que não seja preciso pisar mais aqui hoje, tenho que planejar tudo com a Lilly.

- Pelo amor de Deus, que demora Mel. – reclamou Lilly assim que dei as caras em casa.

- Eu disse que já voltava, e cá estou. – disse sem importância jogando a bolsa no enorme sofá e me joguei também.

- Vai querer conversar aqui? – ela perguntou tirando uns papeis de uma pasta.

- Vai indo pro meu escritório, só vou ver meu filhote.  – me levantei.

- Nossa, quanta baboseira. – ela levantou-se e foi resmungando.

- Toma no cú, Lilly. – disse e ela riu. – Rose, cadê a Jack?

- Ela está com o pequeno Jason no seu quarto.

- Beleza. 

Subi e fui para meu quarto, entrei e Jack estava trocando Jason que me viu e ficou numa alegria só.

- Bom dia, meu amor. – Jack afastou-se e o peguei nos braços, o enchendo de beijos, ele ria.

- Xodade mamãe. – ele disse.

- Que dramático. – ri. – Você vai ficar mais um pouquinho com a Jack, porque vou conversar com a tia Lilly.

- Abom. – ele resmungou.

- Já volto. – o deixei em cima da cama e sai indo para o escritório, Lilly já estava sentada analisando uns papeis.

Passamos a manhã toda discutindo de como ia ser, pra ser mais exata passamos o dia todo pensando, nada poderia dar errado. Mal tive tempo para ficar com o Jason, mas é por uma justa causa, assim eu penso. Pedi pra Renan arranjar mais capangas para mim, tenho que ir bem escoltada na casa do Bieber. Sim, eu vou fazer essa loucura. Mas de acordo com a Lilly, Bieber vai precisar dos seus capangas pra receber um carregamento justo no dia que vou entrar lá, então ele vai ter como se  defender, ou proteger. Vou entrar com meus homens lá e vou apenas propor um acordo com ele, que ele querendo ou não vai ter que aceitar.

(...)

- Está tudo pronto? – Lilly me perguntou enquanto eu me arrumava e carregava minha arma.

- Quase.

- Já pedi pros capangas irem para casa do Bieber, não vai ter muitos dos homens dele lá, se tiver uns 50 é muito, e estamos com 100. Isso não vai falhar.

- Eu espero que não. Porque é capaz do Bieber comer minha cabeça no jantar de hoje.

- Relaxa, se ele for te comer, vai ser de outra forma. – ela disse gargalhando.

- Vadia. – ri e joguei a toalha molhada nela. – Para com isso. – coloquei minha arma na cintura, escondida pela blusa.

- Olha, eu vou descer, ver como está tudo lá fora, e não demora.

- Beleza. – resmunguei e ela desceu.

Dei alguns telefonemas, fui ao quarto do Jason rapidinho e ele estava dormindo, dei um beijinho nele e voltei pro meu quarto, passei uma maquiagem leve destacando meus olhos azuis. Digamos, que estou apresentável.

Desci e fui para a garagem encontrando a minha belezinha, minha Ferrari. Entrei e sai da garagem, parei em frente a Lilly que estava já a minha espera, ela entrou e passamos pelo portão, todos já haviam ido preparar o terreno lá pela casa do Bieber. Não vou mentir, mas estou um pouco nervosa. Quer dizer, muito. E se essa porra não der certo? Argh... Tem que dar. Demorou um pouco pra chegar à casa do Bieber, afinal era do outro lado da cidade e bem afastada da civilização. Meus homens já estavam lá fora, respirei fundo e encarei Lilly, ela segurou em minhas mãos notando meu nervosismo.

- Calma Mel, vai dá tudo certo. Qualquer coisa eu estou aqui, ok? 

- Ok. – respirei fundo e abri a porta do carro.

- Boa sorte. – ela murmurou, sorri de lado.

Meus capangas já haviam rendido os do Bieber, só espero que ele não tenha notado, vai ser mais fácil pra poder entrar lá. Passei pelo portão e me deu um calafrio só de por os pés nessa maldita mansão, apressei meus passos e cheguei até a porta, olhei para trás e meus capangas estavam lá atrás fazendo minha escolta, nada vai dar errado. Toquei a campainha e esperei, sim sou uma pessoa educada ué, tirei minha arma da minha cintura e a destravei, escondendo atrás das minhas costas. A porta foi aberta por uma empregada, não me lembro dela quando eu “morei” por aqui, é nova. 

- O que deseja? – ela disse simpática.

- Bom, o Sr. Bieber está? – perguntei no mesmo tom de simpatia dela. 

- Sim, mas ele está ocupado e não pode receber ninguém.

- Tenho certeza que pra mim ela fica disponível rapidinho. – sorri sínica. – Temos um encontro hoje, acho que ele deve ter esquecido. 

- Senhora, ele pediu para não ser incomodado por ninguém...

- Eu não sou um incomodo para ele, flor. – ri irônica. – Agora vá lá dá o recado ao seu patrão, e diga que estou esperando no escritório dele. É um assunto de tamanha importância e tenho certeza absoluta que ele não gostará de saber que você não deu o recado para ele. Não é mesmo? – passei minha arma para minha frente.

Os olhos da pobre empregada bateram logo na minha arma e vi ela tremer feito vara verde, a mesma engoliu a seca e me encarou novamente.

- Sim, senhora. – ela murmurou amedrontada. 

- Então, você vai lá, e diga que tem uma visita para ele. Só diga isso, entendeu? – perguntei calmamente, ela concordou com a cabeça. – Eu vou estar no escritório dele, não demore... – disse e comecei a subir as escadas.

Dei as costas e a empregada já tinha sumido. As escadas eram enormes para variar, a cada degrau que eu subia lembrava de tudo que passei aqui, nunca vou esquecer.  Cheguei ao topo da escada que dava acesso a um corredor enorme, pelo visto Bieber está mesmo sem seus homens, nenhum sinal de capangas por aqui, nem nada. Fui logo diretamente para o escritório do Bieber, entrei e fechei a porta atrás de mim. Suspirei e dei uma olhada em tudo, tinha mudado apenas poucas coisas. Caminhei até a mesa enorme e havia alguns pertences, papeladas e mais papeladas. Me sentei naquela cadeira enorme e bem confortável, Bieber sempre exagerado em tudo. Seu escritório é extremamente luxuoso, e ele não tem pena nenhuma da sua fortuna. Girei e fiquei de costas olhando para a janela a brincar com a minha arma, agora só me resta à sorte estar do meu lado e ele dá as caras por aqui. Mesmo assim se ele não der, não importa, hoje eu vou até o inferno se for possível para termos uma conversinha. Não demorou muito para a porta ser aberta com tal brutalidade, com certeza era ele.

- Mas que porra é essa?  - ele esbravejou.

Sua voz estava mais rouca e firme, respirei fundo e girei a cadeira, ficando frente a frente com ele.

 - Surpresa! – sorri. – Sentiu saudades de mim, Bieber? 

Ele estava confuso e sem reação, mas ele foi rápido para sacar sua arma da cintura e apontar para mim, então rapidamente apontei para ele. Não vou ficar por baixo.

- O que está fazendo aqui? – ele murmurou transbordando de raiva, ri de leve.

- Calma Bieber, sem estresse. Quero apenas ter uma conversa com você, abaixe sua arma e eu abaixo a minha. 

- Eu não vou perguntar de novo... O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO AQUI, PORRA?

- Você é surdo, caralho? Eu quero conversar, senta logo nessa porra ai. 

- Você não tem amor à vida não, vadia? – deu dois passos a frente.

- E acho que nem você tem né. – destravei minha arma e me levantei. – Não seja infantil, quero apenas conversar... Civilizadamente. 

- Civilizadamente? – ele riu irônico e passou a mão desocupada entre os cabelos. – Você acha mesmo que eu vou conversar civilizadamente com você? Quero você fora da minha casa, agora. – ele disse autoritário. Apenas ri da cara dele e me sentei largando a minha arma sobre a mesa.

- Vamos lá Bieber, sem teatrinho. Vamos negociar... 

- Não negocio com vadias... – disse em pura ironia, e deu um sorriso de lado. 

Sorriso... Droga.

- Mas, olha que é coisa do destino, porque hoje você vai negociar querendo ou não.

-  Quem você pensa que é? Pra vir na minha casa me afrontar desse jeito? É apenas a putinha que comi há alguns anos atrás, só porque pegou em mixaria tá pensando que pode me afrontar? Nem segurar uma arma direito você sabe, agora caia fora daqui antes que eu descarregue minha arma nos seus miolos. – esbravejou. 

- Não me faça rir, Bieber. Sua casa está cercada com meus homens, como você pode ser tão burro ao ponto de ficar sem seguranças Bieber? Sua inteligência sumiu, ou você nunca teve? Você vai ouvir o que eu tenho para dizer, querendo ou não. Então, eu deixo você escolher, por livre espontânea vontade ou vai ser obrigado? 

- Vadia... – murmurou e sentou-se na cadeira a minha frente. – Diz logo o que você tem pra dizer porra...

- Bom garoto. – sorri vitoriosa e sentei na cadeira dele. – Então... Sentiu saudades de mim? 

- Quê? Tá tirando onda com a minha cara? 

- Estressadinho. – ri. – Vamos ao que interessa, conhece Luc Ferreira? – o encarei.

Seus olhos cor-de-mel queimavam sob mim. Não acredito que ele vai usar seu poder de sedução, isso não cola mais comigo... Ou cola?! 

- O que tem aquele fudido? – irritou-se. 

- Pelo visto você conhece. 

- Aquele desgraçado andou roubando algumas cargas minhas, já fui atrás dele mais nunca consegui pegá-lo... – falou parecendo lembrar-se do episódio.

- Ninguém consegue pegá-lo, também já tentei, mas acontece que as pessoas que trabalham para ele são muito cabeças, planejam tudo perfeitamente bem e o numero de capangas dele vem aumentando, isso quer dizer que ele vai fuder ainda mais com os nossos negócios....

- E o que você quer fazer quanto isso ?  Quer se aliar comigo para poder pegar o Luc e fuder de vez com ele? – riu ironicamente – Seria muita burrice. 

- Bingo! – sorri. – Não é que você acertou? 

- Quê? Você acha mesmo que eu vou me aliar com uma perdedora como você, Srta. Fox? – riu, apenas sua risada ecoava naquele escritório.

- Lembre-se que a perdedora aqui, está em 2° lugar nesse ramo ...

- E? Eu estou em 1° e foda-se. 

- Você quer ser tão fodão, que tá em primeiro e bla bla blá, mas não consegue pegar o Luc né? Qual é? Você não é o fodão? Quero ver pegá-lo sozinho.

- O Luc é muito esperto...

- Ele pode ser, mas nunca imaginaria que nós dois poderíamos nos aliar para pegar ele, até porque a gente não se bate.

- Isso você tem razão... – passou a mão no queixo. – Mas isso está fora de cogitação, não vou me aliar com você.

- Você é um fudido teimoso. Isso são negócios, não importa se não gosta de mim, são negócios, quer que eu desenhe caralho? – levantei estressada batendo na mesa e apoiei minhas mãos o encarando. 

- Você anda muito estressada, Srta. Fox. – riu e olhou para meu decote descaradamente, tratei de me recompor e sentei novamente. – E o que eu ganho me aliando com você? Afinal... São negócios né?

- Você é burro, ou o quê? Iremos pegar o Luc e tecnicamente pegamos tudo o que ele roubou de nós, sacou? – disse como se fosse o óbvio, e era. Ele é lento.

- Até que não é uma má ideia. Que porra que você anda pensando pra poder pegar ele? 

- Só conto depois que assinar um contrato. São negócios... – sorri vitoriosa.

- Contrato? – riu alto. – Você está sendo ridícula. 

- Tudo bem, já conversamos. Agora fica a seu critério. – me levantei e dei a volta na mesa, ele continuou sentado todo aberto com os olhos fixos em mim. – Se você não aceitar, com certeza vou encontrar um corajoso para poder pegar Luc, e você nunca irá recuperar sua parte, o que ele roubou. Se aceitar, sabe onde me encontrar pra assinar o contrato. – murmurei e caminhei até a porta.

- Faça o favor de tirar esses lixos da minha casa, estão poluindo o ar. – resmungou.

Sai da sala e desci as escadas rapidamente. Pronto, agora joguei a verde pra colher a madura, com certeza o Bieber vai aceitar. Creio eu, passei pelo portão e meus homens foram se recolhendo, olhei para cima e Bieber olhava lá de cima com os braços cruzados, na janela. Bati continência para ele e saí rindo, isso foi divertido. Pensei que ele ia querer me matar quando aparecesse na frente dele, mas ele estava calmo demais... Além de calmo estava mais bonito ainda, forte e alto. Porra. Passei pelo portão e Lilly estava encostada no carro que vínhamos, ela me abraçou e me empurrou logo para dentro do carro, que logo deu partida.

- Nossa que bom que você está viva. – ela disse e eu ri relaxando na cadeira.

- Idiota. Porque essa pressa toda pra ir embora? 

- O Bieber já mandou chamar os capangas dele, daqui a pouco estão chegando, se nos pegar aqui já era...

- Ele não perde tempo... Que fudido  ! 

- E como foi lá? 

- Foi meio difícil para ele entender que eu estava ali só para conversar, mas no final ele me escutou, fiz a proposta para ele. Ele tecnicamente não respondeu, mas com certeza ele vai aceitar. – sorri para Lilly. – Ele não vai perder a chance de pegar o Luc, e não tem outra pessoa tão forte como eu para ele se aliar. 

- Verdade... - ela disse pensativa. – Cara, aquele que tava na janela era ele? – concordei com a cabeça. – Porra, que gostoso. Porque você não agarrou aquele homem, Mel ? 

- Ah Lilly, vai se foder cara. – dei um empurrão de leve nele e rimos.

Lilly é meio idiota, ou completa idiota. Vai entender. Fomos conversando o caminho inteiro, estava aliviada por ter ocorrido tudo bem. Parei no caminho para merendar com a Lilly, essa vadia só vive com fome, meus homens foram logo para minha casa. Também não posso dar brecha, e deixar lá sem ninguém. Até porque tem meu bem mais precioso, Jason. Em falar nele, que saudades do meu pequeno. 

- Lilly, vamos logo... 

- Pronto, terminei. – bufou e ela foi pagar.

Voltamos para o carro e dessa vez não paramos mais em lugar nenhum até chegar em casa. Cheguei em casa e me deparei com Jason brincando na sala, sentado no tapete rodeado de brinquedos. Jack estava do lado o olhando. Lilly escandalosa como sempre entrou rindo, e Jason tirou sua atenção dos brinquedos e nos olhou, ele levantou-se rapidamente e veio cambaleando até mim. 

- Mamãe... – abaixei e o peguei nos braços. 

- Oi meu amor, se comportou direitinho né? – ele concordou com a cabeça e abraçou meu pescoço em seguida. – O que você estava fazendo?

- Bincanu. – apontou pros carrinhos.

- Hum... Que carros lindos, são seus? 

- Aham. – ele deu um sorriso sapeca. 

- Que tal tomar banho de piscina com a mamãe? 

- Eu quelo. 

- Jason, você não vai me convidar também ? – Lilly apareceu, ela vinha da cozinha. 

- Naum. – ele riu, gargalhei. 

- Tal pai, tal filho. – Lilly bufou e sentou-se no sofá, ri mais uma vez.

Subi com Jason, coloquei meu biquíni e coloquei uma sunga do Homem-Aranha nele. Jason adora esse tal de Homem-Aranha. Passei bastante protetor solar, já que ele é branquinho e pode se queimar no sol. Peguei uma tolha e descemos, Lilly já estava pronta. Fomos para a piscina, era quase 03:30 da tarde, estava um pouco quente. Lilly entrou logo na piscina, entrei junto com Jason com ele nos meus braços, e ficamos brincando a tarde inteira. Pelo menos algo para descontrair. 

 (...)

Já passou três dias e nada do Bieber dá algum sinal, estou começando a desconfiar que ele não vá aceitar, mais ele tem que aceitar. Nem que eu o obrigue. Hoje vou ter que viajar pra negociar armas com um cara da cidade vizinha, à tarde. Só estou terminando de assinar algumas coisas e fazendo alguns telefonemas. Bateram na porta.

- Senhora, deixaram isso para você. – ela tinha uma caixa meio grande nas mãos.

- Pra mim? Quem? 

- Não sei senhora, um dos seguranças que encontrou no portão, tem aqui no cartão que é para você.

- Não tem o nome de quem mandou?

- Não, senhora. 

- Tudo bem. – me levantei e peguei a caixa, que é bem leve. – Obrigada.

A empregada se retirou. Coloquei a caixa sobre a minha mesa, realmente no cartão que estava colado na caixa só havia meu nome. Estão pensando que eu sou adivinha pra saber quem mandou? Argh. Tirei aquelas fitas todas e abri, quase deixei escapar um grito com o susto que eu tomei, na caixa havia a cópia da minha casa em miniatura, ela estava toda queimada, e sobre a casa havia uma boneca ensanguentada e com meu nome. Mas que diabos é isso? Só pode ser coisa daquele fudido.  Vou tirar essa porra a limpo agora, tudo bem se ele não quiser aceitar a merda do contrato, mas vim tirar sarro da minha casa e por meu filho em risco aí já é outros quinhentos.  Peguei minha arma carregada e coloquei na minha cintura, fechei aquela caixa e saí do meu escritório, peguei a chave da minha Ferrari e fui para a garagem, coloquei a caixa no banco de trás e entrei, manobrei e saí pelo portão. Nem avisei a ninguém para onde ia, Lilly vai ter um surto se souber do que eu vou fazer. Fui em alta velocidade para a casa do Justin, aquele viado não é homem suficiente e fica com essas palhaçadas. Parei em frente à casa dele e logo um segurança veio até o meu carro, abaixei o vidro.

- Abra o portão. – disse autoritária. 

- Que isso docinho? Não é assim que as coisas funcionam por aqui. 

- Docinho é o caralho, abre logo a porra desse portão quero falar com o arrombado do seu patrão. 

- Você não tem medo de levar umas azeitonas no meio da testa? 

- Você que vai me dizer isso. – saquei minha arma e apontei para ele. – Olha é o seguinte, se não quiser abrir essa porra então manda um recado para o seu patrãozinho diz que a Mellanie está esperando ele aqui fora, e que venha logo porque não tenho o dia todo. Ok? – coloquei a arma na boca dele, ele balançou a cabeça.  – Fica quietinho ai. – abri a porta com a arma ainda apontada para ele. – Fique bem perto de mim. – encostei a arma em sua cintura para os outros seguranças não desconfiarem. – Agora faz contato com aquele merda, agora... – dei um empurrão nele com a arma.

O vi tirar um celular do bolso, ele trocou poucas palavras e desligou.

- Ele já está vindo. – ele resmungou.

- Ótimo, agora chispa daqui. Minha conversa é só com seu patrão. 

Ele saiu e encostei-me ao capo do meu carro esperando aquele filho da mãe, seus capangas ficavam me encarando de cima a baixo. O portão foi aberto e Justin passou por ele, visivelmente estressado.

- O que você quer aqui? Já não me estressou o suficiente? – perguntou rude.

Abri  a porta do carro e peguei a caixa, empurrei para cima dele que pegou a mesma.

- Você que vai me dizer que palhaçada é essa.

- Que merda é essa?

- Abre, caralho. – resmunguei, ele me fuzilou com os olhos e abriu.

- Que diabos é isso ? 

- Você que deve saber. Tá de onda com a minha cara pra mandar essa porcaria para minha casa, Justin? 

- Eu não mandei isso, tá ficando louca? 

- Não seja sínico, é bem sua cara mesmo fazer essas merdas. 

- Não perderia meu tempo mandando fazer casinhas de bonecas pra mandar pra você né. – ironizou rindo.

- Não tem nada engraçado nisso. Vai me dizer ou não? 

- NÃO FOI EU PORRA, VOCÊ É SURDA. 

- MENTIROSO, NÃO SE META COMIGO. – joguei a caixa do chão – E ENFIA ESSA PORRA AI NO SEU CÚ. 

- VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FALANDO COM QUEM, VADIA? – segurou forte em meu braço, pisei sobre aquela casinha e ela despedaçou-se, senti pisar em um papel.

- TIRA A MÃO DE MIM, CARALHO. – puxei meu braço e agachei pegando um papel.

- Que merda é essa? 

Abri o papel e estava escrito algo com letras recortadas de jornais e revistas, que tipo de idiota faria isso?

- Leia em voz alta, caralho. – ordenou Justin.

- Gostou do presente docinho? Espero que sim. Acho que não foi uma boa ideia se aliar com o desgraçado do Bieber, dois perdedores não vão a lugar nenhum. Só pra avisar, você está mexendo com a pessoa errada, na sua casa tem uma bomba e irá explodir daqui a 50 minutos, espero que não se esqueça de pegar seus pertences e o pirralho. Ah, entregue isso para o Bieber, ele irá gostar de saber. Vocês são dois fudidos e vou acabar com os dois.  – terminei de ler e não acreditei.

- Deixa eu ver essa merda. – Justin tomou o papel da minha mão e leu rapidamente. – Isso só pode ser coisa daquele arrombado do Luc, isso é bem a cara dele. Quem esse fudido pensa que é? Vou acabar com a sua raça... - amassou o papel e jogou com brutalidade no chão. 

Meu Deus, meu filho... Desgraçado. Se acontecer algo com o Jason eu o mato, vou até o inferno se possível. 

- Você não queria se aliar a mim, então está sua chance...

- Eu não tenho tempo para isso. – fui caminhando até meu carro.

- Você é doida? Aquilo lá vai explodir em 50 minutos. 

- VOCÊ ACHA QUE EU NÃO SEI? EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO. 

- Se você for encontrá-lo do jeito que está ,ele que vai te matar. Pensa garota. 

Entrei no carro.

- Eu não posso ficar aqui de braços cruzados. Se acontecer algo comigo, e sei que você está torcendo para isso, nos encontraremos no inferno Bieber. – liguei o carro.

- VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA, CARALHO? 

- PORRA, MEU FILHO ESTÁ LÁ DENTRO, VOCÊ NÃO ENTENDE? 

- FILHO? 

Não dei ouvidos para ele e pisei fundo no acelerador, maldita hora. Maldito seja o Luc, eu vou matá-lo. Fui em 120, passei todos os sinais e carros que vinham na minha frente, cheguei em casa e já fui avisando meus homens para tirar o dinheiro do meu cofre, e meus pertences. Faltavam 20 minutos, e eu estava entrando em pânico.

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Continua?

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