Dangerous Life - Capítulo 13 - Failure

A mão de Justin estava entre meus cabelos, não deixando separar nossos lábios, confesso que ele me pegando daquele jeito me deixava excitada, meu Deus, o que eu estou pensando. Sua língua movimentava-se rapidamente em minha boca, me deixando completamente sem sentidos, apenas focada naquele beijo, porque ele tem que beijar tão bem? Justin chupou minha língua com força, ah vai se fuder mano, em um movimento rápido pulei para seu colo, taquei minhas costas naquela porra de volante, doeu um pouco, mas não estava interessada nisso. Segurei no pescoço de Justin dando intensidade ao beijo, enquanto suas duas mãos estavam em minhas coxas, as apertando com força e friccionando minha intimidade em seu membro. Uma de suas mãos subiu por debaixo da minha blusa, apertando minha cintura de leve e indo em direção aos meus seios, ele passou as mãos por cima me causando arrepios, mordi seu lábio inferior e rebolei de leve em seu membro, ele gemeu entre o beijo. Senhor, me dê forças pra parar. Ouvi buzinas, eram os garotos com certeza, separamos nossas bocas e dei uma olhada para trás, o trem já havia passado. Meu Deus, como ele foi rápido... Sem graça, os garotos continuavam buzinando, acho que eles colocaram a mão em cima e esqueceram-se de tirar.

- Ah filhos da puta. – murmurou e tirou sua mão de dentro da minha blusa.

Eles não iriam parar até Justin dá partida, porque onde estávamos só tinha espaço para passar um automóvel e eles não iriam passar por cima de nós.

- JÁ VAI SEUS FILHOS DE UMA PUTA MAL COMIDA. – Justin colocou a cabeça para fora e berrou, eu ri.

Ele pousou suas mãos em minha cintura e selou nossos lábios novamente. Em seguida voltei para o meu banco, e me afundei lá de novo. Mais cara, tinha subido um fogo sobrenatural, nem sei se estávamos perto ou longe, mas andar em meio de puro mato dava tédio, pelo menos eu estava.

- Cadê os capangas? – perguntei.

- Estão já lá na frente. – ele respondeu atento a estrada.

- Ah. – murmurei e voltei a encarar bastante mato.

Depois de alguns minutos, finalmente pude visualizar alguns galpões e uma pista de pouso, ouvi alguns tiros.

- Eles já estão fazendo a parte suja para nós. – Justin disse como se tivesse lido meus pensamentos, o olhei e olhei para frente.

Paramos um pouco afastados, e descemos do carro, peguei minha arma e destravei, Justin fez o mesmo. Quando olhei para o lado vinha Lilly, Chris, Ryan e Chaz também armados.

- Vamos lá, ele chegará aqui em minutos. – Justin disse e fomos numa caminhada depressa. 

O cenário era de morte, impossível identificar de quem levou a maior, mas não tinha nenhum capanga do Luc pra contar história, Justin chegou perguntando e alguns dos nossos homens afirmaram que alguns fugiram e outros foram mortos, o que restava era esperar.

- Ei gata, que parada foi aquela em? – Lilly perguntou rindo do meu lado enquanto os garotos conversavam numa rodinha com alguns capangas.

- Qual? – perguntei me fingindo de desentendida, já sei o que a vadia queria saber, ri de leve.

- Aquela do cruzamento do trem que vocês ficaram horas lá parados enquanto nós buzinávamos feitos loucos. – ela riu e gargalhei também.

- Foi nada ué. – dei de ombros.

- Tá bom, e eu sou virgem. – gargalhei alto, ela riu também. – Diz logo.

- Nos beijamos, Lilly. Foi isso. – disse normalmente e ela teve quase um surto do meu lado.

- Huuuuuuum, sabia que vocês iam ainda se pegar.

- Meu amor, você anda mal informada, nós já nos beijamos, diversas vezes.

- QUÊ? PORQUE NÃO ME CONTOU SUA VADIA? – ela gritou.

- Lilly, porra. Cala a boca. – estavam todos nos olhando. – Sem gritos sua louca, eu ia te contar.

- Vagabunda, te odeio. – cruzou os braços, ri. – Mas me conta, a pegada dele é boa? – ela disse toda animada pendurada no meu pescoço, às vezes nem parece que essa vadia tem 20 anos, parece uma criança.

- Sim, a pegada dele é boa. – mordi os lábios olhando para Justin que estava um afastado, ele me olhou e piscou.

- Huuuum... Safadinhos. – disse e esbarrou meu ombro no dela, rimos.

- Idiota.

- O QUÊ? DESGRAÇADO. COMO ELE FICOU SABENDO? – Justin gritou altamente bravo, o olhei e ele passava a mão nos cabelos, fui até lá com a Lilly.

- O que aconteceu? – perguntei.

- O Luc, ele soube do nosso plano. E já pousou a pouco menos de 20 minutos em outro lugar. – disse Ryan calmamente, às vezes me admiro por Ryan ser tão calmo.

- FILHO DA PUTA. TENHO QUASE A CERTEZA DE QUE TEM UM DELES ENTRE NÓS, SE EU SOUBER QUEM É,SE CONSIDERE UM FILHO DE UMA PUTA MORTO. – Justin gritou encarando todos aqueles homens.

- Mas fui tudo planejado... Como ele ficou sabendo? – foi à vez de Chaz se manifestar.

- Eu não sei Chaz, não sei... – Justin disse ofegante, ele estava com muita raiva.

Só senti algo penetrar em minha pele, me fazendo gritar de dor e cair no chão.

- Mellanie. – disse Lilly apavorada.

- Lilly, minha perna. – disse sentindo dor.

- OLHA LÁ, DESGRAÇADO. – ouvi Justin, e ele saiu correndo com os garotos atrás e os capangas.

- Você foi baleada amiga, ai meu Deus. O que eu faço? – Lilly se desesperou, largou sua arma e abaixou-se.

- Filho da puta, bem na minha perna. – resmunguei. – Quem foi?

- Foi um dos capangas do Luc.

- Está doendo muito Lilly. – choraminguei e passei minha mão na perna ferida, a olhei e estava coberta de sangue. Me desesperei.

- Calma Mel, daqui a pouco os meninos voltam e te levamos para o Hospital.

- Não posso dar minhas caras em Hospital nenhum, Lilly. Chama algum filho da puta daqueles, tá doendo muito.  – choraminguei.

- RYAN! – ela gritou.

Levantei minha visão e os garotos voltavam com o ser que me baleou. Desgraçado.

- Vamos para casa, levem ele para o porão e depois falo o que vamos fazer com ele. – disse Justin rude e acertou uma coronhada na cabeça do infeliz que apagou em seguida. Os capangas o levaram.

- Ah meu Deus, você está perdendo muito sangue. – disse Chris.

- Essa porra tá doendo muito. – murmurei mordendo os lábios.

- Isso vai doer um pouco. – disse Justin e tirou sua blusa a rasgando e amarrando em minha perna, gritei de dor, doer um pouco? Essa porra doeu demais. – Eu disse que ia doer. – ele disse e me pegou no colo.

Ryan abriu a porta do passageiro no carro em que viemos. Justin me colocou lá e deu a volta, ligando o carro, ele pisou fundo e entramos mata a dentro novamente. Mas agora ele parecia voar, e eu murmurava de dor. Os garotos nos acompanhavam atrás, e os capangas vinham atrás também. Justin pegou seu celular, discou os números rapidamente e colocou na viva-voz, no segundo toque a pessoa atendeu.

- Ryan, liga para aquele médico mala e pede pra ele ir urgente pra minha mansão. Fala para o pessoal liberar a passagem dele, e ficar esperando lá dentro.

- Ok Bieber, como está a Mellanie?

- Estou com muita dor Ryan, muita dor. – choraminguei.

- Já estamos chegando. – Ryan respondeu.

- Tchau. – Justin disse e desligou.

- Não consigo mexer minha perna.

- E nem tente mexer Mellanie, eu sei como você é teimosa e tudo o que eu falo pra você não fazer, você vai lá e faz pra me ver irritado. Mas se você quiser continuar com a sua perna, não mexa. – ele disse calmo.

- Não to mexendo porra, mas tá doendo. Você já levou um tiro na perna? – disse estressada.

- Já, mas nem por isso fiquei choramingando feito mulherzinha. – ele falou prestando atenção na estrada.

- VOCÊ ACHA QUE EU SOU O QUÊ? – berrei e ele riu pelo nariz.

- Calma estressada.

Bufei. Já estávamos quase chegando à mansão do Justin e eu estava dando graças a Deus. Abriram o portão e Justin entrou, paramos em frente à entrada da mansão.

- Graças a Deus. – murmurei e ele desligou o carro, saindo em seguida.

Abriu a porta e me pegou no colo.

- Wow, valeu por sujar meu carro de sangue. – murmurou.

- Cala a boca imbecil. – disse chateada. 

Tinham dois seguranças na entrada, Justin subiu aquelas escadas comigo enquanto eu choramingava e ele me mandava calar minha boca, é porque não é ele que está com uma bala na perna né?

- Abram a porta, seus inúteis. – Justin disse rude e os engoliram a seca abrindo a porta.

Justin entrou comigo e logo vimos o tal médico que ele pediu pro Ryan na sala.

- Vamos para o quarto. – Justin disse, os garotos ainda não haviam chegado pelo simples fato do Justin vir voando praticamente.

Quero só ver ele subir essas escadas enormes comigo, bem feito. Quem manda fazer isso enorme?

- Você deveria comer muito menos, tá pesando. – ele reclamou no meio da escada.

- Tá bom então, agora a culpa é minha? – revirei os olhos. – Aproveita e malha esse corpo, to te achando um pouquinho magro.

- Te fode, Mellanie. – ele disse e eu ri.

Finalmente chegamos no meu quarto, Justin me colocou em cima da cama e vi que ele havia suado nessa subida, afinal não sou nenhuma pena.

- O que aconteceu? – o médico simpático perguntou abrindo sua maleta. Tinha bastante coisa ali.

- Você é o médico, deveria saber. – Justin disse arrogante.

- Cala a boca Justin. – resmunguei e ele revirou os olhos indo para a janela. – Eu levei um tiro na perna.

- Ok, você precisa tirar essa calça pra me remover a bala. – o médico disse tirando algumas coisas da maleta. Maldita hora que fui vestir calças.

- Ainda precisa tirar a calça? – Justin resmungou.

- Me ajuda aqui Justin. – revirei os olhos, nem pra isso ele serve.

- Senhor Bieber, aqui tem álcool? – o médico perguntou.

- Tem, na dispensa. Peça as empregadas.

O médico assentiu e saiu do quarto.

- Bem que eu disse que ficasse em casa, se tivesse me obedecido não teria levado um tiro. – Justin disse caminhando em minha direção.

- Eu não sou vidente pra saber o que vai acontecer né? – disse abrindo o zíper da minha calça jeans.

Justin começou a acompanhar os movimentos das minhas mãos, ergui meu quadril um pouco e desci a calça.

- Puxa. – disse pra ele.

Ele foi puxando por baixo.

- Wow devagar. Isso dói.

- Fresca. – ele disse e tirou por completo minha calça.

Advinha pra onde foi seu olhar? Exatamente para minhas partes íntimas, ele mordeu os lábios e vi seu olhar de pura malicia.

- Seja mais discreto, por favor. – coloquei um travesseiro em cima.

- Vadia gostosa... – murmurou e o médico entrou.

- Isso vai doer um pouco. – o médico disse sentando-se na cama e indo limpar onde tomei o tiro.

Eu gritei pra porra. Porque eles não falam que vai doer pra caralho? Pelo menos sofro já sabendo. Doer um pouco... O cú dele.

- Não tem anestesia nessa porra? – choraminguei.

- Desculpa senhora, não temos. – ele disse concentrado.

- Mellanie, já está terminando. Deixa de frescura. – Justin disse, ele estava em pé de braços cruzados acompanhando tudo.

- Frescura porque não é você que tá sofrendo aqui. – fechei os olhos mordendo meus lábios contendo um grito. Será que a porra desse médico sabe o que tá fazendo?

A porta foi aberta. Ryan, Chaz, Chris e Lilly entraram.

- Deveria levar ela pro Hospital, seu monstro. – disse Lilly sentando ao meu lado e segurando em minha mão. – Amiga, você tá bem?

- Se você considerar isso algo bem... – murmurei.

- Justin, porque não a levou pro Hospital? – Lilly disse brava.

- Eu não posso aparecer em Hospital nenhum Lilly, vai que tenha policiais por lá. Ai fudeu de vez.

Senti uma picada e gritei.

- Pronto, tirei a bala. – disse o médico me mostrando com uma pinça.

- Graças a Deus. – disse.

- Agora tenho que costurar. – ele disse.

- O QUÊ? Não vou aguentar isso sem anestesia. – protestei e não ia mesmo.

- A pior parte já passou. – Ryan disse.

- Pronta? – o médico me perguntou com aquela agulha enorme.

- Não, eu não quero. – choraminguei.

- Amiga, eu vou te levar pro Hospital. – disse Lilly.

- Ryan. – Justin apontou pra Lilly com a cabeça.

- Lilly, vem aqui. – Ryan disse, Lilly ficou sem entender mais se levantou e foi até o Ryan, ele a levou para fora.

- Isso vai ser rápido, Mellanie. – disse Justin sentando-se na cama e segurou em meus pulsos.

- NÃO JUSTIN! – gritei.

- Chaz, Chris. – Justin disse e os garotos seguraram em minhas pernas.

- Me soltem!  Justin, não. – choraminguei.

- Vamos, costura logo isso ai. – Justin falou para o médico.

- Você não pode fazer isso, eu não quero. – disse olhando pro Justin.

- Isso é necessário, Mellanie.

Foi quando senti a primeira “furada”, fechei os olhos e ele puxou deixando a primeira “costura“ firme, gritei alto sentindo meus olhos marejarem.

- Pede pra ele parar, Justin. Pede. – resmunguei chorando.

- Bro, não tem como arrumar anestesia? Ela tá sofrendo demais. – disse Chris.

Eu não conseguia me mexer, os garotos seguravam firme em minhas pernas. Encarei Justin com a visão embaçada, meu rosto já estava molhado com minhas lágrimas, ele me olhava sem dizer nada.

- Pode continuar. – Justin murmurou para o médico.

- Não, por favor, tá doendo. – disse olhando para o médico costurar, essa porra não termina nunca?

- Não olha pra lá caralho, olha pra mim. – disse Justin e o encarei. – Tá quase terminando. – ele murmurou.

- Você vai me pagar, Justin! – exclamei.

- Estou fazendo um favor pra você. – ele disse e senti uma pontada forte.

- PORRA ISSO DÓI. – gritei e o médico me olhou com uma cara de inocente. Francamente.

- Terminamos. – disse o médico e eu nunca agradeci Deus na minha vida, como agora.

Fechei os olhos e respirei fundo. Os garotos soltaram minhas pernas e Justin meus pulsos. Senti uma ardência na região costurada, o tapado do médico ainda passava remédio em cima. Ele fez o curativo, e enfaixou.

- Agora, você só precisa tomar comprimidos pra desinflamar e trocar os curativos. – o médico disse.

- Isso o Ryan faz. – Justin disse pegando o nome dos comprimidos que precisava comprar.

- Então é isso. Você foi corajosa, nunca removi uma bala na minha vida sem anestesia, e da última vez que tentei isso o rapaz desmaiou. – disse o médico levantando-se e pegando sua mala.

- Ótimo. – revirei os olhos e afundei minha cabeça nos travesseiros.

- Chris, dê um cheque pra ele. – Justin disse.

Chris assentiu e saiu, o médico acompanhou. 

- Chaz, cadê o Jason? – perguntei.

- Ele está na fora com a Jack. – ele respondeu. – Quer que eu vá buscá-lo?

- Não, quero que chame a Lilly.

- Ok. – ele disse e saiu.

- Tá vendo? Nem doeu tanto. – Justin disse e minha vontade era matar ele de porrada.

- Seu filho da puta, nunca mais apronte uma dessa ok? Aguarde o que é seu tá guardado, quando eu ficar boa, vou meter uma bala no meio das suas pernas e pedir pro Chris tirar sem anestesia com uma faca de mesa. – joguei uma almofada nele, ele desviou, gargalhou e veio até a mim.

- Não seja dramática. Eu sei que aguentaria, afinal vaso ruim não quebra. – riu e sentou-se ao meu lado.

- Sai daqui, não quero ver essa tua cara por bastante tempo. – coloquei o travesseiro na minha cara.

Eu devo estar linda, toda descabelada com cara de choro. Sim, isso doeu sabia? Fazia maior tempão que eu não chorava.

- Quis bancar a esperta, tai. Levou um tiro.

- Porque não cai fora daqui em? – tirei o travesseiro da minha cara.

- Não vai querer ver o bom moço que atirou em você? – ironizou me olhando.

- Ah claro, vou fazer questão de arrancar as bolas dele com as minhas próprias mãos.

- Argh, que nojo. – Justin fez careta, e ri.

- É modo de dizer, seu tapado. Cadê a porra do Chaz com a Lilly? Quero tomar banho.

- Eu dou banho em você. – disse aproximando seu rosto do meu.

- Não obrigada. – dei um sorrisinho falso e segurei em suas correntes de ouro. - Se eu fizer algo, você não vai se estressar, brigar ou me espancar? – perguntei mordendo os lábios e soltando um riso.

- O que é? – ele perguntou sorrindo de lado.

- Promete que não vai fazer essas coisas. – enrolei meus dedos em suas correntes de ouro, ele estava do meu lado meio deitado em mim.

- Diz logo o que é, Mellanie. – ele revirou os olhos e colocou apoiou seu braço do outro lado, me deixando cercada.

- Promete, Justin. – ri.

- Beleza, prometo. – disse com cara de tédio.

- Você prometeu né. Fecha os olhos.

- Dá de onda com a minha cara?

- Fecha logo porra.

Ele bufou e fechou, mordi os lábios contendo o riso e acertei um tapa em seu rosto.

- TÁ DOIDA PORRA? – ele disse passando a mão no local, nem foi com força.

- Wow você prometeu não se estressar. – fiz carinha de inocente. Um tapa não é nada comparado ao sofrimento que tive que passar pra remover a droga de uma bala.

- FILHA DA PUTA. – gritou e eu gargalhei, realmente não tenho medo de apanhar. – Se ficar a marca considere-se uma puta morta. – disse entre dentes e foi em direção ao banheiro.

Gargalhei alto e depois choraminguei ao tentar me levantar. Consegui, e tentei encostar a perna machucada no chão, doeu. Fui mancando até o banheiro, encostava apenas o calcanhar no chão. Justin estava em frente ao espelho analisando o rosto, ri e fiquei atrás dele o vendo fazer caras e bocas na frente do espelho.

- Mulherzinha. – murmurei ainda rindo muito. Na boa, eu não presto.

- Vagabunda. – virou-se e me olhou dos pés a cabeça. Tinha esquecido que eu estava apenas de calcinha. – Deveria saber que não pode ficar andando pra cima e pra baixo com a perna desse jeito.

Tou vendo que ele esqueceu até do tapa, dei de ombros, ele segurou em minha cintura e me pôs em sua frente, encostada no mármore frio da pia.

- Você deveria apanhar, mas o que te fiz passar paga tudo isso. – ele riu. Puto mesmo.

- Então não reclame. – dei de ombros e encarei seus olhos, como conseguem ter esse brilho tão lindo assim?

- Já disse que gosto dessa tatuagem? – ele disse passando o dedo levemente na borda da minha calcinha, arfei e senti meu corpo estremecer, ele deu um sorriso vitorioso e direcionou seu olhar pra onde seus dedos passeavam.

- Já. – murmurei. – Eu não consigo ficar em pé por muito tempo. – disse sentir minha perna doer, oh merda.

- Quer que eu cuide de você? – ele sussurrou próximo ao meu ouvido e sentir todos os meus pelos se ouriçarem. Tá de sacanagem.

Justin abaixou-se um pouco segurando em minhas coxas e me colocando em cima da pia, ele ficou entre minhas pernas com as mãos em minha bunda, descia para as coxas e subia de novo, eu estava mais do que arrepiada. Segurei em seus cordões o trazendo pra perto de mim.

- O que você acha? – sussurrei com meus lábios próximos dos seus. Fitei seus olhos, ele sorriu passando a língua entre seus lábios.

- Acho isso ótimo. – sussurrou de volta e selou nossos lábios.

Ele colou seu corpo no meu, rodeei minhas pernas em sua cintura e por um milésimo de segundos esqueci a porra da minha perna machucada, coloquei minhas mãos em seu pescoço e uma subiu para seus cabelos o acariciando, Justin deu alguns apertos em minhas coxas e na minha cintura. Nossas línguas movimentavam-se sem pressa, uma acariciando a outra. Puxei alguns fios dos cabelos de Justin levemente, mordendo seu lábio inferior, ele desceu suas mãos alisando minhas coxas e uma delas passou por cima do ferimento, gemi.

- Foi mal. – ele sussurrou rindo pelo nariz, e colou nossos lábios de novo.

Justin foi subindo suas mãos por dentro da minha blusa enquanto nossas línguas brincavam, meu corpo estava em chamas, e cada toque dele parecia queimar ainda mais. Tirei minhas mãos de seu pescoço e fui descendo por seus braços malhados, parei em seus bíceps, como consegue ser tão gostoso? Apertei e ele riu entre o beijo. Sua mão adentrou meus cabelos segurando ali com força dando intensidade ao beijo, arfei.

- Ei pombinhos, parem com a safadeza ai porque eu não tenho o dia todo. – disse Lilly batendo palmas. Vadia.

Ri entre o beijo, Justin mordeu meu lábio inferior e separou nossos lábios segurando em minha cintura, olhamos para Lilly.

- Sacanagem viu Lilly. – Justin revirou os olhos. – Seu apelido vai ser Lilly empata foda, porque vou te contar.

- Sacanagem vocês dois, me fazer ver essas coisas. – cruzou os braços e eu ri. – Vai querer a minha ajuda no banho ou a do Justin?

- A minha é claro. – Justin disse piscando, ri e dei um tapa em seu braço.

- A sua, Lilly.

- Ótimo. – ela sorriu. – Cai fora, Justin.

- Mas... – Justin tentou falar algo.

- Já disse pra cair fora. – Lilly disse e puxou o braço do Justin.

- Calma ai. – Justin disse e me beijou rapidamente.

- Cai fora carrapato. – Lilly disse novamente e eu gargalhei.

Justin revirou os olhos, me soltou e deu as cotas.

- Justin... – o chamei, ele olhou. – Como vou descer daqui? – estava ainda em cima da pia.

Ele riu pelo nariz e veio até a mim, coloquei minhas mãos em seu pescoço e ele segurou em minhas coxas. Justin esbarrou seus lábios nos meus, me dando um selinho e me colocou no chão, me encostei-me à pia observando ele sair do banheiro.

- Que grude vocês dois. – disse Lilly revirando os olhos me fazendo rir.

- Isso tudo é ciúmes? – disse gargalhando e tirando minha blusa.

- Ah, claro. Morrendo de ciúmes. – ela ironizou procurando algo nas gavetas.

- Tá procurando o quê?

- Alguma coisa pra enrolar na sua perna pra não molhar o curativo.

- Ok né. 

Lilly me ajudou a tomar banho, foi realmente difícil. Mal conseguia me apoiar no boxe, se eu escorregasse era meu fim, iria fuder a outra perna.

- Foda, ter que ser sua babá. – reclamou Lilly me ajudando a ir até o closet.

- Isso se chama amor, Lilly. – apertei suas bochechas rindo, ela reclamou ainda mais. – Procura um vestido pra mim? Lilly minha vadia preferida. – fiz carinha de anjo, afinal eu sou um anjo, ok?

- Sua empregada é outra.

- Ah, por favor Lilly. – fiz bico e ela revirou os olhos rindo.

- Vagabunda.

Me sentei no divã que tinha lá e Lilly ficou me mostrando os vestidos, finalmente escolhi um.

- Tão meiga. – disse Lilly e revirei os olhos.

- Besta. Vamos descer que ainda tenho que ter uma conversinha com o inútil que fez esse estrago na minha perna.

- Conversinha é? – ela riu. – Quer ajuda?

- Claro. 

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Continua?

Obrigada por todos os comentários.

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