Dangerous Life - Capítulo 14 - Information

Lilly me ajudou a descer aquela enorme escada demorou bastante pra falar a verdade, por sorte Ryan ia passando, me pegou no colo e me levou para o porão, Lilly vinha nos acompanhando.

- Acho que tu vai precisar usar muletas enquanto essa perna não ficar boa. – disse Ryan me pondo no chão, apoiei meu calcanhar e Lilly me abraçou de lado pra não desequilibrar.

- Filho da puta... – murmurei lembrando-se do engraçadinho que me acertou.

- Vem. – Ryan disse e abriu a porta.

Passei primeiro com a Lilly e ele passou em seguida fechando a porta atrás. De cara, uma escada que dava acesso lá em baixo.

- Sacanagem né Ryan? – murmurei.

Já havia cansado só de descer aquelas escadas, e ainda vem essa daqui.

- O que seria de você sem mim né? – Ryan se gabou e me pegou no colo de novo.

- Seria eu ué, a Lilly ia me ajudar a descer. – Ryan riu.

- Eu? Nada disso queridinha. – ela disse andando na frente.

- Nossa, são nessas horas que vemos os verdadeiros amigos. – dei uma de dramática.

- Fazer o que né meu amor.

Revirei os olhos, ainda bem que a escada não era tão grande quanto à da mansão do Bieber. Ryan desceu aquela pequena escada reclamando do meu peso, e eu reclamando dele por ele reclamar. No final da escada me apoiei novamente na Lilly e fui mancando, de longe avistei Justin, Chris, Chaz e uns dois capangas do lado de um ser sentado em uma cadeira, amarrado nas pernas e nos braços, ele estava com uma fita adesiva na boca.

- Que demora! – Justin disse.

- Não sei se você percebeu mais estou debilitada e não posso ficar subindo e descendo escadas por ai. – disse dando de ombros e chegando perto deles.

- Aleijadinha. – Chris zombou.

- Seu cú Chris. – mandei um dedo do meio pra ele e o mesmo gargalhou.

- Tem alguma cadeira ai? Preciso sentar. – reclamei rindo.

- Folgada. – Chaz falou e me entregou uma cadeira, me sentei e suspirei de alivio.

Não aguentava mais ficar em pé.

- Eai, descobriram alguma coisa com esse imbecil? – perguntei apontando para o ser que me encarava.

- Nada de nada. – Ryan bufou.

- Estávamos esperando você. – Justin disse. – Tirem a fita da boca dele. – falou rude pros dois capangas que estavam do lado.

- Espera. – me levantei e caminhei lentamente até ele, quer dizer, manquei. – Deixa que eu faço isso.

Os garotos me olharam sem entender. Peguei na ponta da fita e puxei com força, o filho da mãe gritou, wow essa doeu. Sorri com satisfação e joguei a fita no chão.

- Oi docinho, gostou do que fez na minha perna? – perguntei mostrando a ele.

O elemento sorriu sarcástico.

- Sim, gostei. – respondeu. – Deveria ter pegado bem nessa tua cara de vadia. – ele disse me olhando com nojo, ri alto e dei um tapa forte em seu rosto, ele virou o rosto com o tapa.

Se minha mão doeu, imagine o rosto dele.

- Que pena que você é péssimo na mira né? Me admiro Luc por merdas como você pra cuidar de suas coisas. – disse com ironia.

- Cala a boca vagabunda. – ele murmurou.

- Já chega, vamos por fim logo nesse otário. – disse Justin ao meu lado já com uma arma apontada para a cabeça do elemento afoito.

- Calma Justin. – coloquei a mão em sua arma a abaixando. – Ele vai nos contar algumas coisas antes de morrer né? – disse sorrindo.

- Não vou contar nada sua puta. – disse o capanga do Luc. Dei outro tapa em seu rosto com mais força, do outro lado havia ficado a marca dos meus dedos.

- Pois bem, sua sorte é que estou com bastante paciência hoje, mas se abusar as coisas não vai ficar boas pra você. Olha, se você contribuir posso fazer sua morte menos dolorosa, o que acha? Então, a partir de agora, sou senhora Mellanie pra você, ok? – disse rindo, os garotos e Lilly riram também.

- Prefiro a morte a te tratar como gente. – ele disse.

- Mellanie, isso tá me cansando, você sabe o que tem que fazer. – disse Justin me entregando sua arma.

- Calma, a festa só está começando. – sorri. – Chaz, trás essa cadeira pra mais perto, por favor. – pedi e Chaz me trouxe.

Me sentei e fiquei frente a frente com ele. Justin encostou-se na cadeira ao meu lado com os braços cruzados, se fosse por ele já tinha metido a bala na cabeça do imbecil, mas sinto que talvez ele saiba de algo que servirá para nós.

- Bom, só preciso saber de uma coisa.

- Eu não vou dizer nada. – disse entre dentes.

- Quero saber onde o Luc está se escondendo agora, ou seja, sua casa. – disse ignorando seu comentário desnecessário.

Ele riu alto e balançou a cabeça negativamente.

- Me mata logo vadia, eu não vou dar nenhuma informação. – capanga do Luc disse.

Ok, não tenho essa paciência toda..

- Chaz, trás aquele ferro e esquenta no fogo pra mim? Obrigada. – ele concordou com a cabeça e foi fazer o que eu pedi.

- O que você vai fazer? – Justin abaixou-se e sussurrou.

- Vamos brincar um pouquinho, o que acha ? – perguntei e mordi os lábios.

Ele sorriu de lado e riu.

- Ótimo. – respondeu e esperamos Chaz trazer meu brinquedinho.

- Aqui senhorita, cuidado, tá muito quente. – Chaz disse rindo.

Segurei e a ponta do ferro chegava a sair fumaça.

- Muito bem, vamos começar de novo. Me diz onde é a casa do  Luc.

- NÃO VOU DIZER PORRA. – o imbecil gritou.

- Hey vocês. – disse com os dois capangas do Justin. – Levantem esse filho da puta e arranquem a sua blusa.

Eles fizeram o que eu mandei e todos ali na sala observavam com os braços cruzados. Os dois capangas seguraram ele pelos braços, o deixando em pé.

- Quer a tatuagem aonde? – perguntei rindo e aproximei o ferro quente de sua pele.

Imprensei o ferro em seu peito e ele gritou de dor, isso deve ter doído até na alma. Sorri, e desencostei, havia feito um machucado feio ali.

- Não vai contar? – perguntei novamente, ele negou com a cabeça.

Encostei novamente em diversos lugares da sua barriga, que a propósito estava em carne viva, isso me dava prazer. 

- Não vai contar seu filho da puta? – perguntei e pedi pra viraram ele.

Passei a imprensar o ferro quente em suas costas, ele se contorcia de dor e gritava alto.

- Mellanie, esse otário não vai abrir a boca. – disse Justin revirando os olhos.

- Ah vai sim. – disse. – Chaz, trás álcool pra mim.

Chaz me entregou a garrafa de álcool abri e cheirei um pouco, eu acho agradável. Realmente não sou normal.

- Me mata logo, não vou contar nada. – disse o imbecil.

- Cala a boca seu verme. – joguei um pouco de álcool em seu corpo.

Seu grito foi bem alto, o vi chorar de dor.

- VAMOS, FALA LOGO PORRA. – joguei novamente nele.

- Me mata! – ele murmurou se contorcendo de dor.

- Ainda estou esperando. – dei uma coronhada em sua cabeça, mas ele não desmaiou, apenas abriu um corte em sua cabeça.

Isso estava me aborrecendo. As feridas em seu corpo pareciam abrir e sangrar mais a cada gota de álcool que pingava em cima, joguei mais e ele gritou ainda mais.

- Ele está... – ele murmurou.

- Continua porra. – peguei o ferro ainda quente e encostei em sua perna, ele gritou e caiu no chão, dali ele não sairia, iria pro inferno direto.

- Ele mora na saída de Los Angeles, em uma mansão escondida. – ele disse baixo, coitado... Foi dor demais. Mentira, coitado nada.

- Desconfiava. – disse Justin pensativo.

- Ok, agora implora pra morrer. – disse e apontei a arma pra cabeça dele.

- Mata logo vagabunda. – o filho da puta ainda me xinga.

- Dê lembranças ao diabo por mim. – ri e dei dois tiros na sua cabeça.

Morreu na hora.

- Limpem isso ai. – disse pros dois capangas do Justin e entreguei a arma dele sorrindo.

Lilly e os rapazes me olhavam pra mim de boca aberta, ué... O que eu fiz de mais?

- Quero ver o Jason. – disse mais natural possível.

- Amiga, fiquei com medo de você agora. – disse Lilly.

- Idiota. – revirei os olhos. – Quem vai me levar agora? – perguntei sorrindo e fazendo cara de meiga, para convencer uns dos rapazes a subir essas escadas comigo.

- JUSTIN! – eles apontaram pro Justin.

- Quê? – ele perguntou incrédulo me fazendo rir. – Tô fora.

Eles foram subindo as escadas, até a ingrata da Lilly foi junto. Filhos de uma puta, nem o primeiro degrau consegui subir. Eles já estavam lá em cima e eu nada, como se sobe assim? Se eu por uma perna, eu caio.

- Lilly, Ryan, Chris, Chaz, Justin! – os chamei.

- Ninguém merece, vou te contar em. – disse Justin bufando e descendo, sabia que ele viria.

- Não reclama, ok? – revirei os olhos.

- Você pesa sabia? – ele disse me pegando no colo, coloquei minhas mãos em seu pescoço.

- Eu sei. – soltei um risinho.

Ele subiu as escadas comigo, nem sei por que ele fica reclamando, a porra desses músculos serve pra quê? Ah claro, pra deixar as mulheres loucas por ele e pedir pra serem fodidas, ah claro. Subimos as escadas e ele suspirou quando chegou lá em cima.

- Me leva até a sala.

- Tou te achando muito folgada.

- A Lilly me abandonou, poxa. – fiz bico e ele revirou os olhos rindo fraco.

Justin me levou até a sala, fiquei sentadinha lá quando veio meu bebê, nossa que saudades dele.

- Mamãe. – disse Jason todo alegre correndo na sala até a mim.

- Cuidado amor, vai cair assim. – disse, mais ele não deu muito ouvidos.

O peguei e o deixei sentado em meu colo, ele me encheu de beijos, quanto amor.

- Tava onde ? – ele perguntou me olhando com aqueles olhinhos azuis.

- Estava resolvendo algumas coisas. E você? Brincou muito? – mudei de assunto.

- Xim mamãe, divinha? – disse todo animado.

- O quê? – perguntei passando a mão em seus cabelos.

- Binquei de bola com a Jack.

- Nossa, que bom. - sorri e ele olhou para o machucado em minha perna e passou a mãozinha. – O ti foi isso mamãe?

- Eu caí e me machuquei amor. – menti.

- Dodoi?

- Um pouquinho, mas já tou melhor.

- Leva eu pala o parquinho?

Puts, havia me esquecido desse mero detalhe. Como vou andar com essa perna enfaixada? Mas não posso dar outra desculpa ele, estou enrolando demais e há dias que ele pede. Amanhã eu dou um jeito.

- Levo sim.

- A tia Lilly vai?

- Não sei... Mas podemos convidar ela, o que acha? – perguntei.

- Axu legal. – ele disse dando um sorrisinho e apertei suas bochechas, que gostoso.

- Amor, a Jack vai dar banho em você ok? Porque vou fazer sua comida e a mamãe não pode subir essas escadas.

- Tá bom mamãe. Vo chamar a Jack. Num xai.

- Não saio. – disse rindo, ele dei um beijo na minha bochecha.

O desci do meu colo e ele foi tropeçando pra cozinha. Jason já andou por toda essa casa e já conhece os compartimentos, engraçado era ele andando. Liguei a Tv e me afundei no sofá. Que tédio, e ainda mais com essa perna assim não posso sair pra canto nenhum. Jack chegou com o Jason, ele vinha puxando a mão dela.

- Ponto mãe. – Jason disse e ri.

- Ok, já deu o recado pra ela?

- Dei xim, vai da banho em eu – ele perguntou pra Jack, ela riu.

- Vou sim, Jason. – ela respondeu.

- Vão lá, vou fazer a comida do Jason.

Ela assentiu e colocou Jason nos braços. Todos sumiram dessa casa, até o abençoado do Justin. Me levantei e fui mancando devagar até a cozinha, Rose e as empregadas estavam lá.

- Ai meu Deus, senhora. O que aconteceu? – disse Rose desesperada.

- Foi um acidente, Rose. – respondi.

- Mas você está bem? – ela perguntou.

- Sim, estou. Me ajuda a fazer a sopinha do Jason ?

- Claro.

Fui fazer a comida do Jason, quando a vadia da Lilly chegou lá.

- Onde estava em? – perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

- Fui dar uma volta ué. – deu de ombros.

- Cara, só acho que você deveria pentear os cabelos depois de uma foda, estão parecendo um ninho. – disse rindo e ela passou as mãos nos cabelos sem graça.

- Idiota, eu estava com o Ryan. – ela disse cruzando os braços.

- Está nítido, Lilly safada. – gargalhei e ela revirou os olhos.

- Fazer o que né, se ele é um puto gostoso. – ela disse e gargalhamos alto.

- Vale nada você. – respondi mexendo a sopa do Jason.

- Olha quem fala, que estava se comendo com o Justin no banheiro hoje mais cedo.

- Estávamos apenas nos beijando, já você e o Ryan não quiseram saber disso né? – disse rindo muito.

- Cala a boca, besta. – riu também.

Ficamos conversando sobre outras coisas, alias as fofoqueiras das empregadas do Justin estavam ali perto, tenho certeza que quando não estamos por aqui elas metem a língua nos patrões, tenho certeza. Terminei de fazer a comida do Jason e fui pra sala junto com a Lilly.

- Cadê os meninos? – perguntei pra Lilly que estava concentrada em suas unhas.

- Ryan me falou algo sobre ir ao escritório do Justin.

- Ah. – dei de ombros.

Logo depois Jason desceu fazendo a bagunça, sim ele é bagunceiro. Ficou brincando com seus carrinhos na sala, dei a sopa dele e esperamos os rapazes resolverem descer, eles desceram rindo e quase perdi o chão quando vi o Justin sem camisa, apenas de calção e com uma cueca vermelha aparecendo. Lilly percebeu e me cutucou, ri e levantamos indo pra cozinha, quer dizer, todos foram na frente e nenhum teve a coragem de ajudar uma pobre acidentada como eu, cheguei lá por último e sentei entre Lilly e Justin. Jason ficou lá na sala com a Jack. Os garotos conversavam sem parar sobre tal carregamento, eu não estava dando a mínima, estava mais interessada na minha comida, Lilly não parava de olhar pro Ryan e os dois chegavam até trocar sorrisos, tive que cutucar ela diversas vezes pra sair do transe, francamente.

- Mamãe, mamãe. – Jason chegou correndo eufórico na mesa de jantar.

- Oi amor. – respondi.

- Quelo sentar ai. – ele disse com um carrinho na mão.

- Não tem como.

- Tem xim. – ele disse.

Justin puxou outra cadeira e colocou entre a minha e a sua. O pegou e o deixou sentadinho.

- Ei. – Jason cutucou Justin que o olhou com tédio. – Viu meu calinho? – mostrou pro Justin.

- Vi, legal. – Justin disse sem interesse.

Mas Jason parecia querer puxar mais assunto com ele.

- Mamãe vai levar eu no parquinho – disse todo animado e Justin arregalou os olhos pra mim.

- Mellanie, você não pode sair com essa perna assim. Mal pode andar. – Justin disse, lá vai ele começar.

- Justin, eu o prometi e vou levá-lo. – disse e dei um copo de suco pro Jason.

- Mas que criatura teimosa. – ele bufou e levantou-se da mesa.

Os garotos o olharam, dei de ombros.

- Ei, espela. – gritou Jason e o desci, ele saiu correndo atrás do Justin.

Lilly me olhou como se quisesse falar algo, desviei meu olhar e voltei a comer.

- Vou indo pra casa. – Ryan disse limpando a boca.

- E você tem casa Ryan? – perguntei rindo e ele me mandou um dedo do meio. – Que coisa feia, Butler.

- Sim eu tenho casa senhorita. Afinal, quer uma carona Lilly? – ele perguntou e comecei a rir descontroladamente.

Esses safados não sabem nem disfarçar.

- Usem camisinha ok? Não quero ser tia agora. – disse ainda rindo e Lilly arregalou os olhos.

- Não viaja vadia. – ela disse me fuzilando com os olhos. – Sim Ryan, eu aceito. – sorriu pra ele, e ele sorriu de volta.

- Eca, estão melosos demais.

- Cala a boca Mellanie. – disse Lilly. – Afinal, boa noite pra você. – levantou-se e deu um beijo na minha bochecha.

- Tá né. – dei de ombros.

- Hey, também quero carona, Ryan. – disse Chris imitando um gay, ri demais.

- Vai se danar, Chris. – Ryan disse e riu.

- Vou pra casa também, já que foi tudo por água a baixo. – disse Chaz.

- Relaxa Chaz, tentamos de novo e não vai ter falha. – respondi tomando um pouco de coca.

- Espero que não. – ele disse. – Boa noite Mellanie. – deu um beijo em minha bochecha.

- Boa noite, Chaz.  – dei um sorrisinho.

- Vou indo nessa também. Boa noite. – Chris deu um beijo em minha bochecha e assanhei seus cabelos, ele resmungou.

- Boa noite baixinho. – respondi me levantando.

- Olha que fala. – ele disse me fazendo rir.

Cara, éramos do mesmo tamanho. Mentira, ele ainda era um pouquinho mais alto do que eu. Ouvi eles se despedirem do Justin na sala e do Jason, ainda fui beliscar um pudim que a Rose fez, meu Deus, comida dos deuses isso aqui. Depois fui pra sala devagarzinho, percebi que o ferimento estava sangrando, acho que fiz movimentos demais hoje.

- Jason, hora de dormir. – disse ao chegar na sala, ele estava no chão brincando de carrinho.

- Naum to com xono.

- Então vamos subir.

Ele concordou com a cabeça e Justin me olhou de relance e olhou pra TV.

- Pode ir andando na frente se quiser. – falei pro Jason, ele concordou e parecia se divertir subindo as escadas.

Ele colocava as mãozinhas e depois os pés, era engraçado. Ri e segurei no corrimão da escada e apoiei a perna machucada, gemi de dor. Isso vai ser um sofrimento ter que subir isso.

- Não sabe pedir ajuda? – Justin perguntou atrás de mim, ele me pegou no colo e foi subindo comigo.

- Eu peço e vocês negam, vou pedir pra quê?

Ele revirou os olhos, Jason já estava lá na frente. Chegamos lá em cima e pensei que ele ia-me por no chão, mas ele foi me levando até o quarto, abri a porta e ele me colocou em cima da cama, ouvi a porta bater, me ergui um pouco e vi que tinha sido o Jason. Justin foi ao banheiro e depois voltou saindo do quarto.

- Vem cá, amor . – chamei Jason, ele deu um sorrisinho e tentou subir, ri das suas tentativas falhadas, me arrastei até a beira da cama e o peguei, deixando sentado.

- Mamãe, o moxo vai comigu no parquinho.

- Que moço?

- Atele mamãe. Tava ati.

- Disse? – perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

- Disse sim. – balançou a cabeça – Tava conversanu com ele.

- Era? Conversando sobre o quê?

- Sobe calinhos, ele axou meu calinho bunito. – ele disse e eu ri.

- Que bom meu amor. – dei um beijinho em sua testa e sai da cama. – Não desce daí.

Fui até o closet e eu mal conseguia encostar o pé no chão. Tirei aquele vestido com todo o cuidado do mundo e vesti um pijama, um shortinho e uma blusa leve. Voltei pra cama e me deitei, sentia o machucado latejar, deveria ter tomado algum comprimido, Justin passou pela porta com uma maleta, era um kit de primeiros socorros.

- Esse é o papel do Ryan. – disse olhando pra ele sentar na cama.

- Se ele estivesse aqui, então não reclama. – disse estúpido.

Revirei os olhos e ele pegou uma tesoura e foi cortando a faixa que antes era branca, estava ensopada de sangue. Em seguida ele tirou o curativo e limpou com algo que não consegui identificar o que era, sei que ardia muito.

- Mamãe, o que é ixu? – Jason perguntou assustado sentando-se ao meu lado.

- Ele tá limpando o meu machucado.

- Mais é só dá um beijim que sala mamãe. – Jason disse e ri do seu comentário.

Quando ele se machucava eu dava um beijinho falando que era pra sarar.

- Eu não vou beijar isso. – Justin disse fazendo careta e Jason riu.

- Eu vou. – Jason disse cruzando os braços.

- Depois cara, isso aqui ta feio demais. – Justin disse.

Jason ficou calado observando Justin, os dois se pareciam muito, qual o lesado que não percebe isso? Justin é claro. Vi que os pontos estavam inchados, Justin passou um remédio meio alaranjado, trocou o curativo e colocou outra faixa na minha perna, ótimo. Limpinho agora.

- Enquanto você estiver com esses pontos, qualquer movimento vai fazer inflamá-los então você só vai poder sair da cama quando estiver mais ou menos sarado. - Justin disse.

- O quê? Puta merda viu. – resmunguei e me arrependi por ter falado com o Jason ali. – Amanhã tenho que levar o Jason no parquinho.

- Eu levo. – ele disse normalmente e Jason sorriu.

- E eu vou ficar em casa? – perguntei indignada.

- Vai. – Justin e Jason responderam na mesma hora, revirei os olhos.

Maldito seja aquele filho da puta que me acertou, mas uma hora dessas ele deve tá queimando no quinto dos infernos. Afundei minha cabeça nos travesseiros, senti Jason por a cabeça nos meus seios, ele estava deitadinho como costuma dormir, Justin foi ao banheiro jogar o curativo sujo no lixo, e voltou.

- Amanhã arruma ele, vou levá-lo cedo pra esse bendito parquinho. – Justin disse olhando pra Jason que estava sonolento.

- Ok.

- Sem sair da cama.

- E se eu quiser ir ao banheiro?

- Isso pode. – ele disse e eu ri fraco. – Tchau.

Ele disse e aproximou-se de mim, dando um beijo em meus lábios. Era apenas um selinho, mas sua língua atrevida logo tratou de adentrar minha boca, coloquei uma mão em sua nuca dando intensidade ao beijo, sentia suas correntes de ouro encostar-se em meu busto. Mordi seu lábio inferior e separamos nossos lábios.

- Tchau. – murmurei e ele deu as costas saindo do quarto.

Não entendo como ele consegue ser tão frio às vezes? Suspirei e olhei para Jason, ele estava dormindo, passei a mão em seus cabelos fazendo cafuné, e assim dormi.

(...)

A week later...

Em cinco dias já podia andar pra onde queria, o ferimento havia sarado, só estava cicatrizando. E faz dois dias que eu viajei, sim fui até o México com Renan pra saber algumas informações do Hugo, ouvi dizer que ele foi solto, depois de muito tempo esse infeliz vem encher meu saco de novo. Fiquei sabendo que ele quer se aliar com o Luc, ou já se aliou eu não sei, pra tentar derrubar a mim e o Justin, boa sorte pra ele então. Deixei Jason aos cuidados de Lilly, ela é meio perturbada mais quando o assunto é o Jason ela tem o maior cuidado do mundo, isso que é ser tia babona, ela ainda anda se pegando com o Ryan, os dois safados não se desgrudam, e eu na mesma com o Justin, apenas nos beijos pra lá e pra cá. Sem falar que um dia antes de viajar o peguei com uma vadia, tudo bem... Nem temos nada mesmo. Ele fica com quem ele quiser, e eu com quem eu quiser. Ótimo, peguei um gatinho mexicano que meu Deus. Aquilo não era coisa desse mundo. Troco dado, Bieber. E logo agora estou indo de volta para a mansão do Bieber com o Renan, ele está dirigindo feito louco. Não avisei ninguém porque quero fazer surpresinha, comprei muitos presentes pro Jason, ele vai amar.

Chegamos à rua da mansão e vi muitos carros estacionados. Renan parou no portão, só fiz abaixar o vidro do carro e eles liberaram a passagem, wow... Estão dando uma festa, quer dizer que só me deixam sair pra dar festa? Que putos.

- Bieber sabe pelo menos dar uma festa. – Renan comentou e revirei os olhos.

- Só quero mesmo que não deixem o Jason dormir, ai vão ter sérios problemas. – disse e paramos um pouco afastados porque tinha a porra de uns carros bem na frente. – Deixa que eu me viro.

- E suas malas?

- Pera ai. – sai do carro e chamei um dos meus homens pra levar. – Pronto, obrigada pela companhia.

- Imagina, boa noite e boa sorte ai.

- Falow. – disse rindo e fui caminhando até a entrada.

Tinha muita gente lá fora, dançando, bebendo e quase se comendo ali, pelo amor de Deus. Ainda tive que tocar a campainha, francamente, ainda bem que os festeiros estavam mais pro lado da piscina, a empregada abriu e passei direito, subindo pra escada, um segurança vinha trazendo minhas malas, abri a porta do meu quarto e vi Lilly tentando por Jason pra dormir, claro...como ele vai dormir nessa zoada dos infernos? O segurança colocou minhas malas no chão e saiu.

- Amiga, porque não me disse que viria hoje? – ela disse levantando-se e vindo me abraçar.

- Oi Lilly, quis fazer surpresa. – dei um sorrisinho. – Mas eu que fui surpreendida, que festa é essa?

- Os garotos que resolveram fazer porque roubaram um carregamento do Luc.

- Idiotas. – murmurei e encarei meu anjinho. – Bebê, você não estava com saudades de mim? – perguntei abrindo os braços e sentando na cama.

Jason levantou-se e veio me abraçar, quase o esmaguei pra ser exata. Que saudades dessa coisa fofa, meu Deus.

- Cadê o beijo da mamãe? – perguntei, ele riu e segurou em meu rosto com as duas mãos, me dando um selinho demorado. – Hum que beijo gostoso. – o enchi de beijos, ele gargalhava.

- Mamãe, tosse pesente?

- Trouxe sim, muitos presentes.

- Eba. – ele comemorou o que me fez rir.

- Não vai dormir agora? – perguntei tentando convencê-lo.

- Agola eu vo. – ele disse e Lilly o olhou indignada.

- Vem cá. – o puxei pro meu colo e fiquei o ninando, sim ele é meu bebê e sempre vai ser.

Fiquei conversando baixinho com a Lilly enquanto fazia Jason dormir, não demorou muito, acho que ele estava mesmo era com saudades do meu colo.

- Não vai descer? – Lilly perguntou.

- Claro meu bem, vamos curtir a festa do Bieber fodão. – disse e rimos baixinho.

Coloquei Jason deitado entre travesseiros e o cobri.

- Me espera tomar banho. – disse e Lilly assentiu.

Tomei meu banho rapidamente, não molhei meus cabelos, fui até o closet e me vesti.

- Eita vadia, deu demais pros mexicanos né? Tá gostosona. – disse Lilly tirando onda com a minha cara.

- Cala a boca, pirua. – disse rindo e terminando de passar rímel. 

- Vamos logo, a festa termina e a gente aqui. – ela reclamou.

- Ok, vamos. – bufei e passei perfume.

Dei um beijinho no meu anjo que estava todo esparramado na cama dormindo e sai com do quarto com a Lilly. Vamos ver o que tem de bom nessa festa! 

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Continua?

Obrigada por todos os comentários.

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